O presidente participou na manhã desta terça da 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas
O presidente Jair Bolsonaro e integrantes de sua comitiva foram recepcionados por apoiadores nesta terça-feira (21) na porta do hotel onde estão hospedados, em Nova York.
Segurando cartazes com frases de apoio em inglês como “We trust, support and love our president Bolsonaro” (Nós confiamos, apoiamos e amamos nosso presidente Bolsonaro) e “We brazilians from New York support our president Bolsonaro” (Nós brasileiros de Nova York apoiamos nosso presidente Bolsonaro), os populares fizeram fotos e cantaram o hino nacional. Um dos apoiadores, inclusive, tocou o hino brasileiro com um saxofone.
O presidente viajou para os Estados Unidos no último domingo (19) para participar da 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Na manhã desta terça-feira, Bolsonaro discursou na abertura da sessão de debates, onde destacou o avanço da vacinação, as medidas para a preservação do meio ambiente e defendeu as liberdades individuais e a democracia.
Coube ao Bolsonaro fazer o discurso de abertura do evento, seguido do presidente dos Estados Unidos. A tradição vem desde os primórdios das Nações Unidas, quando o diplomata Oswaldo Aranha, então chefe da delegação brasileira, presidiu a Assembleia Geral, em 1947.
Informações MSN
Presidente fez um discurso para gerar polêmica interna, desmontou narrativa global que acusa o Brasil de vilão ambiental e apresentou fatos sobre como o governo agiu no combate à pandemia
Jorge SerrãoEduardo Munoz/EPA/EFEJair Bolsonaro foi o primeiro chefe de Estado a discursar na Assembleia-Geral da ONU
Vacinado contra o globalismo, o único chefe de Estado e de governo que não tomou vacinacontra Covid-19 abriu a 76a Assembleia Geral das Nações Unidas. Jair Messias Bolsonarotinha advertido que seu discurso seria “em braile” (ou seja, para ser entendido por portadores de deficiência visual). Pura ironia com o tema geral do evento: “A reconstrução de um mundo pós-pandemia de maneira sustentável”. Na estética, Bolsonaro foi conciso e protocolar, como recomenda o jeitinho diplomático do Itamaraty. Em termos geopolíticos, não atacou abertamente a globalização. Mas ressaltou a importância da liberdade para a democracia e apresentou ao mundo a visão objetiva de como seu governo lidou com a pandemia em termos sociais, políticos e econômicos. O presidente falou, na ONU, para o Brasil.
Bolsonaro começou sua fala com forte tom político ideológico: “É uma honra abrir novamente a Assembleia-Geral das Nações Unidas. Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o governo, em janeiro de 2019. Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção. O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”. Bolsonaro retomou o raciocínio no fim do discurso: “No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo. Como demonstrado, o Brasil vive novos tempos. Na economia, temos um dos melhores desempenhos entre os emergentes. Meu governo recuperou a credibilidade externa e, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos”.
O ponto mais importante dos 12 minutos de discurso de Bolsonaro, em termos geopolíticos, foi o desmonte objetivo da narrativa que coloca o Brasil como “vilão ambiental”: “Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa. Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países. O Brasil é um país com dimensões continentais, com grandes desafios ambientais. São 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 66% são vegetação nativa, a mesma desde o seu descobrimento, em 1500. Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta. Lembro que a região amazônica equivale à área de toda a Europa Ocidental. Antecipamos, de 2060 para 2050, o objetivo de alcançar a neutralidade climática. Os recursos humanos e financeiros, destinados ao fortalecimento dos órgãos ambientais, foram dobrados, com vistas a zerar o desmatamento ilegal. E os resultados desta importante ação já começaram a aparecer! Na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior. Qual país do mundo tem uma política de preservação ambiental como a nossa? Os senhores estão convidados a visitar a nossa Amazônia! O Brasil já é um exemplo na geração de energia, com 83% advinda de fontes renováveis. Por ocasião da COP-26, buscaremos consenso sobre as regras do mercado de crédito de carbono global. Esperamos que os países industrializados cumpram efetivamente seus compromissos com o financiamento de clima em volumes relevantes”.
