Presidente recebe nesta sexta-feira sete membros do Conselho Político do partido
Nesta sexta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reúne com sete membros do Conselho Político do Patriota. O objetivo é começar oficialmente as negociações para uma possível filiação ao partido, já que o Aliança Brasil, legenda que o presidente gostaria de criar, não saiu do papel a tempo da disputa à reeleição em 2022.
Na última segunda-feira (8), o presidente da República afirmou que vai definir a nova legenda em março, e que está “namorando” alguns partidos, dentre eles o Patriota. Em resposta, o presidente da legenda, Adilson Barroso, também expôs o desejo de ter Jair Bolsonaro na sigla.
– Se ele chamar para namorar, vamos conversar. Agora, se der certo, não tem essa de namoro mais não. Tem que ir direto para o cartório. Já conhece, então tem que casar logo de papel passado – afirmou.
Nas eleições de 2018, a filiação quase se concretizou, quando Barroso mudou o nome da legenda de Partido Ecológico Nacional (PEN) para Patriota a fim de receber o até então deputado como candidato oficial do partido à presidência. Contudo, após negociações com o advogado e hoje ex-ministro Gustavo Bebianno, Bolsonaro optou pelo PSL. Contudo, o presidente deixou a legenda após divergências com a liderança do partido.
Informações Pleno News
A responsabilidade do ministro Ricardo Lewandowski na liberação das mensagens hackeadas da Operação Lava Jato ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dividiu o STF (Supremo Tribunal Federal).
Relator da operação na corte, Edson Fachin afirmou no julgamento que a atribuição para analisar o pedido do petista deveria ser dele próprio.
A PGR (Procuradoria-Geral da República), por sua vez, acusou a defesa do ex-chefe do Executivo de “burlar” o Supremo ao apresentar duas solicitações idênticas à corte, uma vez que Fachin já havia negado o mesmo pleito anteriormente.
Apesar de envolver um tema importante para a Justiça, que é o chamado “juiz natural” dos processos, princípio que garante a imparcialidade do Judiciário, o STF não deve se debruçar sobre o tema.
A avaliação da ala lava-jatista do Supremo é que, embora Fachin tenha argumentos em seu favor, as chances de vitória sobre o tema no plenário seriam reduzidas.
Além de Lewandowski também ter argumentos jurídicos para despachar no pedido do petista, a compreensão é que o placar do julgamento da última terça-feira (9) indica que o mais provável seria a Lava Jato amargar nova derrota no STF.
Os ministros Kassio Nunes Marques, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia acompanharam o voto de Lewandowski, e só Fachin se posicionou de maneira contrária na Segunda Turma.
O ministro Lewandowski liberou o acesso de Lula às mensagens (hackeadas e mais tarde apreendidas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Spoofing) em um despacho individual dado em 28 de dezembro. Em 1º de fevereiro, retirou o sigilo dos diálogos.
As mensagens foram hackeadas e parte delas foi entregue ao site The Intercept Brasil, que, em parceria com outros veículos, incluindo a Folha, publicou o conteúdo.
Mais tarde, os invasores dos celulares de procuradores da Lava Jato foram presos e as conversas ficaram sob a guarda da Polícia Federal, que teve de entregá-las a Lula por ordem do ministro do Supremo.
Fachin, porém, defendeu que seu colega não poderia ter dado acesso do material ao petista.
“O MPF usou a palavra ‘burla da relatoria’. Não vou repeti-la porque acho demasiadamente grave, mas entendo que a reclamação não retirou a prevenção deste relator para questões atinentes à ação penal aqui em tela, assim como para demais ações penais quando instado o STF a decidir”, queixou-se.
Ao questionar a decisão individual de Lewandowski que liberou o acesso do petista às mensagens, a PGR havia feito a mesma contestação: “A busca de atalhamento decisório pela defesa, além de esbarrar no requisito processual negativo da litispendência, revela uma tentativa de burla ao princípio do juiz natural —porquanto já judicializada a questão, sob relatoria de outro ministro dessa Corte Suprema”.
Lewandowski, entretanto, também tem suas razões para atuar no tema. E elas têm origem em fevereiro de 2019, quando os advogados do petista acionaram o STF sob argumento de que a Lava Jato havia violado a súmula vinculante do Supremo que dá à defesa de investigados “acesso amplo aos elementos de prova” já documentados em procedimento investigatório.
A ação foi apresentada após a 13ª Vara Federal de Curitiba rejeitar o pedido de Lula para acessar a íntegra do acordo de leniência da Odebrecht no âmbito da ação penal em que o ex-presidente é acusado de receber um terreno da empreiteira como forma de propina.
Em março de 2019, Fachin também negou o pedido do petista. Um ano e meio depois, em agosto de 2020, no entanto, a Segunda Turma do Supremo analisou o caso e derrubou a decisão de Fachin, dando acesso irrestrito do ex-presidente ao material requisitado.
