Mais de 4700 usuários apresentaram reclamações no site Downdetector, que reúne registros de falhas. A maior dificuldade dos usuários foi o envio de mensagens, correspondente a 67% das reclamações.
Saiba por que o WhatsApp deixa de funcionar em celulares antigos — Foto: AP Photo/Patrick Sison
O WhatsApp voltou a funcionar depois de apresentar instabilidade global no início da tarde desta quarta-feira (02). Mais de 4700 usuários fizeram reclamações no site Downdetector, que reúne registros de falhas.
A maior dificuldade dos usuários foi o envio de mensagens, correspondente a 67% das reclamações. A falha também aconteceu com mais incidência no aplicativo, sendo 21% dos registros.
O problema também foi observado em outros países, como a Itália, Reino Unido, Estados Unidos e Indonésia.
No Twitter, há relatos de dificuldades também no WhatsApp Business. E, principalmente, o envio de mensagens em grupos.
O g1 entrou em contato com a Meta, que administra a rede social, mas não obteve retorno imediato.
Informações G1
Usuários podem entrar na Justiça com pedido de indenização se conseguirem comprovar que usavam a rede nos anos de 2018 e 2019. Ação similar já foi objeto de acordo nos EUA
Facebook terá que indenizar usuários no Brasil Lionel Bonaventure/ AFP
A 29ª Vara Cível de Belo Horizonte condenou o Facebook a pagar R$ 20 milhões em danos morais coletivos por problemas com vazamento de dados de usuários da rede, do Messenger e do aplicativo de mensagens WhatsApp. A empresa deverá desembolsar ainda R$ 5 mil por danos morais individuais a cada usuário que comprovar que usava a rede social nos anos de 2018 e 2019.
A Meta disse que ainda não foi formalmente comunicada da decisão, à qual ainda poderá recorrer.
Além do Brasil, usuários do Facebook nos Estados Unidos podem requerer uma parte dos US$ 725 milhões que a Meta (dona do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads) concordou em pagar no fim de 2022 por conta de um processo similar no país.
O julgamento brasileiro analisou duas ações civis públicas do Instituto Defesa Coletiva, que foram protocoladas depois de uma série de vazamentos de informações pessoais dos internautas.
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O primeiro aconteceu em setembro de 2018, quando hackers conseguiram burlar a segurança do Facebook e acessar detalhes como nome, telefone e e-mail de 15 milhões de pessoas.
Outros 14 milhões de usuários tiveram ainda mais dados acessados: gênero, localidade, idioma, status de relacionamento, religião, cidade natal e data de nascimento.
Meses depois, houve um novo vazamento, com a exposição de senhas de 22 mil contas e detalhes da movimentação de mais de 540 milhões de usuários. Esses dois casos constam na primeira ação protocolada em maio de 2019.
A segunda ação foi protocolada em julho de 2020 e cita uma vulnerabilidade do aplicativo WhatsApp em maio de 2019, que permitiu que hackers instalassem programas para ter acesso aos dados dos celulares. O número de usuários afetados não foi informado pela empresa.
Em dezembro de 2019, surgiu outra vulnerabilidade no Facebook. Na ocasião, foram vazadas fotos de usuários, além de imagens carregadas, mas não publicadas, nos stories. O número de vítimas ultrapassa 6 milhões de internautas.
Na sentença, o juiz da 29ª Vara Cível de Belo Horizonte José Maurício Cantarino Villela reconheceu que a responsabilidade pelas falhas de segurança do sistema é da empresa. No entanto, ele julgou improcedentes os pedidos de medidas preventivas a novos ataques, segundo a advogada Lillian Salgado, presidente do Comitê Técnico do Instituto Defesa Coletiva.
Para a especialista em Direito do Consumidor, falta informação clara e precisa aos usuários. Ao usar um aplicativo parceiro do Facebook, o internauta autoriza compartilhar seus dados.
— No mais, o Facebook tem a obrigação de comunicar a todos os lesados quando há vazamento, mas a empresa não compartilhou a lista das pessoas que foram lesadas. Se você era usuário do Facebook nessa época, e conseguir comprovar o uso da plataforma, terá direito à indenização — diz Lilian.
