Ex-primeira-dama afirma ser preciso lutar contra a legalização do aborto; ela comandou evento do PL Mulher em Teresina
Durante evento do PL Mulher em Teresina, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro comentou falou sobre o projeto de lei que amplia punições para mulheres que abortam a gestão depois da 22ª semana. O encontro na capital do Piauí ocorreu neste sábado, 15.
Ela afirmou que o Congresso Nacional tem “homens e mulheres de bem” para vetar a legalização do aborto no Brasil. Sob aplausos do público, a mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro falou em lutar pela causa.
“Hoje temos que lutar. A assistolia fetal (método de interrupção da gravidez acima de 20 semanas) é cruel, nem usada em eutanásia de animais”, disse Michelle Bolsonaro. “Querem assassinar os nossos bebês no ventre.”
A fala de Michelle, que é presidente nacional da divisão PL Mulher, ocorre em meio à discussão do Projeto de Lei 1.904/2024, popularmente chamado de PL do Aborto. O texto, que visa equiparar o aborto acima de 22 semanas ao crime de homicídio, teve a urgência aprovada pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira, 12. Dessa forma, o tema não precisará passar por análise de comissões da Casa.
Além do aborto, Michelle Bolsonaro criticou a gestão petista. De acordo com ela, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, “só usou as mulheres para subir a rampa”.
O PL 1.904 de 2024 prevê que mulheres sejam penalizadas com até 20 anos de prisão por abortos realizados acima de 22 semanas. Atualmente, o aborto é permitido em casos de risco à vida da mãe, estupro e gestação de feto anencéfalo, mas sem limite de idade gestacional para interrupção. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) é o autor do texto.
Informações Revista Oeste
Ex-secretária municipal e ex-vereadora, Neinha Bastos (União Brasil) lançou a pré-candidatura a vereadora neste fim de semana e confirmou apoio à pré-candidatura de José Ronaldo (União Brasil) a prefeito de Feira de Santana. Além do ex-prefeito também a presença do deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), líder da bancada de oposição na Assembléia Legislativa.
Ao lançar a pré-candidatura, a ex-vereadora Neinha Bastos reafirmou o compromisso de voltar a representar as mulheres na Casa da Cidadania e a certeza de que o programa de Governo de José Ronaldo é o que melhor contempla e valoriza as mulheres feirenses, garantindo democraticamente espaço para elas na administração municipal de Feira de Santana, como já ocorreu ao longo dos três períodos em que os ex-prefeito esteve na administração municipal.
O lançamento da pré-candidatura de Neinha Bastos foi marcado por grande participação popular, com auditório lotado de amigos e correligionários que apoiam a caminhada política visando retorno da ex-vereadora à Câmara Municipal. Foi mais um grande evento político nesta pré-campanha que ocorreu em Feira de Santana neste fim de semana.
*Sem Censura
Centenas de pessoas participaram na noite desta sexta-feira (14) do lançamento da pré-candidatura a vereador de Douglas da Casa da Fogueira (PMB), no espaço Sophia Eventos, no bairro Fraternidade. Ex-militante do grupo do pré-candidato do PT em Feira de Santana, Douglas anunciou sua nova aliança política: o pré-candidato a prefeito pelo União Brasil, José Ronaldo de Carvalho, que prestigiou o ato.
Nas eleições de 2020, Douglas foi candidato a vereador pelo PCdoB e obteve 1.465 votos, tendo atuado por vinte anos ao lado do pré-candidato do PT em Feira de Santana.
Douglas explicou que a decisão de mudar seu apoio ocorreu devido à falta de diálogo e apoio por parte do deputado Zé Neto, que ele sentiu em relação a si e à sua comunidade. Em busca de novas perspectivas, Douglas iniciou um diálogo com o ex-prefeito José Ronaldo.
Durante o evento de lançamento de sua pré-candidatura a vereador, Douglas expressou felicidade e honra em integrar o grupo ronaldista. “Se soubesse antes que José Ronaldo era uma pessoa tão brilhante, cativante e comprometida com as pessoas, já teria procurado firmar essa aliança há muito mais tempo. José Ronaldo é o melhor para Feira de Santana. Ele é um político experiente, com visão futurista extraordinária, que reúne capacidade e experiência para direcionar recursos e projetos para o bem-estar de nossa gente e de nossas comunidades”, declarou.
Douglas também mencionou seu respeito e admiração pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, pelo atual Ministro da Casa Civil, Rui Costa, e pelo senador Jaques Wagner. No entanto, ressaltou que em Feira de Santana seu apoio é exclusivamente para José Ronaldo.