Na ocasião, Lewandowski foi o responsável por abrir divergência em relação ao voto do relator, o que o tornou responsável por todos os pedidos relativos ao caso que chegassem ao Supremo.
Em 23 de dezembro, então, a defesa do petista argumentou que deveria ter acesso às mensagens da Spoofing porque, conforme revelado por veículos de imprensa, os procuradores haviam conversado sobre o acordo de leniência nas mensagens.
Como os diálogos tornaram-se um fato notório e de amplo conhecimento público, estava ali caracterizada a responsabilidade de Lewandowski sobre o pedido, uma vez que envolvia o acordo da empreiteira.
Outra tese levantada por ministros que sustentam que Fachin não é o responsável pelo processo advém da decisão do ministro de agosto de 2019 ao negar o acesso de Lula às mensagens da Vaza Jato.
Na interpretação de uma ala da corte, naquele despacho o ministro reconheceu que não seria o responsável pelo caso por causa de um trecho da decisão.
“Com relação ao pleito de produção de provas vinculadas a noticiados fatos supervenientes ao ato coator, consigno que se almeja a colheita de elementos probatórios que não se encontram submetidos à administração e supervisão desta relatoria, da autoridade imputada como coatora ou das instâncias antecedentes”, escreveu.
A defesa do petista estava recorrendo da decisão até dias antes do julgamento desta semana. Em 1º de fevereiro, porém, às vésperas da análise do tema na turma, a defesa do petista pediu a desistência do recurso, que foi homologada por Fachin na terça-feira, data que a turma enfrentou o tema.
A decisão final do julgamento se limitou a afirmar que o grupo de sete procuradores que requereu a revogação do despacho de Lewandowski que autorizou o acesso aos diálogos não tinha legitimidade para fazer a solicitação ao STF.
Gilmar e Lewandowski aproveitaram para fazer duras críticas à Lava Jato. Kassio e Cármen, porém, afirmaram apenas que não poderiam analisar o pedido porque os ex-procuradores da operação não tinham direito de ter acionado o STF naqueles termos.
Fachin, porém, discordou dos colegas em relação e disse que a corte não analisou somente a competência dos integrantes do MPF para acionar o Supremo.
“O que se tem aqui, para além da questão da legitimidade, é o exame do fornecimento integral do material apreendido na 10ª Vara de Brasília [responsável pela Spoofing]”, disse.
Folhapress
11 fevereiro 2021
“Ele é sujinho. Se esfregar bem…”, “louco” e “abusador” e “quer usar a agenda LBGT” foram algumas das declarações que geraram polêmica na 21ª edição do Big Brother Brasil, reality show transmitido pela TV Globo.
Mas a forte repercussão nas redes sociais não se deu apenas pela natureza dos comentários, mas de quem veio — representantes do que muitos consideram ser militantes da diversidade e contra o preconceito.
Se ao público coube o julgamento moral, na opinião de Wilson Gomes, filósofo e professor titular de Teoria da Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), são sinais reveladores da “fragmentação da esquerda identitária”, que não tem “um projeto de sociedade unificado”.
“A esquerda criou palco, ganhou um espelho e não gostou do que viu”, opina Gomes, pesquisador e autor de 11 livros, entre eles Crônica de uma Tragédia Anunciada: Como a Extrema-Direita Chegou ao Poder.
“Esse BBB se tornou um laboratório a céu aberto da fragmentação dessa esquerda identitária que não tem um modelo de sociedade, que é dividida em tribos e que não concilia o discurso da diferença com o da igualdade”, disse ele em entrevista à BBC News Brasil. “Não há, portanto, espaço para conciliação. É como se cada pedaço da sociedade tivesse que cuidar de si. Ou, como digo, ‘farinha pouca, meu pirão identitário primeiro’.”
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Algumas lideranças do movimento negro, no entanto, dizem que os participantes não falam pela causa, tese com a qual Gomes não concorda.
Ele, que também pesquisa comunicação e política nas redes sociais, diz acreditar que a edição deste ano do Big Brother Brasil quis se aproveitar “do rescaldo do movimento Black Lives Matter” dentro de um contexto em que há um esforço de valorização e cobrança por maior representatividade das minorias em espaços públicos. De fato, metade do elenco BBB21 é negra, maior porcentual da história do programa.
Mas, segundo ele, apesar disso, o que o público do lado de fora viu foi um “conflito sem limites das tribos identitárias colidindo uma com a outra”.
“As tramas amorosas e sexuais, recorrentes em outras edições do programa, foram substituídas por ‘tretas’. O público achou aquilo assustador enquanto a esquerda tradicional, que oferece complacência enorme em relação aos abusos desses grupos identitários, ficou desnorteada”.
“O que vemos ali é cada um buscando sua superioridade moral e se permitindo comportamentos autoritários e agressivos simplesmente por causa de seu pertencimento a um grupo estruturalmente desvantajado ou historicamente marginalizado”.