Na ação civil coletiva, o Facebook não apresentou uma lista com o nome das pessoas que tiveram seus dados vazados nem comprovou ter avisado os internautas sobre o problema.
Por isso, no entendimento do Instituto Defesa Coletiva, a sentença abrange todos os consumidores que eram usuários do serviço à época.
Lilian explica que o consumidor precisa ajuizar uma execução da sentença coletiva para ter direito à indenização de R$ 5 mil. O valor se refere a cada ação coletiva, ou seja, o consumidor pode ser indenizado até R$ 10 mil, se comprovar que tinha vínculo com as plataformas no momento dos vazamentos.
Prints da linha do tempo são suficientes para a comprovação, mas também é possível extrair um relatório com o histórico de atividades.
Basta acessar o aplicativo do Facebook e seguir o roteiro: “Configurações e privacidade”; “Seu tempo no Facebook”; “Ver tempo”; “Ver registros”; e, finalmente, “Ver histórico de atividades”.
Para o WhastApp, as conversas também podem ser utilizadas como provas. Se preferir, o caminho para extrair o relatório de atividades é o seguinte: “Configurações”; “Conta”; “Solicitar dados da conta” e “Solicitar relatório.”
No caso dos Estados Unidos, os usuários da rede podem solicitar parte dos US$ 725 milhões até o dia 25 de agosto. Quem estava conectado entre 24 de maio de 2007 e 22 de dezembro de 2022 pode inserir suas informações em facebookuserprivacysettlement.com para receber o pagamento por meio de sua conta bancária.
Segundo o jornal americano The New York Times, o tamanho dos pagamentos deve ser pequeno e dependerá do número de pessoas que enviarem reivindicações válidas e do tempo que cada requerente foi usuário do Facebook durante o período abrangido pelo processo.
A Meta concordou no ano passado em resolver um processo de ação coletiva que acusou a empresa de compartilhar dados de usuários ou torná-los acessíveis a terceiros, incluindo a consultoria política e de dados Cambridge Analytica.
O processo foi aberto em 2018, após revelações de que a Cambridge Analytica usou informações privadas de milhões de usuários do Facebook sem permissão.
Informações O Globo
Novo recurso é semelhante ao envio de mensagem de voz na plataforma, segundo a empresa; as mensagens podem ter até 60 segundos de duração
Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
O WhatsApp agora permitirá que você grave e envie vídeos diretamente do aplicativo, segundo anunciou a plataforma da Meta nesta semana.
As mensagens de vídeo instantâneas podem ter até 60 segundos de duração e são protegidas de forma semelhante ao serviço de criptografia de ponta a ponta do aplicativo.
“Achamos que será uma maneira divertida de compartilhar momentos com toda a emoção que os vídeos trazem, seja desejando feliz aniversário a alguém, rindo de uma piada ou trazendo boas notícias”, disse a empresa na quinta-feira (27) em um post no blog da rede social.
O novo recurso será semelhante ao envio de uma mensagem de voz na plataforma, acrescentou a empresa, e também haverá uma maneira de gravar vídeos sem usar as mãos.
A empresa disse que a nova atualização começou a ser lançada no aplicativo e estará disponível para todos nas próximas semanas.
No início deste ano, o WhatsApp lançou uma atualização que permite aos usuários editar mensagens no aplicativo – desde que dentro de 15 minutos após o envio.
A atualização mais recente do WhatsApp vem logo após um relatório de ganhos acima do esperado da Meta. A empresa disse que a receita na quarta-feira aumentou 11% em relação ao ano anterior, para US$ 32 bilhões no trimestre encerrado em junho, já que o “ano de eficiência” do CEO Mark Zuckerberg parece estar valendo a pena para a gigante da Internet.
Após um 2022 difícil, as ações da Meta subiram mais de 150% em 2023.
Informações CNN Brasil
A TIM fechou uma parceria com a Apple que possibilitou à operadora oferecer serviços da empresa e reduzir os preços dos iPhones em mais de 50%.
