Estudo mostra que corte de benesses do funcionalismo ajudaria a estabilizar a dívida pública
A redução dos supersalários do setor público pode ajudar o Brasil a estabilizar a dívida pública até 2030, com uma economia de aproximadamente R$ 5 bilhões. A estimativa é feita pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em nota técnica que leva em conta a eliminação de salários que excedem o teto do funcionalismo público.
Conforme o CLP, que tem entre suas missões desenvolver líderes públicos, salários exorbitantes pagos a uma pequena parcela de funcionários públicos não apenas geram desequilíbrios internos como provocam insatisfação na população, que quer maior equidade na distribuição dos recursos públicos.
O centro entende que o fim dos supersalários deve ganhar corpo em breve, sendo uma das importantes ferramentas para a reorganização das contas públicas. “É fato consumado a necessidade de corte de gastos públicos no Brasil. E acabar com os supersalários no setor público pode ser uma grande oportunidade para o governo assumir um compromisso fiscal, moral e social perante a população “, afirmou o diretor-presidente do CLP, Tadeu Barros.
A organização aponta ainda outras medidas à sustentabilidade fiscal, como a desvinculação do salário mínimo e a integração da aposentadoria rural ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). A combinação das medidas, estima, resultaria em uma economia para o governo da ordem de R$ 45 bilhões apenas em 2030.
O CLP já tinha realizado estudo semelhante em março, quando mencionava economia anual de R$ 3,8 bilhões.
A organização destaca ainda a necessidade de diminuição dos gastos tributários, apresentando como proposta a implementação de três ações: redução do teto do Simples Nacional, que hoje representa um gasto tributário estimado em R$ 100 bilhões; a criação de um limite às deduções de saúde no Imposto de Renda das Pessoas Físicas, com potencial de redução de um quarto dos R$ 20 bilhões atualmente não arrecadados; e o fim gradual da desoneração da folha de pagamentos, que custa cerca de R$ 20 bilhões ao ano aos cofres públicos. Essas mudanças, somadas, representariam uma economia de aproximadamente R$ 50 bilhões até 2030.
O CLP indica também o congelamento nominal — ou seja, o fim de reajustes acima da inflação — do benefício básico do Bolsa Família, medida que poderia resultar em uma economia estimada em mais de R$ 25 bilhões até 2030.
Para compensar o impacto do congelamento, a sugestão é um aumento real, de 1% acima da inflação, no benefício variável a crianças de até 7 anos. “Essa abordagem não só alivia a pressão sobre o Orçamento federal, mas também direciona recursos de maneira mais efetiva para apoiar o desenvolvimento na primeira infância, que é crucial para o combate à pobreza de longo prazo”, defende o CLP.
Por fim, o centro defende a redução do estoque da dívida pública por meio da venda de ativos estatais e imobilizados, algo que, na avaliação do CLP, aliviaria significativamente o Orçamento não apenas por levantar recursos imediatos, mas também por reduzir o custo da dívida, liberando mais recursos a investimentos.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado
Visitante fez o mergulho na Corveta Ipiranga, um dos pontos de mergulho mais importantes da ilha.
Um turista de 43 anos, que não teve o nome revelado, morreu em Fernando de Noronha, na terça (15), depois de realizar um mergulho autônomo, prática que é executada com apoio de cilindro. Os médicos diagnosticaram que o mergulhador teve doença descompressiva (veja mais abaixo).
O visitante fez o mergulho na Corveta Ipiranga, local que conta com embarcação naufragada e está numa profundidade de 62 metros. Esse é um dos pontos de mergulho mais importantes de Noronha.
A informação da morte foi confirmada ao g1 em nota pela Administração da ilha. A reportagem apurou que o turista era de Belo Horizonte (MG).
“A Administração de Fernando de Noronha informa que o paciente era um turista, de 43 anos. Ele deu entrada na tarde de terça-feira (15), no Hospital São Lucas, trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), devido a sintomas respiratórios e rebaixamento de nível de consciência, após mergulho profundo de cilindro”, informou a nota.
