Agência Brasil – A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu retirar do rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde os exames sorológicos, conhecidos como testes rápidos, para detecção da covid-19.
Os testes, que identificam se a pessoa desenvolveu anticorpos após exposição ao novo coronavírus, foram incluídos devido a uma liminar da Justiça Federal de Pernambuco. A agência recorreu da medida e o Tribunal Regional Federal da 5ª Região acatou o pedido.
No recurso, a ANS alegou que estudos e análises de diversas sociedades médicas e de medicina diagnóstica mostram controvérsias técnicas em relação aos resultados desse tipo de exame e a possibilidade de alto percentual de falso-negativo.
Em reunião da diretoria da agência, transmitida online nessa quinta-feira (16), os diretores votaram pela suspensão dos efeitos da resolução que incluiu os testes IGA, IGC e IGM na cobertura dos planos.
O diretor-presidente substituto da ANS, Rogério Sacarabel, esclareceu que, além da questão científica, que ainda está em análise, uma incorporação inadequada de um exame pode não ser benéfica para o consumidor, já que impacta diretamente os custos assistenciais do sistema, que também são repassados aos usuários.
Sacarabel ressaltou que, desde o início da pandemia, em março, a agência incluiu espontaneamente no rol de procedimentos básicos dos planos o teste RT-PCR para diagnóstico da covid-19.
Na reunião também foi aprovada a realização de uma audiência pública para dar continuidade à discussão sobre o assunto. Mas a data ainda não foi divulgada.
O Hospital Clériston Andrade 2, considerado a maior unidade hospitalar no interior da Bahia, foi entregue em Feira de Santana na manhã desta quarta-feira (15). O governador Rui Costa e o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, estiveram na cerimônia.
Poucas pessoas puderam participar das visitas às instalações, junto com o governador e o secretário, para evitar aglomerações e a contaminação pela Covid-19.
O hospital já começa a funcionar com 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que, inicialmente, serão dedicados a pacientes com o resultado positivo para o novos coronavírus. Até a terça-feira (14), o estado já tinha mais 110 mil casos do novo coronavírus. Desse total, Feira de Santana tem 5.146 casos.
A unidade conta com três pavimentos, construídos em uma área total de mais de 25 mil metros quadrados. A unidade também tem um setor de bioimagem, centro cirúrgico com 12 salas e um Centro de Hemorragia Digestiva. Segundo o governo, foram investidos cerca de R$ 60 milhões entre obras e equipamentos. A construção levou cerca de 18 meses.
A expectativa é que, além de atender às demandas de Feira de Santana e municípios circunvizinhos, o hospital também possa dar conta das necessidades de outros municípios.
Além do Clériston 2, Feira de Santana também tem um hospital de campanha dedicado para as pessoas com a Covid-19. A inauguração ocorreu em junho deste ano. Um mês depois, foi necessário criar novos leitos de UTI por causa da demanda.
Até esta quarta, a cidade tinha quase 90 mortes pela Covid-19. Em um mês, entre junho e julho, o número de óbitos no município quadruplicou. Subiu de 20 para 81.
A Câmara dos Deputados concluiu nesta terça-feira (14) a análise do projeto que prevê o pagamento de compensação financeira de R$ 50 mil aos profissionais de saúde por morte ou incapacidade permanente para o trabalho após serem contaminados pela covid-19 ao atuarem diretamente no combate à pandemia. A indenização será paga pela União. A matéria segue para sanção presidencial.
O texto do Projeto de Lei 1.826 estabelece que, no caso de morte, o valor será dividido igualmente entre os dependentes e o cônjuge ou companheiro. Além desse valor, serão pagos R$ 10 mil a cada ano que faltar para o dependente menor de 21 anos atingir essa idade. A indenização será estendida aos 24 anos, caso o dependente esteja cursando ensino superior na data do óbito. Para dependentes com deficiência, a indenização será de R$ 50 mil, independentemente da idade.
Os valores somados de todas as indenizações devidas deverão ser pagos em três parcelas mensais, iguais e sucessivas. A concessão da indenização está sujeita a perícia médica. Segundo números do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), 30% dos profissionais de enfermagem mortos por covid-19 no mundo são do Brasil.
De acordo com o projeto, a presença de comorbidades não afasta o direito ao recebimento da compensação financeira. O valor será devido mesmo que o novo coronavírus não tenha sido a única causa, principal ou imediata, para a ocorrência da incapacidade permanente para o trabalho ou do óbito.
O projeto aprovado garante ainda o pagamento com as despesas do funeral. Os recursos, contudo, ainda serão definidos por meio de uma regulamentação.
Estadão Conteúdo – Médicos na França relataram o que acreditam ser o primeiro caso comprovado de coronavírus transmitido de uma mulher grávida para seu bebê no útero. O recém-nascido desenvolveu inflamação no cérebro poucos dias após o nascimento, uma condição provocada após o vírus atravessar a placenta e infectar a criança antes do nascimento. De acordo com matéria do jornal The Guardian, o bebê está se recuperando bem.
