Diretor da OMS deu declarações nesta segunda-feira
Nesta segunda-feira (20), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que 2022 deve ser o ano “em que acabaremos com a pandemia”. Ele deu declarações durante uma entrevista coletiva em Genebra, na Suíça. As informações são da AFP.
Tedros também defendeu redução da desigualdade no acesso às vacinas. Por conta da variante Ômicron, ele alertou ainda sobre os riscos de reuniões familiares no período de festas de fim de ano.
– No próximo ano, a OMS está empenhada em fazer todo o possível para acabar com a pandemia. Se quisermos acabar com a pandemia no próximo ano, devemos acabar com a desigualdade [no acesso às vacinas], garantindo que 70% da população de todos os países esteja vacinada até meados do ano que vem – falou.
Informações Pleno News
País está em luto pelo aniversário de morte do ex-ditador Kim Jong-il
Nada de sorrisos ou risadas. Os cidadãos norte-coreanos estão proibidos de demonstrar sinais de felicidade por 11 dias, em memória do 10° aniversário de morte do ex-ditador Kim Jong-il, que liderou o país de 1994 a 2011. A população também não poderá ingerir bebidas alcóolicas, nem praticar atividades de lazer durante o luto.
Na última sexta-feira (17), data da morte do ex-governante, as restrições foram ainda mais rigorosas, e os cidadãos também foram impedidos de fazer compras.
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Em entrevista ao Daily Mail, um morador conta que as proibições devem ser levadas a sério, pois as punições no passado foram severas.
– No passado, muitas pessoas que foram flagradas bebendo ou embriagadas durante o período de luto foram presas e tratadas como criminosos ideológicos. Eles foram levados embora e nunca mais vistos – declarou.
Jong-Il morreu em decorrência de um ataque cardíaco, em 2011. Ele foi sucedido, então, por seu filho e atual ditador, Kim Jong-Un.
Na última sexta-feira, uma cerimônia foi realizada na praça de Pyongyang para recordar a morte do ex-líder. O país realiza ainda exposições, palestras e concertos musicais em sua homenagem.
Segundo turno da eleição presidencial definirá se o país dará uma guinada à direita ou à esquerda.
O segundo turno da eleição presidencial deste domingo no Chile definirá se o país dará uma guinada à direita ou à esquerda.
Os eleitores decidirão entre os candidatos José Antonio Kast, da extrema direita, e Gabriel Boric, da esquerda e também chamado de “extrema esquerda” por seu opositor.
Ex-deputado por quatro mandatos seguidos, Kast, da Frente Social Cristã, diz que esta é uma eleição entre a “liberdade” e os “comunistas”, em referência ao Partido Comunista que faz parte da coalizão do adversário político.
Ex-líder estudantil e deputado, com fama de ter capacidade de diálogo com diferentes setores, Boric, da coalizão Apruebo Dignidad, diz, por sua vez, que esta é uma eleição entre um “pinochetista” conservador e o bem-estar dos chilenos.
E disse, mais de uma vez, que se eleito será ele e não o Partido Comunista quem governará o país.
O eleito assumirá a Presidência em março do ano que vem.
Após o primeiro turno, realizado em novembro, os dois candidatos se aliaram a outros ramos ideológicos da política nacional.
Kast aglutinou integrantes do governo do presidente Sebastián Piñera, de direita, a sua equipe, e passou a contar com respaldo até de uma feminista, após ter sido criticado por excluir as mulheres de suas propostas no primeiro turno.
Alguns setores passaram a chamar Boric de “socialdemocrata”, depois que ele buscou o respaldo dos ex-presidentes Ricardo Lagos e Michelle Bachelet, que integraram a histórica coalizão de centro-esquerda Concertación, que governou o país por quase 20 anos, após a saída do ditador Augusto Pinochet (1973-1990).