Outro ponto diplomaticamente fundamental foi a confirmação de que, em 2022, o Brasil volta a ocupar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, “onde buscamos assento permanente”. Bolsonaro lembrou que o Brasil sempre participou em missões de paz da ONU: “De Suez até o Congo, passando pelo Haiti e Líbano. Nosso país sempre acolheu refugiados. Em nossa fronteira com a vizinha Venezuela, a Operação Acolhida, do governo federal, já recebeu 400 mil venezuelanos deslocados devido à grave crise político-econômica gerada pela ditadura bolivariana. O futuro do Afeganistão também nos causa profunda apreensão. Concederemos visto humanitário para cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos. Nesses 20 anos dos atentados contra os Estados Unidos da América, em 11 de setembro de 2001, reitero nosso repúdio ao terrorismo em todas suas formas”.
Sobre o tema central da assembleia, Bolsonaro ponderou que a pandemia pegou a todos de surpresa e lamentou as mortes ocorridas no Brasil e no mundo. Nesse ponto, teve a coragem de deixar clara a postura do governo brasileiro: “Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial, nos gêneros alimentícios no mundo todo”. Bolsonaro lembrou que, “até o momento, o governo federal distribuiu mais de 260 milhões de doses de vacinas e mais de 140 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, o que representa quase 90% da população adulta. Oitenta por cento da população indígena também já foi totalmente vacinada. Até novembro, todos que escolheram ser vacinados no Brasil, serão atendidos”.
Bolsonaro, que não tomou vacina contra a Covid-19 porque não quis, aproveitou para desmontar outra narrativa midiática, a de que o governo fosse contra a vacinação em massa da população: “Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada à vacina. Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off label. Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”.
Na ONU, para desespero dos inimigos, Jair Messias Bolsonaro confirmou por que é um inegável fenômeno político, que desperta amor e ódio. Em 2018, depois de tomar uma facada, quase morrer e não participar dos debates eleitorais, conseguiu se eleger presidente da República de maneira surpreendente para o establishment. Os “donos do poder” no Brasil não aceitaram a escolha de um sujeito com perfil conservador, com o agravante de não ter o verniz da tradicional aristocracia tupiniquim. O cara foi um militar, que saiu do Exército por seu agressivo estilo reivindicatório quase “sindicalista”. Depois, durante 28 anos, foi um político (vereador e deputado federal) que agiu sempre como “lobo solitário”. Sempre isoladamente. Não se envolveu em esquemas porque não tinha índole, mas também porque não era convidado.
Foi como outsider da política, paradoxalmente dentro dela, que Bolsonaro fez um marketing de base em rede social de internet, atingiu a juventude do interior com seu discurso conservador de “Tiozão do Churrasco” e ocupou o espaço de anti-PT (o partido que desmoralizou a honradez). Bolsonaro sempre apanhou da mídia tradicional, antes, durante e depois de ser eleito. Também sempre bateu nessa facção ideológica e fisiológica da “imprensa”. Na Presidência, cortou as verbas publicitárias desses “inimigos”. Leva o troco instantaneamente, em pancadas editoriais. E devolve as pancadas, em linguagem popular, nas redes sociais. Foi esse sujeito, “sem tempo para morrer”, com um discurso escrito, arrumadinho e um pouco mais rebuscado, quem discursou para o planeta Terra na 76a Assembleia Geral das Nações Unidas.