Douglas refletiu sobre seus 20 anos ao lado do pré-candidato do PT, afirmando que ele não contribui nem para o grupo político nem para Feira de Santana. “Eu estava cego e dopado, não enxergava isso. Mas hoje, minha comunidade está fechada e comprometida, e vamos trabalhar firmemente para eleger José Ronaldo a prefeito de Feira de Santana e Douglas da Casa da Fogueira vereador”, finalizou.
O pré-candidato também expressou gratidão ao consultor Hamilton Ramos e a Valdir Santos, “que foram fundamentais para estabelecer uma genuína interlocução e aliança com José Ronaldo”.
*O Protagonista FSA
Em uma breve declaração publicada em seu perfil na rede social X na manhã deste sábado (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ser contra o aborto, mas criticou a proposta que consta no Projeto de Lei 1.904/2024, que prevê que o aborto praticado após as 22 semanas de gestação tenha a mesma pena aplicada ao crime de homicídio. Para o petista, a ideia do projeto é “uma insanidade”.
– Eu, Luiz Inácio, sou contra o aborto. Mas, como o aborto é uma realidade, precisamos tratar como uma questão de saúde pública. Eu acho uma insanidade querer punir uma mulher vítima de estupro com uma pena maior que um criminoso que comete o estupro. Tenho certeza que o que já existe na lei garante que a gente aja de forma civilizada nesses casos, tratando com rigor o estuprador e com respeito às vítimas – escreveu.
PETISTA JÁ HAVIA AFIRMADO SER CONTRA ABORTO EM 2022
Em 2022, Lula disse que era contra o aborto. No entanto, ele defendeu, em abril daquele ano, que a questão deveria ser transformada em saúde pública, como fez no posicionamento deste sábado
– Eu tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Eu sou contra o aborto. O que eu disse é o seguinte: é preciso transformar isso em uma questão [de saúde] pública. As pessoas pobres, que são vítimas do aborto, têm que ter condição de se tratar na rede pública de saúde. É só isso. Mesmo eu sendo contra o aborto, ele existe. Ele existe, por mais que a lei proíba, por mais que a religião não goste – declarou o petista na época ao Jornal Jangadeiro, da Band News FM.
Depois, em outubro de 2022, a campanha de Lula resolveu aderir às pautas de costumes para o segundo turno contra o então presidente Jair Bolsonaro (PL). Em peça publicitária que começou a ser divulgada no dia 6 daquele mês, o petista relembrou seus três casamentos e disse que todas as três esposas, Lurdes, Marisa e Janja, não apoiam o aborto. Lurdes e Marisa já faleceram.
– Não só eu sou contra o aborto, mas toda mulher com que casei é contra o aborto – dizia na gravação.
No fim de outubro daquele ano, durante debate, Lula não respondeu ao questionamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o tema. Na ocasião, o petista negou que fosse favorável ao assassinato de bebês nos ventres de suas mães, apesar da existência de muitos materiais em vídeo indicarem que ele já havia afirmado que tal situação era “questão de saúde pública”.
GOVERNO LULA SE MANIFESTOU CONTRA PL DO ABORTO
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira (14) que o governo Lula não apoiará nenhuma mudança na legislação atual em relação à temática do aborto, “principalmente” o projeto de lei que equipara a prática realizada após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio.
O projeto que trata do aborto após 22 semanas teve urgência para análise aprovada nesta semana na Câmara. Atualmente, o Código Penal estabelece que é permitido em caso de estupro e risco de vida à mulher. O STF, por sua vez, estendeu a liberação para os casos em que há anencefalia do feto.
O projeto foi proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), uma das principais lideranças da Frente Parlamentar Evangélica, e considera que o fato de a lei não prever “limites gestacionais ao aborto” não significa que os legisladores que promulgaram o Código Penal tenham querido “estender a prática até o nono mês de gestação”.
*Pleno.News
Foto: PR/Ricardo Stuckert
Ministro das Comunicações foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção e outros crimes; defesa alega inconstitucionalidades na investigação
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), solicitou ao STF o arquivamento do inquérito em que foi indiciado pela Polícia Federal(PF) por suspeita de corrupção passiva, organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. O pedido foi protocolado nesta sexta-feira, 14.
