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Homem observa casa queimando após um bombardeio em Severodonetsk, região de Donbass - Fadel Senna/AFP - 6.abr.2022
Homem observa casa queimando após um bombardeio em Severodonetsk, região de Donbass Imagem: Fadel Senna/AFP – 6.abr.2022

guerra na Ucrânia, que se arrasta há mais de dois meses, deve estabelecer novas fronteiras no território do país invadido, apontam analistas especializados em Relações Internacionais ouvidos pelo UOL.

Segundo eles, os russos podem tomar definitivamente territórios mais industrializados e com acesso ao mar de Azov, nas regiões sul, leste e sudeste. Em paralelo a isso, negociam um afastamento da Ucrânia da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

O geógrafo e cientista político Tito Barcellos Pereira projeta uma possível divisão gerando o que seria uma “Ucrânia Ocidental”, capaz de manter a sua soberania. Porém, afastada de países europeus, subordinada aos russos e enfraquecida economicamente pela perda territorial de regiões mais industrializadas.

Os municípios do sul, leste e sudeste, na área oriental, formariam a “Nova Rússia”, incluindo os territórios separatistas. Em meio aos conflitos, o Kremlin já afirmou que a Ucrânia deve reconhecer a península da Crimeia como parte da Rússia e a independência das autoproclamadas repúblicas de Lugansk e Donetsk para que as negociações de cessar-fogo possam avançar.Imagem: Arte UOL

“Há um adensamento populacional muito maior no leste e no sul, porque são áreas industrializadas em regiões portuárias. Caso os russos tomem todo esse território, a Ucrânia seria reduzida a Kiev e Lviv”, avalia o cientista político.

Segundo ele, as outras cidades que ainda seguiriam sob o domínio ucraniano são de pequeno porte e essencialmente agrícolas. “É uma região pouco povoada. Nenhuma dessas cidades tem mais de 300 mil habitantes. Restaria para a Ucrânia Kiev e um oeste agrário pouco urbanizado e pobre”, explica.

Seria como se o Brasil fosse invadido e perdesse o sudeste, sul e nordeste, onde está o litoral e as maiores cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Nesse caso, sobrariam apenas regiões agrárias e dependentes de Brasília. Aí, eu pergunto: quem teria condições de se desenvolver economicamente nessas condições?
Tito Barcellos Pereira, cientista político e geógrafo

Tito ainda traça outros dois cenários para o desfecho do conflito. O mais pessimista para os ucranianos seria a mudança de regime, forçando o país a se tornar parceiro econômico e aliado militar dos russos. No cenário mais otimista, a Ucrânia entraria para a Otan e perderia “apenas” Donetsk, Lugansk e a península da Crimeia, já sob o domínio russo.

“Mas, considerando que russos ocupam parte considerável do território ucraniano, me parece que a guerra será mais longa, podendo se estender por até mais de um ano”, diz.

Domínio estratégico em Mariupol

O cientista político também diz ver o que entende ser uma ação mais focada das tropas russas no último mês, fortalecida após o general russo Alexander Dvornikov, conhecido como o “Açougueiro da Síria”, ter sido nomeado como novo comandante das operações de guerra no território invadido.

“Há uma coordenação de todas as operações, com foco na tomada dos territórios de Donestk e Lugansk”, analisa.

Tropas pró-Rússia em Mariupol, cidade é uma das mais atingidas na guerra - Alexander Ermochenko/Reuters - 12.mai.2022 - Alexander Ermochenko/Reuters - 12.mai.2022
Tropas pró-Rússia em Mariupol, cidade é uma das mais atingidas na guerraImagem: Alexander Ermochenko/Reuters – 12.mai.2022

Segundo ele, há concentração de ações com intensos bombardeios sobretudo em Mariupol, com acesso ao Mar de Azov, o que a torna estratégica para os russos, permitindo a ligação entre a Crimeia e as áreas separatistas. “É uma cidade portuária e industrializada, apesar de pequena, que pertence à província de Donetsk”, explica.

Nesta semana, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky fez um apelo à ONU (Organização das Nações Unidas) para “salvar” feridos abrigados em uma siderúrgica na cidade em meio aos ataques —anteriormente, o órgão havia anunciado a retirada de civis entrincheirados no complexo industrial em um cessar-fogo na usina sob ataques no último reduto de resistência na cidade portuária.

