Pentágono disse que a ação é uma resposta aos recentes ataques contra as tropas da coalizão americana e internacional no Iraque
Os Estados Unidos bombardearam, nesta quinta-feira (25), supostas posições das milícias pró-iranianas na Síria, em primeiro ataque ordenado pelo presidente Joe Bidendesde que assumiu o cargo, segundo informações do Pentágono.
– Sob instruções do presidente Biden, as forças militares americanas realizaram esta noite ataques aéreos contra a infraestrutura utilizada por grupos militantes apoiados pelo Irã no leste da Síria – declarou Washington em comunicado.
Os EUA afirmaram que os ataques aéreos destruíram várias instalações localizadas em um posto de controle fronteiriço próximo ao Iraque e utilizadas pelo Kataib Hezbollah e outras milícias pró-iranianas.
O Pentágono disse que a ação é uma resposta aos recentes ataques contra as tropas da coalizão americana e internacional no Iraque, assim como o que definiu como ameaças contínuas a esse pessoal.
– Esta operação envia uma mensagem inequívoca: o presidente Biden agirá para proteger o pessoal dos EUA e da coalizão – frisou o Departamento de Defesa americano.
A embaixada dos EUA em Bagdá foi alvo de um ataque na última segunda-feira (22), quando dois foguetes Katiusha atingiram o exterior de suas instalações na chamada Zona Verde.
Uma semana antes, no dia 15, um soldado americano foi ferido e um empreiteiro foi morto em Erbil, a capital do Curdistão iraquiano, após o impacto de vários katiushas, três dos quais no aeroporto da capital.
Informações Pleno News
A Pfizer pediu a alguns países que colocassem seus ativos soberanos –que incluem edifícios de embaixadas e bases militares– como garantia contra o custo de futuros processos judiciais por efeitos colaterais, revela uma investigação conduzida pelo Bureau of Investigative Journalism, com sede em Londres, no Reino Unido, e pelo jornal investigativo OjoPúblico, do Peru.
Um funcionário que esteve presente nas negociações do laboratório norte-americano descreveu as demandas da Pfizer como “intimidação de alto nível” e disse que o governo [de um país não-identificado] sentiu que estava sendo “chantageado” para ter acesso às vacinas.CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE 2
No caso desse país, que não foi identificado a pedido das autoridades que prestaram depoimento para o relatório, as demandas da gigante farmacêutica levaram a um atraso de três meses no acordo de compra da vacina. No caso da Argentina e do Brasil, nenhum acordo nacional foi alcançado.
No Peru, a Pfizer solicitou durante o processo de negociação a inclusão de cláusulas que reduzissem a responsabilidade da empresa em caso de possíveis efeitos adversos. Qualquer atraso nos países que recebem vacinas significa um aumento constante de pessoas que contraem Covid-19, e potencialmente morrem.CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE 3
Autoridades da Argentina e de um outro país latino-americano, cujo nome também não pode ser revelado, já que as autoridades assinaram um acordo de confidencialidade com a Pfizer, disseram que os negociadores da empresa exigiram uma compensação adicional contra quaisquer ações civis que os cidadãos pudessem apresentar se experimentassem efeitos colaterais após serem vacinados.
Na Argentina e no Brasil, a Pfizer solicitou que os ativos soberanos fossem colocados como garantia para cobrir possíveis custos legais futuros.CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE 4
Situação semelhante ocorreu no Peru. Nas negociações, a Pfizer teria solicitado a inclusão de cláusulas que isentassem a farmacêutica de responsabilidade pelos eventuais efeitos adversos da vacina ou pelo atraso na entrega dos lotes ou em futuras ações judiciais e indenizações.
As cláusulas foram consideradas extremas pelo Ministério de Relações Exteriores peruano, segundo fontes próximas às negociações. As mesmas fontes apontaram que as condições neste laboratório eram diferentes das de outros desenvolvedores de vacinas.