A nota informou que foi indicada terapia hiperbárica, por diagnóstico de doença descompressiva.
“Após algumas horas do tratamento, o paciente apresentou melhora clínica dos sintomas, porém, posteriormente, evoluiu com parada cardiorrespiratória (PCR), não havendo sucesso após procedimentos de reanimação por cerca de 1 hora e 30 minutos”. Indicou a nota.
Os especialistas informam que a doença descompressiva é causada pelo excesso de nitrogênio, ou outro gás inerte usado na mistura respiratória, geralmente o gás Hélio (He), dissolvido nos tecidos do corpo humano em decorrência da permanência do indivíduo em condições hiperbáricas.
A quantidade de nitrogênio (N2) ou de outros gases inertes que se dissolve nos tecidos aumenta proporcionalmente ao aumento da pressão ambiente.
O corpo do visitante foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), no Recife, para verificação da causa da morte, nesta quarta-feira (16).
Turista foi atendido no Hospital São Lucas — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
Informações G1
Segundo fontes internas da organização, os brasileiros que fugiram para o exterior seriam perseguidos por ‘crimes políticos’
A Interpol não incluiu os envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro de 2023 que fugiram para o exterior na chamada lista vermelha. A recusa se deu mesmo depois de um pedido formal do Judiciário brasileiro.
Segundo fontes internas da Interpol, que preferiram se manter anônimas, os nomes dos brasileiros processados ou condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação nos atos do dia 8 de janeiro dificilmente serão incluídos na lista.
Isso seria praticamente impossível, porque há um entendimento interno da Interpol de que esses seriam “crimes políticos”, que não são de competência da organização. Além disso, as modalidades dos processos dos envolvidos no 8 de janeiro também são alvo de fortes questionamentos internos por parte da Interpol.
Em maio deste ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou a Interpol contra os envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro que deixaram o Brasil. Entretanto, até o fechamento desta reportagem, os nomes dessas pessoas não foram incluídos na lista vermelha, conforme aparece no próprio site da Interpol.
Atualmente, há 51 brasileiros cuja inserção na lista vermelha foi requerida pelas autoridades brasileiras. Outros 31 brasileiros são procurados por outros países e também têm seus nomes incluídos na lista. Todos eles são acusados de crimes comuns, de homicídios até fraudes com cartão de crédito. Nenhum deles é acusado de envolvimento com os atos do dia 8 de janeiro.
Em maio de 2024, o Partido dos Trabalhadores (PT) chegou a divulgar a notícia falsa sobre 51 manifestantes que seriam procurados pela Interpol.
Como a Revista Oeste mostrou em uma reportagem da edição 229, há cerca de 400 brasileiros envolvidos no 8 de janeiro exilados na Argentina neste momento.
A Comissão Nacional para os Refugiados (CONARE) da Argentina concedeu a todos eles proteção temporária, garantindo a permanência em território argentino e o anonimato durante a análise de seus casos. A motivação indicada pelas autoridades argentinas nos documentos foi “perseguição política”.
Algumas dessas pessoas já começaram a receber asilo político definitivo, o que lhes deu o status de refugiados políticos no país vizinho.
A inclusão de nomes de procurados na lista vermelha não é automática. Os pedidos que chegam de qualquer país membro da organização devem passar necessariamente pela análise da Comissão de Controle do Interpol, que pode aceitá-los ou rejeitá-los com base nas evidências apresentadas e nas regras da Interpol.
“É estritamente proibido para a Interpol levar adiante atividades de caráter político, militar, religioso ou racial”, explicou a Oeste um funcionário da Interpol baseado em Lyon, na França. “Além disso, suas atividades precisam estar em conformidade com os padrões internacionais de direitos humanos.”
No passado, a Interpol foi acusada de inserir muitos nomes na lista vermelha de forma equivocada, depois de receber pedidos de países cujos governos utilizaram a organização para perseguir opositores políticos no exterior.
Por isso, nos últimos anos, a organização introduziu reformas importantes para fortalecer seus procedimentos internos de verificação antes de inserir nomes em listas de procurados internacionalmente.
