Novo modelo de gestão estará sendo implantado no governo municipal a partir de 1º de março
O Protagonista- “Justiniano França, Marcos Lima e Cadmiel Pereira são pessoas importantes e necessárias dentro do governo”, diz Colbert ao site O Protagonista.
Em entrevista ao Protagonista na manhã desta segunda (15), o prefeito sou questionado sobre a não presença dos três ex-vereadores no governo, em 2021, Colbert afirma que eles participarão da sua gestão. “Os três participarão do governo. Há condições para isto. Estou bastante tranquilo em relação a esta situação”.
Sobre novas nomeações, em todos os escalões, o prefeito explica o seguinte: “tivemos uma reunião, na sexta-feira passada (12), com o grupo que vai implementar a reforma administrativa que pretendemos trazer para o governo. Vão atuar em várias frentes, várias assessorias. Ajustamos os detalhes, arestas aparadas, e vamos pôr em prática a partir de 1º de março”.
Por: Josias de Souza/UOL
ACM Neto ofereceu à crônica política uma cena de desequilíbrio explícito. Rodou a baiana nas redes sociais. “Considero lamentável a aceitação, pelo deputado João Roma, do convite do Palácio do Planalto para assumir o Ministério da Cidadania“, anotou o presidente do DEM. “A decisão me surpreende porque desconsidera a relação política e a amizade pessoal que construímos ao longo de toda a vida.”
João Roma já foi filiado ao DEM. Trabalhou como chefe de gabinete de ACM Neto na prefeitura de Salvador. Hoje, é um deputado federal inexpressivo dos quadros do Republicanos, partido do centrão que levou seu nome ao balcão aberto por Bolsonaro. Nesse contexto, o piti do pajé do DEM é esquisito e desconexo.
A esquisitice está na presunção de que o vínculo com ACM Neto faria soar um alarme na porta giratória que Bolsonaro instalou na Esplanada. A falta de nexo decorre do fato de que o DEM convive gostosamente com dois filiados que integram a equipe do capitão: Tereza Cristina e Onyx Lorenzoni. Por que implicar com o apadrinhado de legenda alheia?
A reação de ACM Neto ganhou contornos cenográficos com o seguinte comentário: “Se a intenção do Palácio do Planalto é me intimidar, limitar a expressão das minhas opiniões ou reduzir as minhas críticas, serviu antes para reforçar a minha certeza de que me manter distante do governo federal é o caminho certo a ser trilhado, pelo bem do Brasil.”
A importância que ACM Neto atribui a si mesmo é um bom mote para alimentar conversas em rodinhas de políticos e jornalistas. Mas o tema parece tão relevante para o futuro do Brasil quanto a cloroquina para a cura da Covid.
Numa entrevista publicada pela Folha há nove dias, perguntou-se a ACM Neto se descartava a hipótese de o DEM fechar com Bolsonaro em 2022. E ele: “Nós não estaremos com os extremos. Você pergunta se eu descarto inteiramente a possibilidade de estar com Bolsonaro. Neste momento não posso fazer isso.”
ACM Neto não pode tomar distância de Bolsonaro porque a maioria da bancada federal do partido que supõe comandar alistou-se na tropa legislativa do capitão. Serviu-se das verbas e dos cargos que bancaram a eleição do líder do centrão Arthur Lira à presidência da Câmara. O piti do amigo do novo ministro João Roma cai como uma cereja sobre o bololô produzido por Bolsonaro na seara inimiga.
Wilson Lima e sua equipe viajaram para o interior do estado e para Brasília em aviões feitos para viagens internacionais
Em um ano em que o estado do Amazonas viveu uma de suas piores crises sanitárias da história, com a pandemia de Covid-19, a gestão do governador Wilson Lima (PSC) gastou R$ 7,2 milhões em dinheiro público com viagens envolvendo a cúpula do governo em jatos executivos fretados. O detalhe é que esses voos foram feitos sem licitação.
Entre outubro de 2019 e outubro de 2020, o gestor estadual e a equipe dele viajaram pelo interior do Amazonas e para Brasília em jatos executivos feitos para voos internacionais, capazes de transportar até 8 passageiros. As viagens foram revezadas em três aeronaves de três empresas com um custo de R$ 8,2 mil a R$ 18 mil por hora de voo.