Na visão de Gomes, parte-se assim da visão de que o pertencimento “a essa minoria que sofreu, me dá um ‘Super Trunfo’. E, portanto, o que eu faço tem uma espécie de excludente de ilicitude”.
O filósofo faz alusão ao jargão jurídico — quando uma pessoa pratica um ato geralmente considerado ilícito ou impróprio sem ser punida por isso — para comentar polêmicas como a que aconteceu durante uma festa, quando o participante Gilberto Nogueira afirmou ser um homem negro, declaração que incomodou a rapper Karol Conká e o comediante Nego Di. Este disse: “Ele é sujinho. Se esfregar bem…”. Karol Conká e Nego Di se declaram negros.
Em outro desdobramento, Conká foi acusada de violência psicológica contra o ator Lucas Penteado (de “Malhação”), que também se declara negro, chamando-o de “louco e abusador”. Isso se agravou depois que Lucas tratou outra participante, Kerline, com uma “abordagem invasiva”, repleta de “nomes assustadores”, segundo relato dela própria. Kerline acabou tendo uma crise de choro, e o episódio fez com que alguns participantes do programa agissem duramente contra Lucas, deixando de falar com ele ou proibindo que ele se sentasse à mesa, por exemplo.
Já a psicóloga social Lumena acusou Lucas de autopromoção ao protagonizar com Gilberto o primeiro beijo entre homens em 20 anos do programa. Ela disse: “Lucas tá usando os pretos para se autopromover. Primeiro foi uma agenda racial e agora uma agenda LGBT. Eu não fico falando da minha mulher e que sou sapatão”. A fala deu origem a brincadeiras e críticas nas redes sociais, com usuários criando uma fictícia “carteira de bissexual” a ser submetida à autorização prévia de Lumena.
Isolado e criticado pela grande maioria dos colegas, Lucas decidiu deixar o programa na manhã de domingo (7).
Gomes vê o que chama de “complacência” da esquerda com relação a comportamentos como estes em torno da desistência do participante Lucas.
“Há uma esquerda que passa pano para os abusos autoritários, linchadores e canceladores da esquerda identitária. Tem sido sempre assim. Eles vivem nessa complacência, embora estes sejam comportamentos que violem as crenças da própria esquerda”, diz.
Wilson Gomes destaca a ausência de espaços para a construção de diálogos
“Parece que estamos falando de dois tipos de racismo: um racismo que é condenável quando o vetor vai do branco para o negro e outro racismo para o qual ‘se passa pano’, que tem que ser chamado de outro nome, porque vai de um negro para outro negro, ou do negro para o branco”.
“A crítica não é então por princípio. Seria por conveniência? Os conservadores acusam os progressistas justamente disso quando falam sobre o suposto ‘racismo do bem’ ou ‘ódio do bem'”.
“Na minha visão, a crítica tem que ser por princípio: racismo é racismo, não importa de onde venha, abuso psicológico é abuso psicológico, não importa de onde venha. Autoritarismo que humilha outras pessoas é autoritarismo, não importa de onde venha”, argumenta.
Segundo Gomes, esse tipo de atitude acaba fortalecendo a direita, que ele também classifica como identitária, mas, em sua avaliação, muito mais “unificada”.
“O cientista político americano Mark Lilla fala sobre como esses movimentos hiper-identitários foram muito importantes para a ascensão do trumpismo e eu ousaria dizer para a ascensão do bolsonarismo também. Afinal, se alimentam desse híbrido identitário”, assinala.
“Pode ser que o defensor das armas e o antiabortista tomem caminhos separados no futuro, mas não há dúvida de que existe um projeto de sociedade unificada na direita, a partir de uma visão conservadora do mundo.”
Nesse contexto, Gomes lamenta a ausência de espaços para a construção de diálogos.
“As pessoas falam dentro das suas próprias tribos. Na luta antirracista da atualidade, não há espaço para um Nelson Mandela ou um Martin Luther King, pessoas com discurso universalista, conciliador”, diz.
“Não vejo a criação de pontes, a construção de diálogos. A esquerda de hoje é como um arquipélago. A feminista que não se junta com mulher negra, que, por sua vez, não se junta com o homem negro. Trata-se de várias ilhas que, quando se juntam, se chocam. É isso que estamos vendo no programa”, conclui.
Informações BBC News Brasil
Era 28 de agosto de 1789 e na Assembleia Constituinte da França era colocada a pergunta mais revolucionária da época: quanto poder deve ter o rei?
A isso se resumia o dilema fundamental que a Revolução Francesa enfrentou: dar continuidade à monarquia decadente ou acabar com ela.
Poucos poderiam então prever que a questão levaria ao fim, alguns anos depois, dos onipotentes reis da França. E que Luís 16 e sua esposa Maria Antonieta terminariam seus dias executados na guilhotina, diante do desafiador povo parisiense que aplaudia com gritos de “Viva a República!”
A cena, antes dessa pergunta central, era simplesmente impensável.