Perda de Donbass ‘seria catastrófica’

Professor de Relações Internacionais e Mestre em Estudos Estratégicos pela Universidade de Reading, na Inglaterra, Renato do Prado Kloss, projeta um cenário provável e “catastrófico” para a Ucrânia em caso de perda da região de Donbass, no leste do país, e das áreas portuárias.

“Com minas de carvão e indústrias de metalurgia e aço, a área do Donbass é a área mais industrializada do país. A perda dessa região representaria um impacto tremendo na economia da Ucrânia”, analisa.

23.abr.22 - Socorristas levam mulher para fora de um prédio danificado após um ataque de mísseis relatado em Odessa, no sul da Ucrânia - AFP PHOTO / State Emergency Service of Ukraine - 23.abr.22 - AFP PHOTO / State Emergency Service of Ukraine - 23.abr.22
Socorristas levam mulher para fora de um prédio danificado após um ataque de mísseis relatado em OdessaImagem: AFP PHOTO / State Emergency Service of Ukraine – 23.abr.22

Para o professor Sandro Teixeira Moita, doutor em ciências militares, Donbass é um ponto crucial para os ucranianos.

“Donbass é uma região importante porque controla a saída para o mar e possui usinas que usam água do rio para resfriamento. A luta desesperada da Ucrânia talvez seja não permitir a perda dessa região para os russos. A leitura também dos países europeus é de que isso pode passar uma mensagem de fraqueza. Se aceitarem discutir Donbass, o que impede os russos de avançar em outras direções?”, questiona.

O professor Renato Kloss diz entender, contudo, que a conquista territorial momentânea das tropas russas não necessariamente será definitiva.

Os russos não vão largar essa ofensiva agora. E vão tentar conquistar o maior número de cidades também como forma de barganha até para negociar um afastamento entre Ucrânia e Otan”
Renato do Prado Kloss, professor de Relações Internacionais

Contudo, reconhece que o cenário pode se agravar caso os russos também conquistem Kherson e Odessa, na mira dos ataques. Um vídeo mostrou a explosão nas imediações da torre de TV de Kherson, no dia 2 de abril. A região portuária de Odessa, inclusive, está desativada devido ao bloqueio naval russo no conflito.

“É a pior das hipóteses para os ucranianos. O porto de Odessa seria o único ponto para escoar os produtos. Sem isso, a Ucrânia precisaria usar um porto na Bulgária, aumentando muito os seus custos com o pagamento de frete das exportações”, diz Kloss.

O professor Sandro Teixeira Moita explica que ultranacionalistas russos projetam a criação de uma “Nova Rússia” em território ucraniano, retirando o acesso do país invadido ao Mar Negro. “Esse seria o objetivo para forçar os ucranianos a assinar um acordo de paz nos termos russos. Sem essas cidades industrializadas, a Ucrânia sofreria um baque econômico muito grande”.

Informações UOL


Reeleito, o presidente da França Emmanuel Macron tomou posse da presidência do país neste sábado (7), em uma cerimônia no Palácio do Eliseu. Macron obteve 58,5% dos votos no segundo turno contra Marine Le Pen, candidata de extrema-direita.

No seu discurso, Macron prometeu inovar no seu novo mandato, especialmente neste momento, de desafios mundiais. “Precisamos inventar juntos um novo método, longe de tradições e rotinas cansadas, com o qual possamos construir um novo contrato produtivo, social e ecológico”, disse, prometendo agir com “respeito” e “consideração”.

O novo mandato do presidente francês começará oficialmente na noite de 13 de maio.

Entre os franceses que moram no Brasil, 86% votaram em Macron na segunda etapa das eleições. Em Salvador, 143 pessoas participaram da votação, dentre as quais 115 (80,4%) votaram no presidente reeleito.

*Metro1


Exibição ocorrerá na próxima segunda-feira

Presidente da Rússia, Vladimir Putin Foto: EFE/EPA/SERGEI GUNEYEV

O governo russo está preparando um desfile militar, que será realizado na próxima segunda-feira (9) em função do Dia da Vitória, que celebra a derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. As informações são do Metrópoles.

O desfile acontecerá na praça Vermelha, em Moscou, e contará com 131 unidades de armas modernas e equipamentos militares, 77 aviões e helicópteros. Também está prevista a presença do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

No desfile, será exposto pela primeira vez, desde 2010, o chamado “avião do juízo final”. O modelo é uma versão modificada do Iliuchin Il-80, que foi feito para servir de centro de comando e controle em caso de guerra nuclear.

