De acordo com jornal, categoria pretende discutir impeachment de ministros do STF com o presidente do Senado
Nesta quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro recebeu caminhoneiros no Palácio do Planalto para discutir os bloqueios feitos pela categoria em estados do país.
Ao jornal O Globo, um representante dos caminhoneiros falou sobre o movimento e disse que a classe não pretende se desmobilizar até uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Francisco Dalmora Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, afirmou que eles estão “representando um segmento da sociedade brasileira”.
– A gente está aqui manifestando, representando um segmento da sociedade brasileira. A gente estabeleceu uma pauta de entrega de um documento ao senador Rodrigo Pacheco e, até o momento, não tivemos êxito nisso. Permanecemos no aguardo de sermos recebidos pelo mesmo. E talvez existam algumas questões sobre quanto tempo vai durar; estamos aguardando sermos recebidos pelo Senador Rodrigo Pacheco. Até que isso seja realizado, estamos mobilizados em todo o Brasil – apontou.
De acordo com o veículo de imprensa, entre a pauta que os caminhoneiros desejam encaminhar ao presidente do Senado está o desarquivamento e encaminhamento de todos os pedidos de impeachment de ministros do STF e a instauração de um processo de cassação do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Ele também falou sobre o encontro que a categoria teve com Jair Bolsonaro e disse que nada foi pedido pelo presidente.
– Não, o presidente não nos pediu nada. Estamos numa visita de cortesia visto que viemos ao Senado e, até o momento, não pudemos ser recebidos. Como nós estamos mobilizados aqui, aproveitamos a oportunidade para estar com o presidente que, diga-se de passagem, foi muito cordial. E estamos avançando no sentido de construir uma agenda positiva para o povo brasileiro – destacou.
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Jason Miller foi abordado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF
Ex-assessor de Donald Trump, Jason Miller foi interceptado pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (7), a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao programa Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, Miller falou sobre o episódio e relatou o que ocorreu durante as três horas de interrogatório pela qual passou.
A decisão de Moraes está no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos e tinha como objetivo descobrir se Miller teve participação na organização das manifestações de ontem. Outro americano, chamado Gerald Almeida Brant, também foi interrogado no aeroporto.
Durante sua entrevista, Miller relatou que os agentes que o questionaram não falavam inglês e que uma funcionária do aeroporto precisou atuar como tradutora.
– Eles falaram que eu não estava preso, mas que não estava autorizado a ir embora – apontou.
Ao ser indagado sobre o que foi questionado pelos agentes, o ex-assessor falou sobre a situação insólita pela qual passou.
– Eles colocaram um pedaço de papel na minha frente. Era uma ordem da Justiça, acredito do [ministro Alexandre de] Moraes. Então disseram que eles queriam me perguntar sobre duas investigações sigilosas (…) Eu nem conseguia entender o que estava acontecendo. Então disserem que se eu assinasse os papéis, poderiam ir. Eu não falo português e eles queriam que eu assinasse um papel – apontou.
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O caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, respondeu ao áudio de Jair Bolsonaro, em que o presidente pede que caminhoneiros liberem estradas e rodovias pelo país. Os motoristas fazem bloqueios em protesto a favor do presidente Jair Bolsonaro e pelo impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal.
Em um dos vários vídeos em resposta a Bolsonaro, Zé Trovão faz um apelo a Bolsonaro.
– Presidente, o povo precisa do senhor. O senhor está nos convocando desde o começo do ano. Presidente, pelo amor de Deus, estão atacando nosso povo aí, em Brasília. O senhor é nossa única salvação. Faz o que tem que ser feito, pelo amor de Deus – diz o caminhoneiro.
Já em outra gravação, Zé Trovão chega a questionar a autenticidade do áudio de Bolsonaro – que foi confirmada pelo ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas.
– Se o senhor quer realmente isso, peça diretamente a nós. Nós estamos aqui. Sempre apoiamos o senhor. Veja bem, tudo o que está acontecendo. A gente precisa resolver tudo isso. Precisamos de uma resposta do senhor. Se é para abrir, faça um vídeo, fale data e hora e nos peça, daí a gente vai atender ao senhor – orientou.
Zé Trovão é alvo de um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele havia prometido se entregar durante as manifestações do 7 de setembro, mas não cumpriu o prometido. Ele é considerado foragido pela Polícia Federal.
