Alguns alimentos possuem uma composição tão nobre no que diz respeito aos nutrientes que são chamados de “anti-idade”. Dessa forma, eles conferem benefícios contra o envelhecimento do organismo em todas as esferas — não apenas na pele, como em outros órgãos e tecidos.
A característica básica desses alimentos, responsável por essa vantagem, se deve à densidade de compostos antioxidantes presentes neles. O processo de envelhecimento ocorre pela oxidação celular, provocada pelos radicais livres. Os antioxidantes, por sua vez, neutralizam esses radicais livres, retardando, assim, o envelhecimento precoce.
O consumo ao longo de uma vida ajuda na saúdee na prevenção de doenças. Contudo, após os 50 anos, com as transições hormonais e a desaceleração metabólica, o consumo de nutrientes nobres se torna primordial para um envelhecimento saudável.
O sono tem um papel fundamental para proporcionar um restauro físico e mental. A partir dele, as atividades cerebrais são reorganizadas e todo o funcionamento do corpo preparado para um novo dia
Segundo especialistas, a alimentação do ocidente é rica em alimentos pró-inflamatórios, que podem gerar sérios danos que culminam em doenças metabólicas e no envelhecimento precoce pangshukman / Getty Images
Algumas das alternativas para evitar o envelhecimento precoce, portanto, é manter uma dieta saudável. A ingestão de alimentos nutritivos pode favorecer a saúde do corpo e reduzir a inflamação d3sign/ Getty Images
Alimentos como mirtilos, chocolate amargo e espinafre são ricos em flavonoide, substância química que fornece benefícios à saúde. Além de saborosos, estes alimentos também são apontados como um dos que ajudam a prevenir rugas, pois têm efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes Roy Morsch/ Getty Images
Em contrapartida, carboidratos refinados, alimentos como carne vermelha e processada, ou aqueles ricos em açúcar são pró-inflamatórios e estão relacionados ao desenvolvimento de doenças cardiovascularesOwen Franken/ Getty Images
Introduzir na dieta vitamina E, C e D, ômega-3, cúrcuma, pré e probióticos, resveratrol, astaxantina e demais suplementação anti-inflamatória, com a devida orientação médica, pode ajudar carlosgaw/ Getty Images
Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, se exercitar ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida, controlar o peso e evitar o envelhecimento precoce Morsa Images/ Getty Images
Gerenciar os níveis de estresse também faz toda a diferença. Hormônios liberados em situação de estresse, quando repetidamente desencadeados, contribuem para a inflamação crônica. De acordo com especialistas, a prática de yoga e demais exercícios de relaxamento podem ajudar a acalmar o sistema nervosoJessie Casson/ Getty Images
Abandonar vícios como cigarro e alcoolismo, por exemplo, também ajuda a combater a inflamação e evitar problemas de saúde como o câncer de pulmão krisanapong detraphiphat/ Getty Images
E por último, mas não menos importante, dormir bem. Ter uma noite de sono tranquila representa metade do caminho para se adquirir uma boa qualidade de vida e evitar o envelhecimento precoce. Enquanto dormimos, o sistema imunológico produz substâncias protetoras que combatem a infecção, enquanto o sono ruim pode ser responsável por desencadear problemas como obesidade e quadros de demência Kilito Chan/ Getty Images
Alguns hábitos maléficos à saúde são capazes de estimular um processo denominado inflammaging: tipo de inflamação que não dá sinais, mas acelera o envelhecimento e o desenvolvimento de doenças Dimitri Otis/ Getty Images
1
Quando consumidos regularmente, além de proteger o organismo, esses alimentos irão ajudar na prevenção de processos inflamatórios. Vale pontuar que os chamados “anti-idade” funcionam, contanto que estejam incluídos dentro de um contexto maior, ou seja, com um plano alimentar saudável e a prática regular de atividade física.
Além disso, os hábitos de não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas também interferem diretamente na ação dos alimentos saudáveis. Uma vez que esses hábitos geram prejuízos à saúde, quando em um contexto saudável, os alimentos em questão nos permitem envelhecer da melhor forma possível, por meio de um processo fisiológico, e não acelerado por substâncias tóxicas.
