Até o fim de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 2,5%, segundo as mais recentes estimativas divulgadas pelo Banco Mundial. A projeção anterior estava em 1,5%. Para 2023, a instituição manteve em 0,8% a previsão de aumento da economia, fruto da política do governo federal.
As estimativas para o PIB do Brasil estão mais em linha com as previsões do governo. No fim de setembro, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia elevou de 2% para 2,7% o crescimento do PIB em 2022.
Para 2023, as projeções divergem. O Orçamento Geral da União prevê crescimento de 2,5% do PIB do Brasil, enquanto as estimativas do Banco Mundial mostram expansão menor. As novas estimativas foram divulgadas depois de um encontro entre o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. As reuniões ocorrem na próxima semana, entre 10 e 16 de outubro, em Washington.
Segundo o relatório, os gastos sociais e os investimentos (obras públicas e compra de equipamentos) são elementos centrais para impulsionar o crescimento na América Latina no cenário pós-covid. O equilíbrio fiscal, contudo, deve ser buscado. Os gastos extras devem ser financiados por meio de novos impostos, reforma tributária e medidas para melhorar o gasto público.
Informações Revista Oeste
A taxa de desemprego no Brasil manteve a trajetória de queda iniciada na última metade do ano passado e recuou a 8,9% no trimestre encerrado em agosto. O percentual é o menor apurado desde julho de 2015, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com o recuo de 0,9 ponto percentual da taxa de desocupação, a quantidade de profissionais ainda fora da força de trabalho equivale a 9,7 milhões de pessoas. O número, que corresponde ao menor nível desde novembro de 2015, ocorre após um recuo de 8,8% (menos 937 mil pessoas) na quantidade de desocupados no trimestre e 30,1% (menos 4,2 milhões) no ano.
No período compreendido entre os meses de junho e agosto, o contingente de pessoas ocupadas foi de 99 milhões, um novo recorde na série histórica da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), iniciada em 2012.
O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar foi estimado em 57,1%, um crescimento em comparação com o trimestre anterior (de 56,4%) e acima do mesmo período do ano passado (53,4%). Para Adriana Beringuy, coordenadora da PNAD, os dados comprovam a recuperação do mercado de trabalho.
A pesquisa mostra ainda que o número de empregados sem carteira assinada no setor privado, de 13,2 milhões de pessoas, é o maior da série histórica, iniciada em 2012, com crescimento de 2,8% no trimestre (mais 355 mil pessoas) e de 16% (1,8 milhão de pessoas) no acumulado de 2022. Por outro lado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado cresceu 1,1% e chegou a 36 milhões.
O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar foi estimado em 57,1%, um crescimento em comparação com o trimestre anterior (de 56,4%) e acima do mesmo período do ano passado (53,4%). Para Adriana Beringuy, coordenadora da PNAD, os dados comprovam a recuperação do mercado de trabalho.
A pesquisa mostra ainda que o número de empregados sem carteira assinada no setor privado, de 13,2 milhões de pessoas, é o maior da série histórica, iniciada em 2012, com crescimento de 2,8% no trimestre (mais 355 mil pessoas) e de 16% (1,8 milhão de pessoas) no acumulado de 2022. Por outro lado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado cresceu 1,1% e chegou a 36 milhões.
*R7
A nova previsão do Banco Mundial é de que o PIB (Produto Interno Bruto) da China cresça só 2,8% em 2022. A instituição apresentou relatório com novas previsões para países asiáticos na 2ª feira (26.set.2022).
O PIB chinês cresceu 8,1% em 2021. A redução prevista para 2022 é consequência das restrições para acabar com a covid.
O Bank of America estima que o PIB do Brasil crescerá 3,25% em 2022. A Goldman Sachs estima alta de 2,9%.
Caso o crescimento brasileiro supere o da China, será a 1ª vez em 41 anos. Em 1980 o PIB do Brasil cresceu 9,2% e o da China 7,8%. Nunca mais o Brasil superou a China. A atual previsão do Banco Mundial para o Brasil é 1,5%. Saiu em junho. A revisão da América Latina sairá na 4ª feira (4.out).
