Segundo o levantamento da Confederação Nacional do Comércio, 12% dos entrevistados admitiram que não vão ter condições de pagar suas dívidas – é o maior nível de toda a série histórica da pesquisa, que começou em 2010.
Inadimplência cresce em agosto e atinge 30% dos brasileiros, aponta CNC
Em agosto, 30% dos brasileiros estavam com alguma dívida atrasada, apontam dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) nesta segunda-feira (4). O número representa quase meio ponto percentual a mais que em julho.
Outro indicativo aponta que esse cenário dificilmente deve mudar: 12% dos entrevistados admitiram que não vão ter condições de pagar suas dívidas. É o maior nível de toda a série histórica da pesquisa, que começou em 2010. Em agosto do ano passado, esse número era de pouco mais de 10%, por exemplo.
Uma das economistas da CNC, responsável pela pesquisa, aponta os juros altos como a principal causa dessa grande inadimplência.
“A gente viu a Selic começar a cair, mas os juros de mercado ainda seguem em patamar muito alto. Quando a gente olha os juros do cartão de crédito, por exemplo, são juros altíssimos. A gente está falando de algo em torno de 15% ao mês e mais de 440% ao ano no rotativo. Então, isso é que tem levado essas pessoas a apontarem uma maior dificuldade para pagar suas dívidas”, diz Izis Ferreira, economista.
Inadimplência — Foto: Reprodução
Enquanto a inadimplência aumentou, o endividamento, por outro lado, caiu quase um ponto percentual em agosto na comparação com julho (78,1%). Ficou em 77,4%.
A inadimplência é quando a pessoa tem uma ou mais dívidas já vencidas que não foram pagas. Já o endividamento acontece quando o consumidor tem algum compromisso em aberto, que ainda vai ser pago. Por exemplo, uma compra no cartão de crédito, um financiamento, boletos, um empréstimo, uma compra parcelada no comércio e por aí vai.
Essa queda do endividamento significa que as pessoas podem estar comprando ou se arriscando menos na hora de comprometer uma parte da renda.
A economista reforça que o consumidor precisa mesmo agir com cautela.
“É muito prudente as pessoas serem um pouco mais cuidadosas em contratar crédito, em se endividar, porque o custo dessa dívida ainda é muito alto. É necessário que esse consumidor tenha uma cautela e, quando for inevitável dele usar essa dívida, aí, sim, ele se programe e busque a melhor opção diante das opções”, explica.
Os principais tipos de dívida são: disparado, o cartão de crédito, com mais de 85% do total. Em um distante segundo lugar, aparecem as dívidas com as parcelas de carnês, que correspondem a 17% da causa de endividamento dos brasileiros.
Informações G1
Paciente da USP começou em 2022 — Foto: Arquivo pessoal
O café cheirava a papel queimado. A comida, a alimento estragado. E o pão quentinho não tinha cheiro. De maio de 2020 a janeiro de 2022, o olfato do vendedor Marcelo Fernandes dos Santos, de 44 anos, distorcia aromas, inibia o apetite e perturbava momentos em família. Tinha sido afetado pela Covid-19.
Ele foi um dos 62 paulistanos que, em 2022, participaram de uma pesquisa de treino olfativo personalizado da nutróloga e especialista em neurociências Vanessa Castello Branco Pereira, uma mestranda do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), na área de Psicologia Experimental — Sensação, Percepção e Cognição, sob orientação da professora Mirella Gualtieri.
A técnica experimental foi aplicada durante três meses em pacientes que tinham perdido o olfato havia ao menos 13 meses. Ela investigou a presença, ou não, de memórias afetivas associadas na reabilitação, também considerando gostos pessoais de cada voluntário depois de uma entrevista.
🔵33 dos participantes ficaram no grupo de tratamento experimental e usaram, em 90 dias, quatro kits com quatro diferentes aromas, de um total de 44.
🟢29 dos participantes ficaram no grupo de controle/tratamento tradicional e utilizaram apenas aromas clássicos: cravo, rosa, limão e eucalipto.