A Rússia também deverá apresentar seus mísseis intercontinentais para intervenções nucleares, como o Sarmat e o Iars, que são armas de destruição em massa para uma Terceira Guerra Mundial.

Informações Pleno News


Decisão tenta conter a inflação no país - marchmeena29/iStock
Decisão tenta conter a inflação no país Imagem: marchmeena29/iStock

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidiu hoje elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 0,75 a 1% ao ano. Este é o maior aumento em 22 anos, em meio à inflação recorde no país.

Em março, a inflação chegou ao nível mais alto em 40 anos, de 8,5%, impulsionada pela guerra na Ucrânia.

O Comitê Federal de Mercado aberto anunciou a mudança ao final de dois dias de reunião de política monetária em Washington. A decisão deve impactar os mercados internacionalmente, já que um rendimento maior das ações dos EUA, considerados como a economia mais segura do mundo, diminui a atratividade dos papéis de países emergentes, como o Brasil. Além disso, empréstimos em dólares podem ficar mais caro para economias em desenvolvimento.

A sinalização do Fed é que mais aumentos de magnitude semelhante podem estar por vir. Essa foi a segunda alta consecutiva das taxas de juros desde março deste ano. Antes, a autarquia não subia o índice desde 2018.

Em comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed disse estar “altamente atento aos riscos da inflação”. “A inflação continua alta conforme a guerra na Ucrânia e novos lockdowns contra o coronavírus na China ameaçam manter a pressão elevada”, disseram.

O comunicado disse que o balanço do Fed, que saltou para cerca de US$ 9 trilhões de dólares conforme o banco central tentava proteger a economia da pandemia de covid-19, poderá cair em US$ 47,5 bilhões por mês até agosto. A redução da carteira de títulos também é uma tentativa de conter o aumento nos preços.

As autoridades do Fed não divulgaram novas projeções econômicas após a reunião desta semana, mas os dados desde o último encontro, em março, deram poucos sinais de que a inflação, o crescimento salarial ou um ritmo rápido de contratações começaram a desacelerar.

‘Conter inflação é fundamental’

O presidente do Fed, Jerome Powell começou sua coletiva de imprensa após a decisão monetária do BC com uma mensagem à população dos EUA, reconhecendo os desafios impostos pela alta inflação no país e reforçando que a entidade está se movendo para reverter a pressão sobre os preços.

Segundo Powell, os EUA passou por muitas dificuldades e, ainda assim, sua economia se manteve firme. Para que essa tendência se mantenha, é fundamental controlar a inflação, de forma a prover estabilidade econômica.

Em adição ao cenário de forte inflação, o mercado de trabalho está “extremamente apertado” e as pressões nos preços, amplas, disse Powell.

A demanda interna dos EUA também está muito forte, e os gargalos na cadeia produtiva não permite que ela seja completamente atendida, ressaltou o banqueiro central.

*Com informações da Reuters e AFP


Bolsonaro diz temer prolongamento da guerra na Ucrânia e efeitos na inflação
Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (4) que teme o prolongamento da guerra entre Rússia e Ucrânia e os efeitos do conflito na inflação no Brasil.

“O que nós tememos obviamente é o prolongamento desta guerra, que sinaliza com mais inflação para o mundo. E vem [a inflação] da energia, vem dos combustíveis, onde eu peço a todos cada vez mais resiliência, cada vez mais garra e determinação. Porque isso que se abateu sobre todo o mundo e também sobre o nosso Brasil. Vai deixar de influenciar negativamente de forma bastante breve, e que nós possamos voltar à normalidade”, afirmou o presidente em um restaurante em Brasília, durante encontro com parlamentares.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro. Uma semana antes, Bolsonaro se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou. O assunto, segundo o governo brasileiro, eram as relações comerciais com a Rússia.

A inflação no Brasil vem atingindo nos últimos meses os maiores valores dos últimos anos. Em ano eleitoral, o presidente não quer que a alta dos preços afete sua campanha.

*Metro1


Um eclipse solar é observado em Coquimbo, Chile, em 2 de julho de 2019

Um eclipse solar poderá ser observado hoje (30), a partir de algumas regiões remotas do planeta. Apesar de não visível para quem estiver em território brasileiro, o fenômeno poderá ser acompanhado por todos, graças à retransmissão que será feita pela página do Observatório Nacional no YouTube.

