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Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy

A conexão emocional com um amigo canino pode ter um potencial transformador na vida das mulheres entre 45 a 59 anos que sofreram abuso na infância, de acordo com um novo estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores descobriram que essa relação com o animal de estimação diminui o risco de ansiedade e depressão. Eva Schernhammer, professora adjunta de epidemiologia em Harvard e uma das autoras do estudo, explicou à Harvard Gazette que quanto maior o apego a um cão, menores os sintomas negativos de saúde mental.

Relação entre Animais de Estimação e Saúde Mental das Mulheres

Segundo a equipe de pesquisadores, mulheres que viveram traumas na infância tendem a desenvolver sofrimento psicossocial na idade adulta. O objetivo principal do estudo foi investigar se a relação com um animal de estimação poderia melhorar a saúde mental dessas mulheres.

O estudo, publicado na revista JAMA Network, baseou-se em dois questionários online, aplicados em março de 2013 e fevereiro de 2014, com respostas de 214 mulheres com média de idade de 60,8 anos. As participantes responderam a perguntas sobre sintomas de ansiedade e depressão, e aquelas que conviviam com animais de estimação detalharam a natureza do vínculo com seus pets.

Como os Cães Ajudam na Redução da Depressão e Ansiedade?

Os dados coletados no estudo mostraram que a presença de cães reduziu os índices de depressão e ansiedade em 72,6% das mulheres na faixa etária de 45 a 59 anos, que tinham passado por abuso na infância. Schernhammer destacou que o apego emocional aos cães foi um fator crítico para esses resultados positivos.

“A premissa deste estudo é que pode importar mais o quanto você é apegado ao animal de estimação do que simplesmente ter um animal de estimação. Muitas pessoas possuem animais, mas nem todos têm um vínculo emocional forte com eles”, explicou Schernhammer.

Gatos Também Ajudam na Saúde Mental?

Schernhammer mencionou que, embora também houvesse uma associação entre a presença de gatos e a saúde mental das participantes, essa relação não ficou tão evidente quanto no caso dos cães. Um número menor de respondentes que possuíam gatos pode ter influenciado esses resultados.

“Com gatos, não parece haver uma associação clara entre apego ao animal de estimação e saúde mental. Como havia poucos gatos na pesquisa, não podemos eliminar a possibilidade de não ter visto resultados significativos devido ao tamanho reduzido da amostra”, ressaltou a pesquisadora.

Benefícios da Conexão com Pets na Saúde Mental

A relação estreita com animais de estimação, especialmente cães, mostrou ter vários benefícios que contribuíram para a melhoria da saúde mental das mulheres no estudo:

Este estudo realça a importância dos laços emocionais com animais de estimação no contexto da saúde mental para mulheres que sofreram abusos na infância. A presença e o apego a cães, em particular, mostraram-se benefícios significativos, oferecendo um caminho para melhorias na qualidade de vida e bem-estar emocional.

Informações TBN


Créditos: depositphotos.com / francofox

Os vírus recombinantes podem ser definidos de duas formas: únicos, quando encontrados em um único indivíduo reinfectado, ou viáveis/circulantes, quando se tornam transmissíveis para outras pessoas. A nova variante do HIV, conhecida como CRF146_BC, pertence à segunda categoria. Mas o que realmente sabemos sobre essa variante recentemente descoberta?

A identificação do vírus recombinante remonta a 2019, quando um estudo populacional foi conduzido pelos pesquisadores, incluindo Joana, no Hospital das Clínicas de Salvador. Durante essa pesquisa, aproximadamente 200 amostras de pacientes infectados foram analisadas.

Descoberta da Variante CRF146_BC

Após a descoberta do CRF146_BC, os cientistas compararam o genoma do vírus com bancos de dados públicos de sequências genéticas de HIV. Conforme relatado por Joana, quatro das amostras analisadas apresentavam a mesma estrutura dinâmica que a variante encontrada na Bahia.