“Apartheid” de vacinas
Alguns ativistas alertam para um “apartheid de vacinas” em que países ricos poderiam ser vacinados anos antes de regiões mais pobres. Recentemente, especialistas jurídicos expressaram preocupação com o fato de os processos da Pfizer constituírem um abuso de poder.
“As empresas farmacêuticas não devem usar seu poder para limitar as vacinas que salvam vidas em países de baixa e média renda”, disse o professor Lawrence Gostin, diretor do Centro de Colaboração da Organização Mundial de Saúde sobre Leis de Saúde Nacional e Global, “[Isso] parece ser exatamente o que eles estão fazendo”, afirmou, em relação ao relatório.
A figura jurídica da “isenção de responsabilidade” não deve ser usada como “uma ameaça pairando sobre as cabeças de países desesperados com populações desesperadas”, acrescentou.
A Pfizer está em negociações com mais de 100 países e organizações supranacionais e tem acordos de fornecimento com nove países da América Latina e Caribe: Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai. No entanto, os termos desses acordos são desconhecidos.
A Pfizer declarou ao Bureau of Investigative Journalism que, “globalmente, o laboratório aloca doses para países de baixa e média-baixa renda a um preço sem fins lucrativos, incluindo um contrato de compra antecipada com a Covax para fornecer até 40 milhões de doses em 2021.” “Estamos comprometidos para apoiar os esforços para fornecer aos países em desenvolvimento o mesmo acesso às vacinas que o resto do mundo”, disse o porta-voz da Pfizer, apesar da recusa em comentar as negociações privadas em andamento.
A maioria dos governos oferece indenização (“isenção de responsabilidade”) aos fabricantes de vacinas dos quais compram os imunizantes. Isso significa que um cidadão que sofre um evento colateral após a vacinação pode entrar com uma ação contra o fabricante e, se for bem-sucedido, o governo pagaria a indenização. Em alguns países, as pessoas também podem solicitar compensação por meio de outras estruturas sem ir a julgamento.
No entanto, funcionários do governo argentino e do país que pediu para não ser mencionado neste relatório indicaram à equipe desta investigação que consideravam que as demandas da Pfizer iam além das de outros fabricantes de vacinas, e além das condições da Covax, organização criada para garantir que os países de baixa renda tenham acesso às vacinas. Isso representaria um ônus adicional para alguns países, porque significa ter que contratar advogados especializados e, às vezes, aprovar uma nova legislação complexa, a fim de isentar os fabricantes de suas responsabilidades.
“Uma exigência extrema”
A Pfizer buscou uma isenção adicional em processos cíveis, para que a empresa não seja responsável pelos raros efeitos colaterais causados por sua vacina, ou por seus próprios atos de negligência, fraude ou dolo. Isso inclui aqueles relacionados às práticas da empresa, como, por exemplo, se a Pfizer enviar a vacina errada ou se cometer erros durante a fabricação do imunizante.
“Certas proteções contra responsabilidade são garantidas, mas certamente não em casos de fraude, negligência grosseira, má-gestão ou falha no cumprimento das boas práticas de fabricação”, disse Gostin. “As empresas não têm o direito de reclamar indenização por essas coisas”, concluiu.
“A Pfizer se comportou mal com a Argentina”, disse Ginés González García, então ministro da Saúde da Argentina. “Eles mostraram uma intolerância tremenda conosco”, avaliou. González García renunciou no sábado passado depois que se soube que o jornalista Horacio Verbitsky e outros argentinos foram vacinados fora do processo formal de imunização e uma investigação foi iniciada no país contra mais “vacinados VIP”.
As mesmas demandas foram feitas ao Ministério da Saúde do Brasil. A Pfizer pediu indenização e pediu ao ministério que colocasse ativos soberanos como garantia, além de criar um fundo de garantia com dinheiro depositado em conta no exterior. Em janeiro, o ministério brasileiro rejeitou essas condições, chamando-as de “abusivas”.
