Líderes da Rússia e Ucrânia se reúnem nesta segunda-feira (14) para uma nova rodada de negociações. Encontro, por videoconferência, ocorre em meio a bombardeios na cidade de Mariupol, no sul do país, e ataques a capital Kiev.
Um ataque contra um edifício residencial em Kiev, que deixou ao menos uma pessoa morta e 12 feridos, marcou as primeiras horas do conflito nesta segunda. Três dos feridos foram hospitalizados.
As equipes de resgate informaram que o prédio fica no distrito Obolon, zona norte da capital ucraniana, e que um incêndio foi controlado pelos bombeiros depois que foi alvo de um “disparo de artilharia” durante a madrugada.
O governo local também afirmou que a fábrica de aviões Antonov foi bombardeada em Kiev.
Informações Bahia.ba
Combates se alastravam nos arredores de Kiev neste sábado (11) e autoridades ucranianas disseram que o forte bombardeio e ameaças de ataques aéreos da Rússia colocam em risco as tentativas de retirar civis desesperados de cidades sitiadas em outros locais.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy disse que a Rússia enviaria novas tropas, após as forças ucranianas tirarem de ação 31 dos seus batalhões de grupos táticos, no que ele chamou de a pior baixa do Exército russo em décadas.
Zelenskiy afirmou que entre 500 e 600 soldados russos haviam se rendido apenas na sexta-feira e que cerca de 1.300 soldados ucranianos foram mortos desde que o conflito começou. Não foi possível verificar suas afirmações.
Zelenskiy também disse que havia conversado com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre pressionar a Rússia para libertar o prefeito da cidade de Melitopol, que, segundo a Ucrânia, foi sequestrado na sexta-feira por forças russas.
Mais de 2.000 moradores da cidade no sul, que agora está sob controle da Rússia, protestaram no lado de fora do prédio da administração municipal para exigir a libertação do prefeito, Ivan Fedorov, disse o vice-chefe de gabinete do escritório da Presidência, Kyrylo Tymoshenko.
A Rússia não comentou sobre o destino de Fedorov, que segundo autoridades ucranianas foi sequestrado pelas forças russas sob falsas acusações de terrorismo.
Scholz e Macron pediram que o presidente russo, Vladimir Putin, declarasse um cessar-fogo imediato em uma ligação telefônica de 75 minutos neste sábado, disse o porta-voz de Scholz. O Kremlin disse que Putin os atualizou sobre as negociações e respondeu as suas preocupações com a situação humanitária.
Zelenskiy disse que por causa do conflito algumas pequenas cidades ucranianas não existem mais e que qualquer negociação precisa começar com um cessar-fogo. As negociações em andamento começaram a abordar tópicos concretos, em vez de apenas trocar ultimatos, disse.
As informações do Kremlin sobre a ligação com Macron e Scholz não mencionam um cessar-fogo e acusam a Ucrânia de usar civis como escudos humanos.
Zelenskiy afirmou que a Ucrânia não poderia parar de lutar, mas defende um cessar-fogo em torno de um “corredor humanitário” que foi concordado no porto de Mariupol, no sul, e pediu que a Rússia fizesse o mesmo.
Moscou havia culpado anteriormente Kiev pelo fracasso da retirada de pessoas.
Putin lançou a invasão em 24 de fevereiro em uma operação que foi quase universalmente condenada ao redor do mundo e que atraiu duras sanções do Ocidente contra a Rússia.
*Metro1
Artefato em questão é composto por foguetes de grande poder de devastação
O Ministério da Defesa da Rússia teria admitido o uso das chamadas bombas termobáricas contra a Ucrânia, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, na quarta-feira (9), pelo Twitter. O artefato em questão é composto por foguetes de grande poder de devastação, causando grandes incêndios, explosões e podendo até vaporizar seres humanos.
Em sua conta oficial no Twitter, a pasta de defesa britânica afirmou que os russos teriam confirmado o uso do sistema de armas TOS-1A. O governo do Reino Unido, porém, não especificou quando e onde elas teriam sido usadas. Nem como teria sido feita a confirmação do uso pela Rússia. O governo russo, por sua vez, não se manifestou.