Mas os franceses se envolveram em sua Revolução, processo que pôs fim ao poder absoluto da monarquia e da Igreja, questionado pela burguesia que emergia como uma nova força política.
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E assim começou uma transformação social e econômica que teve um profundo impacto na ordem política e cuja influência continua até hoje, não só na França, mas no mundo.
Daquele período turbulento surgiram, além de conceitos como “direitos humanos” e “nação”, os nomes das duas principais tendências políticas que dominaram o mundo desde então: a esquerda e a direita.
E a origem tem a ver com cadeiras.
Para explicar a origem do uso dessas palavras, é preciso voltar à sala da Assembleia Constituinte, em agosto de 1789, quando se votava o poder que deveria ter Luís 16.
A história que se conta é que o debate desencadeado na assembleia, composta tanto por adeptos da Coroa como por revolucionários interessados em derrubá-la, foi tão acalorado e apaixonado que os adversários acabaram estrategicamente localizados na sala segundo as suas afinidades.
Nas cadeiras localizadas à direita do presidente do grupo, sentaram os integrantes da ala mais conservadora. Eles eram os leais à Coroa, que queriam conter a revolução e defendiam que o rei conservasse o poder e o direito ao veto absoluto sobre todas as leis.
Eles eram a favor da instalação de uma monarquia constitucional na França, algo semelhante ao exemplo inglês. Ou seja, um rei poderoso com um Parlamento que dependia muito de sua figura.
Do outro lado, nas cadeiras da esquerda, começaram a se reunir revolucionários que tinham uma visão oposta ao que se sentavam à direita. Eles eram os mais progressistas na sala, os que clamavam por uma mudança radical de ordem.
Para eles, o rei só deveria ter direito a um veto suspensivo. Ou seja, se ele não concordasse com um projeto de lei, ele poderia suspender o processo por um certo tempo, mas não poderia interrompê-lo ou cancelá-lo definitivamente. Significava o fim do poder absoluto do monarca.
De acordo com os registros do Senado francês, a votação daquele dia foi vencida pelos membros da esquerda, com 673 votos, ante 325 votos da direita. Isso acabaria marcando o curso da Revolução Francesa.
Com o resultado, a monarquia começou a se enterrar na França. E, a partir daquele dia, os membros da assembleia continuaram a se localizar na sala por afinidades.
E a dicotomia não demorou muito para se infiltrar na linguagem política, o que acabou sendo muito prático para os editores das primeiras atas da Assembleia e dos primeiros jornais revolucionários.
Para Pierre Brechon, cientista político francês e professor emérito de ciência política na Universidade Sciences Po, um dos motivos pelos quais os termos permaneceram no jargão político tem a ver com sua simplicidade.
“O pensamento tem esse aspecto dicotômico e para entender, pelo menos num primeiro momento, precisamos de coisas simples. Poderíamos ter encontrado outros termos que poderiam ter se espalhado pelo mundo, mas o importante é que era preciso um vocabulário simples (…). E nas discussões políticas, direita e esquerda são simples referências “, diz à BBC Mundo.
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Para falar de política, precisamos de uma linguagem simples, diz o cientista político Pierre Brechon
Brechon aponta que essa dicotomia política na França não ficou só na discussão sobre os poderes que o rei deveria ter, mas evoluiu marcando alguns dos principais capítulos da história do país.
Após o colapso da monarquia, no século 19 o debate centrou-se em que tipo de república deveria ser estabelecida: se mais conservadora, com Estado vinculado à Igreja, como a direita preferia, ou se república laica, como a esquerda defendia.
No século 20, a divisão se manifestou economicamente, com a direita a favor do mercado liberal e esquerda pedindo um Estado regulado.
Durante boa parte do século 19, os termos esquerda e direita eram usados apenas por políticos.
Na verdade, demorou muitos anos para que essas noções deixassem a Assembleia Nacional Francesa e chegassem ao povo. Para que isso acontecesse, era preciso educação.
E aqui vale lembrar que, na Europa, países como a Alemanha e a França (esta última em plena revolução) foram os pioneiros na implantação de sistemas públicos de ensino no início do século 19. E, de acordo com o cientista político Brechon, uma coisa levou à outra.
A popularização dos termos esquerda e direita “estava ligada à progressiva politização dos indivíduos e à elevação do nível educacional das sociedades desenvolvidas”, explica ele à BBC Mundo.
Mas, embora os termos tenham nascido na França, a verdade é que eles se espalharam pelo mundo ocidental. Mas além dos nomes das tendências, foi expandida essa noção da política como oposição de forças, de preto e branco, em vez daquele espectro diverso que realmente é.
Embora o par de opostos mais universal seja o esquerda versus direita, sob a mesma lógica também existem progressistas versus reacionários, conservadores versus liberais ou democratas versus republicanos.
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A maioria dos franceses está politicamente no centro
Mais de dois séculos após a ascensão da esquerda e da direita, o espectro político é composto por uma série de tons de cinza em que, como geralmente fica claro nas pesquisas, a maioria das pessoas se encaixam.
