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Morreu, na madrugada desta segunda-feira (6), a atriz Mila Moreira, aos 72 anos de idade. A informação foi confirmada pelo Hospital CopaStar, no Rio de Janeiro, onde a artista estava internada. O motivo do óbito ainda não foi divulgado, assim como as informações sobre o velório e o enterro da atriz.

– O Hospital CopaStar lamenta a morte da paciente Mila Moreira, na madrugada desta segunda-feira, e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes – diz o comunicado do hospital.

Mila, que iniciou sua carreira de modelo aos 14 anos, participou de várias produções da Rede Globo ao longo de sua trajetória. Sua estreia na televisão ocorreu em 1979, quando interpretou a personagem Érica na telenovela Marron Glacê.

A carreira da atriz soma cerca de 30 novelas e minisséries, entre elas Paraíso Tropical, Ti Ti Ti, Corpo a Corpo e Elas por Elas. Seu último trabalho na TV foi em 2016, na novela A Lei do Amor.

*Pleno.News


Alexandre Baldy ocuparia cargo de articulação política no Ministério da Economia

João Doria ao lado de Alexandre Baldy Foto: Divulgação/CPTM

O presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar o nome do ex-secretário dos Transportes do governo de João Doria em São Paulo, Alexandre Baldy (PP-GO), para um posto de articulação política dentro do Ministério da Economia. A informação foi revelada por fontes do governo a diversos veículos de imprensa.

A pasta do ministro Paulo Guedes deve anunciar nesta semana algumas mudanças, que incluem a troca de dois secretários e a criação de uma nova secretaria dentro do ministério. Nesta reestruturação, estaria a ida de Baldy para um cargo de assessor especial de Guedes, cuja responsabilidade seria cuidar da relação com o Congresso Nacional.

O presidente Jair Bolsonaro, porém, não aceitou o nome do político pelo fato dele ter sido secretário de Transportes no governo João Doria, em São Paulo, que é adversário político do presidente e pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo PSDB. Baldy também aparece como pré-candidato ao Senado em Goiás, onde Bolsonaro tem a intenção de emplacar outro nome.

Vale lembrar que Alexandre Baldy, que também foi deputado federal por Goiás e ministro das Cidades no governo do ex-presidente Michel Temer, chegou a ser preso em agosto de 2020 por atos suspeitos antes de assumir a pasta no governo de São Paulo. Segundo a investigação, Baldy usou da influência dos cargos de deputado e ministro para intermediar contratos, sobre os quais ganharia um percentual.

Informações Pleno News


Empresários temem retirada do Simples, podendo ficarem inviabilizados pela carga tributária

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Em um setor em que quase todos os empresários estão enquadrados no Simples Nacional, 46% dos bares e restaurantes estão em atraso com os pagamentos e 84% desses temem ser desenquadrados do regime por conta disso. O pedido mais urgente é pelo Refis da Covid, que espera apreciação da Câmara dos Deputados desde agosto.

Os dados são de uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) entre os dias 17 e 26 de novembro com 1.315 empresários e publicada pelo Globo.

Um dos empresários que está em débito com o Simples, Matheus Daniel mantém há 12 anos, junto com a sua mãe, a marmitaria BH, um restaurante que trabalha com delivery na capital de Minas Gerais.

A história dele nesses últimos dois anos é de frustração. Logo no início de 2020, eles haviam feito um investimento grande para expandir a cozinha e melhorar o atendimento, mas não contavam com a chegada da pandemia. Em março de 2020, a primeira parcela do Simples ficou para trás.

“A gente descapitalizou totalmente, passamos de seis para dez funcionários na época que a gente inaugurou e logo depois veio a pandemia. Por estar descapitalizado, a gente já não conseguiu pagar o Simples do mês de fevereiro”, conta o empresário, que até hoje tem faturamento 40% inferior ao da pré-pandemia.

Segundo ele, sem o Refis o negócio que sustenta a família fica inviabilizado para 2022. “A gente não conseguiu mais ter o faturamento que a gente tinha, caiu em torno de 40% e isso inviabiliza. Se a gente for desenquadrado, sinceramente não sei, é quase melhor a gente fechar e procurar emprego”, disse.