Entre as 44 fragrâncias usadas na pesquisa estavam a de pão, chocolate e cheiro de campo. Essas três foram as que tiveram as maiores notas dadas pelos voluntários que, no início do tratamento, analisaram cada aroma e deram uma nota de 0 a 10 na escala de “melhor cheiro que senti na minha vida” (entenda mais abaixo).
Esposa chegou a ser internada com Covid e ajudou o marido na recuperação do olfato — Foto: Arquivo pessoal
Marcelo é morador de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, e se deu conta do primeiro sintoma de Covid em maio de 2020, quando usou um produto para passar pano na casa e não sentiu nada. Naquela época, a filha dele já estava isolada em uma parte da casa.
Dias depois, a esposa teve o comprometimento de 75% das funções pulmonares e precisou ser internada por seis dias em um hospital de campanha do Pacaembu, na Zona Oeste, com ajuda de oxigênio. Todos em casa se recuperaram sem sequelas, exceto Marcelo.
Durante três meses, as refeições dele “não tinham aroma”. O pior veio em seguida, segundo ele, quando teve a distorção dos cheiros. Enquanto a esposa cozinhava, o vendedor ficava em outro cômodo. O cheiro era de “coisa podre”, detalha. A fase foi “uma luta entre corpo e mente”.
“Emagreci 10 quilos. Eu tinha vontade de comer, tinha fome, mas quando eu chegava próximo da cozinha já começava a me dar um mal-estar. Era obrigado a comer, porque eu tinha que me alimentar. Tinha que driblar minha mente.”
A esposa tentou ajudar o marido, fez pesquisas na internet e achou pessoas na mesma situação. A família até tentou fazer testes com fragrâncias de eucalipto e de lavanda para ele cheirar e tentar treinar o olfato.
“Fiquei assustado, com dúvida, porque aquilo poderia até trazer mais problema. Fui em um especialista, e ele me passou vários antialérgicos, tomei aquilo tudo, mas não teve eficácia”, lembra.
Marcelo então entrou em contato com a USP, na época, que procurava voluntários para a pesquisa desde 2021, e foi aceito.
Recuperado, o voluntário agora sente o cheiro do café normalmente — Foto: Carlos Henrique Dias/g1
No caso do Marcelo, ele citou na entrevista para o tratamento que gostava do cheiro de laranja. Lembrava quando o pai, hoje com 74 anos, descascava a fruta na infância. Outro aroma em um dos kits dele era o do pãozinho, que recordava quando, na manhã de domingo, ia buscar na padaria com primos.
Ele ficou por 30 dias com os primeiros potinhos e os cheirava três vezes por dia: pela manhã, à tarde e à noite. Foram revezados quatro kits com quatro potes cada um, em 120 dias. No primeiro mês, os resultados começaram a aparecer. Em cerca de três meses, 70% do olfato tinha voltado.
Vendedor que parou de sentir aromas quando teve Covid passa por ‘treinamento olfativo’
“Fui reaprendendo tudo de novo. Foi maravilhoso, emocionante, porque cada cheiro daqueles relembra de amigos que você não vê desde moleque, alegria, um pouco de saudade. É uma mistura de sentimentos. Através dessa memória, consegui ter sucesso na recuperação de boa parte do olfato”, conta.
A ideia da pesquisa sobre o treinamento olfativo surgiu em 2019, quando Vanessa teve contato com uma paciente de 92 anos que apresentava um quadro de perda de olfato persistente e sem diagnóstico havia dois anos.
A queixa da idosa era que não conseguia mais comer geleias de frutas. Sem o olfato, estava perdendo a memória da mãe. Ela dizia que “parecia que a memória da mãe deixava de ser vívida sem o aroma da geleia”, conta.
A pesquisadora então testou a hipótese de que amodificação do tratamento padrão de reabilitação poderia ter melhores resultados se usassem aromas de agradabilidade e atrelados às memórias afetivas de cada pessoa.
