O governo ucraniano disse a seus cidadãos hoje que, “em locais onde seja possível e seguro, vale a pena voltar ao trabalho”. “Se você pode trabalhar, trabalhe”, disse Oleksandr Tkachenko, ministro da Cultura e Política de Informação da Ucrânia. “Ao pausar todos os processos de trabalho no país, corremos o risco de piorar significativamente nosso nível econômico.”
Segundo Tkachenko, “apesar do apoio humanitário internacional, a guerra está de alguma forma esgotando a economia”. “Algumas vilas e cidades foram forçadas a fechar seus negócios devido às hostilidades, os trabalhadores foram forçados a sair e alguns perderam seus empregos por causa dos ocupantes.”
Hoje, a guerra entrou no 26º dia com a capital da Ucrânia anunciando que terá mais um toque de recolher de 35 horas, como foi feito na semana passada. O anúncio foi feito hoje pela prefeitura de Kiev após a cidade ter sido alvo de novos ataques. Para a inteligência do Ministério da Defesa do Reino Unido, o cerco à capital deve ser a prioridade das forças russas.
Nesta segunda (21), a Ucrânia rejeitou a proposta russa de rendição em Mariupol, cidade portuária que está sitiada e é considerada estratégica no conflito. Agora, a Rússia prevê mais uma semana para tomar a cidade, segundo um líder separatista. O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que o cerco e os ataques a Mariupol constituem um “enorme crime de guerra”.
O governo russo diz que as negociações de paz ainda não tiveram um progresso significativo; novos diálogos acontecem nesta segunda. Principal negociador ucraniano e conselheiro da Presidência, Mykhailo Podolyak mencionou hoje os mais de 3 milhões de pessoas que tiveram de deixar a Ucrânia em razão do conflito para fazer uma crítica sobre a atuação de outros países. “A Rússia destrói a vida de milhões de pessoas. Ainda não é uma catástrofe humanitária global?”
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu que a UE (União Europeia) interrompa “todo o comércio” com a Rússia. Hoje, novos corredores para evacuação foram abertos no país.
A partir das 20h de hoje, horário local (15h, em Brasília), Kiev terá um novo “toque de recolher intensificado” com duração de 35 horas, terminando às 7h de quarta (23). Um período de restrição tão amplo havia sido adotado na semana passada após uma série de ataques à capital.
“As viagens pela cidade serão proibidas sem passes especiais! Você só pode sair para chegar ao abrigo mais próximo”, disse a prefeitura de Kiev em comunicado. “Lembramos que os civis que estiverem na rua durante o toque de recolher sem passe especial serão considerados membros de grupos de sabotagem e reconhecimento!”
Segundo o serviço de emergências da Ucrânia, ao menos oito pessoas morreram e uma ficou ferida em um ataque a um centro comercial em Kiev na noite de domingo (20). As chamas foram extintas por volta das 11h40, horário local (6h40, em Brasília), segundo as equipes de resgate.
Prédios de apartamentos e escolas também foram danificados, segundo a prefeitura da capital. “Devido aos incêndios após ataques aéreos na capital e na região, observa-se a poluição do ar. Portanto, não abra as janelas”, disse hoje o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko.
A Rússia disparou dois mísseis em um dos campos de treinamento militar na região de Rivne, que fica a cerca de 340 quilômetros de Kiev.
Segundo o chefe da administração regional de Rivne, Vitaliy Koval, o ataque aconteceu hoje. Há relatos de pessoas feridas, segundo as informações iniciais.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que “mísseis de cruzeiro de alta precisão lançados do ar atacaram o centro de treinamento para mercenários estrangeiros e formações nacionalistas ucranianas”. Os russos falam em ter atingido “80 mercenários e nacionalistas”, uma informação que não pôde ser confirmada neste momento.
Por volta das 4h, horário local (23h, em Brasília), tanques de amônia em uma fábrica na região de Sumy —a cerca de 360 quilômetros a leste de Kiev, já perto da fronteira com a Rússia— foram danificados por bombardeios.
“Houve um vazamento. O raio do dano é de cerca de 2,5 quilômetros”, disse o Centro de Comunicações Estratégicas e Segurança da Informação, que indicou que “não há ameaça para a população”. Ao menos uma pessoa ficou ferida.
