Foto: Amir Levy/Getty Images.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou, nesta terça-feira (21/11), estar “fazendo progressos” em relação ao retorno dos reféns que estão com o grupo terrorista Hamas. As declarações do político israelense vêm no dia em que líderes do Hamas falaram da proximidade de um acordo de trégua entre os lados.
“Não vou exagerar com palavras, mas espero que haja boas notícias em breve. Restauraremos a segurança tanto no norte como no sul. Agradeço a todos os soldados do fundo do meu coração”, discursou Netanyahu a militares das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Por outro lado, altos funcionários israelenses afirmaram para a mídia local de que há uma forte possibilidade de esse acordo fechado no Catar comece a funcionar nas próximas horas. E alguns reféns sejam libertados imediatamente.
O acordo proposto envolve a libertação de aproximadamente 50 crianças e mães israelenses, em troca de um cessar-fogo de quatro ou cinco dias. Segundo informações que chegam do Catar, seriam liberados três prisioneiros palestinos para cada refém israelense.
Além disso, a expectativa é que o fornecimento de combustível e outros tipos de assistência sejam liberados na Faixa de Gaza.
Metrópoles
Foto: Ricardo Stuckert/PR
O Brasil, por meio de sua diplomacia, busca cooperar para uma solução pacífica na disputa entreVenezuelae Guiana pela área da Guiana Essequiba. Num movimento que pode comprometer a estabilidade do continente, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou umreferendo sobre a anexação da região, que representa metade do território guianense.
Fontes dentro do governo brasileiro ouvidas pelo portalMetrópolesafirmaram que o país “defende uma solução pacífica a essa controvérsia” e que busca “relembrar o compromisso de consolidação de uma Zona de Paz e Cooperação entre os Estados americanos”.
Apesar da tensão crescente, o Itamaraty ainda trata do assunto de maneira reservada com os envolvidos e com outros atores regionais, tentando evitar que o debate público esquente ainda mais.
O clima está ruim entre os dois países envolvidos. Nas redes sociais, o líder venezuelano, que vive a pressão internacional para participar de eleições livres, tem feito publicações em defesa da incorporação de parte do país vizinho.
“Acreditamos profundamente no diálogo e no acordo baseados no respeito do direito inalienável e histórico que temos como Povo. A Guiana Essequiba nos pertence por herança e séculos de luta e sacrifício. Vamos construir a verdadeira paz e prosperidade para os nossos meninos e meninas”, escreveu Maduro sobre a região, que é rica em recursos como petróleo.
A situação na América do Sul é acompanhada pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), que se reuniu na última semana no Palácio da Paz — sede do tribunal em Haia, Holanda — para ouvir as representações das duas nações. O agente guianense na audiência, Carl B. Greenidge, repudiou a realização da votação nacional convocada pelo governo venezuelano.
“O referendo que a Venezuela marcou para 3 de dezembro de 2023 foi concebido de modo a obter um apoio popular esmagador, rejeitar a jurisdição e antecipar um julgamento futuro. Ao fazê-lo, querem minar a autoridade e a eficácia do principal órgão judicial”, disse o representante da Guiana.
Em resposta, a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, acusou a Guiana de “colonialismo judicial” por ter recorrido contra a anexação no tribunal internacional. “Viemos derrotar a pretensão do colonialismo judicial da Guiana, que instrumentaliza esta Corte para frear o que não pode ser interrompido. No dia 3 de dezembro, os venezuelanos votarão”, prometeu a venezuelana.
O processo com os dois países tramita na CIJ desde 2018, mas ganhou importância e celeridade devido à convocação da votação na Venezuela.
Em entrevista aoMetrópoles, o professor Alcides Cunha Costa Vaz, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), avalia que o referendo convocado por Maduro tem alta chance de ser aprovado.
“A probabilidade de passar é muito elevada. A Venezuela caminha para eleições gerais em 2024. E essa é uma demanda histórica do país. Se você ver os mapas venezuelanos, a região aparece listrada e é chamada de ‘zona de reclamação’. Algo assim pode unir a população. E as cinco perguntas do referendo são no sentido de endossar a incorporação”, comentou.