Importante destacar que nenhum dos pacientes identificados era o “paciente zero” da variante. Todos os casos observados já resultavam da transmissão da CRF146_BC. Joana destaca que até o momento, os pesquisadores não conseguiram determinar se a variante possui maior transmissibilidade ou virulência.

Quais são as implicações dessa descoberta?

Ainda não se sabe se o CRF146_BC tem maior capacidade de espalhamento ou se progride mais rapidamente para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). A única informação clínica disponível revela que o primeiro paciente da Bahia estava sob tratamento antiviral e não apresentava sinais de resistência do vírus ao medicamento.

Como foi conduzido o estudo sobre a variante?

O estudo sobre a variante CRF146_BC incluiu a análise de aproximadamente 200 amostras de pacientes infectados. Após encontrar a variante, os pesquisadores utilizaram bancos de dados públicos de sequências genéticas de HIV para comparar as informações do genoma do vírus.

Foi encontrado que outras três amostras em bancos de dados públicos apresentavam a mesma estrutura genética da variante CRF146_BC identificada na Bahia. No entanto, isso não indicava um “paciente zero”, mas sim uma transmissão já em andamento dessa variante específica.

Próximos Passos na Pesquisa

Os cientistas continuarão investigando para melhor compreender as características da variante CRF146_BC. Há necessidade de mais estudos clínicos para determinar se esta variante possui alguma resistência aos tratamentos atuais e se sua transmissibilidade é maior do que outras variantes conhecidas do HIV.

Informações adicionais:

  1. CRF146_BC foi detectada primeiro em 2019
  2. Variante analisada comparativamente com bancos de dados genéticos
  3. Primeiro paciente estava em tratamento antiviral sem resistência conhecida

Esta descoberta expõe a complexidade e a dinâmica contínua do HIV, enfatizando a necessidade constante de vigilância e pesquisa para prevenir e tratar infecções eficazmente. Permanecer informado sobre as novas variantes é crucial para a saúde pública e para o desenvolvimento de novas estratégias de combate ao HIV.

Informações TBN


Este alimento contribui para a recuperação muscular, além de potencializar os resultados do treino; saiba qual é o vegetal

Saiba qual alimento comer após o treino para potencializar resultados

Quando o assunto é ganhar músculos, existem dois fatores que “andam” juntos: uma rotina de treinamentos consistente e uma dieta voltada para perda de gordura. No último caso, a proteína, especialmente a soja, desempenha um papel fundamental para o crescimento muscular.

O Departamento de Medicina da Universidade de Rochester (EUA) descobriu que a suplementação com proteínas de soja pode aumentar a síntese de proteínas musculares em adultos. Ou seja, este nutriente vegetal pode ser o mais indicado para o crescimento muscular. As informações são do portal espanhol Saber Vivir.

De acordo com a nutricionista Leticia Gasparetto, a soja é uma excelente fonte de proteína para o ganho de massa muscular por ser rica em aminoácidos essenciais. “Isso contribui para a reparação e construção muscular, sendo uma alternativa para quem busca alimentos vegetais para potencializar os resultados do treino”, orienta.

Foto colorida de soja - Metrópoles
Soja é uma ótima pedida

A nutricionista Thaiz Brito, colunista do Metrópoles, ressalta que, para o processo de hipertrofia acontecer, não basta fazer uma boa ingestão proteica diariamente. É necessário também proporcionar estímulo físico por meio de treinos de musculação.

“Para se ter uma ideia, em 100 gramas de soja, encontramos 36 gramas de proteínas, o que representa uma boa quantidade. No entanto, para garantir o bom aporte de proteína diário, não basta se apegar apenas em ingerir o nutriente no momento pós-treino”, complementa.

Foto colorida de soja - Metrópoles
Leite de soja

Além dos benefícios citados, a soja contém boas quantidades de fibras e isoflavonas, fitoestrógenos que melhoram os sintomas da TPM e atuam na prevenção da osteoporose. “Possui ainda ação antioxidante, podendo ser uma excelente opção dentre as fontes proteicas”.

