O presidente Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo da médica baiana Raissa Soares, de Porto Seguro, que ficou conhecida em todo o país por ser demitida de um hospital estadual baiano depois de gravar um vídeo pedindo ajuda ao presidente, no início da pandemia de Covid-19.
Em seu Twitter, Bolsonaro publicou o vídeo da médica e disse que ela “dá uma importante recado sobre eleições no Brasil”.
No vídeo, dra. Raissa fala das eleições municipais deste ano e pede que seus seguidores observem bem em quem votarão.
“Eu nunca me envolvi com campanhas políticas, sempre fiquei separada do assunto. Quando vivemos esse problema de Covid, gente morrendo, medicação bloqueada, o motivo da medicação não chegar no povo foram questões políticas. Pessoas com poder de caneta impediram a Hidroxicloroquina de chegar às casas das pessoas. Nesse momento de eleição, precisamos dar apoio às pessoas que lutam pela vida, pela família, pelo caráter, pela pátria. Precisamos nos unir enquanto nação. Preste atenção em quem você vai votar”, diz Raissa no vídeo.
Assista:
A americana Nikole Mitchell, de 36 anos de idade, é um exemplo de reviravolta na vida. Ex-pastora e de família batista, Mitchell atualmente é modelo do site de entretenimento adulto OnlyFans, uma das maiores plataformas de entretenimento adulto da internet, e arrecada aproximadamente US$ 100 mil (cerca de R$ 560 mil) por mês.
A modelo passou 20 anos de sua vida se dedicando à igreja. Sua entrega para a igreja era tamanha que entre os anos 2001 e 2007, quando estava na universidade, não teve nenhum tipo de relacionamento com homens, pois estava se dedicando 100% à vida cristã.
“Eu parei de me encontrar com homens totalmente. Era horrível ficar com garotos no colégio, no sexo da adolescência não sabemos exatamente o que estamos fazendo. Decidi parar de ver qualquer um durante meu período na universidade”, disse ela ao site Uol.
Nikole se casou em 2009, teve três filhos e tempo depois se separou. No ano de 2017 ela abandonou de vez a igreja e em 2019 entrou para o OnlyFans. “Eu honestamente acho que nasci para tirar a minha roupa, parece uma chamada”, declarou.
A adolescência é um período de muitos testes: exames regulares da escola, Enem, vestibulares, experimentações de novas vivências, colocar-se à prova no mundo, avaliações e julgamentos de pais, amigos, professores. Não é fácil ser adolescente! Dá medo. Mas quando o medo é extremo, as mãos ficam frias, o coração parece que vai saltar do peito e o temido branco toma conta da mente na hora de uma prova, por exemplo, atenção! Pode ser ansiedade de performance, comum nesta etapa da vida.
Numa conversa esta semana com a psicóloga Raquel Constantino Nogueira sobre esporte na adolescência e a influência de pais e mães nesse processo (não perca a entrevista amanhã neste blog, está muito legal!), ouvi o termo pela primeira vez. Embora aconteça em atletas, essa categoria de ansiedade não está restrita a eles. Por isso, resolvi trazer para o blog neste post.
— Conhecida também como ansiedade de desempenho, pode ser resumida como um medo acentuado e persistente de situações envolvendo julgamentos e avaliações. Tem a ver com uma enorme dificuldade em lidar com erros e falhas — explica Raquel.
Segundo a psicóloga, embora possa ocorrer em crianças, jovens e adultos, a necessidade de aprovação social típica da adolescência torna os adolescentes mais suscetíveis. Em níveis adequados, a ansiedade é benéfica e funcional, mas quando muito elevada resulta em perda de concentração, lapso de memória e instabilidade do corpo.
— Ansiedade é um elemento importante para nos preparar para um evento. O problema é quando ela é exacerbada, o que faz a performance cair ao invés de melhorar — diz o médico psiquiatra Gabriel Bronstein, especialista em infância e adolescência e pós-gaduando em medicina do esporte.