Os analistas de mercado consultados pelo BC (Banco Central) vêm elevando as estimativas a cada semana. A mediana mais recente das estimativas do boletim Focus é 2,67%.
Informações TBN
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que é a prévia da inflação brasileira, teve queda de 0,37% em setembro, segundo mês consecutivo com deflação. Em agosto, a taxa havia sido de -0,73% e, em setembro de 2021, de 1,14%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esse resultado foi influenciado, mais uma vez, pela queda no grupo dos transportes (-2,35%), que contribuiu com -0,49 ponto percentual (p.p.) no índice do mês. Também houve recuo nos preços de comunicação (-2,74%) e alimentação e bebidas (-0,47%), com impactos de -0,14 p.p. e -0,10 p.p., respectivamente.
No lado das altas, a maior variação veio de vestuário (1,66%), que acelerou em relação a agosto (0,76%). O grupo saúde e cuidados pessoais (0,94%) também se destacou, com a segunda maior variação e o maior impacto positivo (0,12 p.p.) no índice de setembro. Os demais grupos ficaram entre o 0,12% de educação e o 0,83% de despesas pessoais.
O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, ficou em -0,97%; em 2021, no mesmo período, a variação acumulada foi de 2,77%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,63% e, em 12 meses, de 7,96%, abaixo dos 9,60% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Maiores quedas
O recuo de 9,47% no preço dos combustíveis foi responsável pela queda de 2,35% do grupo transportes. O etanol (-10,10%), a gasolina (-9,78%), o óleo diesel (-5,40%) e o gás veicular (-0,30%) tiveram seus preços reduzidos no período de referência do índice. A gasolina, em particular, contribuiu com o impacto negativo mais intenso, de -0,52 p.p., entre os 367 subitens pesquisados. A gasolina vendida para as distribuidoras teve redução de R$ 0,18 por litro em 16 de agosto, e de R$ 0,25 por litro em 2 de setembro, aplicadas pela Petrobras.
Houve queda também em ônibus urbano (-0,08%), com a redução das passagens aos domingos em Salvador (-0,82%), a partir de 11 de setembro. Já as passagens aéreas foram destaque entre as altas do grupo, com aumento de 8,20% nos preços, após a queda de 12,22% em agosto.
Outros subitens importantes na cesta do IPCA-15, como seguro voluntário de veículo (1,74%), emplacamento e licença (1,71%) e conserto de automóvel (0,62%), seguem em alta.
O grupo comunicação apresentou a maior variação negativa no índice do mês (-2,74%), influenciada pela redução no custo dos planos de telefonia fixa (-6,58%), telefonia móvel (-1,36%), nos pacotes de acesso à internet (-10,57%) e nos combos de telefonia, internet e tv por assinatura (-2,72%). Além disso, baixaram os preços dos aparelhos telefônicos (-0,99%).
Também contribuiu para as contas mais baratas a Lei Complementar 194/22, sancionada no fim de junho, que fixou um limite para a alíquota máxima de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.
O grupo alimentação e bebidas apresentou queda em setembro (-0,47%), resultado puxado para baixo pela alimentação no domicílio (-0,86%), principalmente por causa da redução nos preços do óleo de soja (-6,50%), do tomate (-8,04%) e do leite longa vida (-12,01%), produto responsável pelo maior impacto no índice nos dois meses anteriores. Apesar da queda, os preços do leite ainda acumulam alta de 58,19% no ano.
As maiores contribuições positivas entre os alimentos para consumo no domicílio vieram da cebola (11,39%), do frango em pedaços (1,64%) e das frutas (1,33%).
A alimentação fora do domicílio passou de 0,80%, em agosto, para 0,59% em setembro. Enquanto o lanche (0,94%) teve variação próxima à do mês anterior (0,97%), a refeição desacelerou de 0,72% para 0,36%.