O projeto, que foi aprovado pelo Senado em agosto, prevê a possibilidade de parcelamento de débitos tributários em até 144 vezes (12 anos), além de desconto de até 90% nos juros e multas. O texto ainda estabelece que empresas que tiveram mais perdas no faturamento tenham descontos maiores.

Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, defendeu a aprovação rápida do Refis porque caso as empresas saiam do Simples, elas terão uma carga muito maior de impostos a pagar, além do que já está atrasado. Segundo ele, a não aprovação do Refis causaria uma grande insolvência no setor porque 35% das empresas já estão operando no prejuízo e outras 35% no equilíbrio.

“Essas que estão no equilíbrio vão todas cair no prejuízo, dois terços das empresas em situação de prejuízo é obviamente uma coisa que não se sustenta”, pontuou.

Informações Bahia.ba


Pintura do desembarque de Cabral em Porto Seguro
Para pesquisadora, chave para entender os contrastes entre os dois países não está no tipo de colonização

Assim como muitos americanos, a historiadora Brodwyn Fischer não chegou a aprender muito sobre o Brasil quando estava na escola. O primeiro contato mais profundo veio no início da faculdade, 30 anos atrás e, desde então, ela não parou mais de pesquisar sobre a história brasileira.

“Uma das coisas que mais me fascinaram foi que começar a estudar história do Brasil me fez olhar diferente para a própria história dos Estados Unidos, porque os dois países têm muitas características básicas e estruturais, digamos assim, em comum.” 

São dois países de dimensões continentais, ricos em recursos naturais, formados por populações originárias de três continentes, moldados pelo colonialismo e pela escravidão. No papel, Brasil e EUA são marcados por semelhanças – e, no entanto, tomaram caminhos completamente diferentes. 

Há cerca de 10 anos Fischer explora essas questões com seus alunos em uma disciplina ministrada inicialmente na Universidade Northwestern e hoje na Universidade de Chicago, onde foi batizada de Brazil: Another American History (“Brasil: Outra História Americana”, em tradução literal).

Em 18 aulas, o programa é uma imersão na história brasileira, passando pelo período colonial e o regime escravista à industrialização e formação das grandes cidades. Entre as leituras obrigatórias há desde clássicos da literatura, como Vidas Secas, de Graciliano Ramos, até autores fundamentais para entender o Brasil, como Sérgio Buarque de Holanda (O Homem Cordial) e Celso Furtado (Formação Econômica do Brasil).

A BBC News Brasil conversou sobre alguns desses temas com a professora, que é Ph.D pela Universidade de Harvard e foi diretora do Centro de Estudos para a América Latina da Universidade de Chicago entre 2015 e 2020.

Mapa Província do Brasil, de 1666, de autoria de João Teixeira Albernaz II
Disciplina aborda desde o período colonial até o Brasil moderno

Parecidos, mas tão diferentes

De forma geral, as comparações entre Brasil e Estados Unidos costumam ser permeadas por generalizações e exageros que colocam os dois países em polos opostos que muitas vezes não existem, avalia Fischer. 

É o que a historiadora chama de “ideias hiper-reais” – algo que nunca existiu de fato, mas acaba sendo colocado no debate como a essência de um determinado conceito.

Uma dessas “ideias hiper-reais” seria justamente a razão que levou Brasil e EUA a se tornarem nações tão diferentes, apesar das semelhanças estruturais. No Brasil, muita gente reproduz a ideia de que a explicação está centrada no tipo de colonização a que os dois países foram submetidos – a portuguesa, implantada no Brasil, teria sido mais brutal e restritiva, enquanto a inglesa, levada aos EUA, teria dado aos americanos maior grau de liberdade, usado para desenvolver instituições e uma democracia mais sólidas. Uma divergência que teria selado o destino dos dois países.

“Acho que uma das coisas com as quais a gente se depara no Brasil, mesmo entre pessoas com maior escolaridade, é essa ‘ideia hiper-real’ do que são os Estados Unidos. (A questão da colonização) é exatamente isso, mas os historiadores americanos não pensam mais dessa forma sobre sua história.” 

