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Candidato vencedor poderá comemorar na Avenida Paulista, diz Justiça de SP

O juiz decidiu que deve prevalecer o resultado da eleição presidencial

Justiça de São Paulo decidiu nesta quinta-feira, 27, que o candidato vencedor da eleição presidencial poderá reunir seus apoiadores na Avenida Paulista no próximo domingo a partir das 20h30.

A decisão do juiz Randolfo Ferraz de Campos, da 14.ª Vara de Fazenda Pública da Capital, determina que a ocupação “deverá dar-se conforme estritamente o resultado da eleição”.

As comemorações deverão respeitar o horário previsto, sob pena de multa. O juiz defendeu que o mais “prudente” seria aguardar o término do horário de votação, o que em sua avaliação deve garantir “maior segurança e tranquilidade”.

Campos também levou em consideração a possibilidade de atrasos no fechamento das urnas. No primeiro turno, as filas fizeram algumas seções eleitorais em São Paulo estenderem a votação até 21h.

“Mesmo havendo término do horário de votação, cumpre considerar a movimentação, a partir de então, de recursos humanos e materiais afetos à logística da máquina judiciária eleitoral visando ao resguardo de equipamentos e dados usados ou gerados no pleito, sendo que, tanto na Avenida Paulista como nas imediações, é sabido haver numerosas seções eleitorais. Assim, prudentemente, deve-se aguardar ao menos até 20 horas e 30 minutos para início das manifestações”, diz um trecho da decisão.

Informações TBN


UOL usa foto de Bangladesh para denunciar miséria no Brasil

Imagem foi trocada da reportagem e o tuíte removido após denúncia da Revista Oeste

Mais de 14 quilômetros separam o Brasil da imagem que foi utilizada pelo UOL para ilustrar o aumento da miséria no país.

Na última segunda-feira (26), o site de notícias usou a imagem de um banco de fotos gratuito para dizer que durante o governo de Jair Bolsonaro 10 milhões de pessoas foram incluídas no Cadastro Único (CadÚnico).

Criado em 2001, o cadastro tem como objetivo inscrever famílias em situação de pobreza para que possam participar dos programas de distribuição de renda.

Além do Auxílio Brasil, os inscritos no CadÚnico também têm acesso a outros programas federais, estaduais e municipais.

A imagem mostra crianças em um lixão, separando recicláveis.

A imagem, porém, foi registrada em Bangladesh, mais precisamente em Chittagong, em junho de 2020 pela fotógrafa Mumtahina Tanni.

Após a exposição da Revista Oeste sobre o erro do UOL, o tuíte foi trocado e a imagem da matéria foi substituída por um morador de rua de São Paulo.

Informações TBN


O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a norma que amplia a margem de crédito consignado para beneficiários de programas sociais, como o Auxílio Brasil e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A modalidade permite que as famílias comprometam até 40% do valor total recebido, antes o percentual era de 35%.

Na decisão, divulgada na quarta-feira (26), o ministro rejeitou o pedido de medida cautelar feito pelo PDT, que alegava que o acesso aos empréstimos consignados a beneficiários de programas sociais “ampliaria o superendividamento no país”. Para o partido, a medida “torna o beneficiário especialmente vulnerável, uma vez que parte da renda fica comprometida antes mesmo do recebimento”.
No entanto, para Nunes Marques, os empréstimos são concedidos a partir de análise de crédito e de risco realizada por bancos privados ou públicos, com habilitação junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou ao Ministério da Cidadania.

No entendimento do magistrado, a oferta de crédito consignado aos beneficiários “trata-se de opção legislativa que busca garantir às famílias brasileiras que experimentavam dificuldades, na sequência da pandemia e da alta dos preços de alimentos, uma modalidade de crédito barata, especialmente para quitar dívidas mais caras”.
Ao tratar do prejuízo à reorganização financeira dos tomadores do empréstimo, destacou o ministro, o PDT parte do pressuposto de que eles não obtêm nenhuma vantagem com a contratação do crédito. “A alegada posição de vulnerabilidade do público-alvo não retira sua capacidade de iniciativa e de planejamento próprio”.

Crédito consignado
O crédito consignado é aquele concedido com desconto automático das parcelas em folha de pagamento ou benefício. Por ter como garantia o desconto direto, esse tipo de operação de crédito pessoal é uma das que oferecem os menores juros do mercado.

Em entrevista à Record TV na última sexta-feira (21), a presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, disse que o crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil, com juros de até 3,5% ao mês em, no máximo, 24 parcelas, foi liberado com “muita consciência” e não tem a intenção de agravar a situação financeira das famílias mais pobres.
“A gente não quer estimular o endividamento de famílias vulneráveis, mas 70% dessas pessoas são informais ou autônomas e precisam do dinheiro para comprar mercadorias, adquirir uma bicicleta para realizar entregas, investir no negócio ou pagar uma dívida mais cara”, explicou.