Em sua defesa, os advogados de Juscelino Filho argumentaram que a investigação na PF está repleta de “inconstitucionalidades e ilegalidades graves”. O relatório final do caso foi encaminhado ao ministro Flávio Dino, relator do caso no STF e ex-colega do ministro no governo Lula.
“Os apontamentos feitos pela autoridade policial nada mais são do que um emaranhado de ilações sem qualquer respaldo probatório e que acabaram misturando fatos alheios à investigação para tentar incriminar Juscelino Filho”, justificou a defesa sobre a PF ao STF.
Na última quarta-feira, 12, a PF concluiu que Juscelino Filho faz parte de uma organização criminosa e cometeu corrupção passiva relacionada a desvios de recursos de obras de pavimentação de ruas em Vitorino Freire (MA) financiadas pela Codevasf.
A cidade é governada por Luanna Rezende, irmã de Filho. Ela chegou a ser afastada do cargo, em setembro do ano passado, em virtude da investigação. Essas obras foram bancadas por emendas parlamentares indicadas por Filho, no período em que ele atuava como deputado federal.
A defesa rebateu, afirmando que a representação policial se baseou em uma informação falsa sobre a diferença entre o valor adiantado pela Codevasf e o serviço realizado pela construtora.
“Os indiciamentos propostos pela autoridade policial mostram que a investigação é especulativa, indiscriminada e sem objetivo claro, o que não pode ser aceito sob pena de violar os princípios de um processo penal democrático”, afirmou o documento da defesa.
No dia do indiciamento, o ministro de Lula também chegou a se posicionar sobre o indiciamento na PF. “Trata-se de um inquérito que devassou a minha vida e dos meus familiares, sem encontrar nada”, disse.
“A investigação revira fatos antigos e que sequer são de minha responsabilidade enquanto parlamentar”, afirmou. “A investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, parece ter se desviado de seu propósito original. Em vez disso, concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos.”
Os advogados de Juscelino destacaram que a investigação policial, que resultou no pedido de bloqueio de bens do ministro, baseou-se em uma informação incorreta sobre a diferença entre o valor adiantado pela Codevasf e o trabalho realizado pela construtora responsável pela obra.
A defesa que esta discrepância foi usada para justificar uma ação sem base probatória sólida. Também sustenta que os elementos apresentados pela autoridade policial são especulativos e carecem de provas concretas.
“O indiciamento da forma como proposto pela autoridade policial revela, em verdade, que a presente investigação nada mais é do que um procedimento especulativo, indiscriminado, sem objetivo certo ou declarado, o que, como consequência, não pode ser aceito sob pena de malferimento das balizas de um processo penal democrático”, argumentou.
Informações Revista Oeste
Ministros analisaram no plenário virtual queixa-crime do ex-presidente por ter sido chamado pelo deputado de ‘assassino, miliciano e ladrão de joias’.
Imagem: Amanda Perobelli/Reuters e Najara Araújo/Câmara dos Deputados
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu sexta-feira (14) receber uma queixa-crime do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) pelo crime de injúria. O placar foi de 8 a 3.
Com essa maioria, Janones vira réu e responderá a uma ação penal.
O caso foi julgado no plenário virtual do Supremo, quando os votos são inseridos no sistema eletrônico.
Bolsonaro acionou o STF após ser chamado por Janones, em postagens feitas em 2023 numa rede social, de “assassino”, “miliciano”, “ladrão de joias”, “ladrãozinho de joias” e “bandido fujão”, além de ser responsabilizado pela morte de milhares de pessoas durante a pandemia.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que as falas de Janones ultrapassaram a liberdade de expressão.
Relatora do caso, a ministra Cármen Lúcia, afirmou que “parece existir prova mínima da autoria e da materialidade do delito de injúria”
Segundo a ministra, “afastados os argumentos defensivos, revela-se suficiente, portanto, para o recebimento da queixa-crime, a presença de indícios da autoria e da materialidade delitiva, como comprovado. A prova definitiva dos fatos será produzida no curso da instrução, não cabendo, nesta fase preliminar, discussão sobre o mérito da ação penal”.
O voto da relatora foi seguido por Flávio Dino, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Nunes Marques, Luiz Fux e Luis Roberto Barroso.
Janones troca empurrões com deputados no final da sessão do Conselho de Ética da Câmara
Dino afirmou que se tornaram rotineiras palavras grotescas e/ou agressões pessoais na política e que esse tipo de conduta, que era rara ameaça se tornar banal e corriqueira, é incompatível com o princípio da moralidade, com o pluralismo político e com os direitos fundamentais.