Informações Terra Brasil Notícias
Caso havia sido arquivado em junho de 2019, mas em dezembro de 2020 a defesa da mulher conseguiu a reabertura
Nem aos 72 anos o eterno garoto-problema do cinema francês dá trégua à Justiça. A polícia francesa está investigando formalmente o ator Gérard Depardieu após acusações de estupro e agressão sexual por uma atriz de 22 anos.
Segundo a vítima, a violação aconteceu em duas ocasiões em agosto de 2018, na casa de Depardieu em Paris. O caso havia sido arquivado em junho de 2019, mas em dezembro de 2020 a defesa da mulher conseguiu que ele fosse reaberto e distribuído a um juiz de instrução.
Na França, antes da investigação formal, é feito uma investigação prévia. Se há pistas ou motivos de que o crime possa ter ocorrido, o caso é levado a instâncias superiores.
O magistrado considerou que havia indícios de crime, por isso Depardieu agora é formalmente foi acusado de estupro e agressão sexual. O advogado do ator, Hervé Temime, falou com a CNN e disse que seu cliente conhece a mulher que o acusa, mas nega a totalmente qualquer agressão, violação e ato criminal.
“Tenho provas contundentes que demonstram que não houve delito. É o oposto da personalidade de Depardieu”, diz. “Lamento que a investigação não tenha se mantido em segredo como de costume”, completa. Gérard Depardieu responde em liberdade e sem qualquer controle judicial.
A vida de Depardieu por si só daria um filme. A infância do ator foi marcada por uma família desestruturada, um pai agressivo e muitos episódios de violência. Na auto-biografia Ça C’est Fait Comme Ça, o ator conta que começou a se prostituir aos 10 anos porque “sabia que seu visual agradava os homossexuais”.
O livro também conta que aos 20 anos se sustentava por meio de roubos e furtos. Já mais velho, confessou em entrevistas ser alcoólatra e que é normal beber 14 garrafas de vinho num “mal dia”.
Mas os problemas não interferiram no que ele fazia nas telas. Gérard Depardieu ganhou diversos prêmios com seu trabalho na atuação: ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator em 1990 por seu trabalho em ‘Green Card’, o prêmio de Cannes em 1990 por ‘Cyrano’, o prêmio César em 1980 em ‘O Último Metrô’ e 1990 por Cyrano, entre outros. Fez também filmes mais comerciais como a franquia de ‘Asterix e Obelix’ e ‘102 Dalmatas’.
Em 1990 ele foi indicado ao Oscar por sua atuação em Cyrano, mas um equívoco da revista Times o prejudicou na competição. Durante uma entrevista, Depardieu disse, em francês, que havia “presenciado um estupro”, mas a publicação traduziu erroneamente como “participei de um estupro”. Além de prejudicar a premiação, ele também foi afastado de contratos publicitários e outras produções.
Atualmente, o ator é casado com a escritora Clémentine Igou e é pai de Julie Depardieu, Roxane Depardieu, Jean Depardieu e Guillaume Depardieu (morto em 2008).
Informações CNN Brasil
Idosos e pessoas do grupo de risco foram excluídas da prioridade
Os 277 integrantes da Assembleia Nacional da Venezuela começaram a receber a vacina Sputnik V, seguindo o plano contra a Covid-19 proposto pelo governo, que, até esta terça-feira (23), imunizou menos de 10% dos profissionais de saúde e excluiu os idosos.
Pelo menos três deputados da oposição relataram em redes sociais que foram vacinados com uma dose do medicamento russo, cujo primeiro lote, com 100 mil doses, chegou ao país em meados deste mês e será destinado a menos de 0,5% da população.
Os parlamentares Alfonso Campos, Anyelith Tamayo e Rubén Limas anunciaram que já tinham sido vacinados, mas a lista de deputados imunizados é mais longa e inclui, até o momento, pelo menos dez, de acordo com fontes legislativas consultadas pela Agência Efe.