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Procurada, a Secretaria Estadual da Casa Militar respondeu que as aeronaves foram utilizadas para o transporte de “oxigênio medicinal, medicamentos, EPIs [Equipamento de Proteção Individual] (…) vacinas e traslado de corpos de vítimas da covid-19 que estavam em tratamento em outros estados”.
Alertada sobre os voos realizados antes da pandemia, entre outubro de 2019 e fevereiro de 2020, a secretaria disse que em “todas as gestões” no Amazonas “houve a necessidade do serviço de jato para o deslocamento” do gestor. O método escolhido pela pasta de onde partiram as contratações, foi o chamado processo indenizatório.
Sem a disputa entre empresas concorrentes, o governo escolhe uma empresa de táxi aéreo, que realiza o serviço e encaminha a nota fiscal, paga pelo governo a título de “indenização”, opção não prevista na Lei de Licitações (8666/93), segundo o professor de direito administrativo Marcelo Figueiredo, da PUC-SP.
– Só é permitido dispensar licitação em caso de emergência, calamidade. Se é um serviço que pode ser prestado pela aviação comercial para determinado destino, não tem sentido contratar jato particular – destacou.
Segundo o Portal da Transparência do Amazonas, as contratações das empresas serviram, por exemplo, para “levar o senhor governador do estado e comitiva oficial a Brasília para cumprimento de agenda oficial”, transportar “a comitiva do governador no interior do estado” e para a “segurança e viagens” de Wilson e de comitivas.
A Casa Militar ainda informou que as contratações acontecem dessa forma desde 2017 e que “elabora processos de licitação para o serviço”, todos sem êxito. Na última tentativa, publicada no Diário Oficial em 22 de janeiro de 2020, o contrato de R$ 9,3 milhões terminou suspenso pelo desembargador Anselmo Chíxaro na última quarta-feira (10).
A locação de jato executivo, escreveu Chíxaro na sentença, se deu “em descumprimento aos atos do próprio Governo do Estado do Amazonas por meio do Decreto nº 42.146/2020, que decretou o contingenciamento de despesas” em razão da pandemia.
Primeiro a denunciar o caso, o deputado estadual delegado Péricles (PSL) afirmou que o pagamento por indenização “virou regra no governo em diversas áreas, como revelou a CPI da Saúde”, comissão que investiga os gastos do governo durante a pandemia.
Diante da denúncia, os sete conselheiros do Tribunal de Contas do Amazonas decidiram na terça-feira (9), por unanimidade, encaminhar um ofício à Casa Militar proibindo “o pagamento por indenização de serviços de fretamento” sob pena de “responsabilidade administrativa, civil e penal”.
Informações Pleno News
Até então autodeclarado independente. ex-prefeito de Salvador agora afirma que não poupará críticas ao presidente
Após a nomeação do deputado João Roma (Republicanos-BA) como ministro da Cidadania, o presidente do DEM, ACM Neto (BA), disse a aliados que Jair Bolsonaro ganhou um inimigo e que atuará para levar a maioria do partido para a oposição ao mandatário. A informação é da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
O parlamentar foi nomeado a contragosto do ex-prefeito de Salvador, de quem é amigo e afilhado político. ACM Neto queria evitar ser atrelado ao governo. Antes, declarava-se independente. Agora, tem dito que não poupará críticas a Bolsonaro.
ACM Neto pediu tanto ao Planalto como ao deputado que ele não virasse ministro. Depois da operação fracassada, a ira do dirigente do DEM é tanta que ele disse a pessoas próximas que trabalhará para demitir indicados por Roma a cargos em Salvador. Conforme noticiou o bahia.ba no sábado (13), o atual prefeito da capital baiana e sucessor de ACM Neto, Bruno Reis, exonerou o secretário de Articulação Comunitária e Prefeitura-Bairro, Luiz Galvão, que é ligado ao agora novo ministro da Cidadania.
Afirmou ainda fazer questão de minar o capital político que seu ex-chefe de gabinete tem na Bahia.
Aliados do ex-prefeito reclamam de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), agora na Secretaria-Geral da Presidência. Dizem que ele pressionou Bolsonaro pela nomeação de Roma. Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), por sua vez, foi poupado. Parlamentares dizem que ele de fato atuou pelo presidente do DEM.