Se já é comum na adolescência, a ansiedade de desempenho é ainda mais frequente entre atletas, ele explica:
— Quem sofre de ansiedade de performance pode ter ótimos treinos, mas na hora da competição não ter o desempenho esperado. Se pensarmos que a maior parte dos atletas tem o início de suas vidas esportivas na infância e adolescência, estes dois fatores combinados podem ser determinantes.
A prática de mindfulness — conjunto de técnicas que ajudam a treinar a atenção no momento presente, usando o corpo como âncora — costuma diminuir as crises e os sintomas ansiosos experenciados, diz Raquel Nogueira:
— Assim, os pensamentos não ficam soltos, se batendo num universo de possibilidades infinitas. Eles têm direcao: a respiração e o corpo.
É sempre indicado procurar profissionais especializados e, por vezes, medicação é necessária.
— Mas deve sempre vir acompanhada de um trabalho psicoterapêutico com foco no desenvolvimento de habilidades e regulação emocional — afirma a psicóloga, que trabalha com atletas de alta performance.
Fonte: Daniela Daiano/Extra
Um homem de 39 anos e uma mulher de 33 foram detidos, na madrugada desta terça-feira (13), após serem flagrados fazendo sexo dentro de uma igreja católica em São José dos Quatro Marcos, no Mato Grosso. A cena foi presenciada por moradores que passavam pela igreja e pelos policiais que foram ao local.
Ao tentar alertar o casal sobre a situação, um morador foi ameaçado de morte pelos dois. Ao chegar ao recinto, a PM flagrou os dois no ato com as roupas abaixadas.
Eles foram levados à delegacia da Polícia Civil por ato obsceno.
Em entrevista exibida na última sexta-feira (9) pelo canal do YouTube da revista britânica The Spectator, o Enviado Especial para Covid-19 da Organização Mundial de Saúde (OMS), David Nabarro, teceu uma série de críticas contra as medidas de “lockdown” praticadas em diversos países do mundo como principal meio de combater a pandemia.
Durante a conversa, ao falar sobre os prejuízos causados pela estratégia, Nabarro afirmou que as medidas de bloqueio têm uma consequência que não pode ser menosprezada que é de deixar as pessoas pobres ainda mais pobres.
– Os bloqueios têm apenas uma consequência que você nunca deve menosprezar: tornar os pobres muito mais pobres – declarou.
O enviado especial da OMS ainda falou sobre o impacto econômico causado em países pequenos que dependem do turismo como principal meio de subsistência e apelou aos líderes políticos mundiais que deixem de usar a medida como principal forma de conter o vírus.
– Nós realmente apelamos a todos os líderes mundiais, parem de usar o lockdown como seu método principal de controle – disse.
Nabarro também eximiu a entidade de qualquer culpa pelo uso da medida ao redor do mundo e disse que a entidade não defende os bloqueios como principal forma de combater a Covid-19.
– Nós, na Organização Mundial da Saúde, não defendemos os bloqueios como o principal meio de controle desse vírus – apontou.
Mais de 6.400 cientistas e médicos assinaram uma carta aberta pedindo que os governos do Reino Unido e dos Estados Unidos estimulem a imunidade de rebanho com a estratégia que eles chamam de “proteção forçada”.
A ideia é resguardar idosos e doentes e permitir a circulação de jovens acima de 18 anos para espalhar o novo coronavírus e elevar a imunidade na população.
O texto, que defende a proteção forçada no lugar de novos confinamentos, foi coordenado por professores de medicina da Universidade Harvard (EUA), Martin Kulldorff, e Stanford (EUA), Jay Bhattacharya , e pela epidemiologista da Universidade Oxford (Reino Unido), Sunetra Gupta.
Segundo os signatários, os confinamentos produzem “efeitos devastadores” na saúde física e mental dos indivíduos e na saúde pública de curto e longo prazo.
“Manter essas medidas [de bloqueio] em vigor até que uma vacina esteja disponível causará danos irreparáveis, com os desprivilegiados desproporcionalmente prejudicados.”
Entre os efeitos das restrições eles listam taxas de vacinação infantil mais baixas, piora nos desfechos de doenças cardiovasculares, queda em exames de câncer e deterioração da saúde mental.