Versátil e rica em nutrientes, a soja pode ser incorporada facilmente na alimentação, ajudando a manter a saúde muscular e promover a recuperação após o exercício, encerra Gasparetto.

Informações Metrópoles


Créditos: depositphotos.com / tiler84

O diabetes é uma doença crônica que interfere na produção e absorção de insulina, hormônio essencial para a regulação da glicose no sangue. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil é o quinto país com a maior incidência de diabetes no mundo, atingindo cerca de 16,8 milhões de brasileiros. Com números tão expressivos, é vital conhecer os fatores de risco e sintomas da doença.

Surpreendentemente, alguns dos primeiros sinais de diabetes podem se manifestar na boca. Por isso, é fundamental ficar atento aos sinais bucais, uma vez que os cuidados adequados ajudam na detecção precoce e no tratamento efetivo da diabetes.

Quais são os sinais de diabetes que aparecem na boca?

A diabetes afeta diretamente o controle da glicemia no organismo, o que, por sua vez, pode alterar a circulação sanguínea e reduzir o fluxo salivar. Isso ocasiona uma boca mais seca e mudanças no pH da saliva, reduzindo seu efeito protetor natural. Como resultado, a cavidade bucal se torna mais propensa a infecções como periodontite, além de uma maior suscetibilidade à ação de vírus como herpes e cândida.

Especialistas afirmam que a diabetes pode não apresentar sintomas claros no início. Contudo, alguns sinais específicos se manifestam na boca e merecem atenção especial. Veja a seguir quais são esses sinais:

Boca seca

A xerostomia ou boca seca é um dos sinais mais comuns de diabetes. Essa condição é uma consequência da menor produção de saliva em resposta ao aumento dos níveis de açúcar no sangue.

Quais são os sintomas mais comuns na boca em pessoas com diabetes?

Como diabetes pode afetar sua saúde bucal?

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Reconhecer e prestar atenção aos sinais de diabetes que aparecem na boca é vital para a manutenção da saúde bucal e geral. A identificação precoce e o tratamento adequado da doença são essenciais para evitar complicações mais graves. Pacientes com diabetes devem fazer visitas regulares ao dentista e manter uma higiene bucal rigorosa.

Além disso, alguns cuidados especiais incluem:

  1. Monitorar constantemente os níveis de glicose no sangue.
  2. Manter uma dieta balanceada e controlar a ingestão de açúcares.
  3. Praticar atividades físicas regularmente.
  4. Não fumar, pois o tabagismo agrava problemas periodontais.
  5. Usar fio dental e escovar os dentes após cada refeição.

Conhecer esses sinais e sintomas pode ser a chave para um diagnóstico precoce, essencial para a eficiência do tratamento e para a qualidade de vida do diabético. Cuidar da saúde bucal é cuidar da saúde integral.

Informações TBN


Créditos: depositphotos.com / robertohunger

A creatina é um suplemento popular entre os praticantes de atividades físicas, promovendo benefícios significativos na força muscular e hipertrofia. No entanto, há muitos mitos e verdades circulando sobre seu uso. É essencial entender melhor essas informações para fazer um uso consciente e seguro deste composto.

Além dos benefícios musculares, pesquisas estão sendo realizadas para avaliar o uso da creatina em outras áreas da saúde, como diabetes, osteoartrite, fibromialgia e até mesmo em ganhos cognitivos e de saúde mental. Abaixo, desmistificamos algumas concepções comuns sobre a creatina.

Qualquer pessoa pode tomar creatina?

Embora a creatina seja produzida naturalmente pelo corpo, isso não significa que todos possam usá-la indiscriminadamente. É sempre recomendável consultar um nutricionista antes de iniciar qualquer suplementação. A creatina tem sido considerada segura para várias faixas etárias, desde crianças até idosos, mas a orientação profissional é fundamental.