“O tratamento mais indicado é o treinamento olfativo [tradicional], mas ele não leva em conta questões genéticas, nem culturais, nem individuais de apreciação a odores. Isso faz muita diferença porque, dentro da organização dos receptores olfatórios, cada pessoa vai ter um arranjo diferente por conta da genética.”
De acordo com a pesquisadora, é como se houvesse uma espécie de “digital olfativa” em cada nariz, o que pode fazer com quem as pessoas tenham diferentes relações com os cheiros.
Com isso, a proposta foi fazer a reabilitação do olfato baseada na história da pessoa.
“É uma forma de a gente estimular essas sinapses [transmissões de sinais entre neurônios] e esses caminhos neurais que foram defasados depois de um distúrbio de tanto tempo. A gente teve resultados bem positivos e significativos e que demonstram que, sim, quando a gente utiliza aromas da nossa vida, dessa memória afetiva e com agradabilidade, a gente pode recuperar em um tempo menor as funções do olfato”, explica.
Para a apuração, foi feita uma “escala visual analógica” de 0 a 10, em um tipo de régua. Na ponta do lado direito estava a escala para o “o melhor cheiro que eu já senti na minha vida” e, no lado oposto, “o pior cheiro que eu já senti na minha vida”. Todos os 62 pacientes fizeram a avaliação dos 44 odorantes.
Em dados gerais, entre homens e mulheres, a média de idade foi de 36,5 anos. Dessas 44 substâncias odorantes, as três com maiores notas foram:
Levando-se em conta apenas as mulheres, com 44 voluntárias e uma média de 35,5 anos, os três cheiros que elas consideraram mais agradáveis foram:
Já o grupo de 18 homens, com média de idade de 37,5 anos, as três notas com melhores pontuações foram:
“Ao longo dessa avaliação, as pessoas poderiam trazer um relato. E com relação ao pão [aroma entre os mais votados nos dois grupos], o relato trazia ‘o chegar em casa com o pão fresquinho’, ou ‘passar na frente da padaria’, ‘o pão quentinho pela manhã’, tudo muito relacionado a um prazer mais familiar”, conta Vanessa.
A pesquisadora aponta que o grupo que passou pelo método tradicional teve mais desistência dos pacientes ao longo do tratamento, e o experimental apresentou mais adesão e engajamento.
“A gente já conseguiu observar que, enquanto no grupo de tratamento tradicional só se observa resultado a partir de 60 dias, no grupo do tratamento personalizado, já começa a ver ganho de função a partir dos 30 dias”, diz a nutróloga.
Pesquisadora Vanessa Castello Branco — Foto: Arquivo pessoal
↘️No grupo do tratamento tradicional, nos primeiros 30 dias, 17% dos participantes desistiram do tratamento;
↗️ Já no grupo experimental, 6% das pessoas desistiram.
↘️Depois de 60 dias de tratamento, 17%, dos que restaram no grupo de tratamento tradicional desistiram;
↘️Também 17% desistiram do tratamento no grupo experimental após 60 dias.
↗️A taxa de desistência no grupo tradicional caiu para 6%;
↗️A taxa de desistência no nosso grupo experimental caiu 3%.
Os aromas mais “queridinhos” entre os participantes da pesquisa da USP são uma especialidade de Ramilo Murillo. O padeiro e confeiteiro é o vencedor do campeonato “Melhor Padeiro do Brasil”, que é promovido pela Bunge com parceria da Fipan, Feira Internacional de Panificação, Confeitaria e Food Business. Ao g1, ele comentou sobre os dois aromas mais apontados pelo grupo do estudo.
O especialista nos ingredientes afirma que a capital paulista tem uma ligação forte com o pão, principalmente o “francês”.
Em outros estados, em regiões como Norte ou Nordeste, segundo ele, as memórias afetivas relacionadas aos momentos semelhantes aos do pão, como o café da manhã ou reunião familiar, também podem estar relacionadas com aromas de alimentos como mandioca, batata-doce e cuscuz de milho.