O fenômeno astronômico terá início às 15h45, mas a transmissão, com comentários da astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional, começará um pouco antes, às 15h.

Este eclipse só poderá ser observado, a olho nu, por quem estiver na parte sul da América do Sul, especialmente no extremo do continente, onde o eclipse será mais intenso, abrangendo entre 40% e 54% do disco do Sol. Poderá ser visto também em partes da Antártica e na parte sul dos oceanos Pacífico e Atlântico.

Quem acompanhar a retransmissão comentada do Observatório Nacional verá também outras atrações interessantes prometidas pela astrônoma Josina Nascimento. Além de explicar detalhadamente como ocorrem os eclipses, ela disponibilizará imagens de um outro eclipse. Este, observado a partir de Marte.

“São imagens obtidas do ponto de vista marciano, flagradas pelo rover (astromóvel) Perseverance, que está em Marte. O vídeo mostra o momento em que a lua Fobos passou em frente ao Sol. É imperdível”, disse à Agência Brasil a astrônoma.

Lua entre o Sol e a Terra
Eclipses solares ocorrem quando a Lua fica entre o Sol e a Terra, projetando uma sombra sobre o planeta. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada.

Se o observador está na estreita faixa da Terra atingida pela umbra, ele vai ver o eclipse total. Se está na área atingida pela penumbra, verá como parcial. “E, nos casos em que não há definição da umbra, como nos eclipses solares de 2022, temos somente eclipse parcial.”

Em média, um eclipse total do Sol ocorre a cada 18 meses, mas, por serem visíveis somente em estreita faixa sobre a Terra, parecem muito raros.

Cuidados para a observação
A observação de eclipses solares nunca deve ser feita a olho nu, nem com óculos escuros, chapas de raio X ou filmes fotográficos, porque a claridade e o calor do Sol podem danificar seriamente a retina.

Uma sugestão dada por especialistas aos interessados em fazer esse tipo de observação é que procurem, em lojas de ferragens ou de materiais de construção, o chamado vidro de solda. A tonalidade desse vidro deve ser, no mínimo, 14. O vidro deve ser colocado diante dos olhos para uma observação segura do Sol.

Outras retransmissões
Diante do grande interesse causado pela astronomia, o Observatório Nacional tem feito diversas lives (transmissões ao vivo), nas quais comenta eventuais fenômenos que estejam ocorrendo.

Josina fará outra transmissão, neste domingo (1º), às 4h, na qual mostrará imagens e comentará a conjunção entre os dois planetas mais brilhantes: Júpiter e Vênus. “Essa live será muito especial porque mostraremos algo que não é visível a olho nu: a participação de Netuno nesse alinhamento”, disse a astrônoma.

“Isso será possível porque mostraremos imagens captadas a partir dos telescópios de astrônomos profissionais e amadores, parceiros do Observatório”, completou.

*Agência Brasil


A organização da Copa do Mundo do Catar, que será disputada entre novembro e dezembro deste ano, avisou nesta sexta-feira que não vai tolerar bandeiras de arco-íris, que representam o movimento em defesa dos direitos LGBTQIA+, nas arquibancadas dos oito estádios do Mundial. De acordo com um dos dirigentes do comitê organizador da Copa, a medida será tomada para “proteger” os torcedores.

Em entrevista à agência de notícias The Associated Press, o major-general Abdulaziz Abdullah Al Ansari afirmou que o país e a Copa vão receber bem casais homossexuais, apesar das leis que criminalizam a homossexualidade no Catar, mas não vão aceitar bandeiras que “promovem” o movimento.

“Se um torcedor levantar uma bandeira de arco-íris e eu tirá-la de sua mão, não seria porque eu quero ou porque estou insultando ele. Será para protegê-lo”, disse Al Ansari, um dos principais responsáveis pela segurança da Copa do Mundo. “Porque se eu não fizer isso, alguém poderá atacá-lo… Não posso garantir o bom comportamento de todos. E vou dizer ao torcedor: ‘Por favor, não é necessário levantar a bandeira neste local’”.

O dirigente disse que “atos político” não serão permitidos nos estádios da Copa. “Percebemos que este torcedor comprou o ingresso para vir aqui assistir ao jogo, não para fazer uma demonstração ou um ato político ou qualquer coisa que esteja em sua mente”, declarou. “Assista ao jogo. Isso é legal. Mas não venha aqui insultar toda a nossa sociedade por isso.”