Em 2020, o STF solicitou à Interpol a inclusão do nome do jornalista Allan dos Santos na lista vermelha. Entretanto, quase cinco anos depois, a organização não inseriu o nome dele na lista.
O STF e o Ministério da Justiça, na época liderado por Flávio Dino, chegaram a pedir a extradição de Allan dos Santos dos Estados Unidos, onde reside.
Entretanto, as autoridades norte-americanas se recusaram a extraditar o jornalista. Um dos representantes dos EUA que se reuniu com autoridades brasileiras salientou que ele não teria cometido nenhum crime nos Estados Unidos nem no Brasil, já que sua atuação seria protegida pela liberdade de expressão, e as supostas ilegalidades das quais é acusado seriam “só palavras”.
A negativa da Interpol e dos norte-americanos irritou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o então ministro da Justiça, Flávio Dino, mas nenhuma providência foi tomada sobre o assunto.
Informações Revista Oeste
Um levantamento feito pelo site g1 identificou nesta terça-feira, 15, 18 bets (sites de apostas esportivas on-line) barradas pelo Ministério da Fazenda continuam no ar por meio de sites alternativos àqueles bloqueados pela Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel.
Segundo a pesquisa, alguns dos sites analisados foram criados na última sexta-feira, 11, mesmo dia em que a agência divulgou a lista. A estratégia utilizada foi inserir uma sequência de caracteres, como os números 11 e 22, depois do nome original da casa de apostas.
Ao todo, foram encontrados 134 sites de 18 betsirregulares. Desses, 51 foram criados na sexta-feira e 19 no sábado. Nesta terça-feira, 15, foram criados cinco desses sites. Outros 59 endereços já tinham sido criados antes de sexta-feira. Uma mesma plataforma pode ter vários sites.
Em 10 de outubro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o trabalho para identificar sites irregulares será contínuo. “Evidentemente, tem um trabalho a ser feito pela secretaria [de Apostas] que é permanente”, disse. “E qualquer tentativa de burla, a Anatel é informada, e o procedimento é o mesmo.”
As apostas on-line estão em processo de regulamentação no Brasil. Ao todo, 96 empresas que comandam 210 bets estão autorizadas a operar nacionalmente até dezembro, enquanto 18 podem operar apenas regionalmente.
A facilidade para criar novos sites de apostas é visto como um dos problemas para barrar as betsirregulares no Brasil, segundo declaração da Associação Nacional de Jogos e Loterias ao g1. A entidade diz que basta a criação de um novo link, em domínio diferente, para que a plataforma volte a funcionar normalmente.
Informações Revista Oeste
Comitê recomendou volta do horário de verão, que adianta relógios em alguns estados para dessincronizar pico do consumo de energia. Cenário de chuvas melhorou, diz Silveira.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou nesta quarta-feira (16) a retomada do horário de verão ainda este ano.
O governo vai avaliar, nos próximos meses, se é o caso de retomar a medida a partir de 2025.
“Nós hoje, na última reunião com o ONS [Operador Nacional do Setor Elétrico], chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período, para este verão”, declarou Silveira.
“Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025”, prosseguiu.
“É importante que ele [horário de verão] seja sempre considerado, ele não pode ser fruto de uma avaliação apenas dogmática ou de cunho político. É uma política que tem reflexos tanto positivos quanto negativos no setor elétrico e na economia, portanto, deve sempre estar na mesa para uma avaliação precisa do governo federal”, informou.
Apesar da recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em setembro, a pasta avalia que houve melhora no cenário das chuvas e dos reservatórios de hidrelétricas, evitando o adiantamento dos relógios ainda em 2024.
Na época em que estava em vigor, o horário de verão costumava ser implementado entre outubro/novembro e fevereiro/março de cada ano.
No caso deste ano, o horário de verão só poderia ser implementado este ano em novembro. Isso impediria o aproveitamento do pico de custo-benefício da medida — que ocorre entre outubro e meados de dezembro.
Será que o horário de verão vai voltar?
Segundo o ONS, o horário de verão ajuda a aumentar o aproveitamento das fontes de energia solar e eólica, além de reduzir a demanda máxima em até 2,9%.