Ao defender a linha de crédito, Daniella ressaltou que, normalmente, os endividados pagam juros superiores aos oferecidos pela linha de crédito atrelada ao benefício social. É o caso do cartão de crédito e do cheque especial, que têm taxas médias de, respectivamente, 14,36% e 8,12%, segundo a Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac).

*R7


Jair Bolsonaro (PL) ultrapassou Lula(PT) na corrida ao segundo turno, de acordo com a segunda pesquisa eleitoral para presidente feita pelo institutoGerp na reta final das eleições. Segundo o levantamento divulgado nesta quinta, Bolsonaro tem 47% das intenções de voto, contra 43%de Lula. O presidente aparece com quatro pontos a frente do seu rival, mas os dois empatam no limite da margem de erro, que é de 2,18 pontos percentuais para mais ou menos.

Esta é a segunda pesquisa eleitoral do Gerp no segundo turno. No último dia 12, Lula tinha 48% das intenções, contra 46% de Bolsonaro. No intervalo entre os dois levantamentos, o presidente avançou dois pontos percentuais enquanto o petista perdeu cinco. No início do mês, a vantagem de Lula era de dois pontos. A pesquisa desta quinta ouviu 2.095 eleitores entre 21 e 26 deste mês e foi registrada no TSE sob o protocolo BR-05418/2022.

A disputa no primeiro turno das eleições deixou evidente que os institutos de pesquisas de maneira geral apresentaram cenários de intenção de voto distantes dos resultados colhidos nas urnas no dia do pleito. Os levantamentos são uma forma de medir a temperatura da corrida em determinado momento e não podem, portanto, serem tomados como uma fotografia fiel do que vai ocorrer nas urnas.

A última pesquisa presidencial do instituto Gerp antes do primeiro turno foi divulgada no dia 5 de setembro, quase um mês antes do dia de votação. Na ocasião, outros candidatos concorriam e o levantamento indicou que Bolsonaro tinha, naquele momento, 39% das intenções de voto, contra 38% de Lula.

Informações TBN


A taxa de desemprego no Brasil recuou para 8,7% no terceiro trimestre de 2022, informou nesta quinta-feira (27) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a menor marca desde o segundo trimestre de 2015 (8,4%).

O resultado veio em linha com as expectativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam 8,7% na mediana.

A taxa de desocupação marcava 9,3% no segundo trimestre deste ano, o mais recente da série histórica comparável da pesquisa do IBGE, a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). No trimestre até agosto, que integra outra série da Pnad, o indicador já estava em 8,9%.

O número de desempregados, por sua vez, recuou para 9,5 milhões no terceiro trimestre. É o menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015. O contingente somava 10,1 milhões no segundo trimestre deste ano.

*Bahia.ba

Artigo: Por que voto em Bolsonaro
27 de Outubro de 2022

Por Paula Schmitt para o Poder 360

Bolsonaro

Porque eu sou de esquerda.

É isso mesmo que você leu: eu vou votar no Bolsonaro não apesar de ser de esquerda, mas exatamente porque sou. Questões que para mim sempre foram sagradas –distribuição de renda, reforma agrária, esgoto, acesso dos pobres à cidadania financeira, redução do poder e lucro dos megabancos, publicidade governamental (ou o uso de dinheiro público para comprar apoio na mídia), legalização da cannabis medicinal, fim da corrupção aparelhada e sistemática, levar água ao Nordeste, homicídios, diminuição de juros, taxação de dividendos– todas essas questões melhoraram no governo de Bolsonaro, e ainda assim ele é alvo da unanimidade mais estapafúrdia entre os tipos mais repulsivos. Eu só vi multidão tão coesa e repelente uma vez antes –no impeachment da Dilma, um jogral bem conduzido do qual eu também desconfiei, e contra o qual me posicionei publicamente.

Já se sabe há tempos que a unanimidade é burra, mas ela só é burra na base que sustenta a pirâmide. No topo, entre as elites, a unanimidade é sempre muito astuta. Eu vou votar contra a chapa Lula-Alckmin porque ela não é apenas uma representante do establishment –ela é a materialização do maior conluio corporatocrata já visto numa campanha política.

A coisa é tão surreal que parece comédia. A elite toda está com Lula, em todos os níveis do Consenso Inc –o cartel não-oficial mas extremamente síncrono entre empresas, mídia, acadêmicos, especialistas, artistas e influencers que se manifestam a favor das mesmas coisas, frequentemente da mesma maneira, às vezes com as mesmas palavras, e sempre ao mesmo tempo, dominando o discurso político e a agenda midiática.

Muitos acreditam que esse é o crap-de-la-crap do establishment esquerdista, mas esse grupo não é de esquerda. E nem The Economist é esquerdista. Apesar do apelido dado por direitistas à revista (The Ecommunist), ela é um dos mais antigos representantes do grande capital.

O que estamos vendo não é esquerda nem direita, mas um aglutinado que conseguiu unir o pior dos 2 lados: de um lado, um capitalismo sem limite que permitiu a poucas empresas ter mais poder do que vários países e exércitos, eliminando a mera possibilidade de concorrência e assim interditando o livre mercado; do outro lado, um estatismo que sustenta esse monopólio e por ele é sustentado e mantido no poder.