O foco na tentativa de ampliação do eleitorado, com adaptações nos discursos, na campanha deste segundo turno, foi tamanho que um presidenciável chegou a dizer ao outro, nos debates, mais de uma vez: “Você está cada vez mais parecido comigo”.
Mas o que está em jogo nesta eleição? O principal é se o país continuará aprofundando as mudanças sociais reivindicadas durante o tsunami de protestos realizados em 2019 – chamado de ‘estallido social’ (explosão social) – ou se caminhará para uma agenda mais conservadora, por exemplo em relação às liberdades individuais.
Candidato mais votado no primeiro turno, Kast, de 55 anos, é contra a legalização do aborto, rejeitou a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovada há poucos dias, e cita Deus em seus discursos.
Kast foi o candidato mais votado no primeiro turno
Imagem: EPA
Porém, foi, principalmente, seu discurso sobre a segurança pública que atraiu o eleitorado, segundo analistas chilenos.
Boric, de 35 anos, respaldou e levantou as bandeiras das iniciativas reprovadas pelo adversário político – aborto, casamento gay e a realização da Assembleia Constituinte para a redação da primeira Carta Magna da democracia.
Boric (pronuncia-se Borich) declara-se agnóstico, mas diz que respeita todas as expressões de fé e que “há muito para se aprender na Bíblia”.
Além dos perfis comportamentais adversos defendidos pelos presidenciáveis para a sociedade chilena, as urnas definirão se querem os projetos de Kast ou de Boric para a imigração, para a economia e para a segurança pública.
O eleito terá ainda o desafio de governar com a possibilidade de a Assembleia Constituinte definir sobre questões ligadas ao seu mandato.
Analistas chilenos resumem que, se Kast for eleito, o mercado financeiro deverá comemorar, mas as manifestações de rua prometem ganhar força.
Se Boric for eleito, especula-se que a tendência será a invertida: decepção no mercado financeiro e possível trégua nos protestos.
Boric levanta as bandeiras das iniciativas reprovadas pelo adversário, como aborto e casamento gayImagem: EPA
Os dois afirmam que podem “garantir a governabilidade” do Chile e – por isso e pela busca de mais eleitores – realizaram as alianças que no primeiro turno pareciam impensáveis.
O eleito receberá um país com uma série de demandas, como disse à BBC News Brasil o analista de pesquisas Roberto Izikson, gerente de assuntos públicos e estudos qualitativos da empresa de opinião Cadem, de Santiago.
“Chegamos a esta eleição com uma crise política profunda, crise de liderança, crise institucional, crise social, crise econômica e encaramos essa eleição em um Chile novo. Um Chile de incertezas e de medos, mas também de sonhos e de expectativas e associadas ao processo constitucional”, disse Izikson.
Segundo ele, é a primeira vez na história do país que dois candidatos “tão antagônicos” disputam a cadeira do palácio presidencial La Moneda.
Na sua visão, esta é uma eleição entre as mudanças que garantam os direitos sociais, como habitação, aposentadorias, além de educação, saúde e assuntos relacionados ao meio ambiente e ao feminismo.
E o outro lado dessa série de reivindicações está ligado “à ordem, ao retorno da paz social, a governabilidade, a preocupação com a segurança pública, a imigração e o conflito na região da Araucanía (entre mapuches e policiais militares)”.
No Chile, observadores que acompanham de perto esta corrida eleitoral e até aliados de Boric acreditam que existam eleitores de Kast que são “envergonhados”.
Eleição de Boric pode gerar decepção no mercado financeiro, mas possível trégua nos protestos, segundo analistasImagem: EPA
Entrevistado pela BBC News Brasil, o candidato presidencial derrotado no primeiro turno, Marco Enriquez-Ominami, acha que “os ventos sopram a favor de Boric, mas as ondas de março serão desafiantes”.
Sem maioria no Congresso Nacional, tanto Kast como Boric precisarão negociar a aprovação de seus projetos, sejam quem for eleito.