Desde a sua adoção, que passou a ser anual a partir de 1985, o horário de verão tem a intenção de promover uma economia no consumo de energia, uma vez que as pessoas teriam mais tempo de luz natural.
No entanto, por conta da mudança de comportamento da sociedade, a medida foi deixando de ser eficaz. Até que, em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) suspendeu o adiantamento dos relógios.
A medida volta à tona em 2024 não por sua eficácia para economizar energia, mas por ser uma alternativa de aproveitamento da geração de energia solar, reduzindo o acionamento de termelétricas – mais caras e poluentes.
💡 No início da noite, a geração de energia solar cai por causa da falta de sol. Mais tarde, durante a madrugada, a geração eólica sobe porque há maior incidência de ventos.
💡 No intervalo entre a queda da solar e o aumento da eólica, há um pico de consumo que precisa ser suprido por energia hidrelétrica ou térmica.
Com as medidas para poupar os reservatórios das usinas hidrelétricas, por causa da seca, é necessário acionar mais termelétricas para atender ao pico de consumo.
Ao adotar o horário de verão, o pico de consumo é deslocado para o horário com mais geração solar, reduzindo a necessidade de complementar a geração com mais usinas térmicas.
A retomada do horário de verão depende da revogação de um decreto do governo de Jair Bolsonaro (PL) que, em 2019, encerrou o horário de verão. A medida já era avaliada no governo de Michel Temer (MDB).
Na ocasião, o governo afirmou que o adiantamento dos relógios em uma hora por conta de mudanças no padrão de consumo de energia e de avanços tecnológicos, que alteraram o pico de consumo de energia.
A suspensão do horário de verão resistiu inclusive à crise hídrica de 2021. Na época, o governo chegou a estudar a retomada da política, solicitando um parecer do ONS.
Informações G1
No início de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um projeto de lei que cria a Alada, uma empresa pública aeroespacial. A iniciativa é parte do plano de militares da Aeronáutica de transformar a Base de Alcântara, no Maranhão, em um polo de lançamento de foguetes da Space X, de Elon Musk.
Segundo apuração do jornal O Estado de S. Paulo, a Força Aérea Brasileira (FAB) mira a empresa de foguetes do bilionário norte-americano como um “cliente especial”.
A publicação destaca que um relatório elaborado por um grupo interministerial com participação de oficiais da Força defende a ideia de que a estatal tenha primazia na exploração comercial das atividades privadas no local e faz menção à companhia estrangeira.
“A Space X domina a reutilização e executa os lançamentos da Starlink em custo marginal, com a recuperação e reutilização do Falcon 9 se tornando um novo padrão, o primeiro lançador totalmente reutilizável, abrindo o caminho para lançamento a custo marginal”, consta no documento. Outras empresas também são citadas, como a Virgin Galactic e a Blue Origin.
As Forças Armadas brasileiras já têm parcerias com Elon Musk. Em agosto, o Comando Militar da Amazônia contratou serviços da Starlink para unidades militares na região.
Em setembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou investigação sobre possível favorecimento em licitação de R$ 5 milhões, já que a empresa era a única capaz de atender ao edital.
Além disso, durante as enchentes no Rio Grande do Sul, a rede de satélites foi disponibilizada pelo Exército.
Segundo o Estadão, se for formalmente criada — o que ainda depende de aprovação do Congresso –, a Alada será dependente de recursos do Tesouro e subsidiária da Nav Brasil, vinculada ao Ministério da Defesa e presidida pelo major-brigadeiro do ar José Pompeu dos Magalhães Brasil Filho.
De acordo com o relatório, a nova estatal poderia abrir subsidiárias no exterior e formar sociedade com outras empresas públicas. A implantação do plano de negócios faria com que a Alada deixasse de consumir verbas da União “em curto espaço de tempo”, diz o documento.
O jornal apurou que militares acreditam que a proximidade de Alcântara da linha do Equador garanta uma vantagem competitiva em comparação com outros centros de lançamentos do mundo, pois o consumo de combustível é menor.
