Mesmo com a crise da Covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) manteve sua melhor aprovação desde o início do mantado. É o que aponta o levantamento do Datafolha, divulgado neste domingo (13) pelo jornal Folha de S. Paulo.
O chefe de Estado manteve o patamar registrado na última pesquisa, realizada em agosto. Acham o presidente ótimo ou bom 37% dos brasileiros, mesmo nível da rodada de 29 e 30 de agosto. Aqueles que o veem como ruim ou péssimo oscilaram negativamente de 34% para 32%, os que avaliam como regular são 29% – eram 27%.
A pesquisa ouviu 2.016 pessoas, por telefone, entre 8 e 10 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
Mesmo com a avaliação em alta, Bolsonaro segue como o segundo presidente com pior avaliação em primeiro mandato no período pós-redemocratização. Ele só fica atrás do ex-presidente Fernando Collor, que governou o país entre 1990 e 1992, e sofreu impeachment.
O índice de brasileiros que não pretendem se vacinar contra a Covid-19 aumentou nos últimos meses e já chega a 22%, segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo neste sábado (12). O porcentual é muito superior aos 9% que haviam declarado recusa ao imunizante em pesquisa realizada em agosto, também pelo Datafolha.
No mais recente levantamento, feito entre 8 e 10 de dezembro com 2.016 brasileiros adultos em todas as regiões e Estados do País, além dos 22% hesitantes, 73% dos entrevistados disseram que vão aderir à vacinação e outros 5% se mostraram indecisos.
A pesquisa revela ainda que embora haja pouca diferença nas respostas de acordo com gênero, idade ou escolaridade, a recusa pode variar bastante de acordo com a origem da vacina.
A maior resistência está relacionada a um imunizante desenvolvido na China, que não seria aceito por 47% dos entrevistados. A recusa a vacinas dos EUA, Inglaterra e Rússia ficaram em 23%, 26% e 36%, respectivamente.
A resistência à imunização é maior também entre os que dizem confiar no presidente Jair Bolsonaro. Ele já fez críticas à Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e se mostrou contrário à obrigatoriedade da vacinação.
De acordo com a pesquisa, o índice de brasileiros que não pretendem tomar a vacina variou de 16% entre os que nunca confiam em Bolsonaro a 33% entre os que disseram sempre confiar no presidente.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais. Ela foi feita por meio de entrevistas telefônicas.
Informações: Estadão
O governo federal entregou neste sábado (12), ao Supremo Tribunal Federal (STF), o plano nacional de imunização contra a covid-19. O documento foi entregue pelo advogado-geral da União, José Levi, ao ministro Ricardo Lewandovski, relator das ações que tratam da obrigatoriedade da vacina e outras medidas de combate à pandemia.
Batizado de Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o documento foi elaborado pelo Ministério da Saúde, possui 93 páginas e está dividido em dez eixos, que incluem descrições sobre a população-alvo para a vacinação, as vacinas já adquiridas pelo governo e as que estão em processo de pesquisa, a operacionalização da imunização, o esquema logístico de distribuição das vacinas pelo país e as estratégias de comunicação para uma campanha nacional. O documento não indica data para início da vacinação.
Segundo o plano, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio de três acordos:
– Fiocruz/AstraZeneca – 100,4 milhões de doses até julho/2020 + 30 milhões de doses/mês no segundo semestre;
– Covax Facility – 42,5 milhões de doses;
– Pfizer – 70 milhões de doses (em negociação);
Até agora, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), etapa prévia obrigatória para que a vacinação possa ser realizada.
“De acordo com o panorama da OMS [Organização Mundial da Saúde], atualizado em 10 de dezembro de 2020, existem 52 vacinas covid-19 candidatas em fase de pesquisa clínica e 162 candidatas em fase pré-clínica de pesquisa. Das vacinas candidatas em estudos clínicos, há 13 em ensaios clínicos fase 3 para avaliação de eficácia e segurança, a última etapa antes da aprovação pelas agências reguladoras e posterior imunização da população. No Brasil, o registro e licenciamento de vacinas é atribuição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pautados na Lei nº 6.360/1976 e regulamentos técnicos como a RDC nº 55/2010”, diz um trecho do plano.
O Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19, apresentado pelo governo, prevê quatro grupos prioritários que somam 50 milhões de pessoas, o que vai demandar 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas, uma vez que cada pessoa deve tomar duas doses em um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda injeção.