A nutricionista Alice Erwig, doutoranda na USP, destaca que “embora o papel da suplementação na função cerebral seja promissor, ainda existem lacunas importantes na pesquisa que precisam ser abordadas”. Isso reforça a necessidade de uma abordagem cautelosa e personalizada.

Devo tomar o pó direto na boca, sem diluir?

Apesar de alguns vídeos nas redes sociais sugerirem essa prática, é perigosíssimo. A creatina é um pó muito fino e tomar diretamente na boca pode causar engasgos e até asfixia. Sempre dilua a creatina em algum líquido antes de consumir.

Um fato interessante é que a creatina não é totalmente solúvel em água. Estudos iniciais administravam a creatina em chá quente para melhorar a dissolução do pó. Contudo, a solubilidade não afeta significativamente a absorção do suplemento.

É preciso tomar creatina nos dias em que não treino?

Sim, o uso da creatina deve ser diário, independentemente de treinar ou não. A frequência cria um estoque de energia no músculo, essencial para os benefícios do suplemento. Segundo o educador físico Antonio Herbert Lancha Júnior, “o efeito é o de uma substância usada sempre, não é um efeito agudo”.

Quais são os principais mitos sobre a creatina?

Qual tipo de creatina devo comprar?

Existem vários tipos de creatina disponíveis no mercado, como mono-hidratada, etil-éster, HCL, nitrato e líquida. No entanto, a maioria das pesquisas é feita com a creatina mono-hidratada, sendo a mais indicada pelos especialistas.

“A maioria dos estudos mostra que a ingestão das outras formas tem menos impacto fisiológico nos estoques intramusculares e/ou no desempenho do que a mono-hidratada”, afirma Erwig. Portanto, ao escolher a creatina, opte pela versão mono-hidratada para garantir os melhores resultados.

Em resumo, embora a creatina possa oferecer uma série de benefícios, seu uso deve ser orientado por um profissional da saúde, garantindo que seja feita de maneira segura e eficaz. Familiarizar-se com os mitos e verdades sobre este suplemento pode ajudar a alcançar os resultados desejados sem comprometer a saúde.

Informações TBN


Imagem: Internet

Dois estudos recentes da Universidade de Chicago trouxeram à tona insights fascinantes sobre por que o Alzheimer atinge mais mulheres do que homens. A pesquisa focou em explorar as diferenças na manifestação de sintomas entre os sexos, concentrando-se especialmente no impacto do estrogênio na formação de placas amiloides e na inflamação cerebral.

O estrogênio, conhecido como o principal hormônio reprodutivo feminino, desempenha um papel crucial na regulação do ciclo menstrual e na fertilidade das mulheres. No entanto, sua influência vai além dessas funções, afetando também a saúde cerebral e, potencialmente, a vulnerabilidade ao Alzheimer.

O Estrogênio e a Formação de Placas Amilóides

Em uma série de experimentos conduzidos em ratos, os cientistas observaram que a remoção da produção de estrogênio nas ratinhas resultou em uma diminuição significativa na quantidade de placas amiloides no cérebro. Esses depósitos de proteína são uma característica marcante do Alzheimer e estão associados à degeneração neural.

Como a Supressão do Estrogênio Afeta o Alzheimer?

Além disso, os pesquisadores descobriram que ao estimular os animais para desenvolver uma condição semelhante ao Alzheimer e administrar antibióticos que alteravam a microbiota intestinal, os níveis de estrogênio aumentavam. Isso sugere uma conexão complexa entre o hormônio e a microbiota, afetando a deposição de placas amiloides.

Impactos do Estrogênio

“Percebemos que os níveis de estrogênio têm um impacto direto na deposição de amiloides. Quando removemos a fonte hormonal em fases iniciais, as placas praticamente desaparecem. É realmente impressionante”, comentou o neurobiólogo Sangram Sisodia, um dos autores do estudo.

Quais São os Sinais e Sintomas do Alzheimer?