O estudo de caso, publicado na revista Nature Communications, acompanha o nascimento de vários bebês com o novo coronavírus, que os médicos suspeitam de terem contraído o vírus ainda no útero. Até agora, eles não foram capazes de descartar a possibilidade de os bebês terem sido infectados durante ou logo após o parto.
A mãe, de 23 anos, foi internada no hospital em 24 de março com febre e tosse grave após contrair o novo coronavírus. Três dias após a internação, o estado do bebê trouxe preocupação e os médicos realizaram uma cesariana de emergência com a mãe sob anestesia geral. O bebê foi imediatamente isolado em uma unidade de terapia intensiva neonatal e entubado porque foi afetado pelo anestésico geral.
Testes no sangue e no líquido extraídos dos pulmões do recém-nascido revelaram infecção pela Covid-19, mas descartaram outras infecções virais, bacterianas e fúngicas. Testes mais extensos revelaram que o vírus se espalhou do sangue da mãe para a placenta, onde se replicou, causou inflamação e seguiu para o bebê.
O bebê parecia saudável a princípio, mas no terceiro dia ficou irritado e começou a se alimentar mal. Ele desenvolveu espasmos musculares que fizeram a cabeça, o pescoço e as costas arquearem-se para trás – um sintoma neurológico observado em alguns casos de meningite. A ressonância magnética revelou, posteriormente, sinais de gliose, um efeito colateral de lesão neurológica, que pode levar a cicatrizes no cérebro.
No momento em que o menino foi entregue, não havia orientação clínica sobre como tratar bebês com Covid-19. Os médicos consideraram a administração do remdesivir, um medicamento antiviral, mas como o bebê estava se recuperando gradualmente sem ajuda, nenhum medicamento específico foi administrado.
Questionado se as mulheres grávidas devem estar particularmente vigilantes quanto ao distanciamento social e lavagem das mãos, para reduzir o risco de infecção, De Luca disse: “Isso é muito bom senso e importante, esteja você grávida ou não”.
Andrew Shennan, professor de Obstetrícia do King’s College London, disse que é raro as mães passarem o Covid-19 para seus bebês.
Agência Brasil – Um estudo clínico internacional que teve participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que a utilização do fármaco Cabotegravir injetável a cada oito semanas tem eficácia superior às doses diárias de Truvada na prevenção do HIV. Desde novembro de 2016, a pesquisa comparou os dois fármacos em 4.570 voluntários HIV negativo que utilizavam a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) em sete países, incluindo o Brasil.
O estudo foi o primeiro ensaio clínico em larga escala contendo medicamento injetável de ação prolongada como forma de prevenção ao HIV. Os resultados foram apresentados na semana passada durante a 23ª Conferência Internacional da Aids.
A primeira das três análises intermediárias previstas no protocolo do estudo mostrou que a contaminação dos usuários do Cabotegravir injetável de longa duração foi 66% inferior à das pessoas que usaram doses diárias de Truvada. Ao todo, 52 pessoas adquiriram HIV durante a pesquisa – 39 delas usaram a PrEP de Truvada, e 13 a de Cabotegravir.
A chefe do laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Beatriz Grinsztejn, coordenou o estudo em parceria com Raphael Landovitz, professor associado da Divisão de Doenças Infecciosas da David Geffen School of Medicine, na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).
O estudo, chamado de HPTN 083, foi realizado pela rede de pesquisa HIV Prevention Trials Network (HPTN), da qual o laboratório da Fiocruz é integrante desde 1999. O financiamento foi do National Institute of Allergy and Infectious Diseases/National Institutes of Health (NIAID/NIH) dos Estados Unidos.
As pessoas que participaram da pesquisa são homens gays, homens que fazem sexo com homens e mulheres travestis e trans que fazem sexo com homens, sendo dois terços com menos de 30 anos e 12% mulheres trans e travestis. O estudo foi planejado para ter maior foco em populações vulneráveis que estavam pouco representadas em estudos anteriores, como jovens, negros, travestis e mulheres trans. Os voluntários e voluntárias foram acompanhados em 43 centros de pesquisa da África do Sul, Argentina, Brasil, Estados Unidos, Peru, Tailândia e Vietnã. O INI/Fiocruz teve o maior número de participantes, com 240.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, alertou a líderes políticos a necessidade de se preparar para situações ainda piores em função da pandemia de coronavírus que atinge o mundo. Em pronunciamento hoje (13), em Genebra-SUI, ele afirmou que a situação do doença tende a ficar “pior, pior e pior”. “Deixe-me ser franco, muitos países estão na direção errada, o vírus continua sendo o inimigo numero um do mundo”, afirmou o dirigente. “Se o básico não for seguido, o único caminho dessa pandemia será ficar cada vez pior e pior e pior”, acrescentou.
De acordo com contagem da agência de notícias Reuters, as infecções superaram a marca de 13 milhões em todo o mundo, sendo um milhão em apenas cinco dias. Ao todo, mais de meio milhão de pessoas já morreram em decorrência da doença.