Isso se deve à proximidade do local em relação ao espaço, o que reduz o percurso e a força da propulsão necessária.
A FAB, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o Ministério da Defesa foram procurados pelo Estadão, mas não quiseram se manifestar.
Informações Revista Oeste
A decisão sobre a retomada do horário de verão deve ser tomada nesta quarta-feira (16/10). O governo federal avalia a volta da medida para reduzir o impacto da seca sobre o consumo de energia.
O horário de verão foi extinto em abril de 2019, no início da gestão de Jair Bolsonaro (PL). A proposta precisa passar pelo crivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia cravado que a decisão sairia nesta semana. Isso porque, caso decida pelo retorno da medida ainda neste ano, ela precisaria ser implementada até o início de novembro.
Segundo o titular da pasta, após o decreto, haverá um período de 15 a 20 dias para que a mudança entre em vigor. Além disso, é importante que a medida seja retomada apenas após a realização do segundo turno das eleições municipais, marcado para 27 de outubro, para que não afete a logística.
Silveira pontuou, no entanto, que tem discutido o tema com diversos setores para avaliar a “imprescindibilidade” da medida em 2024. Caso não seja necessária, a volta do horário de verão pode ficar para o ano que vem.
“Nós estamos tendo muito cuidado porque tem impacto na economia. Em alguns setores, positivos. Em outros, nem tanto. Então, nós não podemos simplesmente lançar a mão de uma política que vai mexer, literalmente, com a vida de todos os brasileiros, sem a completa necessidade do que eu chamo de imprescindibilidade”, disse o ministro.
Informações Metrópoles
No dia 7 de outubro de 2024, muitos países relembraram com tristeza o ataque terrorista do Hamas contra Israel. Enquanto isso, o embaixador do Irã no Brasil, Adbollah Nekounam Ghadirli, comemorava a morte de 1,2 mil pessoas e o sequestro de 251 israelenses.
O muçulmano estava acompanhado de figuras da extrema esquerda, como o vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), Marcos Tenório. O líder da entidade mudou o nome para Sayid Tenório depois de se converter ao Islamismo.
A dupla também estava acompanhada da professora Berenice Bento, da Universidade de Brasília (UnB), e de José Reinaldo, editor do site Brasil 247. O grupo celebrou o Dilúvio de Al-Aqsa, como ficou conhecido o ataque terrorista contra Israel no dia 7 de outubro de 2023.
O canal do Ibraspal no YouTube transmitiu o evento. Em um período de seis dias, o conteúdo teve 32 visualizações.
Logo no início do discurso, Tenório deixou claro que a apresentação dispensaria qualquer tipo de análise crítica sobre o ocorrido. O orador, inclusive, comemorou os assassinatos e afirmou que a ofensiva contra Israel “tratou de uma ação legítima do ponto de vista do Direito internacional”.
“A data de hoje, ela é uma data muito especial, não somente para o povo palestino, mas para todo o Oriente Médio e para todo o mundo livre”, afirmou o muçulmano. “Há exatamente um ano, teve início a heroica operação Dilúvio de Al-Aqsa.”
No evento, Tenório apenas condenou os ataques de Israel. Ele afirmou que os israelenses agiram de forma “sorrateira” e “covarde” quando neutralizaram o líder do grupo terrorista Hezbollah, Hassan Nasrallah.
O embaixador iraniano disse que “Israel é um câncer” e que os terroristas são a “resistência”. O intérprete, inclusive, teve dificuldades de retratar as falas de Adbollah Nekounam Ghadirli.
“Essa resistência do povo palestino que busca liberdade contra o regime sionista tem que ser mostrada para o mundo todo”, afirmou Ghadirli.
Informações Revista Oeste
Uma tragédia ocorreu na cidade de Nova Fátima, no norte do Paraná, na noite do último domingo (13/10), quando uma criança de 9 anos invadiu um hospital veterinário e matou 23 animais de pequeno porte. A fazendinha do local, que havia sido inaugurada um dia antes, foi alvo de ação brutal, registrada pelas câmeras de segurança.