Diante disso, os alimentos que podem ser bons aliados são:
Fontes de vitamina A:
Cenoura, manga, cuscuz, mamão, goiaba vermelha e outros alimentos alaranjados e vegetais verde-escuros. Ricos em carotenóides, além de antioxidantes, ainda fortalecem o sistema imunológico.
Vitamina E:
Poderosa antioxidante, ela auxilia na proteção das membranas celulares. Está presente em alimentos fontes de gorduras como amêndoa, avelã, amendoim, castanha do pará, ovo e abacate.
Vitamina C:
Essa vitamina é uma excelente aliada da produção de colágeno, mas também protege contra os efeitos nocivos dos raios solares. A vitamina C está amplamente presente em frutas cítricas como limão, acerola, abacaxi, kiwi, couve-flor e outros.
Além desses nutrientes, vale a inclusão de alimentos fontes de zinco, como carnes, amendoim, peixes e frutos do mar. Também o selênio, presente nas castanhas, principalmente a castanha-do-pará, ovos, peixes e frutos do mar e, por fim, o ômega-3, presente nos peixes como salmão, atum e sardinha e grãos como linhaça e chia.
Informações Metrópoles
Casos de depressão, burnout e suicídio entre padres e pastores na última década têm preocupado a comunidade religiosa. O tema também levanta questionamentos sobre a necessidade de um trabalho de prevenção e acolhimento para esses líderes, apesar da dificuldade de abordagem sobre saúde mental no meio.
Em 2021, a OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou que a cada 100 mortes no mundo, uma era por suicídio. A OMS não traz um recorte específico para líderes religiosos. Estudiosos do tema, no entanto, têm notado o aumento dos casos dentro dessa esfera.
A Sepal, organização missionária internacional, estabelecida no Brasil a partir de 1963 com o objetivo de servir pastores e líderes, desde 2016 alerta para o que chamou de “onda de suicídios”.
De acordo com a Sepal, “nos últimos anos, vários pastores americanos tiraram suas vidas e, assim como no Brasil, o fato passa a ter certa frequência”.
O psicólogo Daniel Guanaes, que também é pastor na Igreja Presbiteriana do Recreio, no Rio, aponta que no Brasil há uma carência de pesquisas voltadas para essa realidade, mas que “mesmo com essa dificuldade de notificação, o aumento do número é, de fato, real”.
Daniel que lidera o trabalho “Pastores Pela Vida” da Visão Mundial, em que busca estabelecer ações de cuidado com a saúde emocional de lideranças religiosas, acredita que a causa desse cenário “se deve a um somatório de fatores como pressão [do trabalho], sobrecarga, negligência de autocuidado e solidão”.
Em artigo publicado pelo Vatican News no ano passado, o padre Lício de Araújo Vale, que tem pesquisado sobre a temática, pontua que, de forma semelhante aos pastores, os principais fatores de risco para os padres são “o estresse, a solidão e a cobrança excessiva”.
Ainda de acordo com a pesquisa realizada pelo sacerdote, de agosto de 2016 a junho de 2023, 40 padres morreram por suicídio no Brasil.
Em muitos casos, a imagem teológica do sacerdote se contrapõe à imagem sociológica que lhe é atribuída na sociedade dita pós-moderna. A imagem teológica é aquela que o sacerdote projeta quando celebra os sacramentos e quando se relaciona com seus colaboradores mais próximos. Por outro lado, a imagem sociológica é aquela que o presbítero recebe da sociedade, muitas vezes diferente daquela que ele tem de si próprio, o que pode causar estresse, solidão e abatimento.
Padre Lício de Araújo Vale, em artigo no Vatican News
A VivaBem, o padre Lício afirma que o estresse ocupacional, gerado pelo trabalho do sacerdote, muitas vezes tem evoluído para a síndrome de burnout. Ele aponta como causas “a solidão e a cobrança excessiva tanto a nível pessoal, quanto da sociedade e da própria igreja”.
No caso dos líderes religiosos, há uma série de desafios específicos que podem contribuir para o aumento do risco de suicídio. Estes incluem o estresse do papel de liderança, expectativas elevadas da comunidade, conflitos interpessoais na igreja, solidão pastoral e o fardo emocional de lidar com as lutas e problemas das pessoas que lideram.