O anúncio oficial foi feito pela TIM nesta quinta-feira (27), e a operadora já iniciou os descontos em sua loja virtual. Nas lojas físicas, a venda começa nesta sexta-feira (28). Um dos celulares mais recentes da Apple, o iPhone 14 está à venda por R$ 4.999 com 256 GB de memória. No site da empresa de tecnologia, o aparelho custa R$ 8.599, o que representa um desconto de 41,9%.
Já o iPhone 14 com 128 GB de armazenamento passou a ser negociado por R$ 3.999 pela TIM, redução de 47,4% em relação aos R$ 7.599 do site do Apple. É possível parcelar o valor em até 12 vezes sem juros.
Os descontos serão válidos por três meses, de acordo com a operadora de celular, e também foram estendidos para modelos mais antigos como iPhone 13 com 128 GB, que é vendido por R$ 3.499 na TIM (na Apple custa R$ 5.699), e o iPhone 12 com 256 GB, que teve uma queda de 58,3%, com o preço de R$ 2.999 na operadora, enquanto o site da Apple vende o mesmo modelo por R$ 7.199.
A redução está disponível para quem assinar o plano pós-pago TIM Black com Apple One, com custo mensal de R$ 224,99 (para 50 GB) e R$ 294,99 (para 100 GB). O plano permite ser compartilhado entre o titular e mais três dependentes.
Além dos aparelhos mais baratos, a operadora de telecomunicações passa a disponibilizar serviços como Apple Music, Apple TV, iCloud (armazenamento de dados em nuvens) e Arcade (games).
O pacote de serviço disponibilizado no plano pós-pago para os clientes da TIM é vendido como Apple One pela empresa de tecnologia e custa entre R$ 34,90 e R$ 79,90 por mês, no site oficial da Apple.
“Demos um passo adiante ao trazer a assinatura Apple One em uma oferta que chega ao Brasil graças à inovação e ao protagonismo da TIM. Vamos oferecer uma solução completa para os ‘applelovers’, que poderão aproveitar os serviços de TV, música, jogos e armazenamento na maior rede móvel do país”, disse o vice-presidente de Receitas da TIM, Fabio Avellar.
Já a Apple destacou a possibilidade de ampliar o leque de clientes com essa parceria. “Estamos entusiasmados em levar o Apple One a mais clientes no Brasil, para que eles possam acessar facilmente o melhor entretenimento”, afirmou Jennifer D’Cunha, diretora de serviços para a América Latina da Apple.
Para anunciar a parceria, a TIM deve lançar uma campanha publicitária nesta quinta-feira (27), que terá o ator Rodrigo Santoro como protagonista.
Créditos: Folha de SP
LuzIA é a nova inteligência artificial do WhatsApp e do Telegram. A personagem de olhos azuis e cabelos vermelhos que apela para uma comunicação mais orgânica nos aplicativos de smartphone chegou ao Brasil nesta última semana. LuzIA — as letras I e A em caixa alta são uma óbvia referência à sigla da inteligência artificial — é capaz de transcrever áudios, traduzir mensagens e também de gerar imagens sob as orientações do usuário.
O recurso de inteligência artificial já está disponível em conversas comuns pelos aplicativos de mensagens. De acordo com o portal G1, no total, a ferramenta já conta com mais de 4 milhões de usuários ativos em mais de 40 países. Para além do idioma português, a simpática LuzIA está disponível também aos falantes de francês, espanhol e inglês. publicidade
O novo sistema de inteligência artificial integrado aos aplicativos de mensagens — WhatsApp e Telegram — é uma criação do engenheiro espanhol Álvaro Higes, de 36 anos. O profissional da tecnologia tem passagem por gigantes do mercado, como a Amazon; Higes é professor da IE Business School, em Madri. O engenheiro usa o ChatGPT como base para o desenvolvimento do seu trabalho.
O usuário interessado em usar o novo serviço de inteligência artificial deve simplesmente adicionar o seguinte número de telefone à sua agenda de contatos: +55 11 97255-3036. Na sequência, é só dar início à conversa com o chatbot por meio do aplicativo de mensagem de preferência, Telegram ou WhatsApp. O usuário também pode acessar a LuzIA diretamente pelo site; ela é completamente gratuita.