O que explica então as diferenças tão profundas?

Para Fischer, uma das razões remonta ao século 19 e tem uma ligação estreita com “as relações entre indivíduos e os direitos de cidadania”.

Em ambos os países, ela diz, a escravidão foi brutal, “algo que, moralmente, não deveria ter sido institucionalizado”. O Brasil, contudo, viveu uma situação particular depois de 1831, quando o tráfico de escravizados foi proibido por lei – mas não acabou na prática. 

“A partir daí, a elite e o Estado passam a conspirar para que a escravidão continuasse, ainda que ilegalmente. Entre 1831 e 1850 (ano da promulgação da Lei Eusébio de Queiroz, que reafirmava a proibição ao tráfico), algo entre 700 mil e 800 mil pessoas foram trazidas ilegalmente para o Brasil para serem escravizadas. E toda a estrutura do Estado durante esses anos foi desenvolvida para ajudar as pessoas a contornar a lei.”

“Acho que essa é uma diferença fundamental. Nos Estados Unidos, nós tendemos a legalizar as brutalidades. Tornamos legal a possibilidade de que as pessoas andem armadas na rua, por exemplo. Então muitas das coisas que aparecem nos dois países acontecem dentro da lei nos EUA e fora da lei no Brasil”, acrescenta.

“Acredito que isso, de diversas formas, ajudou a moldar a maneira como o país opera. Um dos pontos que argumento é que o poder informal se desenvolveu muito cedo no Brasil, para preservar a ‘casa grande’ (termo usado para se referir aos grandes proprietários rurais do Brasil colonial), de forma que muita gente simplesmente não tem acesso a direitos políticos e civis básicos ou tem acesso limitado a direitos econômicos e sociais, quando estes entram em cena.”

Sem esses direitos básicos, a forma como essas pessoas que estão fora do círculo das elites têm acesso ao poder, por sua vez, é fora da estrutura do Estado e da lei. “E acho que o fato de que isso absorve uma fatia tão relevante das relações de poder no Brasil, em comparação ao que tradicionalmente se viu nos EUA, explica boa parte das divergências entre os dois países”, conclui a professora.

Algumas dessas ideias estão na tese de doutorado de Fischer, resultado de uma pesquisa na cidade do Rio de Janeiro, que ganhou no ano 2000 o Harvard University Gross Prize como melhor dissertação em História. O trabalho virou livro em 2010, publicado pela Stanford Press University e intitulado A Poverty of Rights: Citizenship and Inequality in Twentieth-Century Rio de Janeiro(“Pobreza de Direitos: Cidadania e Desigualdade no Rio de Janeiro do Século 20”, em tradução literal).

Escravos por Debret
Relações informais de poder ajudaram a moldar o Brasil, diz Fischer

O jeitinho brasileiro

Uma das ferramentas em um país em que o poder informal tem muita relevância é justamente o “jeitinho brasileiro”, que se relaciona com o conceito do “homem cordial” de Sérgio Buarque de Holanda, que está na bibliografia do curso ensinado por Fischer.

Na visão da historiadora, contudo, o “jeitinho” é outra “ideia hiper-real”, uma espécie de exagero, na medida em que está longe de ser uma exclusividade do Brasil.

“Quando há estudantes brasileiros nas minhas aulas, eles são os primeiros a mencionar o ‘jeitinho’ e dizer: ‘Ah, nós somos bastante diferentes dos EUA!’. E aí o que eu tento fazer é mostrar as diversas maneiras pelas quais as pessoas nos Estados Unidos usam o ‘jeitinho’. Não chamamos de ‘jeitinho’, mas a ideia de alguém tentar contornar as normas que não lhe favorecem é universal.”

Fischer ilustra essa discussão com um comentário sobre o antropólogo Roberto da Matta, um dos “intérpretes do Brasil” mais lidos nos Estados Unidos, que chegou a escrever que o trânsito caótico no Brasil e o hábito dos motoristas brasileiros de “fechar” e “furar” são, em certa medida, reflexos do “jeitinho”.