Segundo os cientistas, esse impacto levará a um maior excesso de mortalidade nos próximos anos, com os mais pobres e mais jovens carregando o fardo mais pesado. “Manter os alunos fora da escola é uma grave injustiça”, diz o texto.
Os pesquisadores dizem que o conhecimento sobre o novo coronavírus avançou, e hoje já se sabe que a vulnerabilidade à morte por Covid-19 “é mais de mil vezes maior em idosos e enfermos do que em jovens”.
“Na verdade, para as crianças, Covid-19 é menos perigoso do que muitos outros danos, incluindo a gripe”, afirma a petição.
Os autores defendem que acelerar a aquisição de imunidade na população reduz o risco de infecção para todos, incluindo os vulneráveis.
A chamada imunidade de rebanho é atingida quando a porcentagem de imunes é grande o suficiente para bloquear a transmissão.
Para o novo coronavírus, estima-se que ela esteja entre 60% e 70% da população, bem acima dos 10% que já contraíram o coronavírus até hoje, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Segundo os cientistas que assinam a carta, a vacina é uma forma de atingir a imunidade de rebanho, mas não é indispensável. “Nosso objetivo deve ser, portanto, minimizar a mortalidade e os danos sociais até atingirmos a imunidade coletiva.”
Como a maioria da população não corre o risco de morrer se for infectada pelo novo coronavírus, essa parcela deve continuar suas vidas normalmente, argumentam os cientistas.
Complicações de longo prazo provocadas pela Covid-19 não são mencionadas pela carta, batizada de Declaração do Grande Barrington, em referência à cidade em que foi escrita, no estado de Massachusetts (EUA).
Os autores sugerem que escolas e universidades devem adotar ensino presencial e retomar atividades extracurriculares, como esportes.
“Os jovens adultos de baixo risco devem trabalhar normalmente, e não em casa. Restaurantes e lojas devem ficar abertos. Artes, música, jogos e outras atividades públicas devem ser retomadas”, escrevem.
A proposta ressalta que a proteção dos vulneráveis deve ser a prioridade de saúde pública. Entre possíveis medidas eles citam garantir que funcionários de casas de repouso estejam imunes ao Sars-Cov-2 ou façam testes frequentes e que todos os visitantes sejam testados.
Um sistema de apoio deve ser organizado para fornecer alimentos, medicamentos e outros itens essenciais a idosos, para que eles não deixem suas casas.
Quando possível, idosos devem encontrar os membros da família ao ar livre, e não dentro de sua casa, sugerem os cientistas.
A carta diz também que todos, jovens ou idosos, devem adotar medidas como lavar as mãos e ficar em casa quando está doente, porque isso reduz o liminar necessário para propiciar a imunidade de rebanho.
Publicado em inglês, alemão, espanhol, português e sueco, ele é coassinado por professores e cientistas de dezenas de universidades do mundo, entre elas as britânicas de Londres, Cambridge, Leicester, Edimburgo, York e Glasgow (Reino Unido), Yale (EUA), de Mainz (Alemanha), Tel-Aviv (Israel), Canterbury e Auckland (Nova Zelândia), Queens (Canadá), Instituto Karolinska (Suécia) e o Instituto Estatístico da Ìndia, e já recebeu apoio de mais de 57 mil pessoas.
A carta surge num momento em que o número de novos casos de Covid-19 bate recordes e já começa a pressionar os sistemas de saúde. Na última semana, registrou-se 1 milhão de mortes desde o começo da pandemia.
Sob o impacto da segunda onda, governos de vários países europeus retomam restrições de mobilidade e estudam a possibilidade de reimpor confinamentos.
Um deles é o próprio Reino Unido, que pode retomar o confinamento no norte da Inglaterra ainda nesta semana. O governo britânico chegou a adotar a estratégia de imunidade de rebanho no começo da pandemia, mas a abandonou ao longo de março deste ano.
Pesquisa realizada nesta quarta-feira no país pelo instituto YouGov, porém, mostra que 56% são contra a estratégia de “proteção forçada” sugerida pelos cientistas, enquanto 32% se dizem a favor. Entre os idosos, 65% são contra.
A discussão sobre retomar a vida normal dos mais novos surge também no momento em que o governo brasileiro permitiu que escolas mantenham aulas remotas até o final de 2021.