Na quinta (12), após a nomeação, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) questionou o caráter de ACM Neto nas redes sociais, dando uma indireta de que ele teria indicado Roma e se aproximado do governo Bolsonaro.
Maia criticou o ex-prefeito quando DEM deixou de apoiar Baleia Rossi (MDB-SP), candidato apoiado pelo ex-presidente da Casa e advsersário de Arthur Lira (PP-AL), aliado do Palácio do Planalto.
O deputado considerou a atitude de Neto uma traição e afirmou que sairá do partido.
Informações Bahia.ba
57 senadores votaram a favor da condenação do ex-presidente, mas não foi o suficiente para o impedimento
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi absolvido pelo Senado federal americano na tarde deste sábado (13) em seu segundo processo de impeachment. Ao todo, 57 senadores votaram a favor da condenação do republicano, mas não foi o suficiente para que ele fosse considerado culpado.
O processo foi originado nos ataques ao Congresso norte-americano no dia 6 de janeiro, em que apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, quando congressistas confirmariam a vitória de Joe Biden nas eleições nos EUA. De acordo com a denúncia, Trump teria incitado os manifestantes a invadir a sede do Congresso para impedir a sessão.
Segundo o portal IG, na votação, sete senadores republicanos votaram a favor do impeachment do ex-presidente, o maior número de políticos votando contra o próprio partido na história americana. A condenação seria possível se dois terços do Senado votassem contra Trump, ou seja, 64 parlamentares.
Absolvido, Trump poderá se candidatar a cargos públicos e tem intenção de criar o próprio partido. A decisão, no entanto, ainda não foi oficializada pelo ex-chefe da Casa Branca.
Informações Bahia.ba
Sandra Terena compartilhou com o Pleno.News as dificuldades que ela e os filhos têm enfrentado junto ao marido
Alvo do inquérito que apura o financiamento e a organização de atos supostamente antidemocráticos, o jornalista Oswaldo Eustáquio teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por “sistematicamente, descumprir medidas cautelares”, segundo o ministro. Antes da prisão, o jornalista já havia sido proibido de frequentar as redes sociais, de sair de Brasília sem permissão judicial e teve seu canal no YouTube suspenso.
Após ter sido preso, o jornalista Oswaldo Eustáquio denunciou ter sofrido agressões de agentes penitenciários, ter ficado paraplégico após uma queda na cela e ter sido impedido de se comunicar com sua esposa, Sandra Terena, durante os 40 dias em que esteve no regime fechado.
Sandra tem se manifestado nas redes sociais durante o período em que seu marido está judicialmente impedido de fazê-lo e hoje conta ao Pleno.News as dificuldades que ela e os os filhos têm enfrentado diante do caso de Eustáquio.
O que tem acontecido com sua família e filhos desde o dia 18 de dezembro, quando seu esposo Oswaldo Eustáquio foi preso por ordem do STF?
Na noite do dia 17, fui à igreja, e o culto acabou tarde. Cheguei em casa depois da meia noite do dia 18 de dezembro. O Oswaldo estava dormindo, e eu o acordei para mostrar uma mensagem que uma irmã da igreja enviou em oração, dizendo que passaríamos por um vento muito forte, ou seja, uma situação difícil. Falei para ele: “Espero que a PF não venha aqui em casa”. Percebi no rosto dele um pouco de apreensão. Ele respondeu que Deus estava no controle e dormiu.
Na manhã do dia 18, pedi [a ele] o cartão do banco para que eu fosse ao mercado fazer compras. Ele me deu o cartão e disse que me amava. Já no mercado, por volta das onze da manhã, recebi uma ligação do Oswaldo me dando feliz aniversário e [dizendo] que à noite haveria uma festa surpresa (que ele estava organizando), mas não poderia participar, pois estava sendo levado preso pela terceira vez, de forma imoral, ilegal e inconstitucional pela Polícia Federal, a mando do STF.
Minhas pernas tremeram, fiquei sem reação. Soube depois que os nossos dois filhos menores, o Bernardo e o Oswaldo André, estavam no colo dele. O Bernardo, de sete anos, disse aos policiais que eles não iriam levar o pai dele. A coragem dos meninos de defender o pai constrangeu os agentes que foram gentis e esperaram meu marido falar com as crianças com tranquilidade.