Em uma de suas últimas pesquisas sobre identidade política, que Brechon conduziu durante as eleições presidenciais de 2017 na França (um país com mais de 80 partidos e movimentos políticos), os pesquisadores pediram aos participantes que se classificassem politicamente em uma escala de 0 a 10, com 0 representando a extrema esquerda e 10 representando a extrema direita. O resultado encontrado foi que “a média dos franceses se situa na posição 5”, ele diz, com menos pessoas nos extremos.
Isso, no entanto, não se aplica a todos os países. O espectro político varia de acordo com o país, sua história e seu contexto.
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Estados Unidos vivem um cenário de polarização política
Do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos, país com tradição de dois partidos fortes que se alternaram no poder durante grande parte de sua história — o Democrata, que se identifica com uma tendência liberal, e o Republicano, mais conservador e à direita —, acabou de viver uma das eleições mais polarizadas da sua história.
Lilliana Mason, professora de governo e política da Universidade de Maryland e autora do livro Uncivil Agreement: How Politics Became Our Identity (Acordo ´incivil´: Como a política se tornou nossa identidade, em tradução livre), diz que nos EUA, o país em que vive e ensina, a política está sendo vivida como uma espécie de evento esportivo.
Segundo Mason, em seu país, a ideologia foi deixada de lado para dar lugar a outra categoria, a de vencedores e perdedores, o que marcou o ritmo dos discursos da última campanha eleitoral.
Para Mason, agora a política é dividida entre vencedores e perdedores
“Não se tratou de política, era sobre ‘seremos os vencedores ou vamos ser os perdedores’. O eleitorado está muito mais animado com qual time está ganhando, como se estivessem assistindo a um jogo.”
Para a especialista, essa polarização, embora agora mais evidente, está se formando há quatro décadas. O que existe é “basicamente um Partido Republicano que representa amplamente os interesses de grupos tradicionais de alto status, homens brancos, cristãos e, do outro lado, o Partido Democrata, que representa tudo o mais. E a principal discussão entre eles é sobre se a hierarquia social ainda existe e se deve ser sacudida.”
Assim, mais de 230 anos depois, a polarização acaba lembrando aquele cenário dicotômico, de polos opostos, como aquele em que estourou a Revolução Francesa. Questionamento que, ao colocar em discussão o poder absoluto de Luís 16, discutiu também a hierarquia social da época, dividindo a sala entre os que decidiram sentar-se à esquerda e os que se decidiram pelas cadeiras da direita.
Informações BBC News Brasil
Maioria da sigla na Câmara é simpática às pautas do governo e não descarta apoiar o presidente em 2022
A maioria da bancada do DEM na Câmara é simpática às pautas do governo no Congresso e não descarta apoiar o presidente da República, Jair Bolsonaro, na disputa pela reeleição em 2022.
A provável saída do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ) do partido também não provocará uma “debandada” dos deputados da legenda. As conclusões são de um levantamento do Estadão com os parlamentares da sigla na Casa.
Nos últimos dias, a reportagem contatou os 27 deputados em exercício do partido. Entre os 22 que responderam às perguntas, só dois – Alexandre Leite (SP) e Kim Kataguiri (SP) – descartaram apoiar Bolsonaro em 2022. Outros seis disseram que vão apoiar o atual presidente da República na disputa pela reeleição. Os demais afirmaram que não decidiram ainda, mas deixaram aberta a possibilidade de defender uma aliança com Bolsonaro. E nenhum deputado, com exceção de Maia, pretende deixar o DEM.
Boa parte dos que foram ouvidos também se mostraram dispostos a apoiar as pautas do governo na Câmara, ainda que o alinhamento não seja automático.
Segundo o líder do partido, Efraim Filho (PB), a bancada “segue a linha da independência”.
– O grupo aprovará os temas com os quais temos identidade, especialmente a agenda econômica, mas preservará a autonomia de divergir com temas discrepantes – disse ele.
Apesar disso, a sigla conta com dois ministros na gestão Bolsonaro (Onyx Lorenzoni, no ministério da Cidadania, e Tereza Cristina, no da Agricultura), além de um deputado na função de vice-líder do governo na Câmara (Paulo Azi, BA) e um no Congresso (Pedro Lupion, RJ).
No começo de fevereiro, a eleição para a presidência da Câmara expôs divergências entre figuras poderosas do partido, como Maia e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, e a maioria dos deputados.
Inicialmente o DEM apoiou o candidato de Maia à presidência da Câmara, Baleia Rossi(MDB-SP). Às vésperas da votação, porém, o partido retirou o apoio ao emedebista e adotou a neutralidade. A mudança favoreceu o candidato apoiado por Bolsonaro, Arthur Lira(PP-AL), que saiu vitorioso no primeiro turno, com 302 votos.
Questionado, Maia disse que o posicionamento dos colegas de bancada não o surpreendeu.