Folhapress*
O professor da faculdade de medicina da Santa Casa de São Paulo Ronald Sergio Pallotta Filho é acusado de racismo após usar uma máscara com rosto negro durante uma aula virtual para simular uma conversa com um paciente pobre.
A prática considerada racista é conhecida como “blackface“, que consiste na caracterização de personagens do teatro com estereótipos racistas atribuídos aos negros. A faculdade abriu uma sindicância para apurar os fatos.
O episódio ocorreu durante aula nessa terça-feira (6/10). “Eu não como essas comidas de fraco daqui do SUS não, sabe? Não como, não. Eu como comida de macho. Você está entendendo?”, disse o professor, ao simular a conversa.
O professor da faculdade de medicina da Santa Casa de São Paulo Ronald Sergio Pallotta Filho é acusado de racismo após usar uma máscara com rosto negro durante uma aula virtual para simular uma conversa com um paciente pobre.
A prática considerada racista é conhecida como “blackface“, que consiste na caracterização de personagens do teatro com estereótipos racistas atribuídos aos negros. A faculdade abriu uma sindicância para apurar os fatos.
O episódio ocorreu durante aula nessa terça-feira (6/10). “Eu não como essas comidas de fraco daqui do SUS não, sabe? Não como, não. Eu como comida de macho. Você está entendendo?”, disse o professor, ao simular a conversa.
Procurada, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo informou que repudia veementemente qualquer ação de cunho sexista, racista ou preconceituosa e disse ter sido instaurada uma sindicância interna.
Após apuração dos fatos, o procedimento pode resultar, de acordo com o regimento interno da faculdade, no afastamento do médico envolvido.
“A sindicância, que assegura ao médico o exercício da ampla defesa e do contraditório, tem a duração máxima de 60 dias. Durante a sua duração, o professor está suspenso de suas atividades didáticas”, completou.
Além disso, a Direção da Faculdade também comunicou o Núcleo de Direitos Humanos e Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) da instituição para as providências que essa instância julgar necessárias.
O professor Ronald Sergio Pallotta Filho foi procurado pelo Metrópoles, mas ainda não retornou o contato da reportagem. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
Em nota enviada ao portal G1, no entanto, o médico disse que não tinha intenção de “expor conteúdo racista” e que o uso da máscara foi uma escolha “inocente e infeliz”.
“Jamais tive a intenção de desrespeitar quem quer que fosse em razão da raça, nível social ou por qualquer outra característica com utilização da máscara na representação que tentei fazer”, disse o médico da Santa Casa.
O Brasil caminha, em 2020, para registrar o maior número de empreendedores de sua história. Não exatamente por vocação, mas principalmente por necessidade. Nos nove primeiros meses deste ano, o número de microempreendedores individuais (MEIs) no país cresceu 14,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 10,9 milhões de registros.
Foram 1.15 milhões de novas formalizações entre o fim de fevereiro, pouco antes do início da pandemia, até o fim de setembro, segundo dados do Portal do Empreendedor, do governo federal. Somados às mais de 7,5 milhões de micro e pequenas empresas, esse setor representa 99% dos negócios privados e 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) do país.
Impulsionados pela crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, os brasileiros estão buscando na atividade empreendedora uma alternativa de renda. Com isso, uma estimativa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que aproximadamente 25% da população adulta estarão envolvidos, até o fim do ano, na abertura de um novo negócio ou com uma empresa com até 3,5 anos de atividade.
“O desemprego está levando as pessoas a se tornarem empreendedoras. Não por vocação genuína, mas pela necessidade de sobrevivência”, diz Carlos Melles, diretor-presidente do Sebrae. Comemorado nesta segunda-feira (5), o Dia da Micro e Pequena Empresa marca também um dos momentos mais desafiadores para os pequenos negócios no país.
“Embora seja um dia de celebração para os micro e pequenos negócios, vivemos um momento muito difícil, onde a micro e pequena empresa está dentro de um redemoinho causado pela pandemia. Estamos começando a ter que voltar a pagar os impostos que foram suspensos por alguns meses, entre abril e setembro, e o acesso a crédito ainda é um dos principais problemas”, acrescenta Melles.