A inteligência artificial nos aplicativos de mensagens pode:
Informações Revista Oeste
O cenário de comunicação no Brasil pode estar prestes a passar por uma mudança significativa, impulsionada pela economia e avanço tecnológico. As principais operadoras de telecomunicações do país, Vivo, TIM e Claro, estão atualmente em discussão sobre a viabilidade de encerrar a oferta de acesso ilimitado ao WhatsApp em seus planos de dados, devido aos custos crescentes relacionados à implementação da tecnologia 5G. Essa possível alteração poderá impactar diretamente a maneira como as pessoas se comunicam e consomem informações, uma vez que o WhatsApp se tornou uma plataforma central para a troca de mensagens e notícias.
Atualmente, o acesso ilimitado ao WhatsApp tem sido uma opção popular e conveniente para muitos usuários, proporcionando uma maneira rápida e acessível de consumir notícias e se manterem informados. No entanto, essa facilidade de acesso também pode acarretar alguns desafios. A dependência exclusiva desses aplicativos para a obtenção de informações pode limitar a busca por outras fontes e conteúdos verificados, levando a uma possível falta de contexto ou análise mais aprofundada das notícias recebidas.
A combinação das empresas de telefonia com as Big Techs representa uma estrutura sobre a qual se sustentam negócios e também, ultimamente, o espaço cívico.
A discussão sobre o acesso ilimitado ao WhatsApp levanta questões importantes sobre como as mudanças na economia e na tecnologia estão moldando nossos padrões de comunicação e consumo de informações. Três das principais operadoras de telecomunicações do Brasil, Vivo, TIM e Claro, estão debatendo a possibilidade de encerrar a oferta de acesso ilimitado ao WhatsApp em seus planos de dados. A discussão surge em meio a preocupações com os crescentes custos associados à implementação da tecnologia 5G no país. A oferta do WhatsApp ilimitado era uma vantagem competitiva oferecida pelas operadoras, mas agora elas estão avaliando sua sustentabilidade financeira diante do aumento da demanda esperada com a expansão do 5G.
A mudança potencial na oferta de acesso ilimitado ao WhatsApp pode impactar a experiência dos usuários, que se acostumaram a utilizar o aplicativo de mensagens sem se preocupar com limites de dados. A decisão das operadoras de rever essa oferta ocorre devido às complexidades e altos custos envolvidos na implantação da infraestrutura necessária para suportar o 5G, que promete velocidades de conexão significativamente mais rápidas e maior capacidade de dados. Como o uso do WhatsApp é amplamente difundido no Brasil, qualquer alteração nas condições de acesso ao aplicativo pode ter um impacto significativo nas escolhas dos consumidores em relação aos planos de telefonia móvel.
Três das principais operadoras de telecomunicações do Brasil, Vivo, TIM e Claro, estão debatendo a possibilidade de encerrar a oferta de acesso ilimitado ao WhatsApp em seus planos de dados.
Ainda não há uma decisão final sobre o assunto, mas as discussões em andamento entre as operadoras de telecomunicações indicam que a oferta de WhatsApp ilimitado pode ser revista em breve. O cenário reflete o desafio que as empresas enfrentam para equilibrar a oferta de serviços atraentes para os consumidores, ao mesmo tempo em que investem na expansão e aprimoramento de suas redes para atender às crescentes demandas de conectividade trazidas pela tecnologia 5G no Brasil.
Há dois cenários para a informação vindos dessa potencial mudança. Ou as pessoas finalmente ficam mais conscientes ou agora a coisa degringola de vez.
É possível que os consumidores busquem por alternativas para se manterem informados, já que vão pagaro acesso de qualquer jeito. Sem a comodidade do acesso ilimitado, as pessoas podem se voltar para fontes originais de notícias, explorando sites de veículos de comunicação, blogs especializados e outras plataformas que oferecem informações confiáveis e verificadas.
Por outro lado, o fim do acesso ilimitado ao WhatsApp também pode ter um efeito negativo no consumo de notícias. Com muitos consumidores enfrentando restrições financeiras, a falta de recursos para pagar pelo pacote de dados poderia resultar em uma redução do acesso à informação. As pessoas vão trocar menos notícias entre si e não vão checar essas notícias de jeito nenhum porque a ordem é economizar, pensando nesse cenário.