Está prevista a vacinação total do plenário, onde 92% dos integrantes são pró-governo. No entanto, o plano do governo dizia que os trabalhadores da saúde seriam os primeiros a receber proteção nesta primeira fase.
Esse esquema de vacinação incluirá os parentes diretos do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, uma vez que tanto a sua esposa, Cilia Flores, como o seu filho, Nicolás Maduro Guerra, ocupam cadeiras na câmara.
O presidente explicou na semana passada que, depois de toda a vacinação dos profissionais da saúde, seriam imunizados trabalhadores sociais, as forças de segurança e as autoridades do governo, incluindo os deputados do Parlamento.
Desta forma, vários líderes chavistas também se beneficiarão deste tratamento preferencial, entre eles o deputado Diosdado Cabello, que sofreu com a doença em 2020.
Entretanto, o plano de vacinação, que começou na quinta-feira (18) passada, proporcionou proteção a dezenas de trabalhadores da saúde, mas nenhum balanço oficial foi divulgado até agora.
Vários governadores e prefeito pró-governo relataram a chegada de algumas doses de Sputnik V às suas regiões, enquanto o governo assegura que o imunizante já está sendo aplicado em todo o país, sem explicar as quantidades.
A governadora de Táchira (na fronteira com a Colômbia), a opositora Laidy Gómez, denunciou o “desvio” de algumas vacinas na região e pediu ao governo que aderisse às normas internacionais e priorizasse os trabalhadores da saúde.
Pleno News com informações da agência EFE
Atleta sofreu vários ferimentos nas pernas
O campeão de golfe Tiger Woods ficou ferido em um acidente de carro em Los Angeles nesta terça-feira (23), segundo noticiado pela imprensa local, que ainda não confirmou o estado de saúde do multicampeão.
O acidente ocorreu pela manhã desta terça em Ranchos Palos Verdes, uma cidade dentro do condado de Los Angeles. Os bombeiros, de acordo com relatos iniciais, conseguiram tirar Woods de seu veículo.
De acordo com o site TMZ, Woods teve vários ferimentos nas pernas. Seu estado de saúde ainda não foi divulgado.
Informações Pleno News /Agência EFE
Os agressores também marcaram os corpos dos cristãos utilizando facas
Um grupo de criminosos atacou um grupo de pessoas que estava na Casa de Restauração “12 Homens de Valor”, na Igreja Cristã, localizada no setor El Arenal, em Mérida, Venezuela.
O lugar é dedicado a reabilitar pessoas com problemas de dependência de drogas. Com o ataque, cerca de quatro pessoas ficaram feridas. Alguns cristãos tiveram fraturas e outros foram marcados em seus corpos, com facas, com um “X”, enquanto eram forçados a comer a Bíblia.
Adelis José Lobo, uma das vítimas do ataque, contou por meio de um áudio compartilhado nas redes sociais sobre o terror que ela viveu durante o ataque. Os homens armados invadiram o local, rendendo os seguidores de Jesus e os jogando no chão, cobrindo-lhes os rostos e agredindo-os com paus e pedras.
O pastor Cristian Dugarte relatou que os cristãos agredidos são pessoas em processo de restauração. Ele acredita que os autores da agressão sejam grupos que são contra o trabalho realizado pela igreja, que luta para resgatar os jovens das drogas.
O líder teme que os familiares das pessoas que estão no abrigo também possam enfrentar agressões.
Os bombeiros da cidade compareceram ao local e prestaram atendimento aos feridos, encaminhando-os para hospitais e centros de saúde. Além dos cortes e golpes pelo corpo, um dos homens teve um ferimento profundo na cabeça e outro teve o braço quebrado.
Informações Pleno News
Chegada a São Paulo está prevista para as 6h55 de amanhã
Um avião da companhia Emirates, com remessa de 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19 decolou na madrugada de hoje (22) de Mumbai, na Índia, e deve chegar a São Paulo às 6h55 desta terça-feira.