Além disso, o acadêmico pontua que a Venezuela não reconhece o Tribunal Internacional de Justiça como instância competente ao julgamento do processo, o que dificulta as tentativas de negociação. “Mesmo que uma decisão prospere na Corte, ela jamais será reconhecida [pela Venezuela]”, afirmou.
Diante da escalada de tensões, uma das preocupações levantadas é que um cenário semelhante ao do conflito Rússia e Ucrânia aconteça novamente, só que na América do Sul. Vaz comenta que essa também não é uma alternativa distante.
Do lado guianense, há forte apoio dosEstados Unidos, que visa proteger interesses comerciais. “Em 2022, a Guiana ofereceu pontos de exploração de petróleo nas águas rasas do território. Uma das primeiras candidatas foi a petrolífera Exxonmobil. O governo americano respalda esse interesse, com sinalização clara da embaixada em Georgetown (capital da país sul-americano) de cooperação militar”, explicou Costa Vaz.
Em declaração recente, a nova embaixadora dos EUA no país, Nicole Theriot, reiterou a perspectiva de presença militar estadunidense. “[…] trabalharemos para apoiar nossa parceria bilateral, melhorar os objetivos de segurança mútua, enfrentar ameaças transversais e promover a segurança regional”, declarou a diplomata norte-americana.
Do lado venezuelano, a Rússia, principal fornecedor de armamento do país, também observa a região. “Durante a administração Trump, nos EUA, quando foi ventilada a possibilidade de uma intervenção estadunidense, o governo russo pousou dois bombardeiros em Caracas (capital da Venezuela) e deixou clara sua oposição. Aqui temos algumas das maiores reservas de petróleo do mundo, o que é de interesse russo”, relembrou Vaz.
Num cenário de superpotências de lados opostos em um conflito militar, até mesmo o Conselho de Segurança das Nações Unidas ficaria de mãos atadas. Isso acontece, porque junto com China, França e Reino Unido; EUA e Rússia fazem parte dos assentos permanentes, que têm poder de veto. Isso lhes permite barrar resoluções, independente do apoio da comunidade internacional. Assim, há margem para que bloqueiem medidas, mesmo que essas estejam no sentido de cessar o enfrentamento.
Apesar de a discussão não envolver diretamente oBrasil, analistas políticos afirmam que a disputa pode fazer com que o Itamaraty tenha que assumir posicionamento mais contundente. Do contrário, a escalada das tensões poderia afetar regiões próximas, como avalia André César, cientista político da Hold Assessoria.
“São vizinhos, que sempre tiveram uma relação pacífica conosco. Então, um eventual embate entre os dois se tornaria um problema que poderia respingar nas populações próximas e na nossa própria política. É um assunto que, literalmente, bate à porta. Lembre-se do caso de venezuelanos entrando aqui via Roraima. Tudo que é assunto fronteiriço é delicado. Não tem como escapar dessa”, avalia.
Entretanto, essa visão não é unânime. Outros especialistas entendem que o Brasil não tende a ser diretamente afetado. “A controvérsia já se estende há anos e o nunca tomamos uma posição muito clara, além, claro, da tendência histórica da diplomacia de dar ênfase à resolução pacífica dos conflitos”, diz Nicholas Borges, analista de política internacional da BMJ Consultores Associados.
“Há interesse brasileiro em jogo também. A recuperação venezuelana beneficiaria o comércio bilateral e, além disso, daria margem a investimentos bilaterais no setor petrolífero”, pontua o professor Alcides Cunha Costa Vaz.
O plano brasileiro é relembrar o compromisso de se estabelecer uma Zona de Paz e Cooperação — tratado iniciado pelo Brasil que tem como objetivo promover cooperação regional e a manutenção da paz na região do Atlântico Sul.
No entanto, há temor de que isso não seja o suficiente. “A diplomacia brasileira precisaria ir além dessa narrativa, reforçando que a eventual anexação poderia prejudicar as negociações que a Venezuela vem tratado com os Estados Unidos sobre os embargos econômicos”, comentou Borges.
Metrópoles
Foto: 03/08/2022REUTERS/Matias Baglietto.