O Alzheimer se manifesta por meio de diversos sinais e sintomas que variam em intensidade e progressão. Aqui estão alguns dos mais comuns:

O Que Leva Alguém a Ter Alzheimer?

A origem do Alzheimer é complexa e envolve uma interação de múltiplos fatores. Aqui estão alguns dos principais contribuintes:

  1. Predisposição genética: Ter um histórico familiar aumenta significativamente o risco.
  2. Envelhecimento: O risco aumenta com a idade.
  3. Lesões cerebrais: Concussões repetidas podem contribuir.
  4. Estilo de vida: Dieta inadequada, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool são fatores de risco.
  5. Condições médicas: Pressão alta, diabetes, obesidade e doenças cardíacas estão associadas a um risco maior.
  6. Inflamação crônica no cérebro: Infecções crônicas e doenças autoimunes podem aumentar a predisposição.
  7. Exposição a toxinas: Metais pesados e produtos químicos tóxicos são suspeitos de aumentar o risco.
  8. Saúde mental: Estresse crônico, depressão e isolamento social podem contribuir para o desenvolvimento do Alzheimer.

Novas Perspectivas para o Tratamento do Alzheimer

Em um segundo estudo publicado na revista Molecular Neurodegeneration em 17 de fevereiro, os pesquisadores examinaram os efeitos de um novo medicamento, a droga GV-971, na formação de depósitos amiloides e na neuroinflamação. Curiosamente, a medicação mostrou redução dos depósitos de proteína beta amiloide e alterações no microbioma, mas esses efeitos foram observados apenas em animais do sexo masculino.

Essa descoberta indica que existem influências específicas nas fêmeas que afetam os marcadores biológicos da doença. Devido à impraticabilidade de suprimir o estrogênio como um tratamento viável, os pesquisadores estão buscando ampliar sua investigação para identificar abordagens mais eficazes ou para revisar os métodos existentes no tratamento do Alzheimer.

Assim, o avanço da ciência na compreensão do Alzheimer entre diferentes sexos abre novas portas para possíveis tratamentos e prevenção da doença. O estrogênio e seu impacto na saúde cerebral continuam sendo áreas de grande interesse e potencial para futuras pesquisas.

Informações TBN


foto: Smith Collection/Gado/Getty Images

Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em colaboração com uma instituição sul-africana, identificaram um novo subtipo do vírus HIV em circulação no Brasil. Este subtipo é uma combinação genética dos tipos B e C, que são os mais prevalentes no país, e foi encontrado em ao menos três estados brasileiros.

A descoberta da nova cepa foi feita em amostras de soropositivos no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e na Bahia. O trabalho, que foi publicado na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz no dia 16 de agosto de 2024, lança luz sobre uma nova subvariante preocupante.

Descoberta da Nova Cepa do HIV

Os cientistas detectaram essa mistura genética em uma amostra coletada em 2019 de um paciente com HIV em tratamento em Salvador. Uma análise aprofundada em uma base de dados nacional revelou mais três ocorrências semelhantes nos estados mencionados anteriormente.

De acordo com a pesquisa, as quatro amostras desse novo subtipo do HIV apresentam relação de parentesco. A nova subvariante recebeu o nome de CRF146_BC. Os pesquisadores acreditam que essa variante surgiu em um paciente infectado simultaneamente pelos subtipos B e C, possivelmente originando a transmissão.

O que significa a descoberta do subtipo CRF146_BC do HIV?

Este novo subtipo do HIV é uma mistura entre os subtipos B e C e é chamado de recombinante CRF146_BC. Este tipo de recombinação genética pode ocorrer quando duas variantes diferentes infectam a mesma célula e formam híbridos durante a replicação. Segundo a autora da pesquisa, Joana Paixão Monteiro-Cunha, esta variante já pode estar amplamente disseminada no país.

Essa variante é mais transmissível ou grave?