Além disso, o estigma em torno da saúde mental em algumas comunidades religiosas pode dificultar que os pastores busquem ajuda quando estão enfrentando dificuldades emocionais.
Desmistificar a busca por ajuda psicológica pode contribuir para que líderes religiosos encontrem tratamento para suas doenças emocionais a tempo de serem acompanhados e não terem seus quadros agravados. É importante oferecer apoio emocional e recursos de saúde mental tanto para os fiéis das igrejas quanto para os líderes religiosos
Criar ambientes de escuta e discussões de temas que falam de cuidado da saúde integral das pessoas, humanizando a figura pastoral, naturalizando o enfrentamento das doenças de ordem psíquica, em vez de demonizá-las, e acolhendo os líderes nas suas vulnerabilidades.
Daniel Guanaes
Padre Lício enxerga que “as igrejas podem ajudar elaborando programas de cuidado da saúde mental de seus líderes” e explica que a temática está sendo discutida com frequência na Assembleia dos Bispos.
Uma estratégia importante é a conscientização, por meio de cursos e palestras, para encorajar as lideranças religiosas a buscar ajuda profissional em casos de sofrimento mental ou psíquico.
Padre Lício de Araújo Vale
Se você ou alguém que você conhece precisa de apoio emocional, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo telefone 188. A ligação é gratuita. Além disso, o site Mapa da Saúde Mental pode ser utilizado para encontrar um serviço mais próximo, trazendo informações sobre acolhimentos gratuitos ou de baixo custo.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece também a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que fazem o acolhimento para quem precisar.
Informações UOL
Uma xícara logo pela manhã, um cafezinho com os colegas ou amigas: ele relaxa, anima, é um elo de conexão social. Enfim: a infusão marrom-escuro é parte inalienável da vida de muita gente. Mas o café “pode definitivamente criar dependência”, alerta o toxicologista Carsten Schleh, autor do livro Die Wahrheit über unsere Drogen (A verdade sobre as nossas drogas).
Diversos estudos chegam à mesma conclusão, ao ponto de o distúrbio de consumo de cafeína (caffeine use disorder) ser atualmente um diagnóstico médico reconhecido. Segundo a revista Psychopharmacology, o café é a droga psicoativa mais consumida do mundo.
O país onde se consome mais café é Luxemburgo, com 8,5 quilos per capita anuais. Na Alemanha, essa cifra é de 4,8 quilos, acima dos 4,5 quilos por ano do Brasil. É possível que nos próximos anos o consumo vá cair, já que as mudanças climáticas ameaçam sua produção e colheita, fazendo subirem os preços. No momento, contudo, a tendência vai na direção de alta.
O café é uma mistura complexa de mais de mil substâncias, entre as quais polifenóis, corantes e flavorizantes naturais, vitamina B e magnésio. No entanto, o que torna seus grãos tão cobiçados é o alcaloide cafeína, também presente nas favas de cacau e em grande quantidade nos energy drinks. Certas folhas de chá contêm teína, uma substância quase idêntica.
Entre 15 a 30 minutos após o primeiro gole, a cafeína chega ao cérebro, onde se conecta aos receptores de adenosina.
A adenosina tem como função bloquear a liberação de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina, ela “põe o cérebro para dormir, deixa a gente cansada e preguiçosa”, explica Schleh.
Ao se conectar a esses receptores e bloqueá-los, a cafeína impede a ação tranquilizante e adormecedora da adenosina, deixando o organismo desperto. O efeito positivo, então, é que “o café estimula a tensão arterial, deixando mais disposto, ágil e produtivo”.
Assim como muitas outras substâncias psicoativas, a cafeína também eleva a liberação de dopamina, apelidada “hormônio da felicidade” por seu efeito físico estimulante. E essa ação é ainda potencializada pelo fato de os receptores da adenosina já estarem bloqueados pela cafeína.
Isso também desencadeia efeitos fisiológicos: “Quando se bebe muito café, formam-se novos receptores de adenosina”, e com isso a demanda dessa substância calmante aumenta, diz Schleh. A falta da bebida pode resultar em cansaço e irritabilidade, e outros sintomas de abstenção são: dores de cabeça, falta de concentração, prostração e insatisfação.
O toxicologista desfaz a ilusão: “A sensação deliciosa, relaxante da primeira xícara de café matinal também se deve ao abrandamento desses sintomas de privação.”