O senador Manuel José Ossandón, que passou a apoiar Kast e o vê como favorito, defende que o candidato da extrema direita garantiria maior estabilidade econômica, crescimento econômico e segurança pública, que são os assuntos que “realmente preocupam os chilenos”, em sua opinião.
Na prática, Kast defende a maior abertura comercial do país, que já possui uma lista ampla de relações de livre comércio com países e continentes, que incluem os Estados Unidos e a China, por exemplo.
Kast questionou que a empresa símbolo do país, a Companhia Nacional de Cobre (Codelco), seja uma estatal e o mesmo em relação à emissora de televisão TVN, uma das principais do Chile.
Boric, por sua vez, foi apontado pelos aliados de Kast “de querer estatizar tudo”. Como disse um analista da emissora de televisão TVN, “o fantasma das ideias do Partido Comunista perseguirão Boric”.
O candidato descartou a possibilidade e disse que seu programa de governo prevê “um Estado de bem-estar”, com atenção voltada para a inclusão social, a educação e a saúde – no estilo do britânico National Health Service (NHS), que inspirou o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil.
Boric foi um dos líderes dos protestos pela educação pública no país. Em um dos debates com seu adversário, o candidato disse seu projeto é de um governo com “parceria pública-privada” na área econômica.
País com cerca de 19 milhões de habitantes, o Chile deverá registrar crescimento econômico de 12% em 2021, segundo o Banco Central do país.
Para 2022, a expectativa é de aumento das taxas de juros para conter a inflação que deverá chegar a 6% neste ano – índice acima do previsto e que, pela primeira vez em muito tempo, entrou no radar de preocupação dos chilenos.
O cenário econômico afetaria o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, que teria resultado tímido no primeiro ano de gestão do próximo presidente do país.
Analistas acreditam que se Kast for eleito o mercado financeiro deverá comemorar, mas as manifestações de rua prometem ganhar forçaImagem: Reuters
No Chile, existe uma persistente desigualdade social, uma das heranças do período em que o ditador Augusto Pinochet governou o país, entre 1973 e 1990, e foi combatida pela coalizão de centro-esquerda Concertación, fragmentada e derrotada em eleições recentes, mas que pode contribuir para a definição deste segundo turno – pelas presenças de Lagos e de Bachelet, seja para engordar ou emagrecer as intenções de voto em um ou de outro candidato, dependendo da confiança que podem gerar ou não em setores do eleitorado.
O presidente eleito deverá lidar com a insatisfação popular ligada à essa desigualdade, ao temor com a segurança pública e ao cansaço com os políticos.
O gerente da empresa de opinião Cadem observou que, a cada eleição, a participação do eleitorado é menor. E lembrou que o ex-candidato Franco Parisi, que fez campanha dos Estados Unidos, recebeu mais votos (12,8%) que candidatos de partidos tradicionais, como Yasna Provoste, da Democracia Cristã (DC). No primeiro turno a participação do eleitorado não chegou a 50%.
O Chile tem recebido forte influxo de imigrantes, principalmente venezuelanos.
Kast ratificou sua proposta de construir grades nas fronteiras para controlar a imigração.
Esse parece ser um dos assuntos centrais para o eleitorado, principalmente da região de fronteira, onde Boric, com discurso mais humanista, teve a menor votação no primeiro turno.
Após idas e vindas, Boric disse que também vai controlar os que entram no país e exigirá visto, que deve ser emitido no país de origem, para os que queiram ingressar no território chileno.
Ele ressalvou, porém, que não permitirá que famílias sejam separadas, como ocorreu nos Estados Unidos, por exemplo.
Os destinos do Chile, a partir desta eleição de domingo, incluem como o tráfico de drogas será combatido.
Os dois presidenciáveis afirmaram, durante os debates televisivos, que hoje os policiais sabem onde os líderes das quadrilhas estão, mas temem entrar por não usarem equipamentos adequados.