A amônia é um gás incolor, bastante tóxico, que se dissolve na água. Ela pode ser usada pela indústria como fertilizante.
A Rússia nega envolvimento com o caso. “Na cidade de Sumy, uma provocação planejada por nacionalistas ucranianos foi implementada à noite”, disse o Ministério da Defesa russo, que disse ter verificado, em 19 de março, que “nacionalistas ucranianos” planejavam “cometer uma provocação com o objetivo de acusar a Rússia de supostamente usar ‘armas químicas'”.
“Quero enfatizar mais uma vez que as Forças Armadas da Federação Russa não planejaram e não estão infligindo nenhum ataque às instalações ucranianas para armazenamento ou produção de substâncias tóxicas”, disse o ministério em comunicado. “O regime nacionalista de Kiev é diretamente responsável por quaisquer possíveis incidentes com instalações ucranianas de armazenamento de substâncias venenosas.
Cinco navios com dezenas de milhares de toneladas de grãos desapareceram do porto de Berdyansk, cidade a cerca de 750 quilômetros de Kiev, e que fica próxima a Mariupol, sitiada pelos russos. “Testemunhas oculares dizem que eles foram levados por rebocadores russos”, relatou o Centro de Comunicações Estratégicas e Segurança da Informação.
Autoridades locais informaram que havia cinco navios no porto, sendo que alguns totalmente carregados. “Alguns dias atrás, esses navios desapareceram do porto de Berdyansk”, disse Alexander Starukh, chefe da região de Zaporizka.
“As pessoas dizem que foram levadas por rebocadores russos. Havia dezenas de milhares de toneladas de grãos ucranianos lá”, acrescentou Starukh.
O Ministério da Defesa da Ucrânia disse hoje que “os ocupantes continuam aterrorizando a população local e saqueando os territórios temporariamente ocupados”. “Não é incomum que os ocupantes russos coloquem pessoal, armas e equipamentos na infraestrutura civil.”
O ministério acusa as forças russas de fazerem uma “mobilização forçada” em Lugansk e Donetsk, áreas separatistas, que os ucranianos dizem estar “temporariamente ocupados”. Segundo o governo, homens de 18 a 60 anos deverão, em 1º de abril, fazer um registro na polícia local. “As razões para este ‘registro’ não são explicadas”, diz o ministério.
A central nuclear de Chernobyl iniciou ontem o primeiro rodízio de funcionários desde o início da invasão russa à Ucrânia, anunciou a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). As forças russas tomaram o controle da central nuclear em 24 de fevereiro e mais de 100 técnicos ucranianos que estavam no fim do serviço noturno prosseguiram com as operações cotidianas na usina, que mantém os resíduos radioativos da catástrofe nuclear de 1986, a pior da história.
Antes do rodízio, a mesma equipe de trabalho estava na central desde o dia anterior à entrada das tropas russas na área, o que “coloca em risco um dos pilares” da segurança nuclear.
(Com Reuters, AFP e RFI)
O Banco Central da Rússia decidiu retomar nesta segunda-feira, 21, as negociações de títulos de empréstimos federais na Bolsa de Moscou. A decisão marca a reabertura parcial da bolsa de valores local depois da suspensão determinada no dia 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, que nesta semana completa um mês.
As negociações passam a ocorrer em dois períodos: pela manhã no horário local, entre 10 horas e 11 horas (das 4 horas às 5 horas no horário de Brasília), em “modo de leilão separado”, e à tarde em Moscou, das 13 horas às 17 horas (das 7 horas às 11 horas de Brasília), “no formato habitual”, segundo informou o BC russo em comunicado.
Conforme informou a instituição, vendas a descoberto serão proibidas, e os horários de operação para os próximos dias serão anunciados “em breve”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Informações UOL
A aeronave caiu próximo à cidade de Wuzhou, na província de Guangxi no sul da China, por volta das 14h30, horário local, cerca de uma hora e meia depois de decolar na cidade de Kunming, às 13h
A China Eastern Airlines confirmou que ‘há mortos’ entre os passageiros da aeronave 737 que caiu na manhã desta segunda-feira (21/3) próximo à cidade de Wuzhou, na China. A companhia não disse a quantidade de vítimas fatais, ou até mesmo se foram todos as 132 pessoas que estavam a bordo do avião.