Principais altas do mês
No grupo vestuário (1,66%), os preços das roupas femininas (1,83%), masculinas (1,78%) e
infantis (1,52%) voltaram a subir de forma mais intensa. Calçados e acessórios (1,58%) também apresentaram alta superior a 1%, e as joias e bijuterias (0,98%) tiveram variação positiva, após a queda de 0,36% observada em agosto.
Os itens higiene pessoal (1,28%) e planos de saúde (1,13%) foram os destaques do grupo saúde e cuidados pessoais, que registrou alta de 0,94% no mês. Além disso, os preços dos produtos farmacêuticos subiram 0,81% e contribuíram com 0,03 p.p. no IPCA-15 de setembro.
O grupo habitação, depois da queda de 0,37% em agosto, teve alta de 0,47% em setembro,
puxada pelo preço do gás de botijão (0,81%), pelo aluguel residencial (0,72%) e pela energia elétrica (0,41%). Em Belém (10,52%), a tarifa de energia por kWh foi reajustada em 14,74%, a partir de 7 de agosto.
O gás encanado foi outro subitem que apresentou alta em setembro, de 0,30%, devido a reajustes verificados em duas áreas: no Rio de Janeiro (0,13%), onde o aumento de 0,20% passou a vigorar em 1º de agosto; e em Curitiba (1,95%), local onde foi aplicado reajuste de 2,26% a partir de 9 de agosto.
Índices regionais
Quanto aos índices regionais, em setembro, foram verificadas variações negativas em 9 das 11 áreas analisadas. A menor alteração apareceu no Recife (-0,93%), influenciada pela queda nos preços da gasolina (-13,85%), seguido por Goiânia (-0,76%). O maior índice foi o de Belém (0,50%), puxado pela alta da energia elétrica residencial (10,52%). Na sequência, com a segunda maior variação, está Curitiba, com 0,03%.
Metodologia: A metodologia utilizada no cálculo do IPCA-15 é a mesma do IPCA. A diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. O indicador se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. Para o cálculo do índice deste mês, os preços foram coletados no período de 13 de agosto a 14 de setembro de 2022 (referência), e comparados com aqueles vigentes de 14 de julho a 12 de agosto de 2022 (base).
*R7
O saldo líquidos dos investimentos estrangeiros direitos no país (IDP) somaram US$ 52,6 bilhões nos primeiros seis meses do ano. O valor corresponde a cerca de R$ 280,84 bilhões, como informou nota estatística do Banco Central divulgada nesta segunda-feira (26). O valor supera o IDP líquido de todo o ano de 2021-US$ 46,4 bilhões, ou R$ 247,7 bilhões. Somente em julho deste ano, o IDP foi de US$ 7,7 bilhões, o que representa um aumento nominal de US$ 1,07 bilhão frente a julho do ano passado e US$ 2,5 bilhões com relação a junho último.
Considerando outros gastos de brasileiros no exterior e quanto os estrangeiros aplicam no Brasil, as reservas internacionais somaram US$ 346,4 bilhões em julho – aumento de US$ 4,4 bilhões em relação ao mês anterior. Segundo o BC, o resultado decorreu, principalmente, “das variações por preços e da receita de juros, que contribuíram para elevar o estoque em US$ 3,9 bilhões e US$ 540 milhões, respectivamente.”
Outros dados
Na comparação entre os meses de julho deste 2022 e 2021, houve uma redução de US$ 2,1 bilhões no saldo da balança comercial de bens, enquanto o déficit em serviços e em renda primária aumentou, respectivamente, US$ 790 milhões e US$179 milhões.
Os gastos de brasileiros em viagens ao exterior foi de US$ 7,03 bilhões no primeiro semestre deste ano, enquanto os gastos de estrangeiros no Brasil foi de US$ 2,7 bilhões, o que representa um saldo negativo de US$ 4,2 bilhões.
*CNN Brasil
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que se reuniu na última segunda-feira (19) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para apresentar opções para financiar o piso nacional da enfermagem. A articulação ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter suspendido a lei do piso, aprovada no Congresso por 60 dias, até que seja esclarecida a fonte de custeio da medida.