Apesar de seu potencial de criar dependência, um consumo moderado de café não é prejudicial para adultos saudáveis: “A dose é que faz o veneno”, resume Schleh. A Autoridade Europeia para Segurança Alimentar (EFSA) recomenda um máximo de 400 miligramas de cafeína ao longo do dia, ou seja, de duas a cinco xícaras, dependendo do tamanho. Gestantes não devem exceder os 200 miligramas diários.
Dentro desses limites, a infusão tem francas vantagens para a saúde, sendo associada a uma menor probabilidade de diabetes 2, moléstias cardíacas, câncer hepático e uterino, de doença de Parkinson e depressão.
Quem reage à retirada do café com sintomas como tremores, suor frio ou ansiedadedepressiva, pode estar sofrendo de dependência de cafeína. Como durante muito tempo ela não foi reconhecida como vício, é comum os afetados não serem devidamente levados a sério.
Carsten Schleh aconselha que quem ingere cafeína acima dos limites recomendados vá reduzindo o consumo gradativamente. Como “a cafeína é uma das drogas mais inofensivas”, raramente é preciso uma privação radical, a qual, além de potencialmente envolver sintomas bem desagradáveis, aumenta o risco de uma recaída.
Informações UOL
Rica em fibras, a ingestão da aveia aumenta o aporte de ferro, magnésio, fósforo, zinco, manganês, vitaminas B1 e B5 para o organismo
A aveia é um alimento altamente versátil e bastante reconhecido pelos benefícios que traz à saúde. Tornar o consumo de aveia um hábito diário provoca mudanças significativas no funcionamento do corpo.
Rico em fibras, o cereal aumenta o aporte de ferro, magnésio, fósforo, zinco, manganês, vitamina B1 e vitamina B5 para o organismo.
O consumo regular de aveia é capaz de melhorar o trânsito intestinal, o controle do colesterol e do açúcar no sangue. Além disso, por ser proteica e se estiver sendo usada dentro de uma dieta equilibrada, o alimento também ajuda no emagrecimento e na construção de massa muscular.
Confira os principais benefícios do consumo diário de aveia para o corpo:
A aveia é rica em fibras, que aumentam o bolo alimentar e estimulam os movimentos naturais do intestino. “O consumo, acompanhado da devida hidratação, ajuda a formar um gel espesso no intestino, que melhora o trânsito intestinal” diz a nutricionista Gabrieli Comachio, que atua no Mato Grosso.
A aveia possui carboidratos de absorção lenta, que promovem a sensação de saciedade. Em uma dieta equilibrada, ela ajuda a controlar o apetite e pode até auxiliar no emagrecimento.
Presente na aveia, a beta-glucana é uma fibra que ajuda a reduzir a absorção de gordura pelo intestino. A consequência disso é a diminuição dos níveis de colesterol ruim no sangue, o que ajuda a prevenir doenças cardiovasculares.
De acordo com Comachio, a aveia promove uma fermentação dentro do organismo que favorece a microbiota intestinal. O alimento ajuda na produção de serotonina, neurotransmissor responsável pelo bem-estar.
Por ser rica em fibras, ela ajuda a diminuir a velocidade com que os carboidratos chegam à corrente sanguínea, controlando os níveis de açúcar no sangue.
Nesse caso, a nutricionista indica a aveia em farelo que, durante o processamento, conserva mais fibras e menos carboidratos do que as demais versões do grão.
De acordo com a nutricionista, a aveia pode ser consumida todos os dias, em uma quantidade entre uma e duas colheres de sopa. O cereal pode ser usado como complemento de iogurtes, vitaminas ou saladas ou aproveitado em receitas de massas.
De maneira geral, não há contraindicações para o consumo de aveia, mas, em caso de alergias alimentares ou doença inflamatória intestinal, convém consultar um profissional de saúde para avaliar se os benefícios trazidos pelo alimento valem a pena.
Informações Metrópoles
A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute nesta sexta-feira (19/4) a manutenção da proibição da venda dos cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vapes”, no Brasil. Apesar de serem facilmente encontrados, a comercialização dos produtos é proibida no país desde 2009.