“Ele morava numa cidade pequena em Indiana, onde viveu quando lecionava na [Universidade de] Notre Dame, e tinha essa ideia de que nos EUA as pessoas respeitam as leis de trânsito – mas, se você estiver em qualquer grande cidade, vai ver que isso não é verdade. As pessoas atravessam fora da faixa o tempo todo, estão quebrando regras, vendendo produtos ilegalmente na rua… Todas essas coisas acontecem em toda parte aqui, então é mais uma daquelas ‘ideias hiper-reais’.”

A diferença, ela diz, é muito mais uma questão sobre como um povo vê a si mesmo.

“Acho que tem a ver com a discussão sobre como a autopercepção de uma nação de fato acaba lhe dando forma. Se você é brasileiro, a ideia de que o ‘jeitinho’ está no centro do seu mundo o legitima e o transforma em algo que as pessoas estão dispostas a fazer com maior frequência.”

“Aqui nos EUA, a ideia ‘hiper-real’ do que nos tornava diferentes era a lei e a ordem, de que nós seguimos as regras. Não era verdade, mas era como pensávamos sobre nós mesmos. Acho que isso começa a se desintegrar – nos EUA, mais e mais pessoas não confiam nas leis e no Estado. Mais pessoas não acham que a melhor forma de resolver seus problemas é respeitando as normas. A ideia do ‘jeitinho’ aqui tem cada vez mais se tornado senso comum, na forma como o tem sido há tanto tempo no Brasil.” 

Foto de Revert Henry Klumb retrata lavadeiras na Tijuca por volta de 1860
Lavadeiras na cidade do Rio por volta de 1860: regime de escravidão no Brasil tinha níveis de mobilidade maiores que dos EUA

O contraste na questão racial

Uma das diferenças mais complexas entre Brasil e EUA se dá no campo das relações raciais, destaca a professora. Apesar de ambos os países terem instituído sistemas brutais de escravidão, o Brasil passou por um processo intenso de miscigenação entre brancos, negros e índios, que não se viu na mesma medida nos EUA. 

Um dos fatores que ajudam a explicar os contrastes, diz a historiadora, é a própria demografia. O Brasil recebeu um volume muito maior de africanos escravizados, aproximadamente 5 milhões, ante cerca de 250 mil desembarcados nas 13 colônias que formariam os EUA, conforme a plataforma Slave Voyages, um grande banco de dados mantido por pesquisadores da Universidade de Emory, nos EUA.

Isso foi determinante para que o Brasil se tornasse um país de maioria negra, que hoje corresponde a cerca de 50% da população, conforme a classificação do IBGE que reúne quem se declarou preto ou pardo no Censo de 2010. Nos EUA, ainda que haja regiões no sul em que a população negra seja predominante, no país como um todo ela é minoria – algo entre 12% e 13% do total, atualmente.

“Acho que isso às vezes é minimizado”, diz a professora, que se prepara para lançar o livro The Boundaries of Freedom: Slavery, Abolition, and the Making of Modern Brazil (“Os Limites da Liberdade: Escravidão, Abolição e a Construção do Brasil Moderno”, em tradução livre) em coautoria com a historiadora brasileira Keila Grinberg. Prevista para 2022, a obra é editada pela Cambridge University Press.

Com uma proporção elevada de pessoas escravizadas, foram diferentes os mecanismos de controle social colocados em prática no Brasil para manter o sistema escravista vivo durante três séculos. Ainda que fosse brutal e violento, ele incorporou, por exemplo, o instrumento das alforrias. Menos recorrentes nos EUA, aqui elas foram mais largamente utilizadas, concedidas não apenas pelos “senhores de escravos”, mas compradas pelos próprios escravizados, por organizações abolicionistas e de caridade.

Outra diferença importante e que teria reflexos profundos na formação das relações raciais no Brasil foi a relativa mobilidade que corria em paralelo à lógica de violência e sujeição que marcou o regime escravista. 

No Brasil, um escravizado poderia passar a vida cortando cana-de-açúcar e ver seu filho trabalhando como escravo doméstico, exemplifica a historiadora. Ela lembra as obras do pintor francês Jean-Baptiste Debret, que chegou a retratar uma espécie de “hierarquia” entre os escravizados que viviam no ambiente urbano.