O diretor-presidente do Sebrae vem defendendo que as medidas de estímulo aos pequenos negócios sejam prorrogadas. Com o fim do prazo do adiamento do pagamento de impostos, como o Simples Nacional, Melles vem trabalhando para que o Congresso Nacional aprove medida que concede moratória aos tributos suspensos entre os meses de abril e setembro. Ele não descarta, inclusive, a necessidade de uma anistia aos empreendedores. “A gente tem a expectativa de que o governo perceba que se não azeitar esse contingente que segura o Brasil, vamos ver muitos negócios sendo encerrados”.
Dados do Ministério da Economia mostram que as empresas optantes do Simples Nacional geram mais da metade dos empregos formais (cerca de 55% do estoque de empregos formais) e participam de 44% da massa salarial.
A Liga de Futebol Profissional da França decidiu não punir o jogador Álvaro González, do Olympique de Marseille, após o atleta ser acusado de proferir palavras racistas a Neymar, do Paris Saint-Germain (PSG). A acusação ocorreu depois de partida válida pela terceira rodada da Ligue 1, em 13 de setembro, quando a equipe do brasileiro saiu derrotada por 1 a 0 e ele acabou expulso.
Segundo comunicado da Comissão que analisou o caso, após ouvir os jogadores e os representantes dos clubes, não houve “elementos de prova convincentes suficientes” para materialidade de uma punição. Assim, González não recebeu nenhuma penalidade e pode atuar normalmente pelo Marseille. Como Neymar foi expulso no final do confronto, ele também foi julgado pelas autoridades esportivas, que o absolveram.
No final de um jogo com 17 cartões (cinco vermelhos), Neymar foi expulso por dar um tapa na cabeça de González. O camisa 10 do PSG deixou o campo acusando um suposto ato racista do espanhol. Mais tarde, o brasileiro tuitou sobre o caso, dizendo que foi chamado de “mono” (“macaco”, em espanhol) pelo zagueiro do Marseille, que negou a acusação.
A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou a jogadora Carol Solberg ao tribunal com base em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): o 191: deixar de cumprir o regulamento da competição; e o 258: assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras do código. Pelo primeiro, a punição varia de R$ 100 a R$ 100 mil. Pelo segundo, suspensão de uma a seis partidas.
No termo de participação do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia 2020/2021, anexo ao regulamento do torneio, os jogadores se comprometem “a não divulgar, através dos meios comunicações, sua opinião pessoal ou informação que reflita críticas ou possa, direta ou indiretamente, prejudicar ou denegrir a imagem da CBV e/ou os patrocinadores e parceiros comerciais das competições”.
O “comprovado descumprimento” dessa regra prevê que o atleta pode ter sua participação vetada pela CBV na próxima etapa do circuito. No entender da procuradoria do STJD do vôlei, Carol teria descumprido esse trecho do regulamento.
O procurador-geral Fábio Lira não quis comentar a relação entre essas proibições e a fala contra o presidente da República.
– O tema é bastante complexo e rico e tenho certeza que a comissão que ficar responsável pelo julgamento abrilhantará ainda mais o debate da questão – disse ele.
O caso ocorreu após a partida pelo bronze da etapa de Saquarema (RJ) do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. No final do jogo, Carol Solberg disse “Fora, Bolsonaro”, em entrevista ao SporTV, que transmitia o torneio. A súmula do jogo, porém, não cita a fala, ocorrida depois que a súmula foi fechada e, o jogo, dado como encerrado.
Após a declaração repercutir, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) emitiu nota repudiando a postura da Carol. No entender da confederação, a jogadora “denegriu” a modalidade -o termo é considerado racista.
A Comissão Nacional de Atletas de Vôlei de Praia, presidida por Emanuel Rego, também criticou Carol, avisando que vai lutar pela proibição de posicionamentos do tipo. Emanuel foi embaixador do Banco do Brasil, secretário no governo Bolsonaro e tem promessa de voto da CBV na eleição do COB.
*Folhapress/DEMÉTRIO VECCHIOLI