“Falei com o ministro Paulo Guedes. Ele não emitiu juízo de valor em relação a esses projetos. Pediu para recolher cada uma dessas ideias para levar à equipe econômica e fazer uma avaliação. Então, ele não se comprometeu com nenhum deles”, afirmou na noite de segunda-feira.
Pacheco, que ocupa interinamente o cargo de presidente da República durante as viagens internacionais de Jair Bolsonaro (PL), se refere aos projetos que podem resolver o financiamento do piso e que foram discutidos por ele na segunda-feira com lideranças do Senado.
Nesta terça-feira (20), o presidente em exercício se reúne com o relator-geral do Orçamento de 2023, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), para debater o assunto. Castro já afirmou que vai propor que o piso da enfermagem fique fora do teto de gastos — regra que limita os gastos da União.
Pacheco propôs aos senadores os seguintes projetos:
• O projeto de lei complementar (PLP) 44/2022, que permite que os estados, o Distrito Federal e os municípios reconduzam recursos recebidos para o combate à Covid-19 a outros programas da área da sáude. Segundo Pacheco, a consultoria do Senado avalia que a proposta pode gerar R$ 7 bilhões;
• O projeto de lei (PL) 798/2021, que reabre por 120 dias o prazo para a adesão ao Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT), a fim de incentivar a regularização de recursos, bens e valores, de origem lícita, que não tenham sido declarados aos órgãos públicos brasileiros;
• O PL 458/2021, que cria o Regime Especial de Atualização Patrimonial (Reap). O objetivo da proposta é permitir a atualização de valores e a correção de dados de bens móveis e imóveis de pessoas residentes ou domiciliadas no Brasil, e a regularização de bens que não tenham sido declarados à Receita, com a exclusão de penalidades decorrentes da omissão objeto de correção;
• O PL 1.417/2021, que prevê o pagamento de até R$ 3,3 bilhões por parte da União para as Santas Casas e os hospitais filantrópicos.
Além desses projetos, Pacheco disse que levou a Guedes a proposta de usar os recursos que o Ministério da Saúde recebe das emendas de relator, o chamado orçamento secreto, para financiar o piso da enfermagem. O presidente da República em exercício também citou medidas como correção dos valores dos itens da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), que estão defasados, e dos preços dos procecimentos de saúde.
Nesse caso, ele entende que são projetos que precisariam de mais tempo de discussão no Legislativo e que poderiam fornecer recursos permanentes aos estados e municípios. O mesmo entendimento se estende ao projeto que legaliza e regulamenta a exploração de jogos de azar e apostas, para usar parte da arrecadação tributária decorrente da matéria para financiar o piso.
Em relação aos hospitais privados, Pacheco sugeriu a Guedes e a lideranças do Senado que haja uma inversão do ônus: ou seja, a fixação do piso da enfermagem e a avaliação posterior do impacto financeiro, para que, em seguida, haja uma iniciativa legislativa, como a desoneração da folha de pagamento, na proporção do impacto sofrido pelo setor privado
“Espero poder apresentar essas iniciativas como possíveis para uma ampla convergência, conciliação no ambito do Supremo Tribunal Federal, para que possamos fazer valer o piso da enfermagem no Brasil, recompensando ou mitigando os efeitos para os estados, municípios, hospitais filantrópicos e privados”, disse. Pacheco ressaltou que, se houver o entendimento de que esses projetos por ele citados vão ser suficientes para custear o piso da enfermagem, espera apreciar as matérias com celeridade.
Pelo piso aprovado no Congresso, os enfermeiros teriam que receber um salário mínimo inicial de R$ 4.750. A remuneração mínima de técnicos de enfermagem seria de 70% do piso nacional dos enfermeiros (R$ 3.325), enquanto o salário inicial de auxiliares de enfermagem e parteiras corresponderia a 50% do piso dos enfermeiros (R$ 2.375).