Além dos escravizados que se dedicavam aos afazeres domésticos na casa de seus “senhores”, havia, por exemplo, os escravos de ganho, que trabalhavam fora – como vendedores ambulantes ou prestando serviços a terceiros – e repassavam parte do que auferiam a seus proprietários. Pesquisas como a da historiadora Ynaê Lopes dos Santos, professora de História das Américas na Universidade Federal Fluminense (UFF), apontam ainda que, no Rio de Janeiro do século 19, alguns escravizados chegavam a morar fora da casa dos “senhores”, em cortiços e imóveis alugados.

“Essa foi uma dimensão importante. Era um certo nível de mobilidade que poderia ser conquistado sem um confronto aberto à instituição da escravidão”, pontua Fischer. 

Nos EUA, especialmente nas colônias do sul, essa mobilidade era praticamente inexistente e as tensões sociais, muitas vezes mais visíveis.

“A polarização era tão grande que não havia muita alternativa a não ser criar grupos de solidariedade e eventualmente movimentos pelos direitos civis.”

Pessoas escravizadas desembarcadas no Brasil e nos EUA. Total por intervalos de 25 anos entre 1501 e 1875.  .

O caso da miscigenação à brasileira

Os EUA implementaram uma série de normas e leis racistas que desencorajavam a miscigenação. O casamento interracial, por exemplo, foi proibido em diversas partes do país até 1967, quando uma lei do Estado da Virginia foi derrubada na Suprema Corte. 

Outro exemplo prático foi a chamada “one drop rule” (“regra de uma gota”, em tradução literal), adotada em vários Estados: independentemente do fenótipo, um indivíduo com qualquer antepassado de origem africana era classificado como negro, com todas as implicações legais que isso acarretava no país. Nenhum outro grupo étnico era identificado dessa forma.

Já no Brasil, a miscigenação muitas vezes foi vista como instrumento de mobilidade social – e, nesse sentido, é fundamental para entender a forma particular de racismo que se desenvolveu aqui, que se manifesta muitas vezes de forma velada.

“Faço muita pesquisa com ações judiciais do século 19, e essa é uma das coisas mais dolorosas com as quais tenho que trabalhar como historiadora”, comenta Fischer. 

“Nesses processos você consegue ver todo tipo de estratégia que as pessoas usavam para tentar melhorar um pouco suas vidas. E uma das coisas que se pode observar são pessoas que tentavam clarear a pele dos filhos. Elas querem que os filhos sejam chamados de pardos, alguns querem que eles sejam reconhecidos como brancos na certidão de nascimento. Há uma espécie de racismo internalizado, que funciona de forma parecida com a da mobilidade dentro do sistema escravista, de forma que não se confronta o racismo como sistema.” 

“Então você pode ir de negro, a pardo e branco, e o racismo ainda está completamente colocado – está sendo reforçado, na verdade.”

Essas dinâmicas, completamente diferentes do racismo institucionalizado que se via em países como EUA e África do Sul, culminam na “democracia racial”, a ideia de que não havia discriminação racial no Brasil, disseminada por teóricos como o sociólogo Gilberto Freyre, autor de Casa Grande e Senzala, obra que reforça essa visão.

A historiadora comenta que a “ilusão” da democracia racial aparece inclusive na imprensa negra americana, em artigos de jornais como o Chicago Defender, que ela apresenta aos alunos no curso. 

Jornalistas e sociólogos como W. E. B. Du Bois, ativista pelos direitos civis, vieram ao país no início do século 20, após a visita do presidente americano Theodore Roosevelt, e chegaram a escrever que o Brasil seria um exemplo a ser seguido no contexto das relações raciais. 

“Você vê negros americanos dizendo: ‘Olha, eu fui lá e vi médicos negros, políticos, Machado de Assis, um grande escritor negro… O que eles não percebem é que essas pessoas não necessariamente são vistas como negras.” 

“E isso foi muito antes de a ideia da democracia racial emergir mais formalmente no Brasil nos anos 1940.”