“A companhia expressa suas mais profundas condolências aos passageiros e tripulantes que morreram no acidente”, diz um comunicado da empresa à Bolsa de Valores de Xangai, onde está listada, sem fornecer nenhum número de vítimas.
A aeronave caiu próximo à cidade de Wuzhou, na província de Guangxi no sul da China, por volta das 14h30, horário local, cerca de uma hora e meia depois de decolar na cidade de Kunming, às 13h.
De acordo com o The Guardian, dados de rastreamento de voos mostram que o avião caiu drasticamente, em uma perda de 8.800 metros de altitude em apenas alguns minutos. A queda ocorreu em uma região montanhosa e uma grande fumaça tomou o local.
O corpo de bombeiros local enviou 23 caminhões e 117 funcionários para auxiliar no resgate. O auxílio foi prejudicado pela região em que a aeronave caiu: cerca de florestas, os bombeiros tiveram que deixar os carros na estrada e caminhar até o local.
Mais cedo, ao saber do acidente, o presidente chinês, Xi Jinping, disse estar “chocado” com o acidente e pediu uma investigação “imediata” sobre a causa do acidente.
Informações Correio Braziliense
Os turcos estão envolvidos nas negociações de paz entre os dois países
Mevlut Cavusoglu, ministro das Relações Exteriores da Turquia, disse neste domingo, 20, que a Rússia e a Ucrânia “estão próximas a um acordo” de paz. Os ucranianos enfrentam uma invasão Russa desde 24 de fevereiro.
“É certo que não é fácil chegar a um acordo enquanto a guerra está em curso, enquanto os civis são mortos, mas queremos dizer que os avanços negociais estão progredindo”, afirmou Cavusoglu, segundo informações do portal UOL. “Vemos que as partes estão próximas a um acordo”.
A fala do chanceler ocorre depois de Mikhailo Podolyak, chefe da delegação ucraniana nas negociações de paz, começar a estipular prazos para o acordo na última semana. Kiev acredita que a guerra pode acabar entre “uma semana e meia e três semanas”. As reuniões virtuais entre as duas delegações para debater um armistício serão retomadas na segunda-feira 21.
O governo turco é um dos mais ativos na tentativa de fazer um acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. A Turquia fica próxima dos dois países. Os turcos têm um posicionamento político muito similar ao de Moscou em vários assuntos, mas também são um dos maiores fornecedores de armamentos para Kiev.
Apesar de condenar a invasão da Ucrânia, Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, se negou a impor sanções econômicas contra a Rússia.
Informações Terra Brasil Noticias
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, pediu neste sábado (19) negociações de paz abrangentes com Moscou para interromper a invasão da Ucrânia. Acrescentou que isso não for feito, a Rússia levará “várias gerações” para se recuperar de suas perdas na guerra.
As forças russas têm sofrido duras perdas e seu avanço tem ficado, em grande parte, estagnado desde que o presidente Vladimir Putin iniciou o ataque em 24 de fevereiro, com longas colunas de tropas que cercaram Kiev e pararam em seus subúrbios.
Forças russas têm cercado cidades, transformando áreas urbanas em escombros, e nos últimos dias, intensificado os ataques com mísseis contra alvos dispersos no Oeste da Ucrânia, longe dos principais campos de batalha no Norte e Leste do país.
Hoje, a Rússia disse que seus mísseis hipersônicos destruíram grande depósito subterrâneo de mísseis e munição de aeronaves na região ocidental de Ivano-Frankivsk. Armas hipersônicas podem viajar cinco vezes mais rápido que a velocidade do som e, segundo a agência de notícias Interfax, essa foi a primeira vez que a Rússia usou essas armas na Ucrânia.
Um porta-voz do Comando da Força Aérea da Ucrânia confirmou o ataque, mas disse que o lado ucraniano não tinha informações sobre o tipo de míssil usado.
Autoridades ucranianas afirmaram não ter visto mudanças significativas nas últimas 24 horas nas zonas da linha de frente, ressaltando que as cidades de Mariupol, Mykolaiv e Kherson, no Sul, e Izium, no Leste, continuam observando os combates mais pesados.