Oswaldo olhou para o Bernardo e pediu para que ele, então, como o homem mais velho da casa, em sua ausência assumisse o comando e cuidasse da mamãe e dos irmãos. Com lágrimas nos olhos, Bernardo prometeu cumprir a missão. Oswaldo deixou a nossa casa com parte da imprensa já presente do lado de fora de casa e mais uma vez ignorando a sua voz, pois queria apenas sua imagem no carro da PF. E, em seguida, ele foi encaminhado para o Presídio da Papuda.
Por volta das onze da manhã, recebi uma ligação do Oswaldo me dando feliz aniversário e dizendo que à noite haveria uma festa surpresa… mas [ele] não poderia participar, pois estava sendo levado preso de forma imoral, ilegal e inconstitucional
Você trabalhava como Secretária Nacional na Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, do ministério de Damares Alves, e foi exonerada do cargo. Como avalia a sua saída?
O cargo é de livre nomeação e exoneração por parte da Ministra. Respeito a decisão dela. O motivo da minha exoneração, segundo a Ministra, seria o fato de eu ser casada com o jornalista Oswaldo Eustáquio e que [ela] soube pelas redes sociais que meu marido fez um evento conservador em nossa casa, com a presença do deputado Daniel Silveira e com jovens expoentes conservadores, e que esse teria sido o estopim para minha exoneração.
Participaram desta reunião, o próprio Oswaldo e a Secretária-adjunta de uma outra pasta, além de um assessor especial da Ministra. Foi um momento difícil para a nossa família, pois meu marido já estava sob censura e medidas cautelares, mesmo sem ter cometido crime.
Em dois anos à frente da pasta, tive a oportunidade de reorganizar a estrutura da secretaria, visando à otimização da força de trabalho da pasta, bem como à criação de um ousado banco de dados do público-alvo da secretaria, que é a população afrodescendente, bem como indígenas, quilombolas, ciganos e demais representantes de segmentos de comunidades tradicionais.
Foi um momento difícil para a nossa família, pois meu marido já estava sob censura e medidas cautelares, mesmo sem ter cometido crime
Para se fazer política pública, primeiro precisamos ter informações atualizadas desse público e fazer articulação com as outras pastas do governo. E foi isso que fizemos enquanto estive à frente da Secretaria. De forma inédita, resolvemos conflitos históricos em terras quilombolas que a esquerda não conseguiu resolver; ao contrário, apropriou-se da pauta para subjugar esse público.
Um grande exemplo em que atuamos foi na regularização do Quilombo dos Rios dos Macacos. Também articulamos a elaboração de ações para a comunidade quilombola de Alcântara, bem como, durante a pandemia, destinamos recursos para a aquisição e distribuição centenas de milhares de cestas básicas para indígenas e quilombolas em todo o Brasil, em uma grande ação interministerial.
Sei que dei a minha contribuição. Na época em que saí, a Secretaria estava entre as três primeiras em execução orçamentária. Saí de cabeça erguida porque não tenho do que me envergonhar.
Eustáquio é investigado no inquérito sobre financiamento de atos antidemocráticos. O que o relatório da Polícia Federal tem apurado sobre isso?
Meu marido está sendo perseguido por meio de um inquérito ilegal por ter denunciado um golpe contra o presidente da República. Em 19 de abril de 2020, em uma live com o presidente do PTB, Roberto Jefferson, ele denunciou que o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pretendia colocar em pauta uma PEC que permitiria sua reeleição e que, depois de reeleito, acataria um pedido de impeachment contra Bolsonaro e Mourão, tornando-se o primeiro na sucessão para assumir a presidência da República – informação que foi confirmada e chegou ao STF que, por 6 votos a 5, impediu o projeto de poder de Maia. Este golpe, denunciado por Oswaldo Eustáquio e Roberto Jefferson foi sepultado no início deste mês, com a vitória de Arthur Lira na Câmara.
Existem dois documentos que comprovam a inocência de Oswaldo Eustáquio: [O primeiro é] o protocolo do deputado federal Nereu Crispim, que admite ao STF que foi usado pela cúpula do PSL para inventar acusações contra o meu marido e [contra] mais 10 deputados e dois senadores e que ele está arrependido do que fez.