A aeronave deixou a cidade indiana por volta das 10h30 da manhã (horário local), o que equivale a 2h da madrugada de hoje no horário de Brasília. A carga fará escala em Dubai, nos Emirados Árabes, de onde decolará para São Paulo às 22h40 (horário local) – 15h40 de hoje (horário de Brasília).
O voo chegará a São Paulo amanhã de manhã e as vacinas seguirão para o Rio de Janeiro, onde serão levadas para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).
As doses foram produzidas pelo Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia e maior produtor mundial de vacinas. Mesmo prontas, as vacinas precisarão passar primeiro por Bio-Manguinhos para que possam ser rotuladas antes de serem distribuídas ao Programa Nacional de Imunizações.
A importação de doses prontas é uma estratégia paralela à produção de vacinas acertada entre a AstraZeneca e a Fiocruz. Para acelerar a disponibilidade de vacinas à população, 2 milhões de doses já foram trazidas da Índia em janeiro e está previsto um total de 10 milhões de doses prontas a serem importadas. Além dos 2 milhões que chegam amanhã ao país, mais 8 milhões estão previstas para os próximos dois meses.
Enquanto negocia a chegada das doses prontas, a Fiocruz trabalha na produção local das vacinas Oxford/AstraZeneca. Segundo o acordo com a farmacêutica anglo-sueca, a Fiocruz vai produzir 100,4 milhões de doses de vacinas até julho, a partir de um ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado. A primeira remessa desse insumo já chegou ao Bio-Manguinhos e o primeiro milhão de doses produzido na Fiocruz tem entrega prevista para o período de 15 a 19 de março.
De acordo com a fundação, os dois primeiros lotes estarão liberados internamente nos próximos dias. Esses lotes são destinados a testes para o estabelecimento dos parâmetros de produção.
“Com esses resultados, a instituição produzirá os três lotes de validação, cuja documentação será submetida à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esses lotes somarão cerca de 1 milhão de doses e seus resultados serão enviados à Anvisa até meados de março”.
Também está em andamento na Fiocruz o processo de transferência de tecnologia para a produção do IFA no Brasil, o que tornará a fundação autossuficiente na produção das vacinas. A previsão é que as primeiras doses com IFA nacional sejam entregues ao Ministério da Saúde em agosto, e, até o fim de 2021, seja possível entregar 110 milhões de doses, elevando o total produzido no ano pela Fiocruz para 210,4 milhões.
Informações Agência Brasil
CNN Brasil- Era final de maio. O mundo assistia impotente à pandemia de Covid-19 que avançava desgovernada, país após país, no que mais tarde seria chamado de “a primeira onda” de infecções. Depois que China, Itália e Reino Unido se tornaram os epicentros da pandemia, vieram as cidades dos Estados Unidos, especialmente Nova York. Daí, no final do outono, o coronavírus se espalhou pela América do Sul.
Em 27 de maio, o Chile, junto com o Peru, tinha atingido as maiores taxas de infecção per capita do mundo em uma média móvel de sete dias, de acordo com a Our World in Data (OWID), um site de estatísticas independente com sede na Universidade de Oxford. O Chile estava se aproximando rapidamente de 80 mil infecções e mais de 800 pessoas já haviam morrido até então.
Avance nove meses e o Chile estará em uma categoria totalmente diferente. Enquanto alguns países latino-americanos (como a Nicarágua) ainda não receberam nenhuma vacina, a nação andina de 19 milhões de habitantes já havia aplicado mais de um milhão de doses da vacina até 9 de fevereiro. Eram dois milhões na segunda-feira (15) e o ritmo de vacinação continua acelerado.
Com 12,43 vacinados para cada 100 pessoas, o Chile agora tem o quinto melhor índice de vacinação per capita no mundo depois de Israel (79,48), Emirados Árabes Unidos (53,43), Reino Unido (24,3) e Estados Unidos (17).