Neste ponto, Kast foi mais enfático de Boric ao dizer que “os narcotraficantes não podem ser permitidos” no país.
Os dois concordaram em “fortalecer as polícias”.
Apesar de mudanças nos discursos na reta final da campanha, está claro que o Chile dará uma guinada neste domingo – resta ver se será à direita ou à esquerda.
Informações BBC News
Segundo diretora do CDC, a variante “está aumentando rapidamente”
Nas próximas semanas, a Ômicron, variante do vírus causador da Covid-19, irá se tornar a predominante nos Estados Unidos, conforme antecipou, nesta sexta-feira (17), a diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Rochelle Walensky.
Em entrevista coletiva, Walensky disse que “embora a Delta continue circulando amplamente pelos EUA, a Ômicron está aumentando [a circulação] rapidamente”.
– Esperamos que se torne a cepa predominante nos Estados Unidos, tal como em outros países, nas próximas semanas – projetou Walensky, frisando que, até agora, a Ômicron foi detectada em 39 estados americanos e em 75 países.
Ela acrescentou que os EUA estão registrando infecções de Ômicron tanto em pessoas com o ciclo vacinal completo contra a Covid-19 como naquelas que receberam a dose de reforço, mas observou que estes casos “são mais suaves ou assintomáticos devido à proteção da vacina”.
De acordo com dados dos CDC, as infecções e hospitalizações por Covid-19 nos EUA aumentaram na última semana. A média diária nos últimos sete dias foi de 119.500 casos e 7.800 internações hospitalares, um aumento de 4% em comparação com a semana anterior. Em termos de mortes, a média diária durante o mesmo período foi de 1.200, um aumento de 8%.
Dado este pico global, o epidemiologista-chefe do governo dos EUA, Anthony Fauci, afirmou que o país enfrenta atualmente “um aumento muito significativo da Delta”, enquanto esperava um aumento da incidência da Ômicron. Segundo o especialista, as pessoas não vacinadas correm um “alto risco” de contrair Covid-19 grave.
– Aqueles que estão totalmente vacinados estão muito melhores, mas a proteção ideal é estar totalmente imunizado e com a dose de reforço – aconselhou.
*EFE
A cidade argentina Santiago del Estero registrou cenas dramáticas, na segunda-feira 14. Isso porque moradores do município saquearam um caminhão que transportava vacas. Populares esquartejaram os animais vivos.
Tudo começou depois de um trem atingir o veículo no cruzamento de uma ferrovia. Com o impacto, parte do gado bovino morreu, outros conseguiram fugir e os que permaneceram foram sacrificados.
O jornal La Nación noticiou que homens, mulheres e crianças portavam facões para retirar a carne das vacas. Houve disputa pelo alimento, que precisou ser apaziguada. O motorista e o maquinista não se feriram.
Informações Terra Brasil Notícias
“Por volta das onze da noite acordei, mas não conseguia me levantar. Estava confuso, não entendia o que estava acontecendo”, conta o sobrevivente de uma tragédia que até hoje causa grande espanto.
Era dia 21 de agosto de 1986. Quando amanheceu, os moradores de vários vilarejos no noroeste de Camarões descobriram, ao despertar, que muitos dos seus amigos e vizinhos tinham morrido durante a noite.
“Na manhã seguinte vi várias pessoas caídas na rua. Muitas delas, mortas”, relatou a testemunha. “No nosso povoado perdemos umas 75 pessoas.”
O número total, no entanto, foi bem mais alto: nesse dia, 1.746 pessoas morreram depois de inalar gases tóxicos que vinham de um lago situado na caldeira de um vulcão, além de 3,5 mil cabeças de gado.
Todas as vítimas viviam em povoados ao redor do lago Nyos, próximo à fronteira do país com a Nigéria.
O desastre foi tão grave que o presidente de Camarões chegou a pedir ajuda internacional.