As declarações de Al Ansari contrastam com as palavras recentes do presidente da Fifa. Nesta semana, Gianni Infantino afirmou que “todos vão perceber que todos serão muito bem-vindos aqui no Catar, mesmo nos casos de LGBTQ”.

Al Ansari reiterou que não está rejeitando integrantes desta comunidade ou anunciando que não serão bem-vindos. “Reservem o quarto juntos, durmam juntos… Isso não é da nossa conta. Estamos aqui para gerenciar o torneio. Não vamos além das coisas pessoais individuais que podem estar acontecendo entre essas pessoas… Essa é a ideia. Aqui não podemos mudar as leis. Você não pode mudar a religião durante os 28 dias da Copa do Mundo.”

A forma como torcedores homossexuais serão tratados no Catar é alvo de preocupação por parte de entidades ligadas ao futebol e ao movimento nos últimos meses. A rede FARE, que monitora eventuais casos de discriminação nos jogos, pediu que todos os torcedores sejam respeitados durante a disputa do Mundial.

Nesta sexta-feira, a rede rebateu as declarações de Al Ansari. “A ideia de que a bandeira, que é reconhecida universalmente como símbolo da diversidade e igualdade, será retirada das pessoas para protegê-las não será considerada aceitável. E será encarada apenas como um pretexto (para o preconceito)”, afirmou Piara Powar, diretor executivo da FARE.

“Já estive no Catar por diversas vezes e não espero que a torcida local ou a população catariana ataquem alguém apenas por causa da bandeira do arco-íris. O maior perigo vem das ações do Estado”, destacou Powar.

Informações Terra Brasil Noticias


Sul-africano comprou o Twitter nesta segunda-feira

Elon Musk Foto: EFE/EPA/BRITTA PEDERSEN

O bilionário Elon Musk confirmou, nesta segunda-feira (25), a compra do Twitter pelo valor de 44 bilhões de dólares (cerca de R$ 214 bilhões). Dono da Tesla e da SpaceX, o sul-africano de 50 anos foi considerado a pessoa mais rica do mundo em 2022 e tem uma fortuna de 219 bilhões (R$ 1,021 trilhão), segundo a revista Forbes.

Ainda de acordo com a Forbes, a maior parte do patrimônio de Musk vem da montadora de veículos elétricos Tesla. Ele detém 23% das ações da companhia. As informações são do portal UOL.

A outra fonte de riqueza de Elon é a SpaceX. Em fevereiro a empresa de foguetes foi avaliada em 74 bilhões de dólares (R$ 360 bilhões).

Nascido em uma família rica, em Pretória, na África do Sul, Elon é filho da nutricionista e modelo Maye Musk com Errol Musk, um engenheiro mecânico, piloto de aviões e empresário.

Quando os pais de Musk se divorciaram, seu irmão mais novo e sua irmã decidiram ficar com a mãe. Já Elon foi morar com o pai. Ele aprendeu programação sozinho quando era criança. Aos 12, fechou seu primeiro negócio ao escrever o código de videogame e o vender para a revista PC and Office Technology, por 500 dólares (R$ 2.438 mil).

Elon foi para o Canadá quando tinha 17 anos. No país, ele trabalhou como limpador de boilers e cortador de madeira para pagar as contas e se matricular na Queen’s University. Durante os estudos, Musk começou a vender peças de computador e PCs completos para outros estudantes.

O sul-africano mudou para a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, onde formou-se em economia e física. Ele conseguiu uma vaga para fazer doutorado em Stanford, mas em poucos dias deixou tudo para construir uma startup com seu irmão, Kimbal.

Os irmãos criaram o software Zip2, de guia da cidade para jornais. Eles tinham 28 mil dólares (R$ 128 mil), quantia que foi emprestada pelo pai. Em 1999, o Zip2 foi vendido por 307 milhões de dólares (R$ 1.497 bilhões). Musk ficou com 22 milhões de dólares (R$ 107 milhões) da venda.

Elon decidiu investir no X.com, um serviço de pagamentos online, que se fundiu com sua principal rival e virou PayPal. Musk lucrou 180 milhões de dólares (R$ 877 milhões), em 2002, quando o eBay comprou o PayPal.

Quando tinha 31 anos de idade, o sul-africano já tinha um patrimônio de 165 milhões de dólares (R$ 804 milhões).