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Petição foi encaminhada à Procuradoria Geral do Ministério Público Militar
O promotores aposentados, Wilson Koressawa e Getúlio Alves de Lima, de Brasília, encaminharam uma ação à Procuradoria Geral do Ministério Público Militar. Eles pedem “a decretação imediata da prisão em flagrante ou pelo afastamento” de nove ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os alvos da representação são os ministros Dias Toffoli, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Carmem Lúcia, Rosa Weber, Luis Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre Moraes.
Apenas o ministro Kassio Nunes Marques não consta na petição.
Segundo os dois promotores, os membros do STF estão “incursos nas penas de crimes permanentes e inafiançáveis contra a ordem constitucional e o Estado Democrático de Direito”.
Informações Pleno News
Foto: Reprodução Twitter
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seguem acampados em Brasília mesmo após os atos com pautas antidemocráticas do dia 7 de Setembro. Mais de cem caminhões ocupam a Esplanada dos Ministérios e são usados para pressionar pela derrubada do bloqueio que dá acesso ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso Nacional.
O movimento tem a digital de empresas do agronegócio de Goiás, Santa Catarina e São Paulo. A maioria dos caminhões estacionados no canteiro central e nas vias da Esplanada traz a identificação delas.
O trânsito segue bloqueado e, até o começo da tarde desta quarta-feira (8), havia uma grande quantidade de manifestantes bolsonaristas em frente aos ministérios. Houve um buzinaço no momento do discurso do presidente do STF, Luiz Fux, na abertura da sessão desta quarta-feira (08).
O clima é de hostilidade a jornalistas e aos policiais militares que fazem a barreira que impede o acesso ao STF e ao Congresso.
*Metro1
No início da sessão desta quarta-feira (8), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) falou sobre as manifestações pelo Dia da Independência. Em discurso, Fux subiu o tom contra o presidente Jair Bolsonaro, disse que “esse Supremo Tribunal Federal jamais aceitará ameaças à sua independência” e reforçou que “ninguém fechará essa Corte”.
A medida ocorre após discursos feitos por Bolsonaro nas manifestações desta terça-feira (7). Na primeira delas, em Brasília, ele disse que o Poder Judiciário “pode sofrer aquilo que não queremos”. Sem citar nomes, explicou que um “ministro específico” está “paralisando a nação”.
Já na segunda manifestação, em São Paulo, Bolsonaro defendeu que os “presos políticos” sejam postos em liberdade e sugeriu que não irá mais cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao comentar os atos de ontem, Fux disse que a Corte esteve atenta às mensagens sobre o Supremo.
– Este Supremo Tribunal Federal também esteve atento à forma e ao conteúdo dos atos realizados no dia de ontem. Cartazes e palavras de ordem veicularam duras críticas à Corte e aos seus membros. Muitas delas vocalizadas pelo presidente da República em seus discursos em Brasília e São Paulo -ressaltou.
O presidente do Supremo, no entanto, condenou ataques feitos contra os ministros e contra a Corte.
– Ofender a honra dos ministros, incitar a população a propagar discurso de ódio contra o STF, incentivar o descumprimento de decisões do STF são práticas ilícitas e intoleráveis, em desrespeito ao juramento que fizemos ao assumir a cadeira nessa Corte – apontou.
O ministro então subiu o tom e pediu à população brasileira que não caia em “narrativas falsas”.
– Todos sabemos que quem propaga o discurso do nós contra eles não propagada a democracia (…) Povo brasileiro, não caia na tentação das narrativas falsas e messiânicas que criam falsos inimigos da Nação (…) O verdadeiro patriota não fecha os olhos para os problemas reais e urgentes do país. Pelo contrário, procura enfrentá-los –
Ele também comentou a sugestão feita por Bolsonaro de que poderia descumprir decisões judiciais e classificou a iniciativa como um crime de autoridade.
– O STF também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos poderes, essa atitude, além de representar um atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisada pelo Congresso – afirmou.
Por fim, o presidente do STF disse que a Corte não será fechada e pediu aos líderes do Brasil que se dediquem “aos reais problemas” do país.
– Ninguém fechará essa Corte. Nós a manteremos de pé, com suor, perseverança e coragem (…) Eu conclamo aos líderes desse país que se dediquem aos reais problemas que afetam nosso povo -destacou.
Informações: Pleno News
O ex-presidente da Câmara dos deputados Rodrigo Maia criticou nesta quarta-feira (8) os atos de 7 de setembro a favor do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao UOL, Maia considerou que o presidente “estourou a corda” em seus discursos e disse que, a partir deste momento, não há mais retorno.
– É impressionante como ontem, depois das duas falas do presidente, esse clima [político contra Bolsonaro] avançou muito. De fato, o presidente estourou a corda, e não há mais retorno da posição dele em relação às instituições [democráticas] – afirmou.