– Nenhuma novidade. O resultado da eleição da Câmara mostrou que isso é uma tendência no partido. Independência não existe. Ou você é governo, ou é oposição – disse o ex-presidente da Câmara.
Maia também reconheceu que seu plano de deslocar o partido da direita para o centro do espectro político deu errado.
– Pela pesquisa que vocês [da reportagem] fizeram, parece que sim, né? O projeto de levar o DEM para o centro fracassou – afirmou Maia.
Sobre a inexistência de um movimento de saída de deputados do DEM, Maia disse que não está trabalhando para provocar uma revoada na sigla.
– Eu não convidei ninguém para sair comigo do partido… Nem mesmo o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
As respostas dos deputados contrariam o discurso do presidente nacional do DEM, ACM Neto.
Na terça-feira (9), Neto jantou em São Paulo com o governador João Doria (PSDB) e, segundo o tucano, disse que a sigla não apoiará Bolsonaro no Congresso nem na disputa de 2022. Doria também tem a intenção de disputar a Presidência nas próximas eleições.
Pouco após o governador relatar o encontro em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (10), ACM Neto divulgou uma nota. No texto, o ex-prefeito de Salvador diz que “não permitirá, neste momento, que aconteça qualquer debate interno sobre o processo eleitoral de 2022”. Para ele, “esse assunto não compõe a agenda prioritária do país, e nem da sigla”.
– Tal como vem acontecendo desde o início de 2019, o DEM mantém sua posição de independência em relação ao governo federal, não estando sequer sob discussão partidária qualquer posição diferente desta – diz o texto assinado pela Executiva Nacional da legenda.
LEVANTAMENTO
Dos 27 parlamentares procurados pela reportagem, só quatro não responderam aos questionamentos: Carlos Henrique Gaguim (TO), Igor Kannário (BA), Juninho do Pneu (RJ) e Marcos Soares (RJ). Do total, quatro são presidentes de diretórios regionais do partido, o que significa que têm maior influência nas decisões partidárias. São eles: Alan Rick (AC), Hélio Leite (PA), Norma Ayub (ES) e Professora Dorinha (TO).
O conjunto das respostas mostra que parte da bancada está magoada com Maia, ainda mais depois das últimas declarações públicas dele com críticas ao partido.
Arthur Oliveira Maia (BA), por exemplo, ironizou ao ser perguntado se sairia do DEM.
– Kkkkk, era só o que faltava. Rodrigo já vai tarde – disse ele por mensagem de texto. Apesar do sobrenome, o baiano não tem parentesco com o carioca.
– Ninguém na bancada, depois da última entrevista que ele [Rodrigo Maia] deu, está feliz com ele. Depois daquela entrevista, ele acabou com o nome dele… de vez. Se estava ruim [o clima], agora está péssimo – disse o deputado Luís Miranda (DF), referindo-se à entrevista do ex-presidente da Câmara para o jornal Valor Econômico, publicada na segunda-feira (8).
Sobre o apoio ou não a Bolsonaro, alguns deputados foram enfáticos ao defender seus posicionamentos. Kataguiri, por exemplo, disse que prefere fazer “campanha pelo voto nulo antes de apoiar Bolsonaro”. Pedro Lupion (RJ), por sua vez, disse que é “óbvio” que defenderá a reeleição.
A maioria, no entanto, preferiu a cautela. “Agora é momento de falar de Brasil”, afirmou José Schreiner (GO).
– É muito cedo para falar de 2022. A gente nem sabe se estará vivo [até lá] – acrescentou Elmar Nascimento (BA).
ACM NETO E DORIA
Em um movimento para tentar conter a crise no DEM, o ex-prefeito de Salvador e presidente nacional da legenda, ACM Neto, jantou na noite de terça em São Paulo com o governador João Doria (PSDB). No encontro, o dirigente afirmou que o partido ainda avalia a hipótese de apoiar o governador na disputa presidencial de 2022 e não estará necessariamente na área de influência do presidente Jair Bolsonaro.
Na conversa na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, estavam à mesa ACM Neto, o vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), o ex-ministro Mendonça Filho (DEM-PE), o presidente do PSDB-SP e secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, e o “embaixador” de São Paulo em Brasília, o ex-deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).
Segundo participantes, ACM Neto foi “respeitoso” em relação ao deputado Rodrigo Maia (RJ), ex-presidente da Câmara e que está de saída do partido, e não cobrou Doria pelo convite que este fez ao deputado Maia para que se filiasse ao PSDB. À tarde, em nota, ACM Neto afirmou apenas que “não permitirá, neste momento, que aconteça qualquer debate interno sobre o processo eleitoral de 2022”.