Resumindo: um discurso na ONU tem pouco resultado prático externamente. Todo ano acontece, e as coisas não mudam em função das belas palavras. A realidade globalitária é cruel. Agravou-se com a pandemia. Em nome do combate ao vírus, a população mundial foi submetida a experimentos medicinais. Mais grave, no entanto, foram os experimentos de engenharia social. O sistema de poder real mundial testou a reação das diferentes sociedades e medidas sociais padronizadas. Houve flagrantes surtos autoritários, com doses cavalares de abusos de poder. O Estado cresceu sobre os indivíduos, mesmo nos países mais avançados social, política e economicamente. Em todo planeta, assistimos a espasmos fascistoides e a práticas dignas do mais hediondo nazismo. A vacina contra isso é a liberdade — luta permanente do ser humano.Até onde vai o globalitarismo? Dependerá de cada um de nós. Na ONU, com certeza, Bolsonaro fez um discurso para gerar polêmica interna.
Informações Jovem Pan
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou o pedido da defesa do caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, para que fosse revogada a ordem de prisão preventiva emitido pelo ministro contra ele.
Antes mesmo de ter uma ordem de prisão decretada por Moraes, ele deixou o país e foi para o México, de onde continuou a fazer vídeos incentivando atos antidemocráticos no 7 de Setembro.
“Aliás, além da fuga do distrito da culpa, há notícias de que MARCOS ANTÔNIO PEREIRA GOMES solicitou asilo político ao Governo do México, com nítido objetivo de burlar a aplicação da lei penal, o que indica, nos termos já assinalados, a necessidade de manutenção da decretação de sua prisão preventiva”, disse Moraes na decisão.
Informações: Metro1
Ministro disse que, após o feriado de 7 de setembro, não havia mais elementos necessários para detenção do jornalista
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes revogou a prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio. A decisão foi assinada no último dia 9.
A decisão do ministro foi confirmada pela defesa de Eustáquio. As informações são do colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
No documento, Moraes destacou que, após o feriado de 7 de setembro, não havia mais elementos necessários para a detenção do jornalista.
– Decretei a prisão preventiva de Oswaldo Eustáquio por entender, na ocasião, haver a presença dos requisitos legais para garantia da ordem pública, com base na situação fática de então, em especial o fato de o investigado incitar a realização de atos violentos e antidemocráticos no feriado de 7 de setembro, bem como de auxiliar a divulgação de mensagens criminosas de outro investigado, também direcionadas ao referido feriado, por meio de lives – afirmou Moraes.
Informações Pleno News
Jornalista chegou a dizer que Biden “é mais duro que Trump”
O jornalista Guga Chacra analisou o discurso do presidente dos EUA Joe Biden, na ONU, com um tom bastante crítico. O correspondente internacional da Globo News chegou a dizer que a postura do democrata é mais dura que a de Donald Trump, seu antecessor, e também o chamou de “hipócrita”.
– Biden diz não querer “uma nova Guerra Fria”, em indireta para a China. Mas suas ações ao longo desses primeiros meses demonstram uma radicalização em relação à China. Sua postura é mais dura do que a de Trump – escreveu o jornalista.
Em uma série de tuítes, Chacra apontou incongruências nas falas de Biden sobre alguns temas, como a questão do Afeganistão.
– Biden fala do atentado terrorista no Afeganistão. Mas não pediu desculpas por ordenar um ataque de drone que resultou na morte de 10 pessoas, sendo 7 crianças – disparou em uma das publicações.
Assumidamente crítico de Donald Trump, o jornalista faz algumas comparações entre o atual e o ex-presidente dos EUA. Para surpresa de muitos, Chacra não colocou Joe Biden em vantagem.
– Biden fala em direitos humanos, mas iniciou a deportação, de forma cruel, de 14 mil haitianos. A medida lembra as de seu antecessor Trump e demonstra a hipocrisia do atual presidente americano – declarou.
Informações Pleno News
‘Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada’, afirmou o presidente sobre tratamento anti-Covid
O presidente Jair Bolsonaro discursou na abertura oficial da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, nesta terça-feira (21), que acontece em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
– O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição, valoriza a família e deve lealdade ao seu povo. Isso é muito. É uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo – disse Bolsonaro no início do seu discurso.