A “esquerda” que tomou conta do Brasil é formada por formadores de opinião. Esses espalhadores de dogma, preconceito e condenação moral estão bem abaixo do topo da pirâmide, mas ganham“mucho dinero”, favores e pertencimento para convencer quem está ainda mais abaixo a prestar atenção apenas no que não ameaça quem está acima. Essas celebridades vendem convicção política como quem faz anúncio de presunto, e professam sua preferência com a mesma desfaçatez. Elas só conhecem a favela por clipes de música, e só veem a pobreza quando a gravação do programa é feita no local.

Essa esquerda é como uma fita de Möbius da lógica política, porque ela se faz de pobre por dinheiro. E ela foi sintetizada com perfeição nesse gráfico do TSE em que o jornal Nexo mostra “os maiores doadores das eleições de 2022”. Quem recebeu a maior “doação” dos grandes banqueiros foram PT e PSOL, mas não condeno esses bilionários. Se eu fosse eles, também “doaria” para quem tem mais probabilidade de retribuir a gentileza.

A criação do Pix por si só já seria razão para Bolsonaro merecer o ódio dos banqueiros. Como conta a CNN, só em 2021, o Pix retirou em receita R$ 1,5 bilhão dos maiores bancos do Brasil. Não suponho que esses bancos estejam sofrendo no governo Bolsonaro, mas certamente não ganharam tanto como na piada mais triste da tragicomédia brasileira: aquela em que o então presidente Lula “cancela” a dívida do Brasil com o FMI, e a transfere para bancos nacionais que cobram juros muito mais altos, aumentando nosso débito, em vez de diminuí-lo.

“A dívida que era externa passou a ser interna, com a diferença de que os juros passaram da casa dos 4% para a casa dos 19%”diz Maria Lucia Fattorelli, economista e ex-auditora da Receita Federal que criou a ONG Auditoria Cidadã e é respeitada o suficiente para ser consultora oficial de governos de países endividados, como o Equador e a Grécia.

Foi fácil “repaginar” essa história para um povo que consome política como publicidade –em spots de no máximo 30 segundos. Em vez de ser reconhecido como alguém que renegociou a dívida do Brasil para cima, Lula virou o anti-imperialista que quitou a dívida com o FMI e libertou o Brasil das amarras dos banqueiros internacionais.

Não foi só o Pix de Bolsonaro que empoderou o pobre. Houve algo ainda mais transformador e sem precedente num dos países com a burocracia mais kafkiana do mundo: da noite para o dia, mais de 11 milhões de pessoas até então invisíveis se tornaram cidadãos com a regularização do seu CPF, feita para que recebessem o auxílio emergencial de R$ 600.

Não tenho esperança nenhuma que a esquerda gourmet entenda como a vida de pessoas pobres ficou infinitamente mais fácil depois que passaram a ter o poder de pagar e receber dinheiro de forma simples. A esquerda capaz de entender isso já morreu, ou trocou seus valores por 30 moedas. Poucos acadêmicos no Brasil têm a coragem –e a abnegação material– de tratar desse assunto, como faz o antropólogo Diogo Oliveira nesta entrevista.

Grande parte dos “intelectuais” é paga para não pensar, não ver, não falar. Mas existem aqueles que se abstêm dessas atividades de graça mesmo, sem qualquer benefício tangível. Por isso os influenciadores da pirâmide do consenso são tão importantes –porque essa minoria faz por dinheiro o que uma maioria vai repetir de graça, sem incentivo nenhum. Essas pessoas obedecem a ditames políticos da mesma forma que escolhem sua roupa –achando lindo o que seus superiores decretam ser bonito.

Em outras palavras, não exijo muito da pessoa que exige ser tratada por “elu” e “todes”. Acho quase impossível que ela consiga entender a magnitude do verdadeiro empoderamento de um zé ninguém que virou alguém ao ter documentos que comprovam sua existência. Claro que o Elu poderia se preocupar com o Zé Ninguém tanto como se preocupa com pronomes, mas isso nunca vai acontecer. Primeiro, porque a Atenção e o Tempo são recursos finitos, limitados –se você olha para um lado, deixa de estar olhando para outro.

Mas existe uma razão que aumenta ainda mais a distância entre Elu e Zé Ninguém: o Zé passou por uma reclassificação obrigatória, e foi compulsoriamente arrancado da categoria de “pobre” (o que lhe conferia alguma empatia), para ser rebaixado à condição de macho branco hétero (o que lhe garante o ódio). Zé é o intocável no novo sistema de castas da esquerda, e se votar para Bolsonaro passa também a ser fascista e ser finalmente eternizado como não-pessoa.

Como pobre, Zé carecia de culpa; como macho, branco e hétero, Zé já nasce com ela. Essa crença é poderosa, e virou uma religião tão tirânica quanto os cultos mais fanáticos. Só que o identitarismo é mais perigoso do que as religiões mais tirânicas, porque ele é uma religião de fato mas não em nome, e assim pode ser implantada por um Estado que deveria ser laico. A separação entre Estado e Igreja é crucial porque o governo –um poder físico, exercido sobre o corpo material– passa a ser uma potência avassaladora quando ultrapassa o mundo tangível e exerce controle sobre valores morais, éticos, filosóficos e espirituais, invadindo os recônditos mais interiores de um ser-humano outrora livre.