Maia também disse que Bolsonaro é um “populista clássico” que mostrou, “de forma definitiva”, que não está preocupado com a democracia. Segundo Maia, o presidente “nada mais é do que o Hugo Chávez da direita”.
– O [Hugo] Chávez teve mais êxito. As instituições [democráticas] aqui são mais fortes [do] que na Venezuela. Mas você vê que a tentativa é a mesma: tomar o Congresso, tomar o Supremo e, a partir daí, fazer um governo autocrático, no qual a agenda dele objetivamente, primeiro, destrua as instituições [democráticas] e, depois, construa um governo autocrático no qual ele comande sozinho o nosso país – disse.
Apesar das críticas, Maia afirma não acreditar que um processo de impeachment contra Bolsonaro seria aprovado hoje. E, citando a discussão do voto impresso auditável, ele diz que há partidos de centro e de centro-direita cuja presidência é crítica a Bolsonaro, mas seus parlamentares votam como base do presidente da República.
Maia, porém, traçou paralelos com o governo Dilma e disse que a destituição do poder trata-se de um processo.
– Esse processo de impeachment é sempre feito por etapas. Eu acompanhei o da presidente Dilma, e a gente vai vendo que é uma construção, um encaminhamento. Mas, sem dúvida nenhuma, ontem o presidente Bolsonaro estourou a corda com as instituições [democráticas] porque, se hoje quem incomoda é o Alexandre [de Moraes], amanhã novamente pode ser o Rodrigo Pacheco, ou pode ser o presidente Arthur Lira, na pauta da Câmara dos Deputados – afirmou Maia.
O atual secretário do governo de São Paulo também disse que acha “muito difícil” que Bolsonaro consiga retomar uma boa relação com o Congresso, com o Supremo e com as instituições democráticas de forma geral.
Ainda sem partido, Rodrigo Maia declarou: “A crise no Brasil é tão grande que vou decidir minha filiação mais para frente”.
Informações:Pleno News
Por Cláudio Magnavita
Quem pensava que o presidente Jair Bolsonaro estivesse morto e desidratado eleitoralmente, que seria capaz de ficar fora até do segundo turno em 2022, teve de enfiar a viola no saco.
O Capitão voltou, e voltou para valer. Conseguiu que o emblemático 7 de setembro, o 199º aniversário da Proclamação da Independência, fosse um reencontro nacional com as suas bases e com as ruas. Um fenômeno similar às massas que corriam para os aeroportos na sua fase pré-campanha presidencial.
Os massacres midiático e jurídico estavam fazendo a sua militância recolher as bandeiras e ficar acuada. O efeito das grandes manifestações deste 7 de setembro foi reacender o seu eleitorado e novamente reposicioná-lo como candidato do antissistema. É David novamente lutando contra Golias.
Em sua sapiência política, Bolsonaro materializou os inimigos. Personalizou em dois ministros da corte os seus ataques. Separou a instituição STF da atitude pessoal de dois dos seus membros, especialmente o que foi escolhido por seu antecessor Michel Temer e que insiste em ser a santíssima trindade do judiciário: vítima, o investigador e o juiz no caso da fakenews.
A diferença é que o Ministro Alexandre de Moraes não fica na retórica. Ele assina a ordem de prisão e manda prender. Enquanto isso, coleciona custodiados que são considerados os mártires do bolsonarismo.
A adesão popular de hoje corrói qualquer lógica ou cartilha política. A massa antipetista está se juntando a uma onda de órfãos do lavajatismo, fruto da impunidade de Lula. Foi o sistema da judicialização da política que libertou o ex-presidente.
O ativíssimos da cobertura política também merece registro. Houve a fusão cromática do vermelho da GloboNews com as bandeiras da esquerda. O canal de jornalismo da Globo parecia emissora cubana tentando considerar democráticas as faixas em defesa da ditadura do proletariado. Definitivamente, a emissora rompeu os laços do bom jornalismo que eram cultuados pelo Doutor Roberto Marinho.
Este 7 de setembro foi apenas o primeiro ato da rivalidade entre os Capuleto e os Montecchio. Na prática, Bolsonaro apresentou a sua arma principal, o visível apoio popular. Ganhou musculatura para os próximos rounds.
Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã
Presidente participará de encontro do Conselho do Governo
Citada pelo presidente Jair Bolsonaro em seu discurso durante as manifestações de 7 de Setembro em Brasília, a reunião do Conselho da República não vai ocorrer amanhã. Ministros da área política disseram ao Estadão que o encontro, previsto para esta quarta-feira (8), às 9h30, é do Conselho do Governo, integrado pelos ministros do próprio governo e pelo vice-presidente, Hamilton Mourão.