Até o momento, não há informações conclusivas sobre se a CRF146_BC é mais transmissível ou se causa uma progressão diferente da infecção para a aids. No entanto, os cientistas afirmam que o tratamento padrão com antirretrovirais não necessita de modificação, visto que todos os subtipos do HIV-1 costumam responder à terapia existente.

  1. Identificação da nova variante em 2019.
  2. Publicação do estudo na revista Memórias.
  3. Descoberta da relação de parentesco entre as amostras.
  4. Continuação dos estudos para monitoramento e vigilância.

Desde a década de 1980, já foram identificadas mais de 150 combinações entre os subtipos B e C do HIV no mundo. Essas variantes híbridas são responsáveis por cerca de 23% das infecções globais de HIV.

Importância da Vigilância e do Monitoramento do HIV

A equipe da UFBA e Fiocruz continua a estudar e monitorar o surgimento de novas variantes do HIV. Esse trabalho é crucial para ajudar na vigilância da disseminação do vírus e ajustar estratégias de tratamento e prevenção, se necessário.

Joana Paixão Monteiro-Cunha destaca a importância da vigilância contínua: “Nosso estudo mostrou que as variantes encontradas nas diferentes regiões geográficas são descendentes de um mesmo ancestral. Assim, é possível especular que ela já está amplamente disseminada no país”.

Informações TBN


Freepik

Nos últimos anos, oncologistas têm emitido alertas sobre um aumento surpreendente nos diagnósticos de câncer entre jovens adultos. As estatísticas mostram uma tendência preocupante, especialmente em mulheres e indivíduos na faixa dos 30 anos. Especialistas estão investigando possíveis causas, e os alimentos ultraprocessados e carnes processadas estão no centro das discussões.

O nutricionista Matthew Lambert, gerente de informações e promoção de saúde do World Cancer Research Fund, destacou recentemente a importância de reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados. “Aconselhamos que as pessoas consumam menos alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcar e sal,” afirmou Lambert. Ele listou exemplos como bolos, biscoitos, doces, bebidas açucaradas e fast food como pizza e hambúrgueres.

Qual o Impacto dos Alimentos Ultraprocessados no Câncer entre Jovens?

A Dra. Coral Olazagasti, professora assistente de oncologia médica clínica no Sylvester Comprehensive Cancer Center da Universidade de Miami, observou a mudança na faixa etária dos diagnósticos de câncer. “No passado, pensava-se que o câncer era uma doença da população idosa, mas agora temos visto pessoas sendo diagnosticadas cada vez mais jovens,” comentou Olazagasti.

Uma dieta rica em alimentos ultraprocessados pode ser um fator significativo. Esses alimentos geralmente contêm corantes, emulsificantes, aromatizantes e outros aditivos. Embora possam ser convenientes, são pobres em nutrientes essenciais e fibras, mas ricos em açúcar, gorduras saturadas e sal.

Quais São os Principais Riscos dos Alimentos Ultraprocessados?

Pesquisas recentes indicam que os alimentos ultraprocessados representam cerca de 73% da oferta alimentar nos EUA, e a dieta média americana obtém mais de 60% das calorias diárias desses produtos. Segundo Lambert, “Esses tipos de alimentos não contêm fibras e têm praticamente nenhum nutriente essencial. Devem ser consumidos apenas ocasionalmente e em pequenas quantidades.”

Como as Carnes Processadas Contribuem para o Risco de Câncer?

A Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde classificou as carnes processadas como “carcinogênicas para humanos.” Estudos mostram evidências suficientes de que o consumo dessas carnes aumenta o risco de câncer colorretal. Os nitratos presentes na carne processada podem se combinar com compostos no corpo, causando danos celulares.

  1. O consumo diário de carnes vermelhas e processadas pode aumentar o risco de câncer colorretal em 40%.
  2. Nitratos e nitritos presentes na carne são conservantes que estão associados ao aumento do risco de câncer.
  3. Carnes defumadas ou carbonizadas também têm associações claras com o risco de câncer.