“Não é que lá não tem pão, mas, se esta pesquisa fosse em outro estado, por exemplo, a memória poderia ser de batata-doce. Acho que o pão está presente na memória afetiva e de infância do paulistano. O cheirinho de pão, o gosto do pão francês, do pão de leite. E o chocolate também.”
Ramiro comenta que o alimento está na “nossa memória coletiva, enquanto sociedade”, e atravessa gerações. Em 2018, cientistas da UCL (University College London) descobriram uma receita de pão de mais de 14 mil anos.
Ramiro Murillo — Foto: Nanda Ferreira/Arquivo pessoal
“Eu falo que o pão é anterior às religiões. Brinco que, quando Jesus partilhou o pão, o pão já tinha pelo menos 4.000 anos. Não é à toa que o cheirinho do pão no forno é um negócio que pega qualquer um. É raro alguém falar que o cheiro de churrasco é ruim, mas falar que o cheirinho de pão no forno é ruim é quase um sacrilégio.”
O chocolate, que também é fermentado, foi desenvolvido na região onde hoje fica o México, lembra o padeiro, e depois os suíços o reformularam. Assim como o pão, o chocolate pode ser ligado a situações de conforto, carinho e momentos de afeto.
“O chocolate traz um outro tipo de conforto, porque é tipo um presente. Muitos se presenteiam com chocolate. A gente, quando está carente, vai lá e come um chocolatinho.”
Marco Aurélio Fornazieri é especialista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), professor de otorrinolaringologia na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e na PUC-PR e pós-doutor em distúrbios do olfato e paladar pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Segundo Fornazieri, o vírus da Covid afeta o olfato, inicialmente como uma gripe, que pode entupir o nariz e levar a uma diminuição da chegada das moléculas até o epitélio olfatório (responsável pela sensibilidade olfativa).
“A Covid tem uma atração especial pelas células neuronais, que são responsáveis pelo olfato, e acaba destruindo essas células. Quanto mais grave a Covid, provavelmente ela lesa mais as células basais, que são células de regeneração do olfato. Isso pode levar a uma condição mais crônica, a uma perda de olfato e, logo, a uma perda de paladar”, detalha.
Os neurônios olfativos, de acordo com o especialista, são mortos pelos vírus, mas há uma renovação desses neurônios de 4 a 12 semanas. O problema é quando as células que geram esses neurônios são afetadas pelos vírus e morrem.
“Outras coisas que podem afetar também o olfato, além da Covid: um trauma – você pode, por exemplo, bater a cabeça muito forte -, algumas substâncias tóxicas, como cocaína, eventualmente venenos, tintura de cabelo e outros vírus.”
Informações G1
Foto: Blog do BG
O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga fraudes nas contas das Americanas afirma não ter sido possível identificar “de forma precisa” os responsáveis pela fraude bilionária nas contas da varejista. Em 338 páginas, o relator do colegiado, deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), sugere o envolvimento da antiga diretoria nas adulterações financeiras, mas evita fazer “um juízo de valor seguro” sobre a participação dos ex-diretores. O valor da fraude foi calculado em R$ 20 bilhões.
“Em que pesem os indícios de materialidade apontados, não foi possível, no atual estágio da investigação, identificar, de forma precisa, a autoria dos fatos investigados., nem imputar a respectiva responsabilidade criminal, civil ou administrativa a instituições ou pessoas determinadas, ante a necessidade da realização de outras diligências e da coleta de elementos de prova mais robustos”, afirma o relator.
“O conjunto probatório, de fato, converge para o possível envolvimento de pessoas que integravam o corpo diretivo da companhia (ex-diretores e ex-executivos). Contudo, os elementos até então carreados não se mostraram suficientes para a formação de um juízo de valor seguro o bastante para atribuir a autoria e para fundamentar eventual indiciamento”, diz o documento.