Na prática, as bombas termobáricas “sugam” oxigênio do ar circundante para gerar uma explosão de alta temperatura. A polêmica em torno da utilização do armamento é que esse tipo de bomba é proibido por acordos internacionais. Além de ser amplamente condenado por organizações de direitos humanos.
Os artefatos termobáricos dispersam combustível em uma nuvem que pode entrar em edifícios ou objetos ao redor. Na sequência, a bomba acende a nuvem que causa uma enorme bola de fogo e suga o oxigênio das áreas próximas, causando uma onda de pressão e calor. Essas bombas têm capacidade destrutiva semelhantes a de uma explosão causada por armas nucleares.
Esse tipo de armamento, desenvolvido na década de 60, foi utilizado durante a Guerra do Vietnã. Desde a última semana, a Rússia tem sido acusada de usar esse tipo de artefato. A explosão de uma refinaria de petróleo em Okhtyrka, na região de Sumy, na segunda-feira (7), teria sido causada por uma arma do tipo.
Informações Pleno News
Ministério da Economia informou que vai assumir o controle de empresas com participação estrangeira que abandonaram o país
O governo da Rússia vai tomar o controle e até nacionalizar multinacionais que estão deixando o país devido à invasão da Ucrânia, de acordo com comunicado do Ministério da Economia nesta quinta-feira, 10.
Essa é a primeira resposta do governo à fuga de multinacionais, como Coca-Cola, McDonald’s, Starbucks e Ikea.
O ministério traçou novas políticas para assumir o controle temporário de companhias que estão saindo do país que tenham mais de 25% de participação estrangeira. Os proprietários teriam cinco dias para retomar a atividade ou recorrer a outras opções, como vender sua participação.
De acordo com as propostas, um tribunal de Moscou analisaria pedidos de membros do conselho e outros para trazer gerentes externos. O tribunal poderia então congelar ações de empresas estrangeiras como parte de um esforço para preservar propriedades e funcionários.
O Ministério da Economia disse ainda que as medidas se aplicariam a empresas cuja administração, incluindo acionistas, efetivamente encerrou o controle da atividade em violação às leis russas. As empresas cuja administração deixou a Rússia ou transferiu ativos a partir de 24 de fevereiro também podem estar sujeitas às novas regras.
Ainda de acordo com o ministério, as empresas que passam por aquisições externas podem ser reembaladas e vendidas em leilão após três meses. Os novos proprietários teriam que preservar dois terços dos empregos e manter as empresas funcionando na Rússia por um ano. As medidas, no entanto, ainda não foram aprovadas.
A lista de marcas globais que estão abandonando a Rússia está crescendo a cada dia, à medida que algumas das maiores corporações do mundo, de energia a bens de consumo e eletrônicos, suspendem as operações no país.
O Ministério da Economia sugeriu que suas medidas seriam mais voltadas para o leilão de ativos do que para a nacionalização.
“O projeto visa a incentivar as organizações sob controle estrangeiro a não abandonar suas atividades no território da Federação Russa”, explicou o governo.
Informações Revista Oeste
Em um país com uma força militar razoável, lutando uma guerra contra uma das maiores potências bélica do mundo, qualquer ajuda é muito bem-vinda. É por isso que a chegada de um atirador famoso, chamado Wali, está sendo explorada pela mídia ucraniana em meio aos conflitos com a vizinha Rússia.
Conhecido como o atirador “mais letal” de todos, Wali é capaz de entregar “40 inimigos mortos por dia”. Além disso, o sniper detém um recorde que tem sido explorado como propaganda na Ucrânia, nação que precisa de uma moral alta para combater seus vizinhos russos, atuais detentores da hegemonia nuclear.
Em 2009, na Guerra do Afeganistão, Wali eliminou um adversário no campo de batalha com um tiro disparado a uma distância de 3,5 km. Na ocasião, ele lutava no Oriente Médio pelo Regimento Real do Canadá.