*R7
A Bahia registrou o maior número de famílias contempladas pelo Auxílio Brasil em setembro, que neste mês alcançou o recorde de brasileiros atendidos pelo programa. Entre agosto e setembro, o estado teve um acréscimo de 49.449 famílias no programa. Com isso, o número de atendidos passou de 2,4 milhões de beneficiários no mês passado para 2,5 milhões neste mês.
No Brasil, o total de beneficiários saltou de 20,2 milhões famílias no mês passado para mais de 20,6 milhões neste mês, com os recursos transferidos tendo passado de R$ 12,1 bilhões no mês para R$ 12,4 bilhões em setembro, um novo recorde do Auxílio Brasil para um único mês.
Os recursos transferidos pelo Auxílio Brasil também foram incrementados e saltaram de R$ 1,4 bilhão em agosto para R$ 1,5 bilhão em setembro. O benefício médio a ser pago na Bahia é de R$ 606,64.
Sobre a região Nordeste, teve o maior número de beneficiários. 157.560 famílias ingressaram no Auxílio Brasil desde o mês passado. Ao todo, o número de atendidos subiu de 9,4 milhões para 9,5 milhões de famílias nos nove estados nordestinos.
*Bahia.ba
Com o agravamento da crise energética na Europa, a inflação crescente em boa parte do mundo e o movimento global de aumento de juros, a agência de classificação de risco Fitch Ratings, uma das três maiores do mundo, reduziu drasticamente as previsões para o desempenho da economia mundial neste e no próximo ano.
Em relatório divulgado na quarta-feira 15, a agência reduziu a estimativa para alta do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2022, de 2,9% para 2,4%, e em 2023, de 2,7% para 1,7%. A piora nos números se deve, em parte, às expectativas de que a Zona do Euro e o Reino Unido entrem em recessão no fim deste ano e os Estados Unidos, no ano que vem.
Quanto aos EUA, a agência revisou para baixo a projeção de avanço da atividade econômica em 2022 (de 2,9% para 1,7%) e em 2023 (de 1,5% para 0,5%). Para a Zona do Euro, o cálculo é de uma queda de 0,1% no próximo ano, 2,2 pontos porcentuais a menos do que o previsto anteriormente.
A Fitch também diminuiu a estimativa para expansão do PIB chinês em 2022, de 3,7% para 2,8%, e em 2023, de 5,3% para 4,5%. “Tivemos uma tempestade perfeita para a economia global nos últimos meses”, disse Brian Coulton, economista-chefe da agência, citando a crise energética na Europa e a queda cada vez maior no mercado imobiliário chinês.
A Fitch também revisou as projeções de crescimento do PIB do Brasil tanto para este ano quanto para o próximo e o cenário para este ano é positivo: a agência de risco estima crescimento do PIB de 2,5%, ante 1,4% estimado anteriormente. A prévia do PIB divulgada nesta quinta-feira, 15, pelo Banco Central indica que a economia cresceu 1,17% em julho.
Para 2023, contudo, a Fitch projeta uma desaceleração, baixando a estimativa para 0,8%. Antes, a taxa esperada era de 1,0%. Segundo a agência, a desaceleração é esperada por causa dos seguintes fatores: o efeito defasado do aperto da política monetária doméstica (a elevação da taxa básica de juros, a Selic), o crescimento global também mais lento, as condições de financiamento externo mais apertadas e as incertezas relacionadas ao ciclo eleitoral do próximo mês.
Informações Revista Oeste
O mercado financeiro melhorou o cenário econômico de 2022 e 2023, mostrou o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Banco Central (BC). O documento trouxe uma nova expectativa de queda da inflação e de alta do PIB (Produto Interno Bruto) para os dois anos, além de uma estabilização para a taxa Selic.
Para este ano, as previsões apontam para alta de 6,40% no IPCA, que mede a inflação oficial, ante 6,61% na semana anterior, 11ª queda seguida.
Vale lembrar que o relatório é o primeiro após a divulgação na sexta-feira de deflação de 0,36% em agosto.
Já a expectativa para o crescimento econômico de 2022 subiu para 2,39%, ante 2,26% na semana anterior.