R7
A CPI do MST cancelou, nesta segunda-feira, 4, todas as sessões do colegiado que aconteceriam nesta semana. A comissão manteve apenas uma sessão prevista para acontecer na próxima semana, em que o relatório será apresentado pelo deputado federal Ricardo Salles (PL-SP).
“Tendo em vista as recentes medidas regimentais e judiciais que inviabilizaram a continuidade das ações, depoimentos, quebras de sigilo e outras providências necessárias ao esclarecimento dos fatos relacionados à indústria de invasões de terras no Brasil, esta presidência informa aos senhores e parlamentares que não haverá nenhuma outra reunião ou audiência até a oportuna apreciação do relatório final“, informou a secretaria da CPI nesta segunda-feira, 4.publicidade
Mais cedo, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu dois depoimentos marcados para esta manhã. A CPI do MST ouviria o diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Messias Silva, e o gerente-executivo administrativo do mesmo órgão, José Rodrigo Marques Quaresma.
Na decisão disponibilizada pelo STF, o ministro afirmou que há “usurpação da competência do Estado pela União”. Segundo Barroso, as CPIs instaladas no âmbito do Legislativo federal não podem ultrapassar seu limite, invadindo competência reservada às Assembleias Legislativas para investigar atos da administração pública estadual. Com a decisão, o colegiado optou pelo cancelamento da sessão.
A comissão até recorreu da decisão, mas não obteve resposta. Conforme antecipou Oeste, no relatório, Salles vai pedir o indiciamento de, ao menos, cinco pessoas.
Entre elas, estão o líder da Frente Nacional de Lutas, José Rainha, o deputado petista Valmir Assunção (BA) e Jaime. Salles ainda vai pedir o indiciamento de dois assessores do deputado.
Informações Revista Oeste
Tudo teria começado com uma pergunta: ‘Ninguém sabe que você é gay?’. Espancado na portaria de um prédio na madrugada de domingo, no Rio de Janeiro, o ator Victor Meyniel terá o caso de agressão levado à Justiça. Para a sua defesa, trata-se de um crime de homofobia.
A Splash, a advogada de Victor, Maíra Fernandes, fala que o ator foi vítima de homofobia. A defesa do ator acredita que o motivo da violência teria sido a exposição da sexualidade do agressor, Yuri de Moura Alexandre, preso em flagrante. Splash procurou a defesa de Yuri de Moura Alexandre, mas ainda não obteve retorno. Caso haja resposta, a nota será atualizada. O espaço segue aberto.
Victor e Yuri se conheceram em uma boate que fica na rua Siqueira Campos, em Copacabana, onde funcionava a antiga Fosfobox, atual Substation. Segundo a defesa, eram aproximadamente 4h30 quando Victor estava na varanda para fumantes, e Yuri chegou com uma taça de vinho em mãos querendo entrar no clube. A pessoa da recepção teria negado sua entrada com a taça, e os dois teriam começado a conversar do lado de fora.
Yuri convidou Victor para ir à sua casa, em Copacabana. Ele disse que dividia apartamento com uma amiga que estava fazendo plantão e que, portanto, a casa estaria vazia. No local, eles conversaram, beberam e ficaram.
A atitude de Yuri teria se transformado com a chegada da amiga, por volta das 7h30.Conforme a defesa, a chegada da outra moradora pegou Yuri de surpresa e, neste momento, o rapaz teria se tornado agressivo. Ele empurrou Victor para fora do apartamento. O ator, que estava descalço, pediu seus sapatos de volta para poder ir embora. Os mesmos foram jogados por Yuri através da porta.
Victor desce por um dos elevadores, e Yuri desce pelo outro, e ambos se encontram na portaria. Neste momento, Victor teria perguntado o que ocasionou a mudança de comportamento de Yuri: ‘O que aconteceu, ninguém sabe que você é gay?’. Este teria sido o questionamento que ocasionou as agressões.
Conforme a defesa de Victor, a pergunta sobre sexualidade, feita perto de onde estava sentado o porteiro, teria sido o que deixou Yuri transtornado. Depois disso, ele desfere uma sequência de socos em Victor, que aparece em imagens da câmera de segurança caído no chão.