Há a expectativa de se manter a proibição e ainda incluir pontos para endurecer o cerco aos vapes. Campanhas educativas e reforço na fiscalização, incluindo no meio on-line, principal meio onde o comércio ilegal acontece, serão as recomendações da agência.
A Anvisa realizou uma consulta pública, como parte do processo de revisão da norma vigente apontou que a maioria dos profissionais de saúde disseram ser contra a liberação no Brasil. Considerando o público participante total, quase 59% disseram ser a favor de mudar a regra atual, incluindo a liberação geral.
Embora não fosse obrigatório, a agência resolveu rever os impactos da regra para considerar estudos mais recentes sobre os cigarros eletrônicos.
A discussão acontece em meio à pressão da indústria do tabagismo a favor da liberação.
Enquanto a consulta estava aberta, o setor iniciou a campanha “Eu quero escolher”, com posts pagos em redes sociais, que estimulava a participação na consulta afirmando que o cigarro eletrônico era uma “alternativa potencialmente menos tóxica que o cigarro”.
O argumento principal dos defensores é que, ao contrário do cigarro comum, que contém tabaco e libera monóxido de carbono (que é cancerígeno), o vape é por vaporização e, por isso, menos prejudicial.
Contudo, na prática, a realidade é diferente, de acordo com especialistas. O cigarro eletrônico tem mais de duas mil substâncias, várias delas tóxicas e cancerígenas.
Para a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia, Margareth Dalcolmo, a expectativa é a de que a norma da Anvisa seja mantida.
“Não estamos surpresos com o resultado da consulta pública, mas isso não interfere no debate científico que se tem sobre o tema. Cada vez mais, os estudos mostram que não há benefício na troca do vape pelo cigarro comum e que ele é tão prejudicial à saúde quanto. Nossa expectativa é a de que a regra seja mantida pela Anvisa”, afirma ela.
A Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo) argumenta ainda que a proibição atual não funciona, tendo em vista que os produtos estão circulando.
“Enfatizamos a urgência da regulamentação para que sejam estabelecidas regras claras e rígidas para a comercialização, prevenção do consumo por menores de 18 anos que, sob hipótese nenhuma, devem ter acesso a esses produtos; além de fornecer à sociedade informações corretas sobre os cigarros eletrônicos”, disse em nota enviada após o resultado da consulta pública.
O médico e coordenador da Comissão de Combate ao Tabagismo da AMB, Ricardo Meireles, explica que não existe redução de danos para o tratamento do tabagismo, que mata cerca de 400 pessoas por dia no Brasil. A única forma, ressalta, é cessar o uso de qualquer fumo.
“Não existe redução de danos no tabagismo. Estamos vivendo agora o que vivemos um século atrás, quando o cigarro começou a circular. No começo, as pessoas não sabiam que o cigarro fazia mal e foram muitas mortes até que soubéssemos a verdade. Hoje, o cigarro eletrônico está no mercado há poucos anos e já tem uma doença para chamar de sua, que é a evali. (Leia mais abaixo.) Não podemos deixar a história se repetir”, disse ele ao G1.
Informações Metrópoles
Ampliação da faixa etária depende de municípios. Conforme nota técnica, vacinas contra dengue com vencimento até 30/4 podem ser aplicadas
A Câmara Técnica de Imunizações do Ministério da Saúde publicou nessa quinta-feira (17/4), uma nota técnica na qual aponta uma estratégia temporária para vacinação contra dengue das doses com validade até 30 de abril de 2024. Dessa forma, a pasta decidiu liberar a ampliação das faixas etárias no Sistema Único de Saúde (SUS).
As vacinas com validade até 30 de abril poderão ser aplicadas em pessoas de 4 a 59 anos. Contudo, a ampliação da faixa etária ficará a critério dos próprios municípios que tiverem doses sobrando.
Uma segundo nota técnica será enviada aos estados com a nova orientação.
O Ministério da Saúde reforça que seja priorizada a faixa etária de 10 a 14 anos, público para os quais já estavam liberadas as doses desde o início de março. Apesar disso, a baixa adesão fez com que doses estocadas nos municípios se aproximassem da validade.
A segunda dose será garantida para o público que tomar a vacina nesta antecipação.
De acordo com a pasta, não é possível quantificar as doses disponíveis com esta data de validade, uma vez que já foram distribuídas e as aplicações não são informadas imediatamente ao ministério. Os dados podem demorar dias ou semanas para serem repassados para o sistema federal.