Informações Pleno News/Estadão
Caso assuma o cargo, João Roma substituirá o ministro Onyx Lorenzoni, que será transferido para a Secretaria-Geral da Presidência
— Foto: Jorge William/Agência O Globo/Arquivo
Em mais um movimento para evitar ser associado ao Palácio do Planalto, o presidente nacional do DEM, ACM Neto, desembarcou em Brasília nesta quarta-feira para tentar evitar que o deputado João Roma (Republicanos-BA) assuma o comando do Ministério da Cidadania.
Ele se encontrará com o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira(Republicanos-SP), com o objetivo de convencê-lo a recuar sobre a indicação de Roma. Aliado de Neto, Roma foi chefe de gabinete do ex-prefeito de Salvador antes de assumir uma cadeira no Poder Legislativo.
Segundo apurou o Valor, a cúpula do Republicanos já encaminhou a indicação do deputado baiano à pasta responsável por gerenciar os programas sociais do governo. Caso assuma o cargo, ele substituirá o ministro Onyx Lorenzoni (DEM), que será transferido para a Secretaria-Geral da Presidência.
Fontes relataram ao Valor que Neto tentará convencer Pereira a recuar sobre a escolha. Em conversas reservadas, o presidente do Republicanos já afirmou que escutará o dirigente do DEM, mas que ele não tem ingerência sobre decisões internas da legenda.
Antes de acionar Pereira, o ex-prefeito de Salvador pediu que Roma avaliasse a possibilidade de abrir mão da indicação ao comando do Ministério da Cidadania.
“Não tenho nenhuma ingerência sobre o Republicanos, mas tenho uma relação política estreita com João Roma. Não sei se ele foi indicado pelo Republicanos e se havia disposição do presidente Jair Bolsonaro em nomeá-lo. Depois que vi especulações na imprensa, fui ao deputado João Roma e ponderei a ele que a minha opinião seria desfavorável a uma ida dele para o governo. Essa posição mostra que não estou negociando nada com o Planalto”, disse Neto ao Valor.
A conversa entre o dirigente partidário e Roma ocorreu antes da publicação da entrevista do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao Valor, na qual o parlamentar confirmou que deixaria o DEM em função da aproximação da cúpula do partido do governo federal. Neto nega que esteja se alinhando ao Palácio do Planalto e reforça que a legenda permanecerá independente.
Aliados de Roma relatam que o parlamentar entendeu o posicionamento de Neto, mas tem afirmado que não teria como explicar para a própria legenda os motivos que o levariam a desistir do ministério.
Informações Valor Econômico
R$100 milhões: Cezar Leite diz que negociação de respiradores por Rui foi feita pelo WhatsApp Da Redação 0 Comentários
Ex-vereador, Cezar Leite foi candidato à prefeitura de Salvador
FOTO: CMS
Candidato derrotado a prefeitura de Salvador, o médico Cézar Leite, elogiou em entrevista ao Jornal da Cidade na quarta-feira (10), aspectos da gestão do ex-prefeito ACM Neto.
“No que diz respeito a finanças e organização, ACM Neto melhorou bastante a cidade. O que nós discutimos é em relação ao aumento exagerado dos impostos, a necessidade de redução do establishment, muitos cargos comissionados na prefeitura, muitos cargos combinados com partidos, é uma política antiga que a gente já conhece”, ressaltou Leite.
Já em relação à gestão do governador do estado, Rui Costa, do PT, Leite fez duras críticas. De acordo com o ex-vereador, a negociação dos respiradores teria sido feita por WhatsApp e custado aos cofres públicos R$ 100 milhões.
“É terrível, a pior educação do Brasil, pior saúde do Brasil. Aqui o governador, que era presidente do Consórcio Nordeste, fez a compra de quase 300 respiradores, não vimos os respiradores chegarem na pandemia, o que é muito grave, e foram quase R$ 100 milhões que sumiram dos cofres públicos. A negociação foi feita pelo WhatsApp e o dinheiro foi liberado em 48 horas”, afirmou Leite.
Informações Farol da Bahia
Experimento também será feito no Canadá, nos EUA e na Indonésia
O Facebook anunciou nesta quarta-feira (9) que começará a experimentar reduzir a exposição de conteúdos políticos no feed de notícias dos usuários da rede social. O teste irá contemplar uma pequena porcentagem de usuários do Brasil, da Indonésia e do Canadá já nesta semana, informou a companhia, que também irá aplicar o experimento ao público americano nas próximas semanas. Conteúdos de contas governamentais, agências de saúde e outros órgãos oficiais regionais serão isentos do teste.
A rede social afirma que um “ponto comum” levantado pelos usuários é que eles não querem que temas políticos tomem conta do feed de notícias. Por isso, a medida tem como objetivo entender as preferências das pessoas e experimentar diferentes soluções alternativas, com a aplicação de um questionário à base de pessoas impactadas.
O Facebook frisa que a medida não irá excluir totalmente o conteúdo político da plataforma, que corresponde, em média, a 6% do que é exibido.
– Nosso objetivo é preservar a habilidade das pessoas de procurarem e interagirem com conteúdo político no Facebook, enquanto respeitamos o apetite de cada um pelo que fica no topo do feed de notícias – escreveu Aastha Gupta, diretor de produto da companhia.