Após a agressão, Yuri deixa o prédio em direção a uma academia, e Victor é quem aciona a polícia. Em 30 minutos, quando a viatura chega ao local, Yuri também retorna, e é preso em flagrante.
Yuri foi autuado por lesão corporal, injúria por preconceito e falsidade ideológica. No momento da prisão, ele chegou a se identificar como médico militar, confessando posteriormente que é médico residente.
O porteiro do prédio em que Yuri reside, Gilmar José Agostini, foi autuado por omissão de socorro. Quando a delegada Débora Rodrigues foi ao prédio para pedir as câmeras, o porteiro recusou se identificar. Por isso, foi levado para a delegacia, onde foi autuado por omissão de socorro. Nas câmeras, é possível ver que ele assiste às agressões sentado em uma cadeira.
Preso em flagrante por ser acusado de injúria com preconceito homofóbico, que é inafiançável, Yuri teve a prisão convertida para preventiva após audiência de custódia realizada na tarde desta segunda-feira. O caso segue para julgamento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A decisão de manter a prisão preventiva de Yuri foi do juiz de direito Bruno Rodrigues Pinto. “A periculosidade do custodiado, evidenciada na gravidade concreta do delito, demonstra a necessidade de se acautelar o meio social, que não pode ser velado, neste momento, por nenhuma outra medida cautelar constritiva de liberdade, nada impedindo, por motivo óbvio, que o Juízo Natural faça nova análise da questão em destaque”, afirma em parte da sentença.
Qual pode ser a sentença? Por lesão corporal, ele pode cumprir pena de 3 meses a um ano. Por injúria por preconceito, pena de 2 a 5 anos e multa. Já por falsidade ideológica, a pena é de 1 a 5 anos.Continua após a publicidade
Já o porteiro Gilmar pode cumprir detenção de 1 a 6 meses multa. O crime de omissão de socorro não admite prisão preventiva.
Informações Splash UOL
O Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) pediu à Corte que mande o ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) devolver todos os presentes que tenha recebido durante viagens oficiais e visitas de chefes de Estado em seu mandato.
A representação assinada pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado diz que Bolsonaro recebeu diversos itens de alto valor e que os objetos devem ser incorporados ao patrimônio público. Furtado também pediu à Corte que determine um levantamento de todos os presentes.
A lista de presentes citada pelo MP inclui desde uma miniatura de capacete de samurai, estimado em R$ 20 mil, a uma maquete do templo Taj Mahal confeccionado em mármore, avaliado em R$ 59 mil.
Há ainda um quadro revestido em ossos de camelo (R$ 7.000) e um vaso confeccionado em prata (R$ 16 mil). O UOL procurou a defesa de Bolsonaro, mas não obteve resposta.
Entende-se cabível a atuação cautelatória do TCU no sentido de adotar medida para que sejam imediatamente devolvidos todos os presentes e itens recebidos de autoridades pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro quando do exercício do mandato, por ocasião das visitas oficiais ou viagens de estado ao exterior, ou das visitas oficiais ou viagens de estado de chefes de Estado e de governo estrangeiros ao Brasil.
Lucas Rocha Furtado, subprocurador do MP junto ao TCU
Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle são investigados em uma apuração da Polícia Federal sobre desvio e venda ilegal de joias recebidas da Arábia Saudita. Os dois foram convocados a prestar depoimento na sede da corporação na quinta (31), mas ficaram em silêncio.
A suspeita da PF é que o dinheiro da venda das joias era repassado para Bolsonaro. Continua após a publicidade
Na sexta (1º), a defesa de Bolsonaro e Michelle pediram acesso ao depoimento do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, apontado pela PF como o responsável pela venda de kits de joias nos Estados Unidos. Próximo do ex-presidente, Cid tem colaborado com a PF. Na segunda-feira (28), ele permaneceu por dez horas na sede da corporação.
Informações UOL
Por Stephen Kanitz
O Que Nos Resta Fazer?
