Redefinição – Na segunda-feira (8), Maria Van Kerkhove, infectologista e chefe do departamento de doenças emergentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que a propagação da Covid-19 a partir de pacientes assintomáticos é “muito rara.” Ela deu declarações durante a conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus.
Van Kerkhove disse que os dados levantados até o momento mostraram que pessoas que não apresentam sintomas do vírus têm pouco potencial infectológico para contaminar indivíduos saudáveis.
– Nós sabemos que existem pessoas que podem ser genuinamente assintomáticas e ter o PCR (teste realizado para detectar a presença do vírus no organismo) positivo. Esses indivíduos precisam ser analisados cuidadosamente para entender a transmissão. Há países que estão fazendo uma análise detalhada desses indivíduos, e eles não estão achando transmissão secundária. É muito rara – falou.
Ela defendeu ainda que deve haver esforços dos governos para identificar e isolar pessoas que apresentam sintomas. Para ela, é importante traçar o contatos que infectados tiveram com outras pessoas.
Maria acredita ainda que mais estudos precisam ser feitos a fim de que seja encontrada uma resposta real a respeito das formas de transmissão da Covid-19.
Declaração – Um comerciante que quase se tornou uma vítima fatal da Covid-19 fez um apelo pela reabertura do comércio. Mesmo reconhecendo a gravidade da doença, Edson Simões dos Santos, dono de uma pequena concessionária de carros na Zona Leste de São Paulo, afirma que o fechamento do comércio não se deu de forma igual em todos os setores e que a crise econômica também será avassaladora.
– O governo fechou vários comércios que geram muitos empregos e não causam aglomerações. Estou com minha loja, onde todos poderiam trabalhar distantes uns dos outros e com poucas pessoas dentro, fechada. Mas por que também não fecham as adegas aqui perto de casa? Também não proíbem a venda de cerveja no posto de gasolina, onde as pessoas fumam narguilé juntas e depois levam a doença para casa – questionou.
Edson, que ficou 15 dias em coma na UTI, diz ainda que é preciso continuar a trabalhar “para não morrer de fome” e avalia 2020 como um ano perdido economicamente.
– Eu acho que, esse ano, se eu ganhar dinheiro para comer é muito. Tem muita gente desempregada que não vai comprar carro. O cara comprava para fazer Uber e hoje não compra. Músico está morto. Não pode fazer show, tocar em barzinho e isso tudo vira uma bola de neve. Não podemos parar para não morrer de fome, mas a economia só volta ano que vem – disse.
Santos diz ainda o que, na sua opinião, deveria acontecer daqui para frente.
– Manteria o comércio aberto mesmo com os leitos lotados. O hospital sempre vive cheio mesmo. A saúde no Brasil é um lixo. O país nunca teve estrutura. Não é por causa dessa doença que os hospitais vão encher. Ele sempre foi assim. É um problema político e histórico. Se não voltar, muitos empresários vão fechar. Conheço uma pessoa que já está com o armário vazio. Você acha que ele tem mais medo do vírus ou da fome? – questionou.
As informações são da Agência Brasil e Pleno News
Ministério das Comunicações – O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (10), a recriação do Ministério das Comunicações. O ministro, conforme divulgou o presidente, será o deputado Fábio Faria (PSD-RN).
Segundo Bolsonaro, a pasta da CIência, Tecnologia, Inovações e Comunicações será desmembrada em duas. O ministro da Ciência e Tecnologia é Marcos Pontes.
“Nesta data, via MP, fica recriado o Ministério das Comunicações a partir do desmembramento do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Para a pasta foi nomeado como titular o Deputado Fabio Faria/RN”, publicou Bolsonaro.
Na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro disse que, se eleito, o governo teria “no máximo” 15 ministérios. Quando tomou posse, em 1º de janeiro de 2019, o presidente deu posse a 22 ministros. Com a recriação da pasta das Comunicações, serão 23 ministérios.
Fábio Faria é marido de Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, forte apoiador do governo Bolsonaro. O agora ministro também é filho do ex-governador do Rio Grande do Norte Robinson Faria.
Jornalista da Globo – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou seu Twitter para pedir apuração e punição ao homem que invadiu a sede da Rede Globo, nesta quarta-feira (10), e manteve a jornalista Marina Araújo como refém. Ele estava à procura da apresentadora do Jornal Nacional, Renata Vasconcellos.
“Presto solidariedade às jornalistas Marina Araújo e Renata Vasconcellos, que foram alvos desse atentado covarde e inaceitável. Que o caso seja apurado brevemente e o autor punido com o rigor da lei!”, postou o chefe de Estado.