Esse fanatismo laico foi adotado no mundo inteiro pela nova esquerda, mas ele é financiado no mundo inteiro pelo velho capital. É fascinante observar como isso não é observado por pessoas que costumavam parecer inteligentes. O ceticismo que lhes estufa o peito é o mais crédulo de todos, porque jamais questiona o que é sancionado pela elite.

Desde adolescente eu já suspeitava que a confissão na Igreja Católica provavelmente existiu para acumular kompromat e ter poder sobre pessoas poderosas. E durante meu mestrado no Oriente Médio, discuti com pessoas de mente aberta a minha teoria de que as 5 orações muçulmanas provavelmente serviram como estratégia militar, assegurando ao invasor o conhecimento antecipado da localização da maioria dos homens da vila ou tribo, em horários específicos e sabendo com exatidão para que lado os adversários estariam voltados.

A religião do identitarismo tem o mesmo propósito de controle, mas não tem nenhum dos benefícios espirituais e metafísicos das crenças que dão alento e paz. Ao contrário. E ela é mais insidiosa porque funciona da forma mais econômica, remota e eficaz: ela comanda o indivíduo por dentro. Esse fanatismo identitário está causando estrago, e foi usado para humilhar duas jornalistas brasileiras, que aceitaram sua punição da forma mais vergonhosa possível: ajoelhando no milho em frente às câmeras e pedindo desculpas por pecar, numa cena reminiscente das sessões de autoenvergonhamento na China maoísta.

Para influenciadores que compram suas preocupações sociais nas melhores lojas, e para os influenciados que aspiram ao mesmo posto, empoderamento é tudo aquilo que não ameaça o poder de nenhum poderoso –mas ameaça de forma velada e permanente todas as outras pessoas. Todo mundo é inimigo de todo mundo, e as letrinhas vão ter razões infinitas para brigar eternamente: L contra G, B contra T e por aí vai até acabar o alfabeto. Isso não é um efeito colateral –o propósito do identitarismo é exatamente esse. Quem estuda história sabe que este é o truque mais antigo para garantir a segurança do rei: manter os súditos brigando entre si. E Lula sempre soube disso, e usou a técnica com primazia atiçando negro contra loiro de olho azul, nordestino contra sulista. Mas o identitarismo tem outras vantagens, e uma delas é enriquecer os mesmos de sempre.

A “pobreza menstrual” é um ótimo exemplo de como o Consenso Inc consegue criar um problema, e depois magicamente oferece uma solução que fortuitamente lhe garante milhões em dinheiro público. Não é por acaso que a compra estatal de absorventes foi defendida de forma tão imediata por “jornalistas”, “especialistas”, celebridades, políticos. Quando o maestro é Mamon, os músicos tocam afinados sem precisar de partitura.

Aqui, no artigo O sangramento coletivo e a pobreza mental, eu mostro como uma jornalista –alguém que deveria estar questionando o poder– cita pesquisa de uma ONG financiada pelos próprios fabricantes de absorventes como evidência de que a pobreza menstrual é um dos maiores problemas do país. Essa pessoa também tenta sugerir que eu sou uma decepção para as mulheres (snif snif) por não apoiar um projeto tão lindo. O identitarismo é assim: ele tem mil e uma utilidades, e o enriquecimento do topo da pirâmide é apenas uma delas.

A esquerda de Lula e a corporatocracia se tornaram inseparáveis no capitalismo de Estado, o sistema que une o pior do capitalismo com o pior do comunismo. Um exemplo que deixa esse esquema bem claro são os remédios que supostamente ajudam a prevenir a Aids, mas são tão ineficazes que obrigam o usuário a continuar se protegendo com camisinha. Parece até coisa de vacina que não previne o contágio,  que quanto menos funciona, mais vende.

Veja como a coisa acontece: nos Estados Unidos, suposta “meca do capitalismo” onde “não existe almoço grátis”, nos últimos anos o governo pagou cerca de US$ 2.000 por mês por todo usuário que quisesse tomar o PreP até o fim da vida sexual. Esse remédio –que coincidentemente também não promete evitar o contágio– pode ter tantos efeitos colaterais perigosos que criou uma outra indústria, porque usuários do PreP são obrigados a medir sua creatina e outros marcadores de saúde todos os meses, sem falta, até o fim da vida sexual. Eu falo sobre esse esquema no artigo “A Galinha dos Ovos de Aids”.

Nas palavras do próprio fabricante, o Truvada “pode ajudar a diminuir as chances de se infectar pelo HIV”. É frase para advogado nenhum botar defeito, porque a empresa não faz promessa nenhuma. Um remédio de eficácia tão dúbia só consegue fazer dinheiro desse jeito: sendo comprado no atacado pelo governo, o atravessador que pega o dinheiro de milhões de pagadores de impostos e o transfere para uma minoria bem pequena e amiga.