Esse novo governo já revogou 220 das 420 medidas que Bolsonaro implementou e que Lula prometeu revogar em campanha.
Estávamos no caminho certo, pois nosso problema é o inchaço do Estado, que afeta nosso crescimento.
Supondo que o PT fará seu sucessor e que um Tarcísio ganhe em 2030, e implante novamente essas 420 medidas ao longo de seus dois mandatos, estaremos no ponto em que estávamos em 2022, somente em 2038.
Portanto, serão 16 anos de estagnação do ponto de vista de redução do tamanho e autoritarismo do Estado.
Até lá, continuaremos engessados, sem ganhos de produtividade, sem crescimento e com aumento da pobreza e necessidade de auxílio social.
Aqueles que também tinham essa visão perderam a presidência por 0,5% dos votos, com 20% votando em branco. Eu vou
Ou seja, não há nada que possamos fazer.
Esqueça a política, o ativismo social; as leis contra a liberdade de expressão lhe obrigam a ficar quieto, jamais criticar os que estão no poder.
Por isso, proponho que, nos próximos 16 anos, cuidemos mais de nossa família do que lutar por um Brasil menos autoritário.
Lembrem-se de que, depois da queda do Império Romano, corrupto, depravado, cheio de intrigas e politicagem, seguiram-se 1.400 anos de Idade Média.
O mesmo deverá ocorrer com esse colapso da civilização ocidental.
Mas foi nessa Idade Média que surgiu a pequena cidade, o comunitarismo, a valorização da família e a religião.
Eu não vou mais me dedicar à política, não pretendo educar a esquerda autoritária de seus erros, nem perder tempo sendo oposição ao progressismo que não quer mudança.
Precisamos impedir que nossos filhos e netos sejam novamente capturados, para que possam mudar o Brasil daqui a 30 anos.
Vocês não têm consciência da gravidade da situação brasileira.
Antony é acusado por sua ex-namorada Gabriela Cavallin de violência doméstica, lesão corporal e ameaça. Ela, que é influenciadora digital e DJ, procurou a polícia no último dia 5 de junho, e a reportagem da ESPN teve acesso ao boletim de ocorrência registrado na ocasião.
Nesta segunda-feira (4), o portal “UOL” também teve acesso ao conteúdo da denúncia e apresentou áudios e imagens até então inéditos sobre o caso. Antony, que está servindo à seleção brasileira, falou apenas uma vez sobre o assunto até o momento, em comunicado em suas redes sociais, se dizendo inocente.
A ESPN monta abaixo uma linha do tempo dos acontecimentos relatados por Gabriela Cavallin, desde a data do que teria sido a primeira agressão de Antony, em julho de 2022, segundo seu depoimento; a maio de 2023, quando, segundo ela, foi seu último contato com o atleta antes de procurar a polícia.
O empresário de Antony, Junior Pedroso, enviou um comunicado ao UOL nesta segunda, tratando sobre a entrevista concedida pela ex-namorada do jogador ao portal.
“O que se pode observar é que ela aparece na mídia sempre nos momentos que ela sabe que pode prejudicar o Antony. Como no dia da convocação para seleção brasileira e agora no momento da apresentação. Mas os fatos expostos são os mesmos que estão sendo tratados no processo investigatório.”
A ESPN também procurou o Manchester United, clube do jogador, que afirmou que não se manifestará sobre o caso; e a CBF, já que Antony foi convocado para a seleção brasileira para as eliminatórias da Copa do Mundo. Até o momento, também não houve posicionamento oficial da entidade.
(Alerta de gatilho: o texto a seguir contém relatos de violência)
Informações ESPN
O ex-secretário executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) general Carlos José Russo Assumpção Penteado, resolveu romper o silêncio e soltar o verbo.
Nesta segunda-feira (4), ele afirmou com todas as letras que o ex-ministro Gonçalves Dias não repassou aos demais responsáveis os alertas que recebeu da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre o risco de invasão de prédios públicos durante os atos do dia 8 de janeiro.