Além do impacto na disseminação da informação, o possível fim do acesso ilimitado ao WhatsApp nos planos de dados também pode ter implicações significativas para os negócios que utilizam a plataforma como ferramenta essencial para suas operações. Hoje em dia, o WhatsApp desempenha um papel crucial no mundo empresarial, sendo utilizado por muitas empresas, grandes e pequenas, para se comunicarem com clientes, fornecedores e parceiros de negócios. A facilidade de comunicação, compartilhamento de informações e a possibilidade de realizar vendas diretamente na plataforma tornaram o aplicativo uma ferramenta indispensável para muitos empreendimentos.
Fonte: Gazeta do Povo.
Especialistas em genética estão se aliando a forças policiais para gerar “retratos falados” sem ninguém para falar. Em vez de testemunhas, é o material genético do suspeito, encontrado em roupas, cabelos e secreções corporais, que dedura a fisionomia da pessoa. E tudo isso é feito com ajuda da inteligência artificial.
Fundada com dinheiro da Casa Branca, a norte-americana Parabon Nanolabs já usa a técnica para solucionar crimes em todo o mundo. Não sem polêmicas: um dos retratos indicava um jovem, enquanto o criminoso verdadeiro era um idoso; outro, indicando um homem negro, foi apontado como racista por ter sido divulgado pela polícia e exibido na TV. UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e a Polícia Federal trabalham desde janeiro deste ano em um projeto que usa IA para criar imagens de suspeitos por meio de amostras de DNA.
Desde janeiro deste ano, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Polícia Federal recriam imagens de suspeitos com IA por meio de amostras de DNA. O projeto nasceu em 2015, fruto de uma parceria entre PUC-RS e PF.
Líder do projeto, a geneticista Clarice Alho explicou a Tilt que a ideia surgiu porque os bancos de dados internacionais não são adequados às características do Brasil, marcado pela miscigenação. “Eu mesmo tenho DNA mitocondrial indígena”, diz Clarice.
O plano é fazer a iniciativa chegar a uma base com dados de mil voluntários. Já há mais de 500, inicialmente todos do Rio Grande do Sul.
Além da coleta e do estoque de DNAs em construção, o modelo de IA já está pronto.O passo ainda não executado é a execução. Acionada pela reportagem, a PF não respondeu o pedido de entrevista.
A PF não está fazendo [retratos falados por DNA] ainda porque não tem uma legislação de suporte. Não está sendo feito por questões éticas, legais, morais. Estamos fazendo um treinamento de máquina para o futuro, quando for possível. Clarice Alho, geneticistanone
A Justiça brasileira aceita amostras de DNA como provas. A Lei de Execução Penal inclusive permite que suspeitos sejam forçados a prover amostras, em crimes contra a vida, liberdade sexual e vulneráveis.
Não há, porém, legislação sobre “retrato-falado” criado por DNA. Em outra linha, um projeto de lei, o PL 1.496, tenta obrigar a coleta do DNA de todos os condenados por crimes dolosos, com o objetivo de criar uma imensa base de dados.
Tecnicamente chamada de fenotipização por DNA, a técnica consiste na reconstrução do aspecto físico -o fenótipo— de um desconhecido, por meio de evidências em seus genes.
Capitaneada pela Parabon Nanolabs, a análise funciona assim:
O resultado é uma imagem como a abaixo:
A imagem mostra:
A empresa afirma ter ajudado a resolver mais de 230 casos, sem detalhar o número exato por haver vários em andamento.
Quando uma prisão ocorre, a Parabon exibe em seu site a imagem prevista por sua tecnologia e a foto real do suspeito. Há até uma página de pôsteres para isso.
Nem sempre os resultados batem. Genes não são capazes de determinar a idade, o índice de massa corporal (isto é, o peso) e várias características adquiridas ao longo da vida, como cicatrizes e tatuagens. O formato do rosto também é uma estimativa mais vaga que a cor dos olhos e do cabelo.