“De maneira excepcional, a ampliação da vacinação será permitida nas unidades de saúde durante a jornada de trabalho, preferencialmente para a população entre seis e 16 anos de idade. Esta estratégia poderá ser ampliada até o limite etário especificado na bula da vacina Qdenga”, decidiu o Ministério para as vacinas com vencimento até 30 de abril.
A pasta ainda pediu que seja intensificada nos estados e municípios a comunicação em prol da vacinação e as estratégias para atrair o público para a imunização.
Informações Metrópoles
Nariz entupido, redução do olfato e secreção nasal. Com base nesse quadro, você acharia que o problema é rinite ou sinusite? Ficou na dúvida? Especialistas afirmam que há realmente uma confusão entre elas por causa de alguns sintomas semelhantes (como os citados anteriormente) e até pelos nomes parecidos.
O “ite” no fim das palavras significa inflamação. Enquanto a rinite é uma inflamação da mucosa do nariz, a sinusite atinge os seios da face, localizados nas bochechas, entre os olhos e acima deles.
Ambas têm mais uma coisa em comum, além de alguns sintomas: nos dois casos, é indicado procurar um médico se os sinais não cessarem após cinco ou sete dias. O otorrinolaringologista é o especialista mais indicado para avaliar o caso, fazer o diagnóstico de rinite ou de sinusite e indicar o tratamento.
É importante saber diferenciá-las, para evitar o uso desnecessário de antibióticos e corticoides. A demora para procurar um médico é um problema comum, mas só piora o quadro.
Rinite é o processo inflamatório da mucosa que reveste o nariz e pode ser de curta ou longa duração. As principais causas da rinite são as infecções por vírus, bactérias ou fungos e alergias (pó, bolor, pólen, pelo ou tecido de animais e ácaro, presente em cobertores, tapetes e carpetes, bichos de pelúcia ou roupas felpudas).
Os sintomas da rinite mais frequentes são nariz entupido (obstrução nasal), secreção, espirros repetidos e coceira nasal. Mas você também pode observar os seguintes sinais:
Obstrução nasal intermitente ou persistente, bilateral ou não, principalmente à noite;
Secreção fluida clara, mas pode também ser amarelada e espessa;
Dor facial e frontal com sensação de peso;
Redução do olfato;
Coceira nos olhos, vermelhidão local ou lacrimejamento;
Fotofobia;
Sangramento nasal, decorrente do trauma da mucosa nasal, especialmente em criançasContinua após a publicidade
Sensação de catarro que escorre atrás da garganta;
Prurido no ouvido, palato e garganta;
Dor de ouvido ou sensação de ouvido tampado e estalido ao deglutir.
O tratamento da rinite se baseia no seu tipo, mas é basicamente feito com anti-histamínico (antialérgico), descongestionante nasal de uso breve (não mais que dois ou três dias) e soro fisiológico hipertônico para redução do inchaço da mucosa. Os antialérgicos funcionam contra os sintomas quando há crise. O tópico é para desinflamar a mucosa e os corticosteroides reduzem o sintoma da coriza e a inflamação aos poucos.
Além dos medicamentos, fazer higiene ambiental e imunoterapia podem entrar na lista. Para a higiene, é preciso descobrir o alérgeno a combater, como o ácaro, por exemplo.
Sinusite é o processo de inflamação das mucosas dos seios paranasais (os ossos que rodeiam olhos, maçã do rosto e testa) e pode ser provocada por bactérias, vírus ou também em decorrência de alergias. Mas as causas da sinusite podem variar, influenciando a duração do problema. A sinusite crônica, por exemplo, pode ser causada por problemas anatômicos também, como desvio do septo ou estreitamento da cavidade nasal e da drenagem dos seios paranasais.
Os sintomas da sinusite costumam ser mais graves, comparados aos da rinite:
Obstrução nasal;
Secreção nasal ou faríngea espessa, amarelada ou esverdeada;
Cefaleia (dor de cabeça);
Mal-estar;
Cansaço;
Irritação na garganta;
Redução do olfato.
Dor na face;
Febre.