“Repudio completamente qualquer ato de violência contra profissionais da imprensa, o que vai na contramão de nossa defesa histórica e irrestrita da liberdade de expressão e de informação, seja a favor ou contra qualquer governo”, acrescentou.
Bahia Notícias
Na tarde desta quarta-feira (10), um homem invadiu a sede da TV Globo, no Jardim Botânico, portando uma faca. Ele fez a repórter Marina Araújo refém.
A segurança da Globo rapidamente agiu, isolou o local e chamou a PM. O comandante do 23° batalhão da corporação, coronel Heitor Henrique Pereira, compareceu rapidamente à emissora e conduziu a negociação.
O homem, que ameaçava a jornalista, liberou a repórter após alguns minutos. Marina e todos os funcionários que estavam no local não se feriram e passam bem.
A Globo repudia com veemência todo tipo de violência. Foi obra de alguém com distúrbios mentais, sem nenhuma conotação política. Um homem que exigia ver a jornalista Renata Vasconcellos.
Seguindo instruções do comandante Heitor, Renata compareceu ao local onde estava Marina e o invasor. Tão logo ele a viu, largou a faca e libertou Marina. Foi preso imediatamente.
A TV Globo agradece à PM, ao coronel Heitor e a todos os policiais, cuja condução foi exemplar.
Marina se comportou com coragem, serenidade e firmeza, sendo fundamental para o desfecho da situação.
Renata foi corajosa, desprendida, solidária e absolutamente imprescindível para que tudo acabasse bem. As duas profissionais estão bem. E foram recebidas pelos colegas com carinho e emoção.
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (10) a Operação Covideiros, que investiga fraudes relativas ao auxílio emergencial, concedido pelo governo federal. Em nota, a corporação esclareceu que um grupo criminoso tem clonado cartões de beneficiários em casas lotéricas do Ceará e utilizado esses dados para sacar o valor em São Paulo.
A ação mobiliza mais de 40 policiais federais, além de 40 agentes da Polícia Militar de São Paulo e 14 empregados da Caixa, que auxiliam no monitoramento dos casos. As equipes cumprem, ao todo, oito mandados de busca e apreensão, sendo cinco em São Paulo e três nos municípios cearenses de Morrinho, Quixeré e Russas. Também são cumpridos dois mandados de prisão temporária, todos em São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo.
Para ter sucesso na transação, o grupo realizava uma etapa intermediária, de alteração da senha original do beneficiário. Esse recadastramento, apurou a PF, era feito em casas lotéricas localizadas na zona leste de São Paulo. As movimentações de saque eram feitas fora de horário de pico de atendimento, para evitar suspeitas.
A PF informou, ainda, que o esquema somente tem sido possível com a participação de funcionários das lotéricas, que estariam recebendo instruções remotas dos líderes do grupo. Em troca da facilitação, os empregados recebem parte dos lucros gerados com as fraudes.
Os investigados irão responder por furto qualificado e associação criminosa, podendo pegar até 11 anos de prisão. O nome da operação foi escolhido em referência ao modo como os fraudadores têm sido chamados pelos órgãos de persecução penal.
O delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, titular do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), afirmou, na manhã desta quarta-feira, que a Polícia Civil do Rio tem certeza que “não há nenhuma participação da família Bolsonaro” nas mortes da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista Anderson Gomes.
— Não tem nenhuma participação da família Bolsonaro nesse evento. Não temos indício dessa família no caso. Temos certeza de que não há participação — afirmou Nunes.
No ano passado, um dos porteiros do Condomínio Vivendas da Barra, no Recreio do Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, onde vive a família Bolsonaro, disse em depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) que um homem chamado Élcio (que seria Élcio Queiroz, um dos acusados pela execução de Marielle e Anderson) deu entrada no local em 14 de março de 2018 dirigindo um Renault Logan prata. Ele teria informado ao porteiro que iria visitar a casa 58, que é de Bolsonaro. O porteiro afirmou ter confirmado a entrada com o “seu Jair”.
O presidente, à época deputado federal, estava em Brasília conforme registros da Câmara dos Deputados. Indagado nesta quarta-feira se o porteiro havia mentido, Antônio Ricardo disse que “o porteiro é um senhor e pode ter se enganado no momento” e afimou que o presidente Jair Bolsonaro também não teve participação nos assassinatos de Marielle e Anderson. A Polícia Civil não informou se vai ou não indiciar o porteiro por denunciação caluniosa.
Jair Bolsonaro sempre negou que tenha recebido em sua casa Élcio Queiroz. O presidente da República afirmou que o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), usa a Polícia Civil para perseguir a família Bolsonaro.