Quanto à taxa básica de juros, o mercado espera que a Selic seja mantida em 13,75% até dezembro, apesar de o presidente do BC, Roberto Campos Neto, ter sinalizado uma nova alta na próxima reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), marcada para a próxima semana.
O Focus reúne semanalmente a projeção de mais de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos.
*Terra Brasil Notícias
A partir do próximo ano, o trabalhador poderá usar os depósitos futuros no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a compra de casas populares. Na quinta-feira (8), o Diário Oficial da União publicou portaria que autoriza o uso desses recursos para pagar prestações do Programa Casa Verde e Amarela. A operação, no entanto, envolve riscos.
Embora a autorização para o início da modalidade já esteja valendo, a medida demorará para chegar ao mutuário. Isso porque as instituições financeiras terão 120 dias para se adaptarem à nova regra de contratação e só começarão a oferecer esse tipo de contrato em fevereiro de 2023.
A portaria regulamentou a Lei 14.438, promulgada pelo Congresso Nacional em agosto, após a aprovação da Medida Provisória 1.107, editada em março. Embora a lei autorizasse a utilização dos futuros depósitos do FGTS, a medida só valeria após a regulamentação definir as regras.
Somente famílias com renda mensal bruta de até R$ 4,4 mil poderão recorrer ao mecanismo, que poderá ser usado para a compra de apenas um imóvel por beneficiário. Na prática, a medida institui uma espécie de consignado do FGTS. Em vez de o dinheiro depositado mensalmente ir para a conta do trabalhador, será descontado para ajudar a pagar as prestações e diminuir mais rápido o saldo devedor do imóvel popular.
Responsável pelo Programa Casa Verde e Amarela, o Ministério do Desenvolvimento Regional forneceu um exemplo de como a medida funcionará. Até agora, um mutuário que ganhe R$ 2 mil por mês podia financiar um imóvel com prestação de R$ 440. Com o uso do FGTS futuro, mais R$ 160 serão incorporados, fazendo o valor da prestação subir para R$ 600 sem que o trabalhador tire mais dinheiro do próprio bolso.
A medida tem como objetivo desovar o estoque de imóveis parados no Casa Verde e Amarela. Atualmente, cerca de um terço dos financiamentos são negados por falta de capacidade de renda. Ao incluir os depósitos futuros do FGTS no pagamento das parcelas, mais famílias poderão ter acesso ao programa habitacional.
Riscos
A decisão caberá ao trabalhador, que não será obrigado a aderir a essa modalidade. Esse tipo de operação, no entanto, não está isento de riscos. Em vez de acumular o saldo no FGTS e usar o dinheiro para amortizar ou quitar o financiamento, como ocorre atualmente, o empregado terá bloqueados os depósitos futuros do empregador no Fundo de Garantia. O risco está no caso de demissão.
Caso o trabalhador perca o emprego, ficará com a dívida, que passará a incidir sobre parcelas de maior valor. Se ficar desempregado durante muito tempo, além de ter a casa tomada, o mutuário ficará sem o FGTS.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que o risco das operações será assumido pelos bancos e que continua valendo a regra atual de pausa no pagamento das prestações por até seis meses por quem fica desempregado. O valor não pago é incorporado ao saldo devedor, conforme acordo entre a Caixa Econômica Federal e o Conselho Curador do FGTS.
Um artigo na lei autoriza a retomada do Fundo Garantidor de Habitação Popular, criado em 2009 para cobrir a inadimplência nos programas habitacionais populares e suspenso em 2016. No entanto, as regras para os casos de inadimplência ainda precisam ser editadas por resoluções do Ministério do Desenvolvimento Regional e do Conselho Curador do FGTS.
Enquanto todas as regras ainda não forem definidas, as construtoras estão aguardando informações. O Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci) propôs que o FGTS futuro também seja autorizado na compra de imóveis populares usados, em vez de unidades novas. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) pediu que o governo insira um percentual limite dos depósitos futuros a serem bloqueados. Com a introdução de um teto, o trabalhador continuaria a acumular saldo no FGTS.
*Agência Brasil