Mais de 3,3 milhões de refugiados já saíram da Ucrânia pela fronteira ocidental, com cerca de mais 2 milhões deslocados dentro do país. Os esforços para retirar civis de cidades sitiadas por meio de “corredores humanitários” continuam.
As autoridades ucranianas disseram que dez dessas rotas de fuga devem ser abertas.
Zelenskiy afirmou que a recusa em fazer concessões terá um preço alto para a Rússia.
“Quero que todos me ouçam agora, especialmente em Moscou. Chegou a hora de uma reunião, é hora de conversar”, disse ele em um vídeo. “Chegou a hora de restaurar a integridade territorial e a justiça para a Ucrânia. Do contrário, as perdas da Rússia serão tais que o país levará várias gerações para se recuperar.”
*Agência Brasil
Ucrânia e Rússia estão acertando detalhes para possível cessar-fogo
Pela primeira vez desde que iniciou a invasão da Ucrânia, a Rússia sinalizou formalmente para avanços em um cessar-fogo contra o vizinho. Após uma rodada de negociações, nesta sexta-feira (18), o representante do governo russo, Vladimir Medinsky, afirmou que um possível acordo de paz está “no meio do caminho”.
Entre as exigências do governo de Vladimir Putin para pôr fim ao conflito é que a Ucrânia se abstenha de entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e que o país se mantenha neutro diante de conflitos com terceiros, além da desmilitarização da Ucrânia.
Ainda de acordo com o representante russo, os dois países continuam tentando alinhar detalhes sobre garantias de segurança para a Ucrânia – caso ela desista de fato de ingressar para Otan.
Apesar do avanço rumo a um acordo, as denúncias de crimes de guerra e uso de armas químicas contra civis ucranianos continuam surgindo. A Rússia desmentiu todas as acusações, e ainda acusou os Estados Unidos de financiarem armas biológicas.
Informações Pleno News
O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse hoje que o Brasil não vai “dançar ao som dos Estados Unidos”. A declaração, segundo a agência de notícias russa Tass, foi dada em entrevista ao veículo de comunicação RT, ligado ao governo russo.
Na fala, Lavrov reclamava de sanções aplicadas pelos americanos e pela Europa contra a Rússia em razão da guerra que o país promove contra a Ucrânia. Hoje, o conflito entrou no 23º dia, com novos registros de ataques pelo país, inclusive no oeste ucraniano.
A Tass escreveu que Lavrov declarou que “vários países, incluindo China, Índia, Brasil, México, não dançarão ao som dos Estados Unidos”. O ministro havia apontado que “a Europa praticamente parou de tentar defender sua independência diante dos Estados Unidos”, segundo relato da agência. Para ele, a pressão das sanções sobre o governo do presidente russo, Vladimir Putin, continuará, mas a Rússia está acostumada com isso.
Há jogadores que nunca concordarão com a existência de uma ‘aldeia global’ sob a liderança de um ‘xerife’ da América –são China, Índia, Brasil, México. Tio Sam vai dizer para eles fazerem isso
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou Putin poucos dias antes de o russo iniciar a invasão ao território ucraniano. O Brasil tem se colocado neutro no conflito entre Rússia e Ucrânia. Na quarta-feira (16), modificou sua posição nas votações do sistema da ONU (Organização das Nações Unidas) e optou por se abster em uma resolução contra a Rússia.
“Deve-se dizer que a Rússia não é de forma alguma um dos países que estaria pronto para saudá-la”, acrescentou o ministro.
Para ele, “os Estados Unidos estão lutando por um mundo unipolar”. “Não será uma ‘aldeia global’, será uma ‘aldeia americana’, talvez um salão americano onde todos dançam ao som dos mais fortes.”
“Se você olhar para o número de países que impuseram sanções contra a Rússia, verá que a maioria daqueles que se opuseram a nós o fizeram sob forte pressão, sob chantagem”, disse Lavrov
Segundo o relato da agência, para Lavrov, a Rússia “está pronta para cooperar com aqueles que estão prontos para agir com base no respeito mútuo”.