Por isso que o sociocapitalismo não quer distribuir dinheiro para os pobres ­–ele quer distribuir serviços, remédios, “vacinas”, absorventes higiênicos. Quando se dá dinheiro direto na mão do pobre, esse capital é redistribuído de forma orgânica, local, ajudando os pequenos negócios na rua do beneficiário, que vai comprar seus produtos na vendinha da esquina, na loja do bairro. Isso é a verdadeira distribuição de renda, e de fato favorece o verdadeiro livre mercado, sem favorecer os amigos do rei.

Mas os líderes da nova esquerda não querem isso. Eles preferem agir como representante comercial, porque assim ganham uma comissão, e em troca ajudam os monopólios que lhes ajudará a continuar no poder numa eterna escada de Escher, onde finalmente é legalizada a união civil de 2 inimigos que vêm dormindo na mesma cama desde sempre.

Eu levei muito tempo para descobrir que as maiores promessas do PT –exatamente aquelas que conquistaram meu voto– não passavam de um sanduíche de mortadela que o partido prometeu sabendo que não tinha nenhuma intenção de cumprir. Notem por exemplo o caso da reforma agrária. Como conta a revista Veja (link para assinantes), Bolsonaro entregou 400 mil títulos de propriedade rural a sem-terras em 4 anos, contra 265 mil títulos em todos os anos dos governos Lula e Dilma.

O desmatamento também foi “maior nos governos FHC e Lula”, segundo este artigo da Veja baseado em dados do Inpe. Mas outras traições de princípios foram particularmente chocantes para mim, como o fato de que foi no governo Lula que a Monsanto foi autorizada –por decreto presidencial– a finalmente entrar no Brasil. Como contou a revista The Economist em 2003, Lula por sorte estava viajando, e “sobrou para o pobre [vice-presidente José] Alencar a desagradável tarefa de assinar um decreto que pela primeira vez permitiu o plantio de culturas geneticamente modificadas no Brasil”.

Antes de eu continuar, permita-me deixar claro que eu não tenho o menor temor em ser odiada por agricultores bolsonaristas por criticar culturas geneticamente modificadas. Para mim, a Monsanto é a empresa mais putrefata da história, mais ainda que a própria Bayer, que a comprouFull disclosure: eu menciono a Bayer (outrora parte da IG Farben, fabricante do Zyklon B) aqui neste artigo sobre como a empresa exportou para vários países (inclusive o Brasil) plasma sanguíneo que sabia estar contaminado com o HIV. Deixo aqui, para os curiosos, a resposta da Bayer ao meu artigo.

Entendo que o leitor que chegou até aqui talvez queira saber onde me localizo no espectro político para entender melhor meu voto. Mas não sou especialista em rótulos, e nunca tive qualquer compulsão em me definir. Jamais encontrei ideologia, filosofia ou religião com a qual eu concordasse totalmente, e ainda não foi inventado um grupo ao qual eu queira pertencer. Às vezes eu discordo até de mim, mas mesmo nos maiores duelos socráticos com o espelho, nunca fui capaz de me refutar nisso aqui: Mostre-me uma pessoa que concorda 100% com outra, e eu lhe mostro um idiota. Mas se servir de referência, o último teste ideológico que eu fiz (aqueles questionários na internet em que as respostas indicam a inclinação política), fui colocada no quadrante esquerdo da parte inferior: libertária de esquerda.

Sou a favor da legalização da maconha e da diminuição da responsabilidade penal; sou contra a saidinha dos presos e contra a retirada da câmera nos uniformes dos policiais; sou a favor do SUS e contra a obrigatoriedade de injeção de vacina que não imuniza; sou a favor da pena cumulativa (quanto mais crimes, maior a pena), mas sou contra a pena máxima, inclusive a pena de morte (jamais vou aceitar que o Estado tenha o poder de decidir quem morre e quem vive; e jamais vou aceitar que esse Estado –feito de seres-humanos falíveis– tenha o direito supra-humano de condenar de forma irreversível).

Por falar em segurança pública, tenho uma história que nos permite observar o vácuo cerebral necessário para a adoção de uma medida nas prisões com base puramente identitária. É sobre uma vez em que o Marcelo Freixo, do Psol, anunciou nas redes, com a costumeira fanfarronada, que iria acabar com a “revista íntima” das mulheres que visitavam os presos. Para Frouxo, era humilhante que as mulheres tivessem que se despir e agachar para que fosse verificado que não estavam entrando na prisão com celular, drogas ou armas. Freixo deve ter lido meu trabalho de fim de curso contando o que vi nos meus 2 dias no Carandiru. Tem uma passagem sobre a revista íntima.