Depois de quase dez meses de investigação, dezenas de buscas e apreensões, sendo cinco contra o meu marido, após quebrarem o sigilo telefônico e bancário de Oswaldo, prendê-lo três vezes, depois de tudo isso, concluiu-se que não há elementos para indiciar nenhum investigado
Além disso, [o segundo documento é] um relatório da PF encaminhado ao STF e a PGR, [que] informou que, depois de quase dez meses de investigação, dezenas de buscas e apreensões, sendo cinco contra o meu marido, após quebrarem o sigilo telefônico e bancário de Oswaldo, prendê-lo três vezes, depois de tudo isso, concluiu-se que não há elementos para indiciar nenhum investigado.
O contraste entre Lula (condenado em três instâncias, estar livre) e meu marido (sem sequer ser indiciado e estar preso) revela uma ditadura da toga, que envergonha o nosso país no âmbito internacional.
Uma ditadura da toga, que envergonha o nosso país no âmbito internacional
O que aconteceu com seu marido é passível de acontecer a outras pessoas pelo Brasil. Como ex-integrante do governo Bolsonaro, como você percebe esta administração do Supremo com poder de ordem de prisão para casos como este?
Infelizmente sim. E já está acontecendo. Veja o exemplo de Sara Winter, mãe de um menino de cinco anos. Temos outros cinco presos políticos. Há a censura imposta ao jornalista Allan dos Santos, que está fora do Brasil, pois presenciou a desagradável cena de ter uma pistola apontada para a cabeça de sua esposa grávida, como se ela oferecesse risco, e nada pôde fazer.
Meu marido está com quadro de paraplegia. Está sob a custódia do Estado, sem estar em uma cela de nível superior, uma vez que ele é jornalista diplomado
O ex-ministro da Educação, por exemplo, teve que deixar o país para não ser mais uma vítima. Por tantas perseguições, sou favorável à PEC contra censura que leva o nome de Allan dos Santos, amigo de Oswaldo, e que também é perseguido por um Sistema que não suporta a verdade.
É verdade que Oswaldo Eustáquio está paraplégico? E isso foi em decorrência de um tombo dentro da cela?
Infelizmente, sim. Meu marido está com quadro de paraplegia. Está sob a custódia do Estado, sem estar em uma cela de nível superior, uma vez que ele é jornalista diplomado.
Ele sofreu uma queda e perdeu o movimento das pernas, permanece preso com tornozeleira eletrônica e segue internado em um Hospital de Reabilitação, fazendo fisioterapia intensiva e ozonioterapia. Os médicos não garantem que ele vai voltar a andar, mas temos fé que, com muito esforço e com Deus na causa, ele possa reverter esse quadro.
E sobre a dificuldade dele em poder fazer um exame de ressonância magnética? O que aconteceu?
No dia 8 de fevereiro, meu marido foi impedido de fazer o exame de ressonância magnética, fundamental para seu tratamento, por conta da tornozeleira eletrônica. Recorremos, e a juíza Leila Cury se declarou incompetente e oficiou o STF, que até o momento não se manifestou sobre o pedido de remoção da tornozeleira eletrônica, incompatível com a máquina de ressonância.
[como se] Não bastasse isso, além de o meu marido ser privado de realizar exames, a juíza oficiou o STF por uma “falta cometida”, ocasionada por descarga total da bateria da tornozeleira. Todavia, o equipamento se desmagnetizou ao aproximar-se do aparelho de ressonância.
Quantos dias exatamente você ficou sem poder ver seu marido e por qual razão?
Foram quarenta dias de prisão em regime fechado entre o presídio da Papuda e as Papudinhas, celas dentro dos hospitais de Base e Paranoá. Hoje, a Papuda tem cerca de 16 mil presos, e Oswaldo era o único que não podia receber visita. Disseram que era por causa da Covid-19 e que me deixariam falar com ele por telefone, por 2 minutos a cada sete dias, o que também não aconteceu.
Oswaldo mandou através do Serviço Social da Papuda uma carta no dia 22 de dezembro, que chegou em minhas mãos quase um mês depois. Foi um total abuso de autoridade.
A Papuda tem cerca de 16 mil presos, e Oswaldo era o único que não podia receber visita
Como cidadã, você tem medo de sofrer retaliações e ameaças por parte do STF?