Em entrevista ao La Presse, Wali explicou que viajou para a guerra na Ucrânia em resposta a um chamado do próprio presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski. “Ele precisava de um franco-atirador. Eu tive que ir. É como um bombeiro que ouve uma sirene tocando”, resumiu Wali.
Informações Terra
Nesta terça-feira (8), a rede de fast-food McDonald’s, criada nos Estados Unidos, anunciou o fechamento temporário de 850 unidades na Rússia. A medida ocorre como forma de protesto contra o conflito na Ucrânia.
Em nota, a companhia indicou que seguirá pagando os salários dos 62 mil funcionários contratados no país, assim como fornecedores e outros parceiros.
A rede McDonald’s relembrou que atua há mais de 30 anos no território russo. E conta com “milhões” de consumidores russos todos os dias.
O comunicado da companhia sobre o fechamento das franquias foi enviado para cada um dos estabelecimentos afetados e seus empregados.
A rede americana indicou que, desde o início da guerra na Ucrânia, a prioridade principal “são as pessoas”.
– Como empresa, nos unimos ao mundo para condenar a agressão e a violência, e rezar pela paz – destacou.
O texto ainda ressalta que os restaurantes da rede na Ucrânia ficaram impossibilitados de funcionar, em grande parte. Mas os salários dos funcionários seguem sendo pagos.
O McDonald’s e a Coca-Cola, outra marca tradicionalmente ligada à cultura dos Estados Unidos, vinham recebendo fortes pressões para interromper as atividades na Rússia.
Nos últimos dias, outras companhias, de diferentes setores, anunciaram a paralisação do funcionamento e de serviços na antiga república soviética, que invadiu a Ucrânia.
*EFE
Nesta terça-feira (8), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que está disposto a discutir com a Rússia a questão da independência da Crimeia e das regiões de Donetsk e Lugansk, em Donbass. O assunto foi abordado durante uma entrevista à emissora ABC News, dos Estados Unidos.
A medida foi uma exigência dos russos durante uma negociações por um cessar-fogo na Ucrânia. A Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014, enquanto Donetsk e Lugansk foram palcos de conflitos separatistas nos últimos anos. As duas regiões foram reconhecidas pela Rússia como independentes.
Ao citar os termos da Rússia, Volodymyr Zelensky disse que é possível chegar a um “compromisso”.
– Podemos discutir os itens relacionados a territórios temporariamente ocupados e pseudorrepúblicas não reconhecidas por ninguém além da Rússia; podemos discutir e encontrar um compromisso sobre como esses territórios viverão – apontou.
Durante a entrevista, no entanto, o presidente da Ucrânia disse que aceita dialogar, mas que não pretende ceder a “ultimatos” da Rússia.
– Estou pronto para o diálogo, não estamos prontos para a capitulação – ressaltou.
O ataque da Rússia à Ucrânia ocorreu na madrugada do dia 24 de fevereiro. O anúncio da “operação militar no leste da Ucrânia” foi feito pelo presidente russo, Vladimir Putin, em um discurso transmitido na televisão. De acordo com ele, o objetivo era “proteger as pessoas que são submetidas a abusos, genocídio de Kiev durante oito anos”, e, para isso, ele buscaria “desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia e levar à Justiça aqueles que cometeram vários crimes sangrentos contra pessoas pacíficas, incluindo cidadãos russos”.
Informações Pleno News
Lista com os países e produtos afetados sai em dois dias; gás fornecido à Europa deve entrar na relação
Foto: Reprodução Twitter Kremlin
Por: Metro1 no dia 08 de março de 2022 às 17:23
O presidente Vladimir Putin anunciou que vai proibir ou limitar o comércio de matérias-primas da Rússia até o fim deste ano. O anúncio é uma reação ao embargo dos Estados Unidos ao petróleo e ao gás natural da Rússia.
A relação de produtos e países que serão afetados será elaborada em até dois dias, segundo o decreto presidencial divulgado pelo Kremlin. Com isso, a Rússia nem venderá, nem comprará produtos básicos.
A ação do presidente Joe Biden, coordenada segundo o presidente americano com seus aliados ocidentais, visa punir a Rússia pela guerra que iniciou ao invadir a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro. Ela se soma a uma série de duras sanções econômicas.