“Não haverá uma volta ao antigo normal no futuro próximo”, alertou Tedros.
De acordo com a OMS, dos 230 mil casos diários, quase 80% ocorreram em apenas dez países e 50% de apenas dois países: EUA e Brasil. “Ainda há muito para se preocupar”, disse. “Se o básico não é seguido, só há um jeito dessa pandemia continuar: piorando”, declarou Adhanom.
Visando conter a proliferação do Aedes aegypti em Feira de Santana, o vereador Ronaldo Caribé (MDB) iniciou nesta semana uma campanha de combate ao mosquito. O edil visitou diversos bairros da cidade e orientou à população sobre os cuidados que se deve ter para evitar a disseminação do inseto.
O vereador explica que a ideia da iniciativa surgiu após à Secretaria Municipal de Saúde divulgar o aumento significativo de casos suspeitos de dengue e chikungunya no município. Em suas redes sociais, o edil fez o alerta para que as pessoas aproveitem este momento de distanciamento social, na qual muitos estão em casa, para fazer a prevenção ao Aedes aegypti.
Para Ron do Povo, combater à dengue é um dever de todos e o acesso às informações continua sendo, segundo ele, a melhor forma de evitar o crescimento do mosquito.
“Apesar de estarmos vivendo um momento delicado em combate à pandemia do Covid-19, não devemos esquecer de combater a dengue, que também é grave e pode levar à morte. Sabemos que essa luta não pode ser vencida individualmente, e a conscientização da população é essencial nesse processo”, afirma o vereador.
Com informações da Assessoria de Comunicação
O secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Hélio Neto, declarou no fim da tarde de quinta-feira (9) que “praticamente inexiste” algum risco de arritmia grave em pacientes que usam a dose correta de hidroxicloroquina no tratamento inicial da Covid-19. A fala, segundo Hélio, é baseada em evidências analisadas pelo ministério.
Neto ainda apontou que a declaração não trata de pacientes graves, quando o coração é afetado pela doença e não pelo fármaco em si, e nem nos casos de superdoses, como aplicações de quantidades “de até 400% acima do normal”.
O Cazaquistão negou ontem (10) a ocorrência de uma pneumonia causada por um vírus letal. A informação anterior foi divulgada pela embaixada chinesa, que alertava para um perigo maior do que o causado pela Covid-19.
Em uma mensagem enviada a seus cidadãos, a embaixada chinesa em Nur-Sultan, capital do país, advertiu na quinta-feira contra uma nova doença com “índice de mortalidade de longe superior à Covid-19”, que teria provocado, segundo o texto, 1.772 mortes nos seis primeiros meses de 2020 e “628 apenas em junho”.
O comunicado citava inicialmente uma “pneumonia cazaque”, mas depois o termo foi substituído por “pneumonia não Covid”. “As afirmações “da mídia chinesa não correspondem à realidade”, afirmou nesta sexta-feira o ministério cazaque da Saúde, sem uma referência ao comunicado da embaixada chinesa.
O ministério mencionou pacientes registrados como afetados por pneumonia e não pelo novo coronavírus, apesar dos sintomas, pois os testes de Covid-19 foram negativos.
No nota, o país registra oficialmente até esta sexta-feira 57.747 casos e 264 mortes, mas como seus vizinhos da Ásia central é acusado por observadores e ONGs de minimizar a dimensão da pandemia.
Site Metro1
A embaixada da China no Cazaquistão alertou seus cidadãos a tomar precauções contra um surto de pneumonia no país que, segundo o órgão, é “mais letal que a Covid-19”.
A entidade afirmou em comunicado na sua conta oficial do WeChat na noite de quinta-feira que houve um “aumento significativo” de casos nas cidades de Atyrau, Aktobe e Shymkent desde meados de junho.
A pneumonia no Cazaquistão matou 1.772 pessoas na primeira metade do ano, com 628 mortes somente em junho, incluindo cidadãos chineses, informou a embaixada.
Ainda não está claro se é causado por um vírus relacionado ao novo coronavírus ou por uma cepa diferente. A embaixada disse que o Ministério da Saúde do Cazaquistão e outras instituições de saúde estão agora realizando um “estudo comparativo”, mas ainda não há conclusões.
De acordo com um relatório divulgado na terça-feira pela Kazinform, a agência de notícias estatal do Cazaquistão, o número de casos de pneumonia “aumentou 2,2 vezes em junho, em comparação com o mesmo período de 2019”.
Segundo o jornal chinês Global Times, o Ministério das Relações Exteriores do Cazaquistão “não respondeu a perguntas sobre o aviso da embaixada chinesa”.
O Cazaquistão registrou mais de 50.000 casos confirmados da Covid-19, incluindo 264 mortes. O número de novos casos aumentou para um recorde diário de 1.962 na quinta-feira, informou a Kazinform.
Fonte: CNN