Durante várias semanas, foram realizadas Iinvestigações científicas para descobrir o que havia ocorrido, conduzidas por especialistas de todo o mundo. Entre eles, o médico britânico Peter Baxter, que chegou à região cerca de duas semanas após a tragédia.
“Ainda havia corpos de pessoas e bichos espalhados pelas colinas”, contou Baxter ao programa Witness History, da BBC. “Quando chegamos no povoado de Nyos, que tinha pequenas casas de barro, o silêncio era total, não havia sinais de vida.”
“E quando nos aproximamos do lago Nyos, ao qual se chegava subindo uma pequena colina, vimos que as águas estavam calmas, e que havia plantas e peixes mortos boiando na superfície e nas margens.”
“A única vida que víamos eram as rãs, que são muito resistentes”, afirma o médico.
George Kling, professor da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, também foi convidado para ajudar na investigação.
“Quando chegamos ao lago Nyos, a cena era de dar frio na espinha. Todas as pessoas e todos os bichos estavam mortos”, conta.
“Predominava um silêncio, mas todas as construções estavam de pé, não parecia que tinha havido um furacão, uma inundação ou algo do tipo.”
“Vimos uma cena de destruição. Antes do desastre, o lago era um lugar muito bonito, com águas cristalinas, azuis. Um ano antes estávamos nadando no lago, mas agora tudo estava diferente”, continua George Kling.
“A água da superfície tinha uma cor marrom-avermelhada, havia muitas plantas flutuando nela. Essa vegetação vinha das margens, onde ondas enormes haviam feito um estrago, destruindo toda a vegetação”, lembra o professor.
As evidências físicas indicavam que uma onda de cerca 40 metros de altura tinha se formado em consequência de uma alteração no fundo do lago.
Mas ninguém sabia ainda o que tinha causado essa alteração – e a morte de centenas de moradores da região.
Havia, contudo, um suspeito. A hipótese era de que as mortes teriam sido causadas por gases vulcânicos liberados por uma erupção. Peter Baxter, entretanto, estranhou a falta de rastros.
“Não houve relatos de uma grande explosão causada por uma erupção”, disse ele à BBC. “Nem os sinais da devastação que um evento desse tipo teria provocado.”
“Estávamos diante de uma situação em que muitas pessoas tinham morrido, mas havia poucos danos ao terreno e às construções nas quais elas moravam”, acrescenta.
Uma das testemunhas relatou: “Eu quase morri, mas aí decidi beber azeite. Logo depois vomitei algo negro, que fedia a algo como ovo ou pólvora.”
Foi a descrição dos odores que deram aos cientistas as pistas para encontrar o culpado pelas mortes: milhares de toneladas de dióxido de carbono, liberadas do fundo do lago e que desceram pela encosta do vulcão até o vale mais abaixo.
De início, os cientistas pensaram se tratar de enxofre, que tem cheiro desagradável característico e é produzido em grandes quantidades pelos vulcões.
“Mas, quando fomos ao lago e começamos a analisar as amostras, vimos que não havia enxofre na água, nem nas plantas que rodeavam o lago e que tinham sido expostas à nuvem de gás”, explica o professor Kling, da Universidade de Michigan.
“Era muito difícil entender essas descobertas. Até acharmos documentos antigos sobre pilotos de combate que haviam sido expostos a uma alta concentração de CO2”, acrescenta.
“O gás, em concentração de 5% a 10%, age como um alucinógeno. Um dos relatos mais comuns dos pilotos era de que sentiam cheiro de ovo podre ou pólvora e que sentiam o corpo muito quente”, diz o professor da Universidade de Michigan, acrescentando que os relatos coincidiam com testemunhos de moradores dos vilarejos ao redor do lago.
Tudo indica que, ao longo dos anos, foi formado um depósito de dióxido de carbono no fundo do lago.