No discurso, Bolsonaro disse que os presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, também participariam, mas nenhum deles ainda foi convidado.
– Amanhã, estarei no Conselho da República. Juntamente com os ministros. Para nós, juntamente com o presidente da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, com esta fotografia de vocês, mostrar para onde nós todos deveremos ir – disse Bolsonaro no palanque da capital federal.
O Conselho de Governo que se reúne amanhã tem caráter consultivo, para discutir ações do governo. É o próprio presidente quem convoca os membros para a reunião e designa um deles para presidir o encontro.
É possível que um dos temas da pauta do encontro desta quarta seja justamente a hipótese de convocar o Conselho da República.
Segundo pessoas que acompanham o assunto, a Casa Civil da Presidência da República, que é a responsável por organizar as reuniões, não estava trabalhando para promover qualquer encontro e foi pega de surpresa pela fala de Bolsonaro em Brasília.
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não chegaram sequer a ser convocados oficialmente para o encontro, segundo assessores.
Fux, que não participa formalmente do Conselho da República, já afirmou por meio de sua assessoria que não iria a qualquer reunião do colegiado, uma vez que não faz parte dele, de acordo com a previsão constitucional. Nos últimos meses, os dois têm sinalizado que não apoiarão tentativas de ruptura institucional por parte de Bolsonaro.
Em seu discurso em São Paulo, onde manteve o tom de críticas ao Supremo, Bolsonaro não mencionou qualquer encontro com integrantes de outros poderes.
*AE
Presidente ameaçou não cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (7), em seu discurso na manifestação pró-governo federal marcada na Avenida Paulista, na região central de São Paulo, que apenas Deus pode torná-lo inelegível. “Quero dizer aqueles que querem me tornar inelegível em Brasília: ‘só Deus me tira de lá’. “Aviso aos canalhas: não serei preso.”
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não vai mais cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro ainda afirmou que “ou esse ministro se enquadra, ou pede para sair”. Em nota, a assessoria do STF afirmou que não vai se manifestar sobre as declarações do presidente.
“Nós devemos sim, porque eu falo em nome de vocês. Determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade. Digo a vocês que qualquer decisão do ministro Alexandre de Moraes esse presidente não mais cumprirá”.
Segundo estimativa da Secretaria de Segurança Pública paulista (SSP) e da PM, 125 mil pessoas participaram das manifestações pro-governo da Avenida Paulista, ante 15 mil manifestantes no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista, onde se concentraram os críticos ao governo.
Moraes é o relator dos inquéritos que apuram a disseminação de notícias falsas e a organização de atos antidemocráticos.
Recentemente, o magistrado determinou a prisão de apoiadores do presidente por ameaças à Corte, como o ex-deputado Roberto Jefferson.
“Não se pode permitir que um homem apenas turve a nossa liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda para arquivar seus inquéritos. Sai Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha, deixa de oprimir o povo brasileiro, deixa de censurar”, prossegue o presidente.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a chamar de “farsa” a organização das eleições de 2022 sem o voto impresso. “Não posso participar de uma farsa”, afirmou aos apoiadores na Paulista.
“Não é uma pessoa ou o Tribunal Superior Eleitoral que vai dizer que esse processo é seguro, porque não é”, completou o presidente, que fez críticas ao “presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, sem citar nominalmente o ministro Luís Roberto Barroso.
Sob gritos de “Fora Doria”, Jair Bolsonaro afirmou que medidas de fechamento do comércio promovidas por prefeitos e governadores foram “piores que o vírus”, em referência à Covid-19.
“Tinha de esperar um pouco mais para que a população fosse se conscientizando do que é um regime ditatorial. Pior do que o vírus foram as ações de alguns governadores e prefeitos”, disse.
O presidente discursou do alto de um carro de som na região central da capital paulista. Pela manhã, Bolsonaro já havia discursado em outro protesto, este na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Aos apoiadores na capital federal, Jair Bolsonaro afirmou que quem age fora da Constituição Federal deve ser “enquadrado” ou “pedir para sair”.
O presidente afirmou que a população não deve aceitar “que uma pessoa específica da região dos Três Poderes continue barbarizando nossa população”, sem citar nominalmente nenhum dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro disse ainda que, caso não haja medidas para impedir o que considera “abusos”, este Poder “vai sofrer aquilo que não queremos”, mais uma vez sem citar o Supremo.
Informações CNN