O líder brasileiro também falou sobre os esforços em tornar o Brasil um polo de investimentos atraente aos estrangeiros e sobre a política de preservação ambiental do Brasil, que, segundo ele, deveria servir de “exemplo para o mundo”. E Bolsonaro convidou os líderes mundiais a visitar a Amazônia.
Bolsonaro lamentou as mortes causadas pela Covid-19 e citou o trabalho do governo durante a pandemia.
– Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial nos gêneros alimentícios, no mundo todo – disse.
Ele também reclamou da obrigatoriedade da vacinação.
– Apoiamos a vacinação. Contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada à vacina. Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina – afirmou.
Antes do discurso de Bolsonaro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu a necessidade de “um plano global de vacinas”. Guterres pregou que os países mais ricos devem ajudar e financiar o envio de vacinas a países mais pobres.
Bolsonaro chegou ao encontro de líderes acompanhado pela primeira-dama, Michele Bolsonaro, e por seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além da companhia de ministros de Estado, como Marcelo Queiroga (Saúde), Augusto Heleno (GSI) e Anderson Torres (Justiça).
Informações: Pleno News
Pena em caso de descumprimento é de R$ 5 mil por dia
A Justiça do Rio determinou que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), remova das redes sociais um vídeo em que usa, sem autorização, a imagem do cantor e compositor Chico Buarque.
A liminar foi dada pelo juiz Fernando Rocha Lovisi, do 6º Juizado Especial Cível do Rio, que reconsiderou uma decisão anterior assinada por ele.
– Melhor examinando os autos, a utilização da imagem e nome do Autor, vinculados e em benefício do primeiro Réu, nas redes sociais, está comprovada – escreveu.
Em nova análise a pedido do advogado João Tancredo, que representa Chico Buarque no processo, o juiz mudou de posição e concluiu que a manutenção do vídeo, a contragosto do músico, será de “difícil reparação” para sua imagem. A pena em caso de descumprimento é de R$ 5 mil por dia.
Chico entrou com uma ação pedindo indenização por danos morais depois de ter citado em um vídeo divulgado por Eduardo Leite na véspera do feriado de 7 de Setembro, quando estavam previstas manifestações contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na gravação, o tucano fala que o Brasil “precisa voltar para o centro”, para além da polarização política.
– Basta ver em Chico Buarque e Sérgio Reis duas belezas musicais, e não só duas escolhas políticas. Basta lembrar que nós, assim como eles, somos todos brasileiros – diz o governador no vídeo.
A defesa do cantor diz que a imagem e o nome dele foram usados em um ‘anúncio publicitário e eleitoreiro’.
– Registre-se que Chico Buarque, em sua longa trajetória profissional, jamais realizou ou participou de qualquer evento publicitário – diz um trecho do processo.
Eduardo Leite tenta se viabilizar como candidato presidencial pelo PSDB para as eleições de 2022. Caso consiga reunir o apoio necessário entre os correligionários, deve enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem Chico Buarque é apoiador declarado.
*AE
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por unanimidade (12 votos a zero) nesta segunda-feira (20) aceitar denúncia que torna réu o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).
Ele é acusado pelo Ministério Público de integrar um suposto esquema de desvio de recursos públicos na compra de respiradores destinados ao tratamento dos pacientes com Covid.
A denúncia apresentada em abril pela Procuradoria-Geral da República (PGR) menciona Lima e outros 15 acusados. A PGR estima prejuízo superior a R$ 2 milhões aos cofres públicos.
Ainda com a sessão em andamento no STJ, o governador divulgou a seguinte nota, contestando as acusações contra ele:
“Sobre a decisão de hoje, afirmo: as acusações contra mim não têm fundamento e tampouco base concreta, como ficará provado no decorrer do julgamento. Nunca recebi qualquer benefício em função de medidas que tomei como governador. A acusação é frágil e não apresenta nenhuma prova ou indício de que pratiquei qualquer ato irregular. Agora, terei a oportunidade de apresentar minha defesa e aguardar, com muita tranquilidade, a minha absolvição pela Justiça. Tenho confiança na Justiça e a certeza de que minha inocência ficará provada ao final do processo.”