O ministro da Economia e derrotado nas eleições presidenciais Sergio Massa informou na tarde desta segunda-feira (20) que seguirá no cargo. A declaração foi feita após reunião do ministro com toda a equipe econômica.
Na nota, o ministro Sergio Massa informa que segue à frente do Ministério. A frase tenta aplacar os rumores — ouvidos desde a noite de domingo (19) — de que ele poderia pedir licença do cargo nos últimos dias do governo atual.
Massa colocou à disposição do presidente Alberto Fernández uma equipe de transição para o novo governo de Javier Milei.
Segundo o Ministério da Economia, foram escolhidos Gabriel Rubinstein (secretário de Política Econômica), Leonardo Madcur (chefe dos assessores do Ministério) e Raul Rigo (secretário de Fazenda). Pelo Banco Central, a transição será feita pelo próprio presidente, Miguel Pesce.
O presidente eleito toma posse em 10 de dezembro.
CNN Brasil
Foto: Getty Images.
Altas fontes da Unión por la Patria disseram ao Clarín que o candidato Javier Milei vence o segundo turno. Falam de uma derrota clara para Sergio Massa.
Enquanto no bunker do Unión por la Patria já se fala em derrota. Sergio Massa falará antes de serem conhecidos os primeiros resultados oficiais.
No entanto, os primeiros resultados oficiais serão conhecidos às 21h.
*Texto traduzido a partir do original.
Fonte: Clarín.
Os dados foram divulgados pela Embaixada Israelense no Brasil: 1,2 mil pessoas assassinadas e mais de 8,6 mil feridas
A Embaixada de Israel no Brasil divulgou, neste sábado, 18, a atualização do número de vítimas de sua guerra contra os terroristas do Hamas, desencadeada depois dos ataques de 7 de outubro. O número de pessoas assassinadas neste período está em 1,2 mil e mais de 8.6 mil estão feridas.
Entre os mortos, estão 33 menores de idade e 25 idosos com mais de 80 anos. Na lista de vítimas constam também 288 estrangeiros, incluindo pessoas com dupla-cidadania.
Quinze estrangeiros seguem desaparecidos. O números de pessoas sequestradas pelo Hamas é de 238 – além de 4 sequestrados que já estavam em poder dos terroristas antes dos ataques de 7 de outubro.
Entre os reféns, estão 34 crianças — sendo 10 delas com menos de 5 anos, incluindo bebês — e jovens.
Idosos também não foram poupados do cárcere pelos terroristas. Entre os que foram levados para o cativeiro em Gaza, estão 18 pessoas com mais de 75 anos.
O número de estrangeiros, incluindo os que têm dupla-cidadania, em poder do Hamas é de 119 pessoas.
Mais de 10 mil foguetes e mísseis foram disparados da Faixa de Gaza em direção a Israel. Segundo o governo israelense, o objetivo do grupo terrorista que domina o território palestino é atingir cidades e centros civis.
O comunicado da Embaixada de Israel no Brasil diz que mais de mil projéteis caíram na Faixa de Gaza. Eles atingirão, entre outros alvos, hospitais e escolas.
A nota afirma que “As Forças de Defesa de Israel (FDI) continuam a operar no Hospital Al-Shifa, enquanto fazem grandes esforços para evitar qualquer dano à equipe médica e aos civis dentro do hospital”.
O texto lembra ainda a quantidade significativa de armas e munições, entre outros artefatos, encontrados pelos militares israelenses dentro do Al-Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza.
A presença das armas aponta para a intensão do grupo terrorista de fazer do local um escudo humano.
No dia da incursão dentro do hospital, as FDI forneceram equipamentos humanitários, incluindo medicamentos, alimentos para bebês e outros suprimentos, como incubadoras para os recém-nascidos.
Nas tropas israelenses que participam da ação humanitária em Gaza têm soldados proficientes na língua árabe e equipe médica. De acordo com o governo de Israel, a medida foi pensada para garantir que os suprimentos chegassem ao destino — pacientes e médicos palestinos.
Informações Revista Oeste
Foto: Brasil de Fato.
Os centros de votação na Argentina abriram às 8h deste domingo para o segundo turno das eleições que definirão o presidente e o vice-presidente na disputa entre a chapa governista, a peronista União pela Pátria, e o opositor partido de extrema-direita A Liberdade Avança. Foram habilitadas 104.577 seções eleitorais distribuídas ao longo do país, segundo a Direção Nacional Eleitoral da Argentina.