“Como o lago é muito estratificado, ou seja, é muito fundo, e as camadas de cima não se misturam com as de baixo, o gás que se formou nas camadas de baixo estava preso. Isso fez com que se acumulasse com muita pressão”, explica George Kling.
Os cientistas dizem que o mesmo efeito se produz quando agitamos uma garrafa de champanhe e depois tiramos a rolha.
Mas havia outro mistério: centenas de pessoas haviam morrido, mas outras, apesar de terem sido expostas ao CO2 da mesma maneira, sobreviveram.
Muitas delas eram crianças. Assim, surgiu a hipótese de que o gás tivesse envolvido as casas durante a noite, enquanto os pequenos dormiam do lado de dentro, mas seus pais ainda estavam do lado de fora.
Também se cogitou que as crianças poderiam ter ficado inconscientes mais rápido e, assim, inspirado o gás de forma menos profunda.
“Alguns dos sobreviventes acordaram com pessoas mortas ao seu redor”, diz Baxter. “Sobreviver ou morrer devido à exposição ao gás foi caso de sorte ou azar.”
“O gás te deixa inconsciente rapidamente, e os que sobreviveram sentiram que ficaram inconscientes por muito tempo, mais de 10 horas, até voltarem a si, literalmente até que o gás tivesse se dissipado, quando o dia surgiu e o sol começou a aquecer a terra. Mas é uma situação muito incomum, uma história realmente extraordinária”, afirma Baxter.
As conclusões da força-tarefa para investigar as causas do desastre não impediram que surgissem teorias da conspiração.
“Alguns moradores locais começaram a dizer que países estrangeiros tinham soltado uma bomba secreta, que havia uma conspiração internacional de cientistas”, conta Baxter.
Ainda não se sabe, contudo, o que provocou a liberação do gás em 1986. Uma das hipóteses mais aceitas é de que houve um deslizamento de terras no fundo do lago.
O Nyos continua sendo uma ameaça potencial para as pessoas que moram na região. Na tentativa de evitar uma tragédia como a de 1986, foi instalado um sistema de tubos para permitir que o gás carbônico, caso seja expelido, seja desviado do fundo com segurança.
Informações BBC News Brasil
Ministro afirmou que bancos centrais no mundo inteiro estão “dormindo no volante”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse acreditar que o governo de Joe Biden, nos Estados Unidos, “vai acabar de forma desastrosa” devido a uma má condução na política monetária.
Guedes disse que os bancos centrais do mundo inteiro estão “dormindo no volante” para conter a inflação, que é global. Em entrevista ao Canal Livre, da TV Band, ele avaliou que a situação também é a mesma no caso do Banco Central Americano e, por isso, o governo Biden sofrerá as consequências.
– Estão atuando com retardamento – avaliou.
No caso brasileiro, Guedes disse que o BC, comandado por Roberto Campos Neto, “acordou primeiro” quando comparado com outras autoridades monetárias mundiais.
– Confio muito no Roberto Campos e acho que ele se move mais rápido do que os outros – completou.
*AE
Autoridades de saúde da Austrália identificaram uma nova linhagem da variante Ômicron em um passageiro que chegou de viagem à África do Sul. Com cerca de metade das variações genéticas da Ômicron original, a nova versão não pode ser detectada com testes típicos, como o PCR, informou o chefe de Saúde de Queensland, Peter Aitken.
Segundo Aitken, a nova cepa tem semelhanças suficientes para poder ser classificada como Ômicron, mas não se sabe o que as mudanças significam no quesito de gravidade clínica e eficácia da vacina.
– Agora temos a variante Ômicron e uma cepa semelhante à Ômicron – explicou Aitken.
A nova versão tem 14 das mutações em relação à cepa convencional, mas não possui um recurso no gene S, o que faz com que ela se torne mais difícil de ser rastreada. Devido à dificuldade na identificação, é possível que a nova Ômicron esteja presente em mais locais do que se sabe até o momento.