Esse conceito seria desmistificado por intelectuais brasileiros como Abdias do Nascimento, ativista pelo direitos dos negros e que também faz parte da bibliografia do curso de Fischer, com a obra Brazil: Mixture or Massacre (“Brasil: Mistura ou Massacre” em tradução livre).

De volta à questão do poder informal, a historiadora argumenta que ele é chave para entender o racismo no Brasil e é um dos instrumentos usados até hoje para reforçá-lo.

“Nos Estados Unidos, essa questão (sobre como o racismo é reforçado) tem um pouco mais a ver com o fato de que as instituições são abertamente e claramente racistas em suas práticas. É uma comparação interessante, porque, no fim do dia, se você é negro e pobre no Brasil, é baixa a probabilidade que você tenha acesso a direitos, e o mesmo vale para os EUA. Existe uma semelhança em relação aos resultados, mas os caminhos para se chegar a eles são bem diferentes – e tentar entender isso pode trazer benefícios para os dois países”.

Informações BBC News Brasil


Atração comandada por Huck tem marcado abaixo dos 15 pontos de média na Grande SP

Luciano Huck Foto: Reprodução/TV Globo

Após três semanas marcando médias abaixo de 15 pontos na Grande São Paulo, o Domingão com Huck tem chamado a atenção da cúpula da Rede Globo. Segundo o site O Antagonista, a emissora estaria em “alerta amarelo” quanto ao desempenho do programa dominical.

Em novembro, o único bom resultado de audiência da atração ocorreu no tributo a Marília Mendonça, quando o Domingão marcou 19,1 pontos. Nos demais fins de semana do mês, o ibope oscilou entre 13,4 e 14,6 pontos. Cada ponto corresponde a 205. 377 teslespectadores.

A preocupação não envolve apenas o programa comandado por Huck, mas também o Fantástico. A emissora avalia que a revista eletrônica poderia estar próxima dos 21 ou 22 pontos caso recebesse uma audiência melhor do Domingão. Em vez disso, marcou 19,6 na última semana.

Enquanto isso, a Record TV, vice-líder de audiência, tem demonstrado um crescimento discreto, e chega a perto de 9 pontos no mesmo horário.

Informações Pleno News


Foto: Divulgação Assembléia Legislativa


Nesta segunda-feira (6), o deputado estadual Kelps Lima será entrevistado no programa Rotativo News com Joilton Freitas, a partir das 15h, na Rádio Sociedade News FM 102.1. Kelps é presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Covid-19) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, que visa investigar supostos desvios de dinheiro nas operações encabeçadas pelo Consórcio Nordeste.

Na última quarta-feira (1), o secretário de Saúde Pública do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, foi ouvido. O depoimento durou mais de 7 horas e só acabou após às 21h, foi o mais longo registrado desde o início da comissão.

Na condição de investigado, Cipriano foi questionado sobre contratos e ações do governo durante a pandemia. Falou da reversão de leitos de UTI, que foram utilizado para o tratamento da Covid e depois foram destinados para outras doenças.

*Com informações do G1 RN


Presidente anunciou que a redução nos preços devem seguir nas próximas semanas

Posto de combustível
Preço dos combustíveis deve ficar mais barato Foto: Agência Brasil/Marcello Casal jr

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste domingo (5) que a Petrobras anunciará a diminuição no preço dos combustíveis a partir desta semana. Sem entrar em detalhes sobre o percentual de redução, o líder explicou que a queda deve seguir por algumas semanas. A declaração foi dada ao site Poder 360.

Nos últimos meses, Bolsonaro reclamou com frequência da alta nos preços dos combustíveis e afirmou que os culpados eram os governadores, que aumentaram a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que varia de acordo com o valor na bomba, em razão da subida dos preços.

– Eu não reajustei, mantive congelado desde 2019, o valor do PIS/Cofins, que é o imposto federal. Os governadores mantiveram o percentual, que varia de acordo com o valor na bomba. E mais que dobraram o valor arrecadado com o ICMS. Querem criticar, critiquem. Mas a pessoa certa – disse o líder.