Quais as Recomendações dos Especialistas para Reduzir o Risco de Câncer?

Para reduzir o risco de câncer, especialistas aconselham limitar o consumo de carne vermelha e processada, além de evitar alimentos ultraprocessados. Focar em uma dieta rica em fibras e pobre em açúcares refinados pode ser uma estratégia eficaz. O Dr. Nicholas DeVito, do Duke University Medical Center, observa que as escolhas alimentares inadequadas, como alimentos fritos e bebidas açucaradas, estão fortemente ligadas ao aumento do câncer entre jovens adultos.

Segundo DeVito, “É crucial que as pessoas entendam a relação entre dieta e câncer. Fazendo escolhas alimentares mais saudáveis, podemos diminuir significativamente o risco de desenvolver essa doença.” Ele também enfatiza a importância da educação sobre alimentação e a implementação de políticas públicas que incentivem dietas mais saudáveis.

Informações TBN


Síndrome de Burnout- Créditos: depositphotos.com / NataliMis

A jornada de trabalho que chegava a durar 16 horas por dia, o excesso de responsabilidades e o sentimento de viver em função do emprego foram cruciais para que Juliana Ramos de Castro, de 41 anos, desenvolvesse a síndrome de burnout. Os primeiros sinais apareceram em 2020, quando a nutricionista trabalhava como autônoma.

“Na época, acreditava que o que estava sentindo era crise de ansiedade e fui levando o consultório até conseguir um trabalho em uma empresa em meados de 2022”, conta Juliana. Quando assumiu um cargo de gerente, com uma jornada de trabalho extenuante, os sintomas, que até então oscilavam, tornaram-se frequentes.

Síndrome de Burnout: O Que É e Por Que Acontece?

Mas afinal, o que é a síndrome de burnout? Ao procurar ajuda médica, Juliana descobriu que o que acreditava ser ansiedade era, na verdade, burnout. Essa síndrome ocupacional é causada por um estresse crônico na vida profissional e se caracteriza também, além da exaustão, por um sentimento de negatividade em relação ao trabalho e uma piora do desempenho.

Em 2023, 421 pessoas foram afastadas do trabalho por burnout, o maior número dos últimos dez anos no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O aumento ocorreu, principalmente, durante a pandemia do coronavírus. De 178 afastamentos por burnout em 2019, o Brasil passou para 421 em 2023, um aumento de 136%.

Quais São os Fatores que Contribuem para o Burnout?

Para especialistas, três fatores ajudam a explicar o crescimento dos diagnósticos de burnout no país:

Como Identificar os Sintomas de Burnout?

Segundo a médica psiquiatra Alexandrina Meleiro, hoje, estima-se que 40% das pessoas economicamente ativas sofram de burnout. No entanto, nem todos os casos são identificados. Entre os sintomas mais comuns estão:

Elton Kanomata, médico psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein, destaca que essas dimensões podem ser identificadas pelo próprio paciente a partir de sintomas físicos, cognitivos e emocionais, como a fadiga persistente, insônia, dificuldade de concentração e raciocínio, esgotamento emocional e baixa autoestima com relação às competências.

Como Tratar a Síndrome de Burnout?

O tratamento da síndrome de burnout é feito com o apoio de profissionais através de psicoterapia e medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). Segundo especialistas, os primeiros efeitos são sentidos pelo paciente entre um e três meses após o início do tratamento.

Antônio Geraldo da Silva, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), ressalta que tão importante quanto a terapia e o uso de medicamentos é a mudança no estilo de vida do paciente. Praticar esportes, ter uma boa qualidade de sono, realizar atividades de lazer e ter tempo de qualidade com familiares e amigos é fundamental nesse processo.

Qual é a Melhor Forma de Prevenir o Burnout?