A próxima etapa do caso são os depoimentos de testemunhas e a coleta de provas. Depois dessa fase, haverá o julgamento, que determinará se os acusados serão condenados ou absolvidos.
Ao votar, o relator do caso, ministro Francisco Falcão, entendeu haver elementos suficientes para a abertura de uma ação penal contra o governador por supostos crimes de peculato, fraude, dispensa indevida de licitação, organização criminosa e embaraço às investigações.
“Neste exame não aprofundado da matéria, existe justa causa para se considerar o governador do Amazonas partícipe nos delitos de dispensa de licitação direcionada e partícipe da fraude na aquisição de 28 respiradores que tiveram preços elevados com abusividade”, afirmou Falcão.
Segundo o ministro, “não se trata de meras conjecturas, mas de indícios da participação do denunciado do acompanhamento do procedimento licitatório”.
O voto do relator foi acompanhado por Nancy Andrighi, Laurita Vaz, João Otávio de Noronha, Maria Tereza Assis Moura, Herman Benjamin, Jorge Mussi, Luís Felipe Salomão, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Paulo de Tarso Sanseverino e Isabel Galotti. Estavam ausentes os ministros Mauro Campbell e Og Fernandes. O presidente da Corte, Humberto Martins, não apresentou voto.
O advogado Nabor Bulhões, responsável pela defesa de Wilson Lima, afirmou que a denúncia é “verdadeiramente ilegal e abusiva”.
“Poucas vezes vi o Ministério Público atuar tão incisivamente no que eu diria uso abusivo do poder de denunciação”, disse.
Polícia Federal apura superfaturamento na compra de respiradores no Amazonas
Segundo a denúncia, em uma manobra conhecida como triangulação, a empresa fornecedora de equipamentos de saúde, que já havia firmado contratos com o governo, vendeu respiradores para uma adega por R$ 2,48 milhões.
No mesmo dia, a importadora de vinhos, diz a denúncia, revendeu os equipamentos para o estado por R$ 2,97 milhões. Após receber valores, a adega os teria repassado integralmente à organização de saúde.
A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo afirma no documento que se instalou no governo do Amazonas, sob o comando de Wilson Lima, “uma verdadeira organização criminosa que tinha por propósito a prática de crimes contra a administração pública, especialmente a partir do direcionamento de contratações de insumos para enfrentamento da pandemia, sendo certo que, em pelo menos uma aquisição, o intento se concretizou”.
O governador Wilson Lima foi alvo de mandados de busca e apreensão na primeira fase da Operação Sangria, em junho de 2020, e teve parte dos bens bloqueados pela Justiça (vídeo abaixo). Cinco envolvidos no suposto esquema, entre eles o ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias, chegaram a cumprir prisão temporária.
Informações G1
Encontro aconteceu nesta segunda-feira
Na manhã desta segunda-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro teve um encontro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Os dois estão em Nova Iorque, nos EUA, onde acontecerá na terça-feira (21) a 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Fotos do encontro foram divulgadas no Twitter pelo assessor especial do presidente brasileiro, tenente Mosart Aragão. No Flickr da Presidência também há registros da reunião.
Johnson elogiou a vacina da Universidade de Oxford-AstraZeneca. Ele disse ter tomado as duas doses.
— AstraZeneca é uma vacina excelente — declarou ele, segundo o jornal Evening Standard.
Boris disse ainda que havia prometido a Bolsonaro que visitaria o Brasil antes da pandemia. Ele destacou que os dois países estão trabalhando em conjunto no que diz respeito às vacinas contra a Covid-19.
Os dois líderes também teriam conversado sobre as lutas de seus países contra o novo coronavírus.
Informações Pleno News