Bolsonaro compareceu na manhã deste domingo à final do campeonato de futebol do Minas Brasília Tênis Clube, em Brasília. A partida foi realizada entre dois times internos do clube e o presidente da República deu o pontapé inicial da disputa.

Informações Pleno News


Ex-juiz está confiante em sua candidatura, mas diz que abrirá mão caso outra tenha melhor chance

Sergio Moro durante sua filiação Foto: EFE/Joédson Alves

O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) disse acreditar na liderança do seu nome para construir uma candidatura da terceira via às eleições de 2022. Em entrevista ao jornal Correio Brasiliense, quando indagado sobre se aceitaria ser vice nesse processo de construção para 2022, Moro respondeu que “colocamos nosso projeto em andamento” e que dá para usar a expressão “este navio já zarpou”.

– Nunca tive ambição pessoal de ser presidente. Para evitar os extremos, se outro projeto tiver melhores chances, não teria problemas em abrir mão. Agora, acredito na liderança do nosso projeto. Assim como poderia abrir mão, espero que outros tenham o mesmo entendimento, porque nós precisamos somar – disse Moro.

Na entrevista, o ex-juiz ressaltou ainda que é preciso esquecer a expressão de terceira via, já que pressupõe que há dois candidatos inevitáveis e que seriam favoritos.

– Eu, sinceramente, não acredito nisso. Não acho que o Brasil vai ser forçado a ter escolhas tão trágicas assim. É um governo que não funciona e um governo que não funcionou no passado. Ninguém quer isso de volta – declarou.

– Vamos ver o que vai acontecer nas eleições do próximo ano. Eu apresentei o meu nome. Quero construir um projeto e estou colocando de maneira muito clara. Meu objetivo é liderar esse projeto. Mas estamos conversando com todo mundo.

*AE


João Gomes deixa comentário polêmico em post de Dj Ivis e divide opiniões
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Dj Ivis postar foto com João Gomes, o cantor fez um comentário que dividiu opiniões nas redes sociais. O sertanejo deixou um recado amoroso e alegre em ter o amigo de volta.

“Bom curtir perto de você…ver que está bem. Quantos motivos para agradecer já me deu. Que deus lhe abençoe e cuide de todos seus planos. Ele tem algo especial reservado em sua vida ainda. Sua música é boa e faz alegria. É o que o povo precisa. Se cuide. Papai do céu abençoe”, foi a mensagem deixada pelo cantor.

Na internet, o comentário gerou polêmica. Até o momento, cerca de 11 mil pessoas curtiram a mensagem, mas a repercussão no twitter já não é muito positiva. “João Gomes sobre Dj Ivis e a galera nos comentários ‘todo mundo merece uma segunda chance, todo mundo erra’ como se espancar uma mulher fosse um erro e não a porra de um crime e uma covardia grande”, diz um dos tweets.

*Bahia Notícias


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ministério da Saúde está oferecendo mais de 21,5 mil vagas no Programa Médicos pelo Brasil. Eles poderão atuar em 5.233 municípios brasileiros, ou seja, quase 94% do país. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União da última sexta-feira (3). O objetivo é reforçar o Sistema Único de Saúde (SUS).

O programa vai substituir gradativamente o Projeto Mais Médicos para o Brasil na Atenção Primária à Saúde. São oferecidos aos médicos selecionados para o programa a formação em medicina de família e comunidade, avaliação de desempenho, possibilidade de contratação por meio do regime CLT, a progressão de carreira (para diminuir a rotatividade) e gratificação para atuar em áreas remotas e de saúde indígena.

Os gestores de saúde dos municípios elegíveis devem fazer a adesão ao Médicos pelo Brasil, cujo edital deve ser publicado nesta segunda-feira (6). O edital do processo seletivo para médicos também será publicado neste mês.

Os municípios foram escolhidos levando em consideração a alta vulnerabilidade e o fato de vários estarem em áreas rurais remotas.

O Médicos pelo Brasil foi lançado em 2019 com o objetivo de estruturar a carreira médica federal para locais com dificuldade de provimento e alta vulnerabilidade. O orçamento previsto para execução no primeiro ano de trabalho é de R$ 1,2 bilhão.

*Bahia.ba

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