O tratamento da sinusite também se baseia em corticoides tópicos para desinflamar mucosa e, algumas vezes, em antibióticos. É importante ressaltar que não é sempre que a sinusite ataca que o indivíduo deve usar antibiótico. Se ela for fúngica, por exemplo, o antibiótico não vai adiantar. Entretanto, os números mostram que nem todos respeitam essa regra. Segundo a AAO-HNSF (Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço), a doença é a quinta causa mais frequente do consumo de antibióticos.
Para o diagnóstico da sinusite é necessária uma avaliação clinica e uma videonasofibroscopia (um endoscópio é colocado dentro da cavidade e checa se além da inflamação e infecção tem algum processo de obstrução mecânica). No caso da sinusite crônica (que dura mais do que três meses), pode ser necessária uma cirurgia. Ela é feita por meio de uma videoendoscopia, sem nenhum corte externo e com visualização muito precisa. Remove-se a mucosa doente, fungo ou pólipo sem necessidade de pós-operatório, tampão ou curativo externo.
Tanto para a rinite quanto para a sinusite, a lavagem nasal é indicada para a prevenção.Além disso, é indicado ficar longe dos fatores desencadeadores da alergia, manter a higiene da casa, evitar ambientes poluídos ou com muito pó, bem como aromas fortes, umidade e tabagismo.
Veja o passo a passo da lavagem nasal eficaz:
Use sempre soro fisiológico 0,9%;
Na falta dele, é possível utilizar solução fisiológica caseira: 1 litro de água fervida ou filtrada acrescida de 2 colheres (chá) de sal e 1 colher (chá) de bicarbonato;
Encha uma seringa com capacidade para 20 ml com a solução – preferencialmente morna;
Aplique-a nas narinas, uma de cada vez, de forma lenta e contínua.
Fontes: Cícero Matsuyama, otorrinolaringologista do Hospital Cema (SP); e Denilson Fomin, otorrinolaringologista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SP)
Informações UOL
Abraço, massagem, e até um aperto de mão: o toque faz parte da cultura e pode até fazer bem para a saúde. Um estudo publicado na segunda (8/4) na revista científica Nature Human Behaviour mostra que o hábito pode diminuir a dor, depressão e ansiedade, além trazer melhora para o bem estar.
O estudo foi conduzido por cientistas da Alemanha e Países Baixos. Foram analisados dados de 134 pesquisas envolvendo 13 mil adultos — alguns estudaram toque entre pessoas, outros entre humanos e objetos, e por último, indivíduos que não receberam nenhum tipo de toque.
Um dos levantamentos mostrou, por exemplo, que idosos com demência que receberam 20 minutos de massagem diariamente durante seis semanas se tornaram menos agressivos e tiveram menos marcadores de estresse no sangue. Outro estudo descobriu que jovens que faziam carinho em um bebê robô sentiam menos dor do que pessoas que não encostaram em nada.
Os dados também dizem que pessoas doentes são mais suscetíveis aos benefícios do toque do que as saudáveis, e não importa a fonte de contato — tanto faz se vem de um conhecido, ou um profissional de saúde.
De acordo com o estudo, bebês recém-nascidos são os maiores beneficiados pelo toque, principalmente o feito pele a pele. Porém, nesses casos, o contato funciona melhor se for dos pais do que de um estranho. Os pesquisadores acreditam que o cheiro ou a forma que a mãe e o pai seguram o neném faz a diferença.
“Se falava muito sobre que o toque é bom, saudável e algo que todos precisamos. Mas, na verdade, ninguém tinha olhado para o assunto a partir de uma perspectiva ampla, de uma visão geral”, afirma a neurocientista Rebecca Boehme, da Universidade de Linkoping, na Suécia, em entrevista ao jornal The New York Times. Ela revisou o estudo antes da publicação científica.
As mulheres se beneficiam mais do que os homens, e pessoas da América do Sul também são mais sensíveis aos efeitos do contato. O toque na cabeça também é mais eficaz: a região é rica em terminações nervosas.
Porém, os cientistas lembram que o toque só é benefíco para a saúde se for bem-vindo e consensual. Caso a pessoa não se sinta confortável com o contato, vai ficar mais estressada e a situação traz malefícios ao organismo.
Informações Metrópoles
Foto: Getty Images
Muita gente diz que o uso frequente de bonés provoca queda de cabelo. Se você é adepto deste tipo de chapéu, pode manter o hábito.