O país está se saindo ainda melhor que a União Europeia (5,19) e a China (2,82) e sua taxa é quatro vezes melhor que a do Brasil, que tem a segunda melhor taxa da América Latina (2,77), segundo dados da base de dados OWID de Oxford.
Primeiro, o governo chileno decidiu muito cedo não poupar esforços para adquirir uma vacina – qualquer vacina – e providenciou a compra de 35,7 milhões de doses até agora, o que significa que terá a capacidade de vacinar mais de 90% de sua população.
De acordo com o ministro da Saúde do Chile, doutor Enrique Paris, o país adquiriu ou está recebendo 10 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech e mais 10 milhões da Sinovac. Posteriormente, o Chile fechou acordos com Covax (OMS), Johnson & Johnson e Astrazeneca para chegar ao total de 35,7 milhões de doses.
O doutor Elmer Hurta, médico colaborador da CNN en Español e especialista em saúde pública e política de saúde na América Latina, diz que essa estratégia multifacetada tem sido muito bem-sucedida.
“O Chile não hesitou em fechar contratos com Sinovac, Pfizer ou AstraZeneca. O importante é que, desde muito cedo, o país percebeu que era necessário fechar vários acordos com fabricantes de vacinas. Na América Latina, o Chile é um dos países mais bem posicionados para fazer negócios e isso tem lhe dado uma vantagem”, afirmou Huerta.
Além disso, as autoridades chilenas aderiram aos esforços, transformando qualquer espaço público viável em um centro de vacinação. A CNN visitou recentemente um pátio no campus da Pontifícia Universidade Católica do Chile, em Santiago. O espaço que normalmente estaria preenchido por estudantes universitários foi convertido em uma clínica altamente organizada e eficiente. O local é um dos muitos centros de vacinação Covid-19 em todo o país.
Gabriela Valderrama, uma moradora de Santiago que tomou a vacina no campus da faculdade, descreveu o processo como “fantástico” e muito bem organizado. “É fenomenal que eles tenham dias separados para grupos de diferentes idades”, opinou.
Além de escolas e prédios do governo, as autoridades de saúde abriram postos de vacinação em todo o país em locais como shoppings e estádios de futebol.
“Uma coisa é comprar uma vacina e tê-la disponível e outra totalmente diferente é injetá-la no braço das pessoas. E isso é logística. O Chile teve ótima distribuição e vacinação. Abriu centros de vacinação em locais estratégicos próximos e convenientes à população, ao contrário dos Estados Unidos, onde começamos a vacinar as pessoas em hospitais e grandes locais onde as pessoas se aglomeraram rapidamente”, comparou o doutor Huerta.
Edgardo Cruz, um morador de Santiago de 71 anos que tomou sua primeira dose na Pontifícia Universidade Católica do Chile, diz que está orgulhoso do esforço feito até agora.
“Somos um modelo internacional agora. Acho que comprar vacinas e investir [na aquisição] desde maio foi um esforço que valeu a pena”, disse.
Uma mensagem unificada sobre o distanciamento social vinda do governo e o uso de máscaras também ajudaram.
O próprio presidente Sebastián Piñera, que tem 71 anos e, portanto, era elegível para receber a vacina na semana passada, aproveitou a oportunidade para demonstrar sua posição usando máscara.
“Gostaria que meus compatriotas soubessem que esta vacina é segura, eficaz e que fizemos um enorme esforço para inocular todos os chilenos, todos os cidadãos de nosso país”, declarou após receber a primeira injeção da chinesa Sinovac. A segunda dose será aplicada em 15 de março.
“O Chile também deixou a política de lado. Os políticos do país perceberam que Covid-19 era o inimigo e reduziram as tensões entre os partidos políticos, trabalhando juntos para o objetivo unificado de controlar a pandemia”, disse o doutor Huerta.
Enquanto outros países lutam para decidir quem deve tomar a vacina após os trabalhadores da linha de frente, as autoridades chilenas sugeriram um calendário de vacinação que está sendo seguido à risca.