Nesta sexta-feira (18), um ataque com mísseis atingiu uma área próxima ao aeroporto de Lviv, cidade ucraniana 550 quilômetros a oeste de Kiev, já próxima à fronteira com a Polônia —que recebeu mais de 2 milhões de refugiados ucranianos.
Na capital Kiev, ao menos uma pessoa morreu em um ataque que atingiu um prédio residencial, segundo o serviço de emergências da Ucrânia.
Enquanto o conflito ainda acontece, lideranças internacionais tentam interceder para o seu fim. Hoje, os presidentes de Estados Unidos e China irão conversar sobre a guerra. Aliada da Rússia, China diz respeitar “soberania e integridade territorial de todos”.Imagem: Arte/UOL
O prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi, disse que uma fábrica de reparos de aeronaves que fica perto do aeroporto da cidade foi destruída pelo ataque, mas o terminal não foi atingido. Sadovyi afirmou ainda nas redes sociais que o trabalho na fábrica havia parado antes que os mísseis atingissem o local e não houve relatos de vítimas.
Segundo o Comando Aéreo “Oeste” da Força Aérea da Ucrânia, seis mísseis de cruzeiro foram lançados, “provavelmente, do Mar Negro”. “Dois mísseis foram destruídos por mísseis antiaéreos do Comando Aéreo Oeste”, diz comunicado do órgão. O Mar Negro está a cerca de 800 quilômetros de Lviv.
Chefe da administração militar regional de Lviv, Maksym Kozytsky disse que uma pessoa ficou ferida no ataque.
Em Kiev, “restos de foguete” causaram um incêndio em um prédio residencial de cinco andares no bairro de Podilskyi, segundo o serviço de emergências da Ucrânia.
Cerca de 98 pessoas foram evacuadas. O serviço relata ao menos uma morte e quatro feridos.
O Ministério da Defesa da Ucrânia disse hoje que a Rússia tem apelado para “medidas extremas” após perder recursos e pessoal na guerra. “Eles estão realizando uma mobilização secreta”, disse, em comunicado, hoje, citando a atração de “voluntários” e também de “mercenários” da Síria.
Os russos, por sua vez, dizem estar “apertando o cerco” a Mariupol —cidade que teve 80% de suas residências destruídas e tem sido alvo de constantes ataques— com o apoio de separatistas do leste ucraniano.
O Ministério da Defesa da Ucrânia diz que os russos estão “tentando criar uma imagem positiva distribuindo alimentos para a população civil”.
“Ao mesmo tempo, eles estão ativamente procurando e detendo ativistas pró-ucranianos, funcionários públicos, membros da Operação Antiterrorista/Operação de Forças Conjuntas e membros de suas famílias, bem como outros cidadãos que possam organizar resistência à ocupação.”
Já o Ministério da Defesa da Rússia diz que conseguiu “libertar” cerca de 90% do território da “República Popular de Lugansk”, área separatista do leste ucraniano, e que tem avançado em Donetsk.
Na região de Lugansk, o governo ucraniano indicou que “mais de 20 instalações residenciais e de infraestrutura foram destruídas durante a noite em Sieverodonetsk e Rubezhnoye”. Já o chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, disse que, nesta sexta, os russos lançaram um ataque com mísseis em Kramatorsk, cidade da região.
“Eles atingiram um prédio residencial e um prédio administrativo”, informou, relatando ao menos duas mortes e seus feridos. “Os russos são incapazes de travar uma guerra honesta entre os exércitos. Então, continuam a bombardear civis.”
Em Mariupol, a Rússia diz que “unidades da República Popular de Donetsk, com o apoio das Forças Armadas Russas, estão apertando o cerco e lutando contra os nacionalistas no centro da cidade”.
Informações UOL
A Rússia intensificou o bombardeio em Kiev nesta terça-feira (15). A ação destruiu apartamentos e uma estação de metrô e ocorreu enquanto 2 mil carros de civis fugiram de Mariupol, por meio de um corredor humanitário. Acredita-se que essa possa ser a maior evacuação já feita do porto. Enquanto isso, os diplomatas iniciam uma nova rodada de negociações, via vídeo, para chegar a um acordo que coloque fim no conflito entre os dois países.