Não raro, a ferramenta erra a idade do suspeito.
Em entrevista a Tilt, Ellen Greytak, diretora de bioinformática da Parabon, reconhece a limitação da tecnologia, mas defende o método.
Uma predição de fenótipo é uma evidência investigativa, como o testemunho de uma vítima. Ajuda os detetives a realizar sua investigação, mas é a comparação tradicional do perfil de DNA que confirma a identidade e é usada para prisão e condenação. O uso primário de fenotipização deveria ser para excluir indivíduos [de uma investigação] que claramente não preenchem a descrição, seguido por priorizar suspeitos que preenchem. Ellen Greytak, diretora de bioinformática da Parabonnone
Críticos, porém, enxergam outros problemas. Para o sociólogo Acácio Augusto, da Universidade Federal de São Paulo, é muito alta a possibilidade de a tecnologia absorver os preconceitos de gênero, raça e classe.
“Quem opera e quem programa essas coisas [AI] são humanos. Não me surpreenderia se, se passássemos a usar esse tipo de tecnologia, ela tivessse um resultado muito parecido com que já é a clientela do sistema de Justiça Criminal: pobre, homem, jovem, negro, basicamente.”
É basicamente como as coisas já estão sendo vistas onde a técnica é usada. A imagem abaixo causou uma crise de relações públicas à Parabon.
A polícia de Edmonton, no Canadá, procurou a empresa para tentar resolver um caso de estupro ocorrido em 2019. Ao receber a análise da empresa, em outubro de 2022, divulgou a imagem à imprensa e pelo seu site. Era, segundo os policiais, um “último recurso” para encontrar o suspeito. Diante de um turbilhão de acusações de racismo em redes sociais, os policiais tiveram que remover a imagem do site e pedir desculpas. O caso não foi resolvido.
Se chamar um algoritmo de racista soa exagero, é bom lembrar que a divulgações de imagens como a acima não acontece num vácuo, mas num contexto em que racismo é um problema vivo, em particular com forças de repressão.
A fenotipização pode prever coisas muito amplas como gênero, cor dos cabelos, cor dos olhos, talvez altura etc., mas essas tem uma grande variação em previsibilidade. “Isso deixa a polícia na posição de saber (talvez) que estão buscando (por exemplo) um homem negro de 1,78 m. Como isso ajuda? Eles vão tentar interrogar ou investigar cada homem negro de 1,78 m na área? Isso seria uma imensa violação de privacidade e liberdades civis. Calli Schroeder, conselheira da ONG Electronic Privacy Information Center (“Centro de Informações Sobre Privacidade Eletrônica”), apoiada pelo governo dos Estados Unidosnone
Grupos minoritários podem ser particularmente vulneráveis a danos dessa tecnologia, como já são frequentemente e desproporcionalmente alvo de investigações. Isso ainda pode aumentar o preconceito do público e das forças de repressão e tornar grupos vulneráveis propensos a sofrer de vigilantismo [isto é, perseguição justiceira, linchamentos]. Calli Schroedernone
A geneticista Clarice Alho explica que as preocupações com usos racistas da tecnologia fizeram parte da criação do projeto. Para Ellen Greytak, o problema foi a polícia ter divulgado a foto ao público, quando a recomendação da empresa é outra.
A maior parte das agências [policiais] usa as imagens internamente, para excluir suspeitos. Quando uma agência decide soltar a informação publicamente, insistimos que a previsão inteira seja mostrada, não só a composição [isto é, a imagem gerada], para deixar claro que é só uma previsão. Ellen Greytak, diretora de bioinformática da Parabonnone
A pesquisadora da UFRGS concorda: imagens geradas pela tecnologia nunca deveriam gerar cartazes tipo “Procura-se”. “Isso seria totalmente de uso privado da polícia.”
Para os críticos, porém, não se trata de um problema de relações públicas. Toda a tecnologia é um equívoco. Para Acácio, a ferramenta é exemplo de uma espécie de “solucionismo do Vale do Silício”.