Segundo a Folha de São Paulo, a principal retaliação russa deverá ocorrer contra a Europa. Na segunda-feira, o vice-premiê Alexander Novak disse que o gasoduto Nord Stream 1, que leva até 55 bilhões de metros cúbicos do produto todo ano da Rússia para a Alemanha, poderá ser fechado.
Já a proibição de exportação de petróleo deverá atingir todos os países da lista de nações consideradas hostis na crise ucraniana pelo Kremlin, como os 27 integrantes da União Europeia, Japão e Austrália. O Brasil não está nessa lista, e provavelmente poderá até auferir algum ganho na crise exportando produtos que serão proibidos a outros países.
Informações Metro 1
Presidente ucraniano destacou que não está se escondendo
Na noite desta segunda-feira (7), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky postou um vídeo que gravou em seu escritório, em Kiev. Essa foi a primeira vez que o líder russo foi visto no local desde a invasão russa, que teve início em 24 de fevereiro.
Zelensky afirmou que ficará na capital ucraniana. Ele destacou que não está se escondendo e não tem medo de ninguém. As informações são da CNN Brasil.
– Vou ficar em Kiev. No meu escritório. Não estou me escondendo. E não tenho medo de ninguém – falou.
No discurso, ele ressaltou ainda que esta é a 12ª noite de sua luta.
– Segunda-feira. Tarde. Você sabe, costumávamos dizer: segunda-feira é um dia difícil. Há uma guerra no país. Então todo dia é segunda-feira. E agora estamos acostumados ao fato de que todos os dias e todas as noites são assim. Hoje é dia 12. 12ª noite da nossa luta. Nossa defesa. Estamos todos no terreno, estamos todos trabalhando. Todos estão onde deveriam estar. Estou em Kiev. Minha equipe está comigo. A defesa territorial está no terreno. Os militares estão em posições. Nossos heróis! Médicos, socorristas, transportadores, diplomatas, jornalistas. Todos. Estamos todos em guerra. Todos contribuímos para a nossa vitória, que com certeza será alcançada. Pela força das armas e do nosso exército. Pela força das palavras e da nossa diplomacia. Pela força do espírito, que o primeiro, o segundo e cada um de nós temos – declarou.
Confira o vídeo, abaixo:
https://m.facebook.com/zelenskiy.official/videos/4670135189782685/
Informações Pleno News
Os Estados Unidos e aliados pediram nesta segunda-feira (7) à Rússia, durante reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), para permitir a passagem segura de civis em cidades ucranianas sitiadas e ajuda a áreas de combate, dizendo que a crise humanitária na Ucrânia está se deteriorando rapidamente.
Enviados de muitos países, incluindo EUA, Irlanda e França, bem como o chefe de ajuda da ONU, Martin Griffiths, alertaram sobre o número crescente de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças, e pessoas deslocadas.
“Precisamos do compromisso firme, claro, público e inequívoco da Rússia para permitir e facilitar o acesso humanitário imediato e desimpedido para parceiros humanitários na Ucrânia”, disse a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, na reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada para discutir a crise humanitária.
A Rússia ofereceu aos ucranianos rotas de fuga para a Rússia e Belarus, sua aliada próxima, na manhã de segunda-feira, depois que as tentativas de cessar-fogo para retirada no fim de semana falharam.
“Não conheço muitos ucranianos que desejam buscar refúgio na Rússia. Isso é hipocrisia”, disse o embaixador da França, Nicolas de Riviere.
Mais de 1,7 milhão de pessoas fugiram da Ucrânia, muitas empresas ocidentais se retiraram da Rússia e o Ocidente impôs duras sanções aos bancos russos e ao presidente Vladimir Putin.
Vassily Nebenzia, enviado russo à ONU, acusou as autoridades ucranianas de não permitir que civis fugissem.
Moscou, que nega atacar civis, prometeu levar adiante a campanha que lançou em 24 de fevereiro e chama de “operação militar especial”.
Informações Agência Brasil