Grandes explosões ocorreram antes do amanhecer em Kiev. Segundo autoridades ucranianas, os barulhos se tratavam de ataques de artilharia, já que o ataque da Rússia à capital parecia se tornar mais sistemático e se aproximava da cidade. Ao todo, mais de 3 milhões de pessoas já deixaram o país desde o início dos conflitos.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenski disse que bombas atingiram quatro prédios de vários andares na cidade e mataram dezenas de pessoas. O bombardeio provocou um grande incêndio em um prédio de 15 andares.
ATAQUES A ÁREAS RESIDENCIAIS
Os combates se intensificaram nos arredores de Kiev nos últimos dias, e sirenes de ataque aéreo soaram dentro da capital. O prefeito Vitali Klitschko anunciou um toque de recolher de 35 horas que se estendeu até a manhã de quinta-feira (10).
Um prédio de apartamentos de 10 andares no distrito de Podilsky, em Kiev, ao norte do bairro do governo, foi danificado. As forças russas também intensificaram os ataques durante a noite em Irpin e nos subúrbios de Hostomel e Bucha, no noroeste de Kiev, disse o chefe da região da capital, Oleksiy Kuleba.
Uma das situações mais desesperadoras é em Mariupol, cidade de 430 mil habitantes, onde autoridades dizem que um cerco de uma semana matou mais de 2.300 pessoas e deixou os moradores lutando por comida, água, calor e remédios.
Nesse cenário, o parlamento ucraniano votou pela prorrogação da lei marcial por mais um mês, até 24 de abril. De acordo com a medida, solicitada por Zelenski, homens entre 18 e 60 anos estão impedidos de deixar o país para que possam ser convocados para lutar.
*AE
A Rússia decidiu abandonar o Conselho da Europa e renunciar ao Convênio de Direitos Humanos, segundo informou o gabinete da secretária-geral do organismo, a croata Marija Pejcinovic. A decisão russa é baseada no artigo 7, do Estatuto do Conselho da Europa, que permite a qualquer membro “se retirar, notificando a decisão ao secretário-geral”.
O anúncio de Moscou foi tornado público durante audiência extraordinária da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, que iria submeter à votação uma declaração para cobrar que a Rússia se retirasse. Caso o país decidisse permanecer na organização, seria colocada em pauta a expulsão.
Dessa forma, poderia se repetir o que aconteceu 53 anos atrás, quando a Câmara do Conselho recomendou a expulsão da Grécia, devido a um golpe de Estado. No entanto, Atenas se adiantou e pediu a saída. A Rússia poderia prolongar a permanência até o fim do ano, se houvesse a aplicação literal do artigo 7.
O Comitê de Ministros do Conselho da Europa havia decidido, em 25 de fevereiro, pela suspensão da participação da Rússia na organização, logo após a invasão da Ucrânia. O Ministério das Relações Exteriores russo confirmou a decisão, alegando que o país foi obrigado “a dar esse passo”.
– Nos separamos sem pesar desse Conselho da Europa – indica a nota oficial.
*EFE
Posição do país ocorreu durante reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas
A Rússia se comprometeu, nesta segunda-feira (14), com a cooperação internacional na não proliferação de armas nucleares, no âmbito do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Em reunião do organismo sobre o tema, o país reforçou a resolução 2622 do Conselho, que trata sobre uma extensão do mandato no Comitê de monitoramento da posse de armas nucleares, químicas e biológicas.
O represente russo na ocasião, Dmitry Polyanskiy, afirmou que o país busca o principio do consenso, especialmente levando em conta a intenção de prevenir armas de destruição de massa em posse de atores não estatais. O
Para o representante do Brasil Ronaldo Costa Filho, o Comitê vem conseguindo evitar que atores não estatais consigam acesso à armas nucleares, químicas e biológicas. Segundo ele, é necessário se adaptar aos desafios futuros no tema.
Ainda assim, o diplomata afirmou que a “forma mais efetiva de combater proliferação de armas de destruição em massa é o desarmamento”, e visou a eliminação irreversível de equipamentos.
No geral, os outros países apoiaram a resolução 2622, que foi aprovada em fevereiro por unanimidade e se comprometeram com a não proliferação de armas de destruição em massa. Outro ponto destacado foi a necessidade de prevenir grupos terroristas de terem acesso aos equipamentos.
*AE