“Aparentemente, uma lógica marcante em redes sociais está “colonizando” o debate parlamentar, muitas vezes inviabilizado por um esquisito torneio de comportamentos desbordantes do equilíbrio e do bom senso. Isso tudo impõe ao STF a análise da repercussão jurídica de tais ocorrências, inclusive por envolverem diretamente preceitos constitucionais atinentes ao Estatuto dos Congressistas’, afirmou.
Para o ministro, argumentos contra a pessoa não podem ser protegidos pela imunidade parlamentar.
“O que distingue e afasta a imunidade para caracterizar um possível crime? Argumentos “ad hominem” e “ad personam” são indícios relevantes. Somente excepcionalmente eles devem ser entendidos como acobertados pela imunidade parlamentar, à luz da instrução processual no caso concreto”.
O ministro Cristiano Zanin abriu a divergência e votou pela rejeição da queixa-crime.
Zanin entendeu que o caso envolve imunidade parlamentar e não configurou os crimes de injúria e calúnia.
“Entendo, pois, caracterizado o nexo entre a manifestação do Deputado Federal, ora querelado, e o exercício de sua função de parlamentar, de sorte que a proteção da imunidade material obsta o recebimento da presente queixa-crime”.
Zanin afirmou que as manifestações de Janones ocorreram nas redes sociais onde o deputado e o ex-presidente costumeiramente “firmam seus conflitos políticos, frequentemente, há de se dizer, por meio de manifestações jocosas e irônicas.
“As manifestações indicadaspelo querelante como violadoras de sua honra são genéricas e foram difundidas no contexto amplo e às vezes desordenado das redes sociais.Na arena da internet, essas características, de fato, sobressaem, em razão das conversações heterogêneas, instantâneas e mútuas queimperam nos mais diversos tipos de plataformas e sites propiciadores de trocas de mensagens, como acima destaquei”.
O voto de Zanin foi seguido por André Mendonça e Dias Toffoli.
Segundo Mendonça, ” mesmo em situações dúbias, isto é, limítrofes, que envolvam supostas ofensas entre pessoas públicas dedicadas a atividades político-partidárias, deve haver uma tolerância maior em favor da liberdade de expressão dos parlamentares, ainda quando o nexo causal entre as supostas ofensas e o exercício do mandato não se revele, de plano, tão cristalino”.
Informações G1
Nesta quarta-feira (12), a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência do Projeto de Lei 1904/2024 que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio. Com essa decisão, o texto pode ser votado diretamente no Plenário, sem passar antes pelas comissões da Câmara.
No entanto, parlamentares da extrema-esquerda estão provocando seus seguidores para atacarem integrantes da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), grupo que assina o projeto de lei e que pediu pelo regime de urgência. Na justificativa dos grupos abortistas, apoiados pela imprensa, o texto defende o estuprador, mas a informação não procede.
Uma das principais vozes que desinformam nas redes sociais é a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) que tenta sensibilizar a sociedade dizendo que o texto fará com que meninas sejam mães, e os estupradores sejam pais.
Segundo Sâmia Bomfim, uma menina estuprada ficaria presa por 20 anos enquanto o estuprador ficaria atrás das grades por oito anos. Ela chega a insinuar que seus colegas apoiam os estupradores.
O QUE DIZ O PROJETO DE LEI?
O PL 1904/2024 prevê que o aborto realizado após 22 semanas de gestação seja punido com reclusão de seis a 20 anos. Ele prevê essa pena tanto para os casos não previstos em lei, quanto aos previstos em lei.
Os abortos legais não ficariam impossibilitados, apenas haveria um prazo limite para sua realização: até a 21ª semana de gestação. Segundo os parlamentares, quando o Código Penal foi promulgado, em 1940, “se o legislador não colocou limites gestacionais ao aborto, não foi porque teria querido estender a prática até o nono mês da gestação”.
O presidente da FPE e autor do requerimento de urgência, deputado federal Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação do texto citando a Organização Mundial da Saúde (OMS) que atesta que a partir de 22 semanas o bebê tem plenas condições de viver fora do útero de sua mãe.
Em resumo, as principais alterações ao Código Penal previstas neste projeto de lei visam acrescentar dois parágrafos ao art. 124 do Código Penal Brasileiro, que trata do crime de aborto, para estabelecer que a gestante que realizar o aborto até a 21ª semana de gestação não será punida, desde que o procedimento seja realizado por médico e com o consentimento da gestante.