Vivemos uma vida reta, perante a sociedade e perante Deus. Já sofremos todo o tipo de retaliação. Meu marido foi preso, censurado, agredido, está internado, com quadro de paraplegia e, mesmo sem andar, está de tornozeleira eletrônica.
Eu perdi o trabalho por pressão, pelas verdades ditas por Oswaldo, e nossos filhos tiveram que deixar a escola depois de diversas ameaças de morte contra meu marido. Vivemos um pesadelo.
Nossos filhos tiveram que deixar a escola depois de diversas ameaças de morte contra meu marido
Mesmo assim, temos convicção de que tudo isso vai passar e que nossa geração vai transformar a história do Brasil. Nossos filhos e netos viverão em um país melhor e o sol da justiça vai raiar. Continuamos firmes em apoio ao presidente Bolsonaro, que também tem sofrido.
Oswaldo está numa cadeira de rodas e Bolsonaro foi esfaqueado. Outros amigos nossos estão presos ou em autoexílio. Outros morreram como heróis lutando pelo Brasil como nosso amigo querido Arolde de Oliveira.
Meu marido está impedido de exercer sua profissão e eu estou sem trabalhar, devido à perseguição que sofremos. Mas, até aqui o Senhor tem nos ajudado
Como está Oswaldo Eustáquio hoje e quais são as perspectivas com relação ao caso?
Pela constituição e pelas leis penais, um inquérito com réu preso tem que ser encerrado em dez dias. Este inquérito ilegal já dura quase dez meses.
Com o relatório da PF, apontando que não há motivos para indiciamento e que se esgotaram as possibilidades de novas diligências, dentro do Estado de Direito, o inquérito se encerra no dia 25 de março com o arquivamento de um inquérito que envergonha o Brasil e com a liberdade do meu marido e de demais presos políticos.
De quem você teve mais apoio e do que precisa hoje?
Nessa hora nos sentimos acolhidos por muitos amigos. Os deputados Daniel Silveira, Otoni de Paula, Filipe Barros, Bia Kicis, Carlos Jordy, José Medeiros, Eduardo Bolsonaro foram muito solícitos. Recebi também a solidariedade do ministro das comunicações, Fábio Faria e do ministro do turismo, Gilson Machado.
Também tivemos o apoio de Magno Malta e do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. Os brasileiros, que vivem aqui e em outros países, abraçaram a nossa família.
O inquérito se encerra no dia 25 de março com o arquivamento de um inquérito que envergonha o Brasil e com a liberdade do meu marido e de demais presos políticos
Cada mensagem que recebo nas minhas redes sociais enche meu coração de alegria e vejo que não estamos sozinhos, pelo contrário, é uma verdadeira corrente do bem. Nessa hora, eu percebo que mesmo diante de todas as dificuldades, Deus nunca saiu do controle. E o propósito que Ele tem em nossas vidas se sobrepõe às circunstâncias.
Hoje meu marido está impedido de exercer sua profissão e eu estou sem trabalhar, devido à perseguição que sofremos. Mas, até aqui o Senhor tem nos ajudado com o maná diário. Deus tem suprido todas as nossas necessidades.
As orações de todo o Brasil têm nos alcançado. Temos experimentado o cuidado de Deus nas nossas vidas em todos os detalhes, e é disso que precisamos: de oração. O nosso socorro tem vindo do alto, do Deus altíssimo.
Informações Pleno News
Lançado pelo ex-presidente Lula como pré-candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, derrotado nas suas duas últimas eleições disputadas, virá em breve para a Bahia.
Segundo a revista Veja, ele começará a caravana pelo país, para consolidar seu nome, no próximo dia 24 de fevereiro, em Belo Horizonte. Logo depois, Haddad desembarca em Salvador, terra dos petistas Rui Costa e Jaques Wagner.
De acordo com a revista, os dois ficaram surpresos com o timing do anúncio, mas não estranharam a escolha de Lula. Embora considere difícil, Rui Costa mantém o desejo de ser candidato à Presidência pelo PT, segundo a Veja
Informações Política Ao Vivo
O presidente Jair Bolsonaro nomeou o deputado federal João Roma (Republicanos) para o ministério da Cidadania. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que ocupava o cargo, foi confirmado pelo governo federal para a Secretaria-Geral da Presidência da República. Onyx estava no comando do Ministério da Cidadania, até esta sexta-feira (12).