Pois bem, se essa esquerda fosse inteligente, e praticasse a dialética mais básica, Freixo teria percebido a estupidez mastodôntica da sua ideia e daquele identitarismo performático. Aqui vai o que Freixo deixou passar batido, até eu avisa-lo no Twitter: com o fim da revista íntima, as maiores vítimas dessa ideia apalermada seriam as mulheres dos presos, que passariam a ser obrigadas a entrar com tudo que o presidiário lhe pedisse, já que elas já não teriam a revista íntima como justificativa para não cumprir a missão.

Com um raciocínio digno de um cérebro cimentado de supostas boas intenções, Freixo ia tirar de todas as mulheres a única desculpa aceitável para não entrar com objetos ilegais na prisão e não ser assim, punida pelo parceiro. (P.S meus tweets explicando isso pro Frouxo foram respondidos com um block. Curiosamente, também fui bloqueada exatamente pelo cara que, se isso fosse um filme, seria o irmão gêmeo do Freixo num universo paralelo, Flavio Bolsonaro.)

Voltando ao decreto que permitiu a entrada da Monsanto no Brasil, a própria Economist admite que o Brasil tinha em 2003 uma produção de soja invejável, com ótimas chances de competição no mercado europeu, onde grande parte dos países recusa produtos geneticamente modificados. Essa era uma vantagem da agricultura exportadora brasileira, já que nossos maiores concorrentes eram os EUA, onde “80% da soja é geneticamente modificada, e a Argentina, onde quase toda a produção é”. Agora, infelizmente, não temos mais essa vantagem competitiva.

Aqui a BBC também fala da decepção de ecologistas com a traição do PT em sua promessa de proteger o cultivo de plantas naturais,  aquelas que Deus ou a natureza nos deu igualmente a todos, e que agora são patenteadas, propriedades de monopólios privados. Aliás, pausa para um comunicado importante: assistam o filme “Percy vs Goliath”.

Por falar em soja geneticamente modificada, vale lembrar que um dos maiores produtores do mundo, Blairo Maggi, declarou apoio à candidatura de Lula. Eu também apoiaria se tivesse sido levada a Cuba em visita oficial do então presidente do Brasil. E também apoiaria depois daquela liberação do geneticamente modificado. Lembra o que falei do capitalismo de Estado que favorece grandes monopólios e ajuda a eliminar os pequenos da competição? Pois é. Vale ler este artigo da Examesobre a produtiva viagem.

Eu poderia passar horas explicando por que me arrependo de ter votado algumas vezes no Lula e no PT. As razões são muitas. Neste artigo (link para assinantes) para a Folha, por exemplo, o jornalista Rubens Valente conta que o governo do PT “tornou secretos os documentos que tratam de financiamentos do Brasil aos governos de Cuba e Angola”. Nós, que pagamos por esses financiamentos, vamos ter que esperar até 2027 para saber como nosso dinheiro foi gasto.

Aqui, o G1 diz em 2010 que dados oficiais do IBGE mostravam que 65,5 milhões de brasileiros não tinham alimento suficiente, o que correspondia na época a 34,2% da população. Eu até gosto da promessa de picanha com cerveja, mas se o PT não conseguiu garantir nem a comida essencial naquela época, por que garantiria agora, quando vai ter que pagar pelo apoio de tantos inimigos, recompensar tantos conchavos espúrios, premiar antigos adversários pelo  recente juramento de amor?

Por falar em inimigos, aqui está mais outra razão pela qual vou votar no Bolsonaro: a associação de Lula com tantas pessoas que o odeiam e são odiadas por ele, gente que lhe chamou de ladrão, criminoso, canalha, bandido. Não tenho como acreditar que uma coalizão com tanto ódio e desprezo mútuo seja algo saudável, produtivo, conducente a um governo eficiente e honesto. Algumas declarações de antigos inimigos do Lula são tão duras e chocantes, que prefiro não imaginar o que causou transformação tão radical. Deixo aqui, em favor de uma história que vem sendo sistematicamente reescrita, editada ou simplesmente apagada, uma coletânea de frasesdo influenciador Felipe Neto sobre seu candidato.

O próprio vice de Lula, Geraldo Alckmin, do PSDB ao qual eu me filiei pelas mãos de Mario Covas, foi chamado pelo PT de “ladrão de merenda”, enquanto Alckmin disse que Lula seria candidato para poder “voltar à cena do crime. Aqui, no site oficial do Partido dos Trabalhadores , ainda é possível ver o que o PT falava de Alckmin e da “máfia da merenda”. É impossível saber disso tudo e não imaginar que os 2 lados provavelmente sempre tiveram razão, e finalmente deixaram as desavenças de lado para aperfeiçoar suas técnicas e melhorar seus resultados.

A estranha mancomunação entre o “criminoso” e o “ladrão de merenda” é o tipo de problema que se resolve em si mesmo, porque isso é uma verdade auto evidente, um axioma inegável que contém em si a acusação e a admissão, e encerra todas as dúvidas na sua verificação mútua. Não é preciso qualquer elocubração –Lula já foi descrito por Alckmin, e Alckmin já foi definido por Lula, e ambos estão juntos, de mãos dadas, confirmando a veracidade um do outro.