Além disso, também pede para incluir um parágrafo único ao art. 125, um segundo parágrafo ao art. 126 e um parágrafo único ao art. 128 do mesmo Código, com o intuito de abordar especificamente a questão do aborto em casos de estupro e suas condições legais.
*Pleno.News
Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar a “milícia digital do PT” chegou em 76 assinaturas das 171 necessárias, nesta quinta-feira, 13. De autoria da oposição, o requerimento pretende apurar denúncias sobre uma estrutura digital financiada com dinheiro público para atacar e descredibilizar a oposição e cidadãos que faz críticas ao governo, além de atacar a imprensa profissional.
Conforme o líder da oposição na Câmara, Felipe Barros (PL-PR), o grupo seria comandado pelo ministro extraordinário do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, que comandava a Secom há poucas semanas. O requerimento da CPI se baseia em reportagens do jornal O Estado de São Paulo.
Segundo Barros, a estrutura foi criada na campanha presidencial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem sido usada pela Secom depois da disputa. “O chefe é o ministro Paulo Pimenta”, disse o parlamentar.
Os parlamentares alegam uso indevido das estruturas de governo, em especial a Secom, para disseminar notícias falsas e manipular informações por meio de grupos organizados que são associados ao PT.
Além do pedido da CPI, a oposição encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma representação pedindo a inclusão das denúncias no inquérito das milícias digitais e acionou o Tribunal de Contas da União.
Na segunda-feira 10, o Estadão noticiou que membros da Secom realizam reuniões diárias com equipes do PT para definir temas e abordagens a serem usados nas redes sociais do partido. Influenciadores pró-governo também são ocasionalmente convocados para briefings sobre assuntos de interesse do governo.
Segundo o jornal, tais reuniões ocorrem virtualmente, por volta das 8 horas, e incluem assessores da Secom, do PT nacional, e dos gabinetes das lideranças do partido na Câmara e no Senado. Jilmar Tatto (PT-SP), secretário nacional de comunicação do partido, revelou em dezembro que o objetivo é “pautar as redes que o PT alcança”. Ele destacou:
“Às 8 horas da manhã tem um pedacinho do povo do PT, da delegação nacional, junto com o pessoal da Câmara, da liderança do PT, junto com o Senado, junto com a Secom do governo Lula”, enumerou. “É feita uma chamada reunião de pauta. O que é uma reunião de pauta? O que vamos abordar hoje”.
Uma rede de páginas e perfis governistas tem se destacado na defesa do presidente Lula (PT). Esse grupo promove ataques coordenados a críticos ao governo na tentativa de desqualificar a imprensa.
A relação direta entre governo e partido com esses influenciadores sugere que suas ações digitais são orientadas diretamente pelo Planalto, conforme o Estadão. Não há registros de repasse de verba pública para esses influenciadores.
Durante a tragédia no Rio Grande do Sul, PT, governo e influenciadores trabalharam para desmentir o que classificam como fake news, incluindo críticas políticas e reportagens da imprensa. O governador Eduardo Leite (PSDB-RS) e a família Bolsonaro também foram alvo de perfis ligados ao governo.
O jornal compara a estratégia atual com aquilo que a própria esquerda chamava de “gabinete do ódio” da gestão Jair Bolsonaro (PL).
Desde 2021, integrantes de uma agência de comunicação que presta serviços ao PT participam das reuniões matinais. A Polo Digital Marketing, liderada por sua sócia Clarisse Chalréo, conduziu o grupo de WhatsApp “gabinete da ousadia” durante a campanha de 2022. Clarisse confirmou sua participação nas reuniões, mas não forneceu detalhes sobre os assuntos discutidos.
A Polo mantém um contrato com o PT no valor de R$ 117,7 mil mensais, pagos com recursos do Fundo Partidário. A equipe da Polo conta com pelo menos 19 profissionais, incluindo coordenadores, redatores, especialistas em redes sociais e produtores de vídeo.
A existência da reunião diária entre a Secom e comunicadores do PT foi exposta pelo deputado Jilmar Tatto (PT-SP), que é secretário nacional de comunicação do partido. Ele afirmou aos correligionários que o trabalho de comunicação “para fazer disputa política com nossos adversários” é baseado em “metodologia, ciência, expertise” e que “não é de graça”.
Tatto confirmou que as reuniões diárias mobilizam as principais estruturas de comunicação do partido, mas ressaltou que a participação da Secom, de Paulo Pimenta, ocorre “às vezes, dependendo do horário”.