Depois dos profissionais de saúde, o foco foram os idosos. A partir de segunda-feira (15), professores, farmacêuticos e policiais se tornaram elegíveis.
Com menos de 19 milhões de habitantes, o tamanho relativamente pequeno da população do Chile também é uma vantagem. Isso significa que cada vacina vai mais longe em direção à meta nacional de imunidade de rebanho, especialmente quando comparada com populações maiores como as do Brasil, China ou União Europeia.
O objetivo do Ministério da Saúde é vacinar cinco milhões de pessoas até o final de março e quatro em cada cinco chilenos antes do final do primeiro semestre de 2021.
O jornalista Nicolás Cortés Guerrero colaborou em Santiago.
(Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).
Príncipe não teria gostado de resposta do casal à rainha Elizabeth
De acordo com o site britânico Sunday Times, o príncipe William não anda nada contente com o comportamento do príncipe Harry e de Meghan Markle em relação à rainha Elizabeth II. Ele achou um comentário feito pelo casal “desrespeitoso e petulante” e com isso está “triste e furioso”.
A rainha, ao retirar do neto os patrocínios honorários, afirmou que uma vida de serviço público não é compatível com a nova carreira do casal nos EUA.
O casal, que está a espera do segundo filho, rebateu com a resposta “o serviço é universal”.
Harry também abrirá mão de seus títulos militares e o casal deixará suas atividades como patronos de instituições culturais e filantrópicas. Essas medidas marcam a separação definitiva da família real britânica.
A apresentadora Oprah Winfrey passou dois dias da última semana com Harry e Meghan gravando uma entrevista que irá ao ar na TV dos EUA no dia 7 de março. De acordo com site Daily Mail, o príncipe William também se mostra preocupado com essa entrevista, por rumores de que será “sem censura”.
Informações Pleno News
Presidente já estava em conversa com o primeiro-ministro de Israel
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (15), em suas redes sociais, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) receberá em breve um pedido de análise para uso emergencial de um medicamento israelense no combate à Covid-19. O presidente já havia citado a possibilidade de importar a droga, chamada EXO-CD24, na última quinta-feira (11), após conversa por telefone com o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
EXO-CD24 é um spray nasal desenvolvido pelo Centro Médico Ichilov de Israel, com eficácia próxima de 100% (29/30), em casos graves, contra a Covid. Brevemente será enviado à Anvisa o pedido de análise para uso do medicamento – afirmou o presidente.
Acadêmicos israelenses afirmaram que 29 dos 30 pacientes com casos moderados a graves de covid-19, tratados com EXO-CD24, tiveram uma recuperação completa em cinco dias. Mais testes em humanos são necessários para provar que a droga inalada – desenvolvida como um medicamento para combater o câncer de ovário – realmente funciona.
Na postagem, Bolsonaro compartilha a publicação em que o primeiro-ministro de Israel afirma que os dois países devem cooperar para desenvolver medicamentos contra o novo coronavírus.
– Falei ontem, por telefone, com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que nos parabenizou pelo sucesso da campanha de vacinação em Israel. Concordamos em cooperar no desenvolvimento de medicamentos e vacinas contra o vírus corona. Espero que nos encontremos em breve! – diz a mensagem de Netanyahu, escrita em hebraico e publicada em português por Bolsonaro.
Assim como as vacinas, os estudos de medicamentos são divididos em várias etapas, e, no Brasil, precisam de autorização da Anvisa para acontecerem.
Na lista dos ensaios clínicos autorizados pela Anvisa ainda não consta o spray EXO-CD24. Na Fase 3 de testes clínicos, o medicamento é administrado a uma grande quantidade de pessoas, normalmente milhares, para que seja demonstrada a sua eficácia e segurança.
O presidente Bolsonaro defende que o Brasil participe da 3ª fase de testes do medicamento.
Informações Pleno News