Ao longo de 2020, a rede social de Mark Zuckerberg sofreu pressão da sociedade por permitir que campanhas de desinformação e de notícias falsas tomassem conta do feed de notícias. A empresa respondeu banindo anúncios políticos às vésperas das eleições americana, que aconteceram em novembro.
Informações Pleno News /Estadão
Ex-ministro teria participado de esquema de formação de cartel, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude à licitação na estatal
A força-tarefa da Lava Jato anunciou, na quarta-feira (10), nova denúncia contra o ex-ministro José Dirceu e mais 14 investigados por formação de cartel, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.
A peça é a primeira a ser apresentada pela Lava Jato após os trabalhos serem anexados ao Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal. A denúncia acusa Dirceu e o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, de participarem de esquema de propinas em troca de favorecimento de duas empresas de recursos humanos em contratos com a estatal.
A Procuradoria afirma que as empresas Hope Recursos Humanos e Personal Service foram favorecidas em licitações e que a competitividade das contratações pela Petrobras no setor estava sendo fraudada, pois ambas vinham vencendo processos licitatórios sequenciais em dez anos.
As acusações que baseiam a denúncia partem do resultado de uma Comissão Interna de Apuração da Petrobras, que investigou os contratos firmados com as duas empresas após a 17ª fase da Lava Jato, a “Pixuleco”. Segundo o relatório final da comissão, as empresas de Recursos Humanos firmaram 167 contratos de prestação de serviços, no total de R$ 6,88 bilhões, entre outubro de 2004 a setembro de 2015. Deste total, cerca de R$ 6,11 bilhões (88%) foram contratados ou geridos pela Diretoria de Serviços de Renato Duque.
As fraudes licitatórias incluíam fixação de preço, divisão de mercado entre concorrentes e cobertura e compartilhamento de informações sensíveis. Ao menos 24 licitações públicas ocorridas entre 2002 e 2014 teriam sido afetadas.
Um destes casos seria a contratação da Personal, em 2013, para a prestação de serviços suplementares na Regional Bacia de Campos. A comissão interna da Petrobras apontou que houve um cancelamento do processo licitatório, com justificativa inconsistente por parte da Diretoria Executiva, além de um direcionamento de empresas indicadas para a segunda licitação.
Em delação premiada, os operadores financeiros Milton e José Adolfo Pascowicht revelaram que Renato Duque, José Dirceu, Luiz Eduardo, Roberto Marques e Fernando Moura receberam R$ 18 milhões em propinas para beneficiar a Personal em 40 contratos e aditivos. O pagamento teria sido realizado por Arthur Edmundo Alves Costa, então sócio majoritário da Personal.
Em relação à Hope Recursos Humanos, as propinas chegaram a pelo menos R$ 30 milhões e teriam sido pagas por Raúl Andrés Ortúzar Ramírez, Rogério Penha da Silva e Wilson da Costa Ritto Filho. Todos também foram denunciados. Segundo os delatores Pascowicht, Renato Duque teria recebido cerca de 40% dos valores (R$ 240 mil) e José Dirceu, 30% (R$ 180 mil).
VEJA A LISTA DE DENUNCIADOS PELA LAVA JATO:
Arthur Edmundo Alves Costa: delito de cartel, fraude à licitação, crime de corrupção ativa
Márcio Antônio de Souza Pereira: delito de cartel, fraude à licitação
Renato de Souza Duque: delito de cartel, corrupção passiva
Eugênio Dezen: fraude à licitação
Orlando Simões de Almeida: fraude à licitação
José Eduardo Carramenha: fraude à licitação
José Dirceu de Oliveira e Silva: corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Luis Eduardo Oliveira e Silva: corrupção passiva
Roberto Marques: corrupção passiva
Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura: corrupção passiva
Raúl Andrés Ortúzar Ramírez: corrupção ativa, lavagem de dinheiro
Rogério Penha da Silva: corrupção ativa
Wilson da Costa Ritto Filho: corrupção ativa, lavagem de dinheiro
Rui Thomaz de Aquino: lavagem de dinheiro
Luiz Eduardo Falco Pires Correa: lavagem de dinheiro
Informações Pleno News/Estadão
Por: Fernando Duarte
Foto: André Carvalho/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O PT da Bahia “formalizou” o nome do ex-governador Jaques Wagner como a indicação do partido para voltar ao Palácio de Ondina em 2022.
Não chega a ser uma novidade, dado os movimentos recentes de figuras influentes no partido, a exemplo do governador Rui Costa, que já havia endossado o antecessor como um candidato em potencial. O Galego, como é conhecido, é competitivo na avaliação não apenas dos correligionários, mas também de aliados.
Porém é também uma comprovação de que o PT não é célere na formação de novas lideranças políticas, já que prefere apostar o que já foi testado
Informações Bahia Notícias