O candidato governista é o atual ministro da Economia, Sergio Massa, que concorre acompanhado do atual chefe da Casa Civil, Agustín Rossi. Do outro lado estarão os deputados opositores Javier Milei e Victoria Villaruel. A chapa vencedora comandará o país a partir de 10 de dezembro para o período 2023-2027.
Cerca de 35,8 milhões de argentinos estão aptos a votarhoje, com o voto sendo obrigatório para cidadãos de entre 18 e 70 anos efacultativo para maiores de idade e para adolescentes de 16 e 17 anos, bem comopara residentes no exterior. Cada eleitor, após se identificar em sua sessãoeleitoral, recebe um envelope vazio e vai para a chamada sala escura, uma cabinede votação. Dentro da cabine, os eleitores escolhem entre cédulas (boletas) quemostram cada um dos dois candidatos que disputam o segundo turno presidencial. Acédula com o candidato escolhido é depositada no envelope recebido, que édepositado na urna eleitoral.
Após o encerramento do horário de votação, às 18 horas,começa a apuração dos votos em duas etapas. Na primeira, cada seção eleitoralfaz a contagem de votos e informa o resultado ao Ministério do Interior atravésde um telegrama. Na sequência, a Direção Nacional Eleitoral compila osresultados das seções eleitorais.
Esse resultado preliminar, aliado às pesquisas de boca de urna, que só podem ser divulgadas após às 21 horas, já aponta o candidato vencedor, mas o resultado oficial da eleição só começa a ser apurado 48 horas após o encerramento da votação. Essa segunda etapa é feita a partir das atas de cada seção eleitoral, conta com fiscais designados pelos candidatos e contabiliza também os votos de eleitores argentinos no exterior e em presídios do país. Somente após a finalização dessa segunda etapa é que o resultado oficial da eleição é divulgado.
Créditos: Gazeta do Povo.
Os juízes da Câmara Nacional Eleitoral, da Argentina, fizeram, neste sábado, 18, uma reunião emergencial com os assessores de campanha dos candidatos Sergio Massa (União pela Pátria) e Javier Milei (A Liberdade Avança). O encontro ocorreu em meio às denúncias de fraude no primeiro turno.
De acordo com os magistrados, a convocação teve como objetivo “preservar a convivência democrática” na véspera do segundo turno das eleições presidenciais. Neste domingo, 19, os argentinos irão eleger o seu próximo presidente.
Estiveram presentes à reunião o representante da coligação União pela Pátria, Juan Manuel Olmos, e Karina Milei, da A Liberdade Avança. Karina, que também é irmã do candidato Javier Milei, foi acompanhada do advogado Santiago Viola.
Os juízes Alberto Ricardo Dalla Via e Santiago Hernán Corcuera reiteraram a intenção de “acalmar os ânimos”.
A tensão nas eleições presidenciais na Argentina aumentou depois que a equipe de Milei apresentou, esta semana, um comunicado à Justiça sobre o que chamou de “fraude colossal”.
Os representantes da coalisão A Liberdade Avança alegaram terem recebido informações de que a Gendarmaria Nacional, principal força de segurança do país, com presença militar, teria “alterado o conteúdo das urnas e a documentação para favorecer Massa no primeiro turno, realizado em 22 de outubro”.
A equipe de Massa deixou a reunião com os magistrados divulgando para a imprensa local que os assessores de Milei teriam “recuado”, afirmando “não terem feito uma denúncia formal, mas, sim, uma representação a fim de alertar as autoridades eleitorais sobre coisas que estavam sendo ditas”.
Os assessores peronistas elogiaram o encontro: “Foi uma reunião cordial”. Já os assessores de Milei saíram sem falar com os jornalistas.
Antes da reunião emergencial deste sábado, a equipe de Milei havia atenuado a denúncia no sentido de ter sido uma “representação” e não uma acusação formal.
Essa afirmação levou o ministro da Segurança, Aníbal Fernández, a anunciar que apresentaria uma queixa-crime contra a coalizão de Milei.