Entre minhas infinitas razões para não votar no Lula, as mais relevantes são também aquelas que não precisam de verificação alguma, porque me foram dadas pelo candidato com suas próprias palavras. Não estou me referindo a quando Lula disse que Pelotas é polo exportador de viado, nem quando ele afirmou que a ideia de banheiro unissex “só pode ter saído da cabeça de Satanás, muito menos quando Lula fez uma lista de coisasque considera fake news e “absurdas”, onde incluiu quem “nasceu mulher e depois virou homem” junto com as afirmações “vaca voa” e “cavalo tem chifre”.

Nada disso me interessa, nem para ser usado contra aquele que eu desprezo. Deixo esse tipo de arjumento para as pessoas de mente mais simplória, que precisam se ater à forma porque não têm profundidade para examinar a substância. Se fosse para competir na seara das palavras, mesmo no que trata de homossexualismo, até nesse quesito meu voto iria para Bolsonaro. Com convicção.

Este vídeo aqui, por exemplo, obliterado da realidade porque desmente a propaganda que hoje se traveste de jornalismo, mostra o “genocida fascista” pedindo permissão para fazer um aparte ao então integrante do Congresso Nacional assumidamente gay, Clodovil. Bolsonaro explica que está fazendo o aparte em sinal de respeito, porque muitos colegas de Clodovil no Congresso se recusariam a debater com ele por “preconceito”. Para Bolsonaro, o homossexual Clodovil merecia sim ser enaltecido por ser “honesto”, e porque sua “pureza se assemelha à de crianças”. Vale a pena ver o vídeo e entender como estamos vivendo numa câmara de privação sensorial construída por um consenso midiático homogêneo e extremamente desonesto.

Preciso terminar este calhamaço, então deixo aqui links que explicam as duas maiores razões para eu nunca mais cometer o erro de votar no Lula, ou no PT. No 1º vídeo, Lula diz: “Você não vai poder ir para lugares públicos”“você não vai poder estar com gente”“você não pode visitar parente”“você não pode receber sua mãe, você não pode receber seu filho, você não pode receber seu neto”. Imagina um capitalismo de Estado em que o governo não só compra com meu dinheiro produtos que eu não preciso usar, mas ainda usa a sua força e a privação da minha liberdade para me obrigar a usá-los. O que aconteceu com “meu corpo, minhas regras?” Ora, o de sempre: isso nunca foi pra valer, era só um slogan. Para essa esquerda, o aborto é sobre o corpo da mulher– mesmo em se tratando de uma 2ª vida, individual, que não escolheu nascer e está ali por causa de quem a fez; mas quando se trata de obrigar uma vacina que não garante a proteção do vacinado nem o impede de contaminar, essa esquerda de obsequiosidade bovina acha que devemos conceder ao Estado o direito de privar nossa liberdade.

Esse povo passivo me dá mais medo do que um povo revolucionário, porque ele aceita coisas que ferem até princípios genuínos, aqueles que eles de fato possuem. Um exemplo é a escravidão. Não conheço uma só pessoa que a defenda, creio que nem no seu íntimo. Ainda assim, um povo inteiro foi feito cúmplice no que é para mim o maior ato de escravidão já cometido em solo brasileiro desde a abolição –o envio pelo governo de Cuba de médicos sob sua tutela e controle, proibidos do livre ir e vir, e tendo que dar a maior parte do seu salário (pago pelo cidadão brasileiro) para a ditadura Cubana, como faria com um cafetão.

A engenharia financeira aí é obviamente negativa para o pagador de imposto brasileiro, mas acima de tudo ela é sórdida. O povo brasileiro pagou um salário alto por cada médico, mas recebeu em troca um médico “que vale menos”, coagido a fazer muito por pouco, e dar a maior parte do seu salário para seu dono, uma ditadura, que por tabela, portanto, passa a ser financiada pelo pagador de impostos brasileiro. Raramente vi uma história tão funesta, e uma imoralidade tão injustificada.

outro vídeo mostra Lula prometendo que vai regular a mídia, com ameaças ao whatsapp e várias menções ao controle da internet. É fascinante ver essa promessa vinda de quem foi tão eficiente em controlar a mídia com o meu dinheiro, pagando milhões pela parcialidade da imprensa, digo, pela publicidade na imprensa. Veja a diferença gigantesca entre o que Lula e Bolsonaro gastaram (investiram) com a mídia, e entendam como é construído o consenso a favor, e o consenso contra: “De 2000 a 2016, o grupo Globo recebeu R$10,2 bilhões em publicidade federal”. Até ler este artigo, eu não fazia ideia que meus impostos estavam sendo tão cruciais no pagamento dos condomínios daquelas lindas coberturas na Lagoa ocupadas por atores globais. Esse total em 17 anos dá um gasto médio de R$ 600 milhões por ano.

Compare isso com Bolsonaro. Na reportagem em que a revista Veja conta que em 2021 a Globo“voltou a ser a número um em propaganda oficial,”, o governo Bolsonaro pagou à emissora um total de R$ 65 milhões.