A SpaceX foi criada por ele em maio de 2002. Logo depois, ele foi cofundador da Tesla.

Em 2008, um empréstimo de 456 milhões de dólares (R$ 2.224 bilhões) concedido do governo dos EUA salvou a Tesla da falência.

Ele também é cofundador da SolarCity, que fornece sistemas de energia solar, além da empresa Boring Company, que explora o subsolo.

Apesar dos bons resultados, Musk disse que chegou a viver de empréstimos de amigos, enquanto tentava manter suas empresas funcionando, após ter se divorciado de sua primeira esposa, no fim de 2008. Quando a Tesla estreou na bolsa de valores, em 2010, a fortuna de Musk disparou.

Informações Pleno News


elon musk
Foto: Reprodução / Youtube / TED



Após uma semana de deliberações, o bilionário Elon Musk confirmou, nesta segunda-feira (25), a compra do Twitter pelo valor de 44 bilhões de dólares (cerca de R$ 214 bilhões). Parte do conselho de administração da rede social ainda vinha resistindo à proposta, mas a vontade da maioria dos acionistas de aceitar a oferta prevaleceu nas negociações.

Com a decisão, o magnata passará a ser o único dono da empresa e fechará o capital da rede social.

A confirmação da compra fez as ações do Twitter dispararem durante esta tarde, em alta de 5,52% na Nasdaq (Nova York), a 51,63 de dólares. Na Bolsa de Valores brasileira, os recibos de ações da plataforma foram valorizados em 7,63%, saindo a R$ 126,46 cada.

Formado por 11 pessoas, o Conselho do Twitter se reuniu nesta manhã para analisar a proposta de Musk. Segundo fontes ligadas ao caso, o ponto de virada para o conselho foi a obtenção de garantias de que a oferta de Musk de 54,20 dólares (R$ 264) por ação seria cumprida.

Em entrevista recente durante o evento TED, o CEO da Tesla e da SpaceX esclareceu qual é sua real intenção em comprar a plataforma. Segundo Musk, seu objetivo não é o lucro, mas a preservação da liberdade de expressão no mundo.

– É realmente importante que as pessoas tenham a realidade e as percepções [sobre a realidade] e que elas sejam capazes de se expressar livremente dentro dos limites da lei – ponderou Musk.

Recentemente, ele já havia demonstrado preocupação sobre como a rede social estava moderando seus conteúdos. O bilionário chegou a considerar a ideia de criar uma nova plataforma com essa premissa. Ele optou, no entanto, por investir na compra do Twitter, plataforma já consagrada entre os internautas.

Inicialmente, Musk comprou 9% das ações da empresa, se tornando o maior acionista da rede. Ele chegou a ser convidado para fazer parte do conselho diretor, mas declinou da oferta, visto que aceitar a proposta o impediria de possuir mais de 14,9% das ações durante dois anos.

*Pleno.News


General russo afirmou que o país está tentando ganhar o controle de uma faixa de território que se estende até a Moldávia

Presidente da Rússia, Vladimir Putin Foto: EFE/EPA/SERGEI GUNEYEV

A Rússia pretende assumir o “controle total” do sul da Ucrânia, disse um alto comandante militar russo nesta sexta-feira (22), embora não tenha ficado claro se o anúncio representa uma mudança da política oficial do Kremlin para a guerra. O general Rustam Minnekayev disse que uma segunda fase da guerra começou esta semana.

– Um dos objetivos dessa fase é assumir o controle total do Donbas e do sul da Ucrânia – disse.

De acordo com o general, a Rússia está tentando ganhar o controle de uma faixa de território que se estende até a Moldávia, o que permitiria que Moscou “influencie elementos críticos da economia ucraniana” e ganhe “mais um ponto de acesso” ao enclave da Transdnístria, um território separatista pró-Russia no leste da Moldávia.

Essas são metas muito mais ambiciosas do que as estabelecidas pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, nas últimas semanas, que se concentraram em ganhar o controle da região de Donbas, no leste da Ucrânia.

As metas apresentadas pelo general Minnekayev não parecem ser realistas, pelo menos por enquanto, já que os observadores militares questionam se a Rússia tem tropas e equipamentos suficientes para vencer em Donbas e no sul da Ucrânia, que abriga Odessa, uma cidade fortificada com 1 milhão de habitantes.

*AE

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