A prevenção envolve mudanças na cultura da organização do trabalho, estabelecimento de restrições à exploração do desempenho individual, diminuição da intensidade de trabalho e busca de metas coletivas que incluam o bem-estar de cada um. Isso faz parte de um esforço conjunto entre trabalhadores, empresas e a sociedade para criar ambientes de trabalho mais saudáveis e sustentáveis.

Por fim, é importante que tanto os trabalhadores quanto os empregadores estejam atentos aos sinais e sintomas da síndrome de burnout para que possam agir rapidamente e evitar que a condição se agrave, garantindo uma melhor qualidade de vida e produtividade no ambiente de trabalho.

Informações TBN


Foto: AFP/29-03-2020

O governo canadense emitiu um importante alerta para seus cidadãos: é hora de se preparar para uma nova pandemia. Na segunda edição do Manual do Plano de Continuidade de Negócios para Surtos de Gripe e Doenças Infecciosas, lançada em junho de 2024, o Centro de Saúde e Segurança Ocupacional do Canadá (CCOHS) detalhou um cenário hipotético que poderá causar perturbações ainda maiores do que as vistas durante a pandemia de Covid-19.

Com base em dados de surtos passados e tendências observadas, o guia apresenta instruções detalhadas sobre como empregadores e cidadãos devem se preparar para uma possível nova pandemia. Preocupações envolvendo cadeia de abastecimento, mudanças na demanda do consumidor e outras interrupções são alguns dos pontos cruciais abordados.

Como Funciona o Plano de Continuidade?

O guia de continuidade, além de fornecer informações básicas, foca em medidas preventivas e estratégias de resposta diante de um novo surto. Ele aponta que “com base nas tendências de pandemias passadas, é possível prever um número elevado de infecções e mortes em diferentes faixas etárias em relação ao observado durante as gripes sazonais”.

Para além da saúde, o manual destaca que as pandemias podem impactar profundamente setores essenciais como telecomunicações, serviços bancários, fornecimento de água, gasolina, medicamentos e alimentos. O guia sugere que empregadores e cidadãos estejam preparados para enfrentar essas dificuldades.

Que Impactos Podemos Esperar de Uma Nova Pandemia?

Um ponto importante ressaltado pelo guia é a possibilidade de uma futura pandemia chegar em “duas ou três ondas, com cerca de três a nove meses de intervalo entre cada surto”. Esse ciclo pandêmico pode se prolongar por até dois anos, demandando atenção e preparação contínua dos cidadãos e empresas.

Entre as principais interrupções previstas estão:

A preparação adequada pode ajudar a mitigar os impactos econômicos e sociais de uma nova pandemia, garantindo maior resiliência e capacidade de resposta.

Pandemia no Hemisfério Norte: O Que Está Acontecendo?

Recentemente, os Estados Unidos e outros países do hemisfério Norte estão enfrentando um aumento nos casos de Covid-19. Apesar desse crescimento, o quadro ainda é menos grave do que os níveis pandêmicos observados anteriormente. Contudo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não deixa de alertar sobre os riscos de novas mutações do vírus se ele continuar a se espalhar.

De acordo com a OMS, um aumento na propagação da Covid-19 pode resultar em infecções mais graves que escapem à proteção oferecida por vacinas e medicamentos atuais.

Como Se Preparar para uma Nova Pandemia?

Preparar-se para uma nova pandemia envolve diversas etapas. Aqui estão algumas medidas que indivíduos e empresas podem tomar:

Além disso, é fundamental que as empresas invistam em tecnologia para facilitar o trabalho remoto e a comunicação à distância, caso seja necessário.

Conclusão

Embora o futuro seja incerto, a preparação é a chave para enfrentar uma nova pandemia com a menor quantidade possível de interrupções socioeconômicas. O Manual do Plano de Continuidade de Negócios para Surtos de Gripe e Doenças Infecciosas, do Centro de Saúde e Segurança Ocupacional do Canadá, oferece um guia valioso para todos os cidadãos e empregadores. Manter-se informado e preparado é a melhor forma de garantir a segurança e o bem-estar de todos.

Informações TBN

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