Para finalmente terminar, existe uma razão maior, uma causa suprema contra a qual não existe argumento que possa me dissuadir de votar em Bolsonaro. É este aqui: eu só voto em presidente que eu possa criticar.

Boa eleição a todos.


Ministro Nunes Marques durante sessão solene de posse no STF.

A norma que amplia a margem de crédito consignado e prevê a liberação dessa modalidade para beneficiários de programas sociais teve a validade mantida pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele, em sua decisão divulgada nessa quarta-feira (26), rejeitou o pedido de medida cautelar feito pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7223.

O PDT questiona a mudança nas regras de acesso aos empréstimos consignados determinadas pela Lei 14.431/2022. Entre as alterações está a autorização para que os cadastrados no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e de programas federais de transferência de renda, como o Auxílio Brasil, possam fazer empréstimo consignado.

Dívidas

O PDT questiona, entre outros argumentos, a possível ampliação do superendividamento dos beneficiários que aderirem a essa modalidade de crédito. Para o partido, o empréstimo consignado torna vulnerável quem contraiu o crédito, uma vez que parte da renda fica comprometida antes mesmo do recebimento.

Na sua decisão, o ministro entendeu não haver urgência no pedido, um dos requisitos para a concessão de liminar, pois o aumento da margem de créditos consignados não é novidade, e a ampliação desse tipo de crédito tem sido constante nas últimas décadas. Marques ressaltou ainda que os empréstimos são liberados a partir de análise de crédito e de risco realizada pelas instituições financeiras privadas ou públicas, com habilitação no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou no Ministério da Cidadania.

*Agência Brasil com informações do STF


Presidente prometeu recorrer de decisão que negou prosseguimento de ação sobre rádios

Presidente Jair Bolsonaro Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve reunido na noite desta quarta-feira (26) com ministros e comandantes das Forças Armadas para uma reunião no Palácio da Alvorada após a decisão emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que negou o prosseguimento de uma ação que questionava a falta de inserções nas propagandas eleitorais.

De acordo com a colunista Carla Araújo, do portal UOL, que divulgou a informação, estiveram presentes, além de outros auxiliares, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.

Integrantes do governo que estiveram na reunião com Bolsonaro disseram à coluna que o objetivo do encontro foi discutir a decisão de Moraes que rejeitou o pedido da campanha de Bolsonaro para investigar suspeita de fraudes em rádios.

Além disso, a reunião também teria tratado do fato de Moraes ter rejeitado sugestões feitas pelo Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas sobre mudanças no processo de fiscalização das urnas eletrônicas no segundo turno das eleições. Uma fonte militar teria afirmado que “causou estranheza” o ministro não ter aceitado as melhorias, já que, para os militares, elas seriam “muito simples”.

Nesta quarta, após a decisão de Moraes, Bolsonaro afirmou que o jurídico da campanha entrará com recursos no caso da decisão sobre as rádios.

– Nosso jurídico deve entrar com recurso, já que foi para o STF. Da nossa parte, iremos às últimas consequências dentro da Constituição para fazer valer o que nossas auditorias constataram: enorme desequilíbrio das inserções [de rádios], isso interfere na quantidade de votos no final da linha – completou.

Informações Pleno News


O senador eleitor pelo Estado do Paraná Sergio Moro (União) concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nessa quarta-feira, 26, para falar sobre seu apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a sua chegada ao Congresso Nacional após ter sido ministro da Justiça e Segurança Pública, além de juiz da operação Lava Jato.

Ele destacou sua independência diante dos dois candidatos à Presidência, mas ressaltou ver a necessidade de escolher um lado no segundo turno eleitoral, já que a polarização entre eles se confirmou.

Para o ex-juiz, Lula poder disputar a eleição presidencial é um “símbolo máximo” da impunidade no Brasil, já que ele foi condenado pela justiça do Paraná – apesar de depois as condenações terem sido anuladas pela Suprema Corte brasileira.

“O Lula foi condenada na operação Lava Jato em três instâncias e, depois, foi beneficiado por uma decisão da segunda turma do Supremo, a meu ver um claro erro judiciário (…) O símbolo máximo da impunidade é essa situação que nós estamos vendo hoje. Por isso que eu me posicionei nesta eleição muito claramente. Eu tenho as minhas divergências com o presidente Jair Bolsonaro. Agora, na minha opinião, é inaceitável a volta do Lula – é claro, ele tem que ser derrotado pelos meios democráticos – porque, no fundo, é uma mensagem ao país de que o crime compensa“, disse.

Jovem Pan


O Genial/Quaest divulgou nesta quinta-feira (27) seu mais recente levantamento com projeções para o segundo turno das eleições presidenciais, agendado para o dia 30 deste mês, entre eleitores de Minas Gerais.

Segundo a pesquisa, Lula (PT) tem 45% das intenções de voto, ante 40% de Jair Bolsonaro (PL).

No recorte com os votos válidos, o petista tem 53%, contra 47% do atual mandatário.

Foram ouvidas 2.200 pessoas de 108 municípios mineiros entre segunda-feira (24) e quarta (26). O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR-09544/2022.

Informações TBN

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