Para qualquer problema, inclusive social, surge um app. App para emagrecer, para parar de fumar, agora um app num contexto policial. Acácio Augusto, sociólogo da Unifespnone
As agências de repressão sempre vai se empolgar com as promessas de tecnologias que podem tornar seu trabalho mais fácil. Mas o entusiasmo delas aqui está mal direcionado. Não apenas essa tecnologia dificilmente poderá gerar informação mais precisa sobre suspeitos de crimes, mas ela pode levar a polícia em direções erradas e por em risco pessoas inocentes. Calli Schroeder.
Informações UOL
O WhatsApp lançou nesta semana o recurso para enviar mensagens a números que não estão na agenda do usuário. A novidade, que era aguardada há um bom tempo e foi vista nas versões betas, será liberada gradualmente para as bilhões de contas no aplicativo. Por isso, não fique “estressado” se a ferramenta ainda não aparecer para você.
A nova função permitirá que os usuários conversem com outros números sem precisar salvá-los na agenda. Isso facilitará para aquelas ocasiões em que você precisa conversar com um contato em uma ocasião específica, como contatar alguma loja ou clínica. Além do mais, será uma maneira mais segura e mais “privada” de conversar com números desconhecidos.
Para a sorte dos usuários do WhatsApp, as etapas para conversar com um número sem salvá-lo na agenda são iguais para o Android e iOS — que podem ficar com a interface idêntica em breve. E, ainda bem, muito simples de usar.
Basta clicar no ícone de nova conversa (localizado no canto inferior direito), digitar o número desejado e clicar no botão “conversar”, que aparecerá do lado do nome da conta com a qual você deseja abrir um chat — claro, se ela tiver uma conta no WhatsApp.
Recurso de abrir conversa sem salvar contato possui as mesmas etapas para ser usado no Android ou iOS (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog).
Como mostrado na imagem acima, os números que não estão adicionados na sua agenda apareceram sob um menu intitulado “Não estão na sua lista de contatos”. Ao digitar o contato não salvo, as opções já existentes de adicionar contato e compartilhar link de convite continuarão sendo mostradas no WhatsApp.
Para usar esta nova ferramenta do aplicativo, o usuário precisa instalar a versão mais recente do WhatsApp. O recurso será uma mão na roda para entrar em contato com aqueles estabelecimentos que até possuem link para abrir uma conversa sem salvar o número, mas que estão quebrados — acho que todos nós passamos por isso ao buscar o contato de uma clínica, restaurante ou loja.
Créditos: Tecnoblog.
Os executivos das principais operadoras do Brasil, Tim, Claro e Vivo, estão discutindo o fim do WhatsApp ilimitado. O jornalFolha de S.Paulodivulgou a informação nesta segunda-feira, 17.
Tanto a Tim como a Claro, assim como a Vivo, oferecem acesso ilimitado ao WhatsApp em seus planos. Ou seja, o consumo de internet do aplicativo de mensagens não é considerado no limite de acesso aos pacotes de dados contratados pelos clientes.
A vantagem do WhatsApp ilimitado impulsionou a venda dos planos das principais operadoras em todo o país. Afinal, 62% dos brasileiros acessam a internet somente pelocelular. E, além disso, trocar mensagens peloappé hoje o principal uso desmartphonesno Brasil.
José Felix, presidente do grupo Claro Brasil, disse que é um “erro” oferecer WhatsApp ilimitado em um evento de inovações em telecomunicações realizado em junho. Ele disse que a empresaa de telefonia tem gastos milionários para manter o acesso ilimitado a plataformas dasbig techs.
A Claro oferece acesso limitado não só no WhatsApp, mas também ao Waze e às redes sociaisInstagram, TikTok e Facebook. A Tim, por sua vez, dá acesso ilimitado ao WhatsApp e Deezer nos planos pré e pós-pagos, que também oferecem Instagram, Facebook e Twitter ilimitados.
Já a Vivo é a operadora menos generosa com os usuários: só dá acesso ilimitado ao WhatsApp e, em alguns planos, pós-pagos inclui também o Waze.