Ele admitiu que influenciadores são eventualmente convidados: “Às vezes, quando tem necessidade, a gente convida um (influenciador) ou outro”, disse. “A gente já fez reuniões com eles, se conecta com eles. Tenta manter um canal. Mas a gente não conseguiu ainda ter um padrão de funcionamento com eles.”
O deputado explicou que o objetivo é fortalecer a relação com influenciadores para que eles sigam a pauta de interesse do governo e do partido. Ele exemplificou temas tratados:
“Destaque do dia: tragédia no Rio Grande Sul, balanço das ações; divulgação Copom/Selic, Novo PAC Seleções; tragédia no Sul, com foco na questão das fake news; pesquisa Quaest, aprovação do governo”.
Parte da atuação dos influenciadores consiste em convocar mutirões contra adversários ou a favor de governistas. O humorista Whindersson Nunes, por exemplo, e a imprensa são alvos frequentes das críticas, especialmente quando expõem erros ou omissões do governo.
Informações Revista Oeste
O Instituto Lula, alvo das investigações da Operação Lava Jato, organizou um grupo de aproximadamente 100 mil militantes para disseminar mensagens pró-Lula (PT) e contrárias ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por meio do WhatsApp durante a campanha eleitoral de 2022, conforme reportagem do Estadão.
De acordo com o jornal, diversos grupos no aplicativo de mensagens continuam sendo utilizados pela militância petista, mesmo após a vitória de Lula, para compartilhar informações favoráveis ao governo e desinformação. Enquanto isso, o chamado “gabinete da ousadia” do PT influencia a narrativa do governo federal nas redes sociais.
A iniciativa, concebida pelo ex-presidente do Instituto Lula e ex-sindicalista Paulo Okamotto, alega ser “apartidária” e nega ter atuado diretamente na eleição presidencial. Estrategistas da equipe do senador americano Bernie Sanders também participaram da operação, que foi coordenada por Ana Flávia Marques, diretora do Instituto Lula e responsável pela campanha “Lula Livre” de 2018 a 2021.
A rede criada pelo Instituto Lula foi denominada “programa de voluntários” e interagia com a campanha oficial, contribuindo na seleção de temas e abordagens para o conteúdo a ser compartilhado.
Os grupos, identificados como “Zap do Lula”, “Time Lula”, “Evangélicos com Lula” e “Caçadores de Fake News”, são acessados por meio do site oficial do petista (lula.com.br).
Em 2022, um dos objetivos do “exército do WhatsApp” do Instituto Lula era reverter o apoio de evangélicos a Bolsonaro.
Conforme revelado pelo Estadão, entre as peças compartilhadas estava o “Evangelho segundo Bolsonaro”, composto por vídeos curtos com declarações editadas do ex-presidente, comparadas a passagens bíblicas. Mensagens como “Bolsonaro: o governo do ódio, da corrupção e da mentira” acompanhavam esses vídeos.
*Terra Brasil Notícias
Foto: Sérgio Lima
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), “tem o direito de provar sua inocência”. Juscelino Filho foi indiciado pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de envolvimento em um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Lula enfatizou que o indiciamento não implica automaticamente em culpa, mas sim que alguém o acusou e a acusação foi aceita.
“Eu acho que o fato do cara ser indiciado não significa que o cara cometeu um erro. Significa que alguém está acusando, e que a acusação foi aceita. Agora, eu preciso que as pessoas provem que são inocentes e ele tem o direito de provar que é inocente. Eu não conversei com ele ainda, eu vou conversar hoje [quinta-feira, 13] e vou tomar uma decisão sobre esse assunto”, afirmou Lula.
As declarações foram feitas em Genebra, na Suíça, onde Lula participaria do lançamento da Coalizão para Justiça Social da Organização Internacional do Trabalho. Posteriormente, ele seguiria para a região de Puglia, na Itália, para a reunião do G7.
Juscelino é suspeito de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e envolvimento em organização criminosa. O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF) é o ministro Flávio Dino, ex-colega de Juscelino no governo de Lula.
O documento será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o procurador-geral decida se haverá denúncia, arquivamento ou novas diligências pela PF.
Em nota divulgada na quarta-feira (12), Juscelino reiterou sua inocência e classificou a ação contra ele como “política e previsível”.
“É importante lembrar que o indiciamento não implica em culpa. A Justiça é a única instância competente para julgar, e confio plenamente na imparcialidade do Poder Judiciário. Minha inocência será comprovada ao final desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de inocência sejam respeitados”, diz o ministro no comunicado.
Informações TBN