Embora muitas pessoas acreditam que o uso abafa o couro cabeludo e enfraquece os fios, isso não é verdade.
“O uso de boné pode levar, no máximo, a uma alopecia por tração ou traumática. A possibilidade de isso acontecer é muito pequena, apenas se a pessoa pressionasse muito o boné contra a cabeça e usasse”, afirma o dermatologista Marcos Kawasaki, de São Paulo.
Esses casos, porém, são extremamente raros. A alopecia por tração ocorre mais frequentemente em pessoas que usam tranças (pelo processo de tensão dos fios), coques ou prendem perucas e próteses capilares nos fios.
O que causa a calvície
As principais causas da calvície são herança genética, alterações hormonais e transtornos emocionais. A queda de cabelo também pode ocorrer devido a hipotireoidismo e anemia.
Em homens, o excesso de testosterona pode alterar o funcionamento dos folículos pilosos – bolsa onde fica a raiz dos fios. Em excesso, o hormônio deixa o pelo mais fino, curto e menos pigmentado.
Fonte: Metrópoles
Um novo estudo realizado por pesquisadores da Mayo Clinic revelou que pessoas socialmente isoladas são mais propensas a apresentar uma idade biológica maior do que a cronológica.
Publicada no Journal of the American College of Cardiology em 20 de março, o estudo trouxe evidências de que os vínculos sociais desempenham um papel importante na saúde física das pessoas, e devem ser levados em consideração como determinantes sociais da saúde.
Os determinantes sociais da saúde são fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde.
Para investigar o papel do contato social no envelhecimento biológico, os pesquisadores da Mayo cruzaram informações sobre o estilo de vida dos voluntários com resultados de seus eletrocardiogramas. Usando um banco de dados com informações de cerca de 280 mil adultos foi possível criar um modelo que determinasse a idade biológica dos participantes.
Para avaliar o nível de isolamento social, os pesquisadores usaram o Índice de Rede Social, que avalia seis possibilidades de interação social:
Os participantes com uma pontuação mais alta no Índice de Rede Social — o que indica uma melhor vida social — apresentaram uma diferença de idade menor entre a idade biológica e a cronológica, algo que se manteve presente em todos os grupos de gênero e idade.
O status da rede social influenciou significativamente o risco de mortalidade. Durante o período de acompanhamento de dois anos, aproximadamente 5% dos participantes faleceram. Aqueles que tiveram baixas pontuações, menores ou iguais a 1, no Índice de Rede Social, apresentaram um maior risco de morte em comparação a outros grupos.
Enquanto os participantes eram 86,3% brancos não hispânicos, os dados do estudo apontaram para as disparidades de saúde existentes. Os participantes não brancos apresentaram diferenças de idade médias mais elevadas do que os seus colegas brancos, especialmente aqueles com pontuações mais baixas no Índice de Rede Social.
“Este estudo destaca a interação crítica entre isolamento social, saúde e envelhecimento”, disse o cardiologista Amir Lerman, autor sênior. “O isolamento social combinado com condições demográficas e médicas parece ser um fator de risco significativo para o envelhecimento acelerado. Contudo, sabemos que as pessoas podem mudar seu comportamento — ter mais interação social, exercitar-se regularmente, ter uma dieta saudável, parar de fumar, dormir adequadamente etc. Fazer e sustentar essas mudanças pode ajudar muito a melhorar a saúde no geral.”
Adotar um estilo de vida saudável na meia idade, seguindo oito hábitos benéficos para o organismo, pode fazer com que homens e mulheres vivam cerca de duas décadas a mais em comparação às pessoas com hábitos ruins, segundo estudo sobre longevidade realizado pela Carle Illinois College of Medicine, dos Estados Unidos.
A pesquisa foi apresentada na conferência Nutrition 2023, principal encontro da Sociedade Americana de Nutrição (ASN, na sigla em inglês), realizado em julho do ano passado, em Boston, nos EUA.
A lista de hábitos inclui: ser fisicamente ativo, controlar o estresse, ter uma boa dieta, não fumar, não beber compulsivamente regularmente, não ter vício em opioides, ter uma boa higiene do sono e ter relações sociais positivas.
Informações Metrópoles