Felix, daClaro, também acrescentou que a estratégia fere o princípio da neutralidade da rede, determinado pelo Marco Civil da Internet. Nesse sentido, o executivo acredita que o oferecimento do WhatsApp ou outros aplicativos de modo ilimitado precisa ser revisto para que novos acordos considerem “o tamanho díspar das principais empresas de tecnologia, como Meta, Google e Apple”.
Informações TBN
O advogado João Vitor Rossi, de 26 anos, viu o próprio rosto ser usado por um perfil estranho e diferente do dele no WhatsApp para pedir dinheiro. Um tio quase emprestou R$ 1.450.
O caso ocorrido no início do ano não passava de um golpe. Mesmo avisado, o WhatsApp manteve no ar a conta, que já mudou a foto para a de outra pessoa – provavelmente, para continuar a aplicar fraudes. Condenados na Justiça a suspender o perfil, os responsáveis pelo aplicativo ignoraram a decisão. Agora, terão de pagar R$ 5 mil a Rossi.
O golpe que usou a foto de Rossi é comum: um criminoso coleta imagens da pessoa nas redes sociais, finge ser ela no WhatsApp e passa a acionar parentes e amigos da para obter dinheiro.
O principal problema é ter a sua imagem e nome vinculados ao golpe/crime. Você fica refém da situação, não pode parar por conta própria o perfil que está usando o seu nome indevidamente para cometer crimes. João Vitor Rossi, advogadonone
Após contato da reportagem, o WhatsApp afirma que não se pronuncia sobre casos específicos.
Rossi conta a Tilt que tentou de tudo para evitar que conhecidos caíssem no estelionato. Conseguiu. Não teve a mesma sorte com o WhatsApp.
Após dois contatos com o serviço de atendimento do app, recebeu como resposta uma mensagem automática, que não solucionava a questão.
O que me deixou mais impactado foi o fato de empresa ser omissa. Mesmo sendo confeccionado o Boletim de Ocorrência, o suporte do aplicativo nada fez para colocar um ponto final nisso, inclusive a minha imagem foi utilizada por mais de um mês. João Vitor Rossinone
Indignado, Rossi entrou na Justiça para pedir que a conta do golpista fosse deletada e que ele recebesse indenização por danos morais.
Em resposta ao processo, o WhatsApp argumentou que não poderia atender ao pedido porque “inexiste falha na prestação dos serviços que oferece por ausência de provas de acesso a dados a partir do aplicativo”.
Informou ainda que Rossi confirmou que “os criminosos utilizaram uma outra linha telefônica que é estranha e distinta, sem qualquer relação com sua linha”.
Em janeiro, a Justiça decidiu a favor do advogado e concedeu uma tutela de urgência para que o app bloquear o número do golpista, mas a ordem não foi cumprida.
Em junho, em nova decisão, o juiz Felipe Ferreira Pimenta, do Juizado Especial Cível e Criminal de Santa Adélia (SP), condenou o Facebook por não cumprir a ordem de bloqueio do contato telefônico que aplicava golpes no WhatsApp.
Apesar de atualmente o WhatsApp estar debaixo do guarda-chuva da Meta, o alvo da ação foi o Facebook por existir um precedente do STJ destacando que a rede social responde pelos atos do aplicativo de mensagens.
Para o juiz Pimenta, há uma relação de consumo entre as partes e, por isso, o Código de Defesa do Consumidor deve ser aplicado.
Não se pode esquecer, ainda, de que o nome e a imagem do autor foram utilizados indevidamente, violação que gera o direito à reparação, decorrente do desrespeito a seus direitos de personalidade. E, por fim, que o requerido (Facebook) descumpriu cláusula contratual que ele mesmo propaga. Felipe Ferreira Pimenta, juiznone
O magistrado entendeu ainda que a indenização é devida, pois houve falha na prestação de serviços e violação de direitos de personalidade. A empresa foi condenada a pagar R$ 5 mil a João, mas já recorreu da decisão.
Enquanto isso, a conta do golpista no WhatsApp segue ativa. Tanto que a foto de Rossi já deu lugar à de outra pessoa.
O fato de o perfil continuar no ar me deixa preocupado porque ele pode a qualquer momento utilizar novamente a minha imagem e o meu nome. João Vitor Rossi
Informações UOL