Para os cientistas, o surgimento pode representar um revés na tentativa de compreender o impacto que a Ômicron pode causar. A fim de diferenciar a descoberta, os pesquisadores dividiram a B.1.1.529 (Ômicron) em BA.1 e BA.2., sendo que a segunda categoria representa a nova versão.
O estado de Queensland já possui mais de 80% de sua população vacinada e abrirá, na próxima segunda-feira (13), as fronteiras com o restante do país.
*Pleno.News
Ele substitui Angela Merkel, que ficou 16 anos no cargo
O social-democrata Olaf Scholz foi eleito hoje (8) chanceler federal pelo Parlamento alemão (Bundestag), onde o partido que lidera e os aliados na coligação governamental, verdes e liberais, têm maioria.
Scholz, que assumirá a nona chancelaria desde o final da Segunda Guerra Mundial, sucede no cargo a conservadora Angela Merkel, que passa o poder após 16 anos no Executivo germânico, após ser vice-chanceler e ministro das Finanças na sua última grande coligação.
O novo chanceler eleito recebeu 395 votos.
A coligação de três partidos detém 416 dos 734 assentos na câmara baixa do Parlamento.
Scholz será ainda hoje formalmente nomeado chanceler pelo presidente da Alemanha e empossado pelo presidente do Parlamento.
Olaf Scholz assume com grande esperança de modernizar a Alemanha e combater as alterações climáticas, mas enfrenta o desafio imediato de lidar com a fase mais difícil do país, associada à pandemia de covid-19.
No último dia 3, a chanceler Angela Merkel recebeu elevadas honras militares da Alemanha a poucos dias de deixar o cargo. Ela liderou o país durante 16 anos e enfrentou crises do euro, dos migrantes e agora da pandemia.
Informações Agência Brasil
A informação foi divulgada pela Casa Branca, após cúpula virtual
Nesta terça-feira (7), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ameaçou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, com sanções econômicas, caso ocorra algum tipo de ataque à Ucrânia. A informação foi divulgada pela Casa Branca, após a realização de uma cúpula virtual.
No encontro, o chefe de governo americano pediu que haja um rebaixamento de tensões na fronteira entre as duas antigas repúblicas soviéticas e que seja retomada a “diplomacia”.
De acordo com comunicado emitido pela Casa Branca, Biden expressou “profundas preocupações dos Estados Unidos e [de] seus aliados europeus com a escalada militar da Rússia no entorno da Ucrânia”.
O presidente americano garantiu que, em caso de uma ofensiva, EUA e aliados “responderão com fortes medidas econômicas”.
Além disso, o democrata “reiterou o apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia”.
Depois do diálogo entre os presidentes, ambos “encarregaram suas equipes para que dessem seguimento” ao que havia sido conversado, que, segundo a Casa Branca, no caso dos Estados Unidos, será feito com os países aliados, especialmente os da Europa.
Durante a cúpula de hoje, Biden e Putin também falaram sobre o diálogo bilateral entre os países que lideram em relação à estabilidade estratégica, assim como sobre uma iniciativa entre Washington e Moscou relativa a ataques cibernéticos com “ransomware”, um programa que sequestra dados do usuário em troca de pagamento para liberá-los.
Além disso, os dois presidentes abordaram “temos regionais, como o Irã”, em meio aos debates para salvar o acordo nuclear do qual os EUA se retiraram em 2018.
A Casa Branca, junto com parceiros europeus, trabalha em um pacote de fortes sanções econômicas para dissuadir Putin de um eventual ataque à Ucrânia.
Atualmente, de 70 a 94 mil militares russos estão na fronteira com o país vizinho, de acordo com dados dos serviços de inteligência americano e ucraniano.
O governo dos Estados Unidos acredita que a Rússia poderia invadir a Ucrânia com cerca de 175 mil homens. Já Kiev acredita que o momento mais provável de um ataque seria o fim de janeiro do próximo ano.
*EFE