Convidado a depor à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Penteado garantiu que nem mesmo ele, que ocupava o segundo cargo mais importante na hierarquia do GSI, a convite do próprio ex-ministro, teve conhecimento dos alertas produzidos pela Abin e entregues a Gonçalves Dias.
Segundo o general, a falta de informações completas sobre a conjuntura e os riscos reais dos atos comprometeu o esquema de segurança montado na ocasião.
“Todas as ações conduzidas pelo GSI no dia 8 de janeiro estão diretamente relacionadas à retenção, pelo ministro Gonçalves Dias, dos alertas produzidos pela Abin, que não foram disponibilizados oportunamente para que fossem acionados todos os meios do Plano Escudo”, disse Penteado durante a fala inicial, antes de começar a responder às perguntas dos deputados distritais que integram a CPI.
“Nesse ponto é necessário destacar que se a Coordenação de Análise de Risco, responsável pela elaboração da matriz de criticidade, tivesse tido acesso ao teor dos alertas que o [então] diretor da Abin, Saulo Moura [da Cunha], encaminhou ao ex-ministro Gonçalves Dias, as ações previstas no Plano Escudo teriam impedido a invasão do Palácio do Planalto”, acrescentou o general, garantindo que os alertas da Abin não chegaram ao seu conhecimento e às mãos dos responsáveis pela execução da segurança do Palácio do Planalto e da segurança presidencial.
O cerco se fechou completamente para G Dias.
Informações Jornal da Cidade
Morto há quase 30 anos, o comediante Mussum deixou uma herança milionária, que é motivo de disputa até hoje entre os cinco filhos. Integrante do grupo humorístico Os Trapalhões, ele morreu, aos 53 anos, em 1994, depois de complicações em decorrência de transplante de coração.
Com a estreia do filme Mussum, o Filmis, previsto para 2 de novembro de 2023, a divisão do patrimônio do humorista aos herdeiros volta à tona. Isso porque a Justiça ainda não resolveu o caso.
Em 2019, testes de DNA confirmaram que o cirurgião-dentista Igor Palhano também é filho de Mussum. Desde então, ele briga na Justiça pelo direito à herança e pelo reconhecimento da paternidade.
“Até hoje, estou esperando meu reconhecimento de paternidade”, disse Palhano, segundo o site do jornal carioca Extra. “O reconhecimento demorou porque minha mãe, que era advogada principal do caso, colocou algumas coisas no início do processo que não estavam certas e isso atrasou um pouco mais.”
“O reconhecimento (de paternidade) está previsto para sair no fim deste ano”, garantiu o dentista. “Deveria ter saído muito antes. Falta só isto para eu pedir o que é meu por direito. Só depois vou ter acesso a outras coisas.”
Fora do inventário do pai, Palhano entrou com uma ação na Justiça. Tal decisão ocorreu depois de a família de Mussum afirmar que ele não tem direito à herança. Com o processo em andamento, os bens dos herdeiros do humorista ficam bloqueados até a conclusão do caso.
Em entrevista ao Extra, o advogado Alexander Medeiros, que representa o cirurgião-dentista no caso, disse que o processo continua e que os juízes concordaram com o reconhecimento de paternidade de Palhano. “Para findar essa ação, ainda falta a sentença”, destacou o advogado.
Sambista, ator e humorista, Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, sofria de miocardiopatia dilatada. O quadro clínico fez com que ele ganhasse prioridade na lista de transplantes de coração no país, em 1994. Ele chegou a receber um novo órgão, mas seu estado de saúde piorou, e, assim, um novo procedimento chegou a ocorrer, mas Mussum não resistiu.
Depois da morte dele, Os Trapalhões deixaram de gravar novos episódios e deixaram a grade da programação da TV Globo, em julho de 1995. O grupo humorístico já tinha perdido o ator Mauro Faccio Gonçalves, que interpretava Zacarias, em 1990, vítima de insuficiência respiratória.
Informações Revista