De acordo com a Polícia Militar, o veterinário Lúcio Barreto, proprietário do hospital, acionou a equipe após encontrar mais de 15 coelhos mortos e outros animais soltos. Ao verificar as imagens das câmeras de segurança, os proprietários externos viram que uma criança, acompanhada de um cachorro, havia entrado no local e maltratado os animais por cerca de 40 minutos. Alguns bichos foram arremessados contra a parede, tiveram as patas arrancadas e foram esquartejados.
O veterinário Lúcio Barreto descreveu o horror ao encontrar os animais mortos. “É uma situação horrível, a gente que já há muitos anos cuida dos bichinhos com o maior prazer, com o maior amor, e de repente, no dia de uma festa seguinte de Dia das Crianças, chegar e se deparar com uma cena daquelas é uma sensação horrível de impotência, de tristeza”, afirmou em entrevista.
Informações Metrópoles
Em 14 de outubro de 2024, completam-se dez anos desde a prisão de Tiago Henrique Gomes da Rocha, popularmente conhecido como o serial killer de Goiânia. A captura de Tiago em 2014 trouxe à tona uma série de assassinatos que chocaram o país, envolvendo a morte de 35 pessoas, a maioria mulheres. Embora Tiago tenha sido condenado a uma pena que, somada, ultrapassa 700 anos de reclusão, devido à legislação penal vigente na época dos crimes, ele estará apto a buscar liberdade após cumprir três décadas de prisão.
Os crimes cometidos por Tiago aconteceram antes da promulgação do “Pacote Anticrime”, sancionado em 2019, que alterou o limite máximo de cumprimento de pena no Brasil de 30 para 40 anos. No entanto, para crimes cometidos anteriormente à mudança, aplica-se a legislação vigente na época, que estabelece um máximo de 30 anos de prisão. Desta forma, mesmo com a gravidade dos delitos e a pena originalmente estipulada, há a possibilidade de Tiago ser libertado aos 56 anos de idade.
De janeiro a agosto de 2014, a cidade de Goiânia foi palco de uma série de assassinatos que desafiaram as autoridades. Foram registradas 16 mortes, 15 das quais de mulheres com idades entre 13 e 28 anos, e um único homem de 51 anos. Tiago, então chamado de motoqueiro matador, tinha um modus operandi peculiar: ele circulava de moto pela cidade em busca de vítimas, sem motivação aparente de roubo. A Polícia Civil do Estado de Goiás conduziu uma investigação extensiva que durou dois meses para identificar e capturar o criminoso.
Após a prisão, Tiago confessou outros homicídios, chegando ao total de 39 assassinatos ao longo de anos. Um laudo psiquiátrico, realizado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), diagnosticou Tiago com Transtorno de Personalidade Antissocial, mas o considerou capaz de compreender o caráter ilícito de suas ações. Os especialistas descreveram-no como uma pessoa de altíssima periculosidade e com tendência a reincidir nos delitos cometidos. Não há, segundo os médicos, tratamentos medicamentosos ou psicoterapêuticos eficazes para sua condição.
O caso de Tiago Gomes da Rocha levanta importantes questões sobre segurança pública e a adequação das penas no sistema judiciário brasileiro. Enquanto um profundo sentimento de insegurança se abateu sobre Goiânia na época dos crimes, as autoridades se viram obrigadas a repensar abordagens investigativas e estratégias de policiamento. Este episódio também gera debate sobre as condições de detenção e os fatores que contribuem para a reformulação dos códigos penais no país, em busca de um equilíbrio entre justiça, punição e reabilitação.
Completando uma década de encarceramento, o futuro de Tiago Gomes da Rocha ainda suscita discussões. Embora ele possa exigir sua liberdade dentro das próximas duas décadas, sua reabilitação e reintegração social representam desafios complexos para o sistema penal e para a sociedade. À medida que se aproxima a data potencial de sua liberação, o caso continua a repercutir como um dos mais emblemáticos da criminalidade no Brasil, reforçando a necessidade contínua de melhorias no sistema judiciário e nos métodos de prevenção e tratamento de crimes.
Informações TBN