Na noite desta sexta-feira, 17, o candidato da direita, o deputado liberal Javier Milei, esteve com a namorada, a atriz Fátima Flores, em um teatro de Buenos Aires para assistir a uma peça. Entre algumas vaias, prevaleceram os aplausos, e o candidato saiu do espetáculo ovacionado pelo público.
Informações Revista Oeste
Foto: Reprodução/CNN.
Negociadores do Mercosul e da União Europeia voltam a se reunir na próxima semana, em Brasília, com o objetivo de encaminhar um acordo de livre comércio entre os dois blocos.
As discussões evoluíram bastante nos últimos dois meses e deixaram os dois lados com a expectativa de finalmente anunciar o fechamento do acordo na cúpula de presidentes do Mercosul, marcada para 7 de dezembro, no Rio de Janeiro.
O “risco Javier Milei” entra como pano de fundo. A passagem de bastão presidencial na Argentina ocorre no dia 10 de dezembro. Milei, líder na maioria das pesquisas, já defendeu a saída do Mercosul em diversas entrevistas.
Na avaliação reservada de funcionários do governo brasileiro, o fechamento do acordo é uma forma de preservar o Mercosul e convencer Milei a apostar no bloco. O ultraliberal quer uma abertura econômica mais rápida da Argentina.
Se o candidato governista Sergio Massa vencer as eleições de domingo (19) e fizer uma gestão mais protecionista do ponto de vista comercial, como costuma ocorrer quando um peronista está na Casa Rosada, o Brasil poderá levar o acordo adiante mesmo assim — desde que esteja assinado.
Em 2019, os países do bloco sul-americano aprovaram uma “cláusula de vigência bilateral” para o tratado com a UE. Isso significa que o acordo entra em vigência em um dos sócios do Mercosul tão logo ele seja ratificado pelo legislativo de cada país individualmente, sem a necessidade de espera por todos — Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Nos últimos dois meses, segundo relatos feitos à CNN, houve avanços relevantes nas conversas. Uma nova rodada de negociações será realizada entre quinta-feira e sábado da próxima semana.
Entre os avanços recentes e nos quais existe uma perspectiva de consenso estão os seguintes pontos:
A grande pendência, ainda por resolver, é a criação de um fundo de 12 bilhões de euros — mais de R$ 60 bilhões pela taxa de câmbio atual — para ajudar os países do Mercosul a implementar políticas ambientais e de redução do desmatamento. A UE financiaria esse fundo, mas resiste a injetar tantos recursos.
Na volta da COP28, nos Emirados Árabes, Lula fará uma escala na Alemanha e se reunirá com o primeiro-ministro Olaf Scholz. Eles provavelmente falarão sobre o acordo.
Em ambos os blocos, predomina um sentimento de que existe uma janela de oportunidade para concluir de vez o tratado — mas ela está se fechando.
A Espanha, maior defensora do acordo na UE, preside o bloco neste semestre. Depois, passa o bastão para outros países europeus bem menos interessados no tema. A Bélgica lidera o grupo na primeira metade de 2024. Depois, vem a Hungria. Nenhum deles tem engajamento especial com os sul-americanos.
No Mercosul, o Brasil será sucedido pelo Paraguai. O presidente paraguaio, Santiago Peña, já disse que não pretende manter as negociações em andamento caso elas não sejam fechadas por Lula até o dia 7 de dezembro.
Créditos: CNN.
A CNN obteve acesso exclusivo, fornecido pelo Exército de Israel, a vídeos gravados pelas câmeras corporais de homens do Hamas durante o início do ataque surpresa contra Israel em 7 de outubro.
As FDI alegam ter divulgado o vídeo para mostrar a realidade do que aconteceu em 7 de outubro, um dia que as autoridades israelenses compararam ao 11 de setembro, quando cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras mais de 200 feitas reféns pelo grupo radical islâmico.
As imagens mostram o amanhecer do 7 de outubro enquanto um grupo de extremistas do Hamas aguarda em uma caminhonete branca. Eles se certificam de que suas câmeras corporais estão ligadas e suas armas, prontas.