O comando da Secretaria-Geral da República estava vago desde o fim de dezembro, quando o então titular Jorge Oliveira deixou o governo para assumir uma cadeira de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Informações Bahia Notícias
Kristina Rosales, do Departamento de Estado americano, destacou que “os dois países irão trabalhar juntos”
Em entrevista à BBC News Brasil, porta-voz do Departamento de Estado americano para a América Latina, Kristina Rosales, disse que o novo governo dos Estados Unidos não terá uma terá uma política externa “agressiva” em relação ao Brasil. Ela destacou ainda que o país continua sendo considerado um aliado de Washington em âmbito internacional.
Rosales afirmou que “os EUA e Brasil têm uma parceria já de mais de dois séculos, que é bem vibrante e com muitos valores e interesses compartilhados”. Segundo a porta-voz, “as administrações podem mudar, e a relação fica intacta, já que há vários compromissos entre os dois países”.
– Conforme vão mudando os governos de um país ou de outro, vai haver uma mudança de prioridades. É normal. Mas isso não significa que porque o governo e as prioridades mudaram, a relação com o país, que tem um governo com prioridades distintas, vai ser completamente destruída ou que vai mudar de forma a não haver mais possibilidade de aliança, de amizade histórica entre Estados Unidos e Brasil – declarou ela.
Kristina disse saber “que os dois países irão trabalhar juntos”.
Na quinta-feira (11), o chanceler brasileiro Ernesto Araújo sinalizou, no Twitter, que teve uma conversa produtiva com o secretário de Estado americano Tony Blinken.
– Tive hoje longa e produtiva conversa com o Secretário de Estado Antony Blinken. Agenda 100% positiva. Ficou claro que há excelente disposição e amplas oportunidades para continuarmos construindo uma parceria profunda entre o Brasil e os Estados Unidos – escreveu Araújo.
Também na quinta, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro afirmou que acredita na manutenção de acordos de parceria feitos na gestão de Donald Trump. A declaração foi dada após evento de entrega de títulos de propriedade em Alcântara, no Maranhão.
– Eles [os norte-americanos] são realmente voltados para o interesse de sua nação. Muda governo; pouca coisa muda. Acredito que todos os acordos que assinamos com o governo Trump serão mantidos com o governo Biden – disse Bolsonaro.
Informações Pleno News
Presidente diz que publicará três ou quatro novos decretos sobre armas
O presidente Jair Bolsonaro, ao anunciar que publicará mais decretos relacionados a armas nesta sexta-feira (12), voltou a defender o armamento da população, sob o argumento de que nenhum governante vai querer dar uma de “herói” e “impor uma ditadura” caso o povo esteja armado.
– Devo publicar, quase certo, hoje, três ou quatro decretos sobre armas. Aí vão falar: “[Olha] ele aí falando em arma, em vez de falar de vírus. A vida continua, poxa – disse Bolsonaro.
De acordo com o mandatário, um dos decretos será referente às armas de airsoft. Atualmente o Exército controla todas as atividades referentes a esse tipo de arma, incluindo fabricação, utilização, importação, exportação, desembaraço alfandegário, tráfego e comércio. Segundo o presidente, “a partir do decreto de hoje, amanhã não vai ser mais… Vocês podem não dar valor a isso, mas tem gente que dá”.
Um dos argumentos usados pelo presidente na defesa do armamento foi a de proteção das mulheres. Ao ilustrar um caso no qual uma mulher poderia estar em perigo, o presidente perguntou: “Se chegar um pessoal pra cima de você, você prefere ter uma 380, uma 40, ou puxar da bolsa a lei do feminicídio?”
– Agora, quem não quer ter arma, não tenha. Bota uma faixa na sua casa: “aqui não tem arma, somos da paz”. Pronto, sem problema nenhum! Pessoal fala tem que desarmar o vagabundo. É impossível desarmar esses caras, pô (sic). Agora o pessoal de bem, para ter uma arma, é a maior dificuldade.
Segundo o presidente, a partir de hoje, as questões relacionadas ao tema serão tratadas por decreto: “Eu fiz tudo [o] que a lei permitia.”
Informações Pleno News/Estadão