Uma explosão à distância parece ser o sinal para se mover. Enquanto correm para a fronteira, os homens gritam “Allahu Akbar”, uma frase que significa “Deus é grande” em árabe.
Após três minutos de condução, atravessaram a primeira barreira fronteiriça que separa Gaza de Israel.
A cerca é destruída, o que deixa uma grande abertura por onde eles passam. É difícil saber se é por causa da explosão ouvida momentos antes.
Esses registros também marcam a primeira vez que Israel divulga publicamente imagens dos túneis do Hamas em Gaza, que teriam sido usados nos atos.
Fios correm ao longo dos poços, embora não haja iluminação aparente no teto. O único ponto brilhante vem de uma lanterna. Alguns suprimentos são vistos no chão.
A gravação tem 100 minutos ininterruptos, começa antes do ataque e segue até a filmagem ser interrompida. A CNN localizou geograficamente os locais vistos nas imagens e confirmou que correspondem a outras imagens do ataque.
Ao passar pela primeira cerca da fronteira, o atirador com a câmera grita repetidamente: “Vá para a direita!” Ele parece saber para onde se dirige, indicando a profundidade do planejamento e da coordenação do que ocorria.
Menos de dois minutos depois, os extremistas atravessam a segunda cerca de segurança. Eles estão em Israel e se dirigem para um kibutz, correndo por estradas de terra entre campos arados e um grupo de motocicletas. Muitos dos homens têm rifles AK-47, outros carregam granadas penduradas nas costas.
Fogo aberto
Aos 17 minutos de vídeo, a caminhonete para e um atirador abre fogo pela primeira vez em campo aberto. Edifícios israelenses são visíveis à distância. Não está claro se ele acerta alguma coisa. Por alguns minutos, o grupo se reúne e ouve orientações para não desperdiçar munição.
Eles agradecem a Deus por chegar tão longe e se perguntam onde estão os soldados israelenses. Seu movimento tem sido praticamente desimpedido, mesmo após o cruzamento da fronteira.
Em um campo perto da cidade de Kissufim, o homem com a câmara deixa o carro e avança, junto de outros membros da organização. Ele passando por um indivíduo que prepara uma granada. Eles cobrem um ao outro e avançam atirando.
O atirador avista um soldado israelense no chão e, à queima-roupa, abre fogo repetidamente, matando o militar.
Enquanto é alcançado por seus colegas, ele pega o rifle do soldado israelense. O atirador vira a câmera para si mesmo para um vídeo de “selfie”. Ele comemora o feito, diz ter 24 anos e ser pai. Pede a Deus a vitória e o “merecido martírio”.
A partir daqui, o grupo acelera em motos. O atirador grita de alegria ao passar por cadáveres israelenses espalhados pela rua.
Sessenta e cinco minutos após atravessar a cerca de Gaza, o homem armado com a câmera corporal e o grupo que viajava à sua volta celebram um reinado quase livre em Israel, viajando impunemente pelas estradas vazias. No trajeto, passaram pelas cidades de Ein HaShlosha e Kisufim.
Neste momento, o grupo se aproxima de uma base militar perto do kibutz de Re’im. O atirador diminui a distância e dispara com a arma que tirou do soldado israelense ao se aproximar do portão. Alguém da base responde.
Créditos: CNN.
O homem grita ao ser atingido e cai no chão. A câmera oscila ligeiramente para frente e para trás conforme sua respiração se torna rápida e superficial.
Sua parte no ataque chega ao fim. Mas o terror daquele 7 de outubro persistiria durante horas.
Informações TBN
Após Israel encontrar morta uma cabo do exército israelense que era refém do Hamas, Israel despeja uma chuva de bombas sobre posições do grupo terrorista. Nos últimos dias, temos sido testemunhas dos ataques intensos de Israel sobre Gaza, levando o conflito na região a um novo patamar. As imagens chocantes veiculadas pela mídia internacional estão deixando o mundo atônito com o que é descrito como um verdadeiro “inferno” se desdobrando em Gaza, onde Israel acredita ser o foco do grupo terrorista Hamas.
Após mais de 30 dias de guerra, Israel anunciou uma intensificação dos ataques, alertando a população civil em Gaza para se afastar das áreas identificadas como foco do grupo Hamas.
Informações TBN