O primeiro grupo prioritário, a ser vacinado na fase 1, é formado por trabalhadores da saúde (5,88 milhões), pessoas de 80 anos ou mais (4,26 milhões), pessoas de 75 a 79 anos (3,48 milhões) e indígenas com idade acima de 18 anos (410 mil). A fase 2 é formada por pessoas de 70 a 74 anos (5,17 milhões), pessoas de 65 a 69 anos (7,08 milhões), pessoas de 60 a 64 anos (9,09 milhões).
Na fase 3, a previsão é vacinar cerca de 12,66 milhões de pessoas acima dos 18 anos que tenham as seguintes comorbidades: hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave (IMC maior ou igual a 40).
Na fase 4, deverão ser vacinados professores do nível básico ao superior (2,34 milhões), forças de segurança e salvamento (850 mil) e funcionários do sistema prisional (144 mil). O Ministério da Saúde pondera, no documento, que os grupos previstos ainda são preliminares e poderão ser alterados.
“Vale ressaltar que os grupos previstos são preliminares, passíveis de alteração a depender das indicações da vacina após aprovação da Anvisa, assim como as possíveis contraindicações. Destaca-se ainda que há outros grupos populacionais considerados prioritários, a serem incluídos dentre as fases apresentadas, discutidos no âmbito da câmara técnica, a exemplo das populações ribeirinhas e quilombolas, cuja estimativa populacional está em atualização pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para avaliação de qual fase esses grupos estarão inseridos, de acordo com o cenário de disponibilidade de vacinas e estratégia de vacinação”, diz o plano.
Também de acordo com o plano, o registro da dose da vacina aplicada será feito de forma nominal e individualizada, diretamente no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) em todos os pontos de vacinação da rede pública e privada de saúde. O ministério trabalha com a implantação de um sistema informatizado para monitorar e controlar os dados de vacinação.
“Uma solução tecnológica está em desenvolvimento, por meio do Datasus, com o objetivo de simplificar a entrada de dados e agilizar o tempo médio de realização do registro do vacinado no SI-PNI, além de considerar aspectos de interoperabilidade com outros Sistemas de Informação e integração com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Um recurso que será colocado à disposição é o QR-Code para identificar o cidadão a ser vacinado. Este deverá ser gerado pelo próprio cidadão no Aplicativo Conecte SUS”.
Para operacionalizar a campanha nacional de vacinação, o plano do governo prevê capacitação dos profissionais de saúde do SUS e também um esquema de recebimento, armazenamento, expedição e distribuição dos insumos, que são o próprio imunizante, além das seringas e agulhas.
O principal complexo logístico será a partir do aeroporto internacional de Guarulhos (SP), na sede da empresa VTC Logística, que tem contrato com o Ministério da Saúde. O galpão da empresa possui 36 mil metros quadrados nas imediações do aeroporto e conta com ambientes climatizados, como docas e câmaras frias. Há também estruturas menores em Brasília, Rio de Janeiro e Recife.
Também está prevista a entrega da carga embalada por modal rodoviário para estados como Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e outros que fiquem em até 1.400 quilômetros de raio dos centros de distribuição.
O governo também informa já ter acordos firmados com companhias aéreas, como Latam e Azul, além de outras empresas de carga aérea, para o transporte até as capitais da região Norte do país. Pelo plano, a frota será rastreada 100% por satélite e a segurança do transporte, em determinadas situações durante o deslocamento, ocorrerá por conta da União.
Ainda de acordo com o plano, o governo federal já disponibilizou R$ 1,9 bilhão de encomenda tecnológica associada à aquisição de 100,4 milhões de doses de vacina pela AstraZeneca/Fiocruz e R$ 2,5 bilhões para adesão ao Consórcio Covax Facitity, associado à aquisição de 42 milhões de doses de vacinas.
Além disso, outros R$ 177,6 milhões para custeio e investimento na Rede de Frio, na modernização dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), no fortalecimento e ampliação da vigilância de síndromes respiratórias. Também, segundo a pasta, outros R$ 62 milhões foram investidos para aquisição de mais 300 milhões de seringas e agulhas.
O governo Jair Bolsonaro vai editar uma Medida Provisória para abrir crédito de R$ 20 bilhões para compra de vacinas contra a Covid-19. Com a medida, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deve reforçar o discurso de que a sua pasta vai comprar e distribuir todas as vacinas disponíveis do país, inclusive a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, órgão ligado ao governo paulista de João Doria (PSDB). A verba deve ser usada para compra de vacina e seus insumos, além da logística e a comunicação da campanha de imunização. A edição da MP foi revelada pela Coluna do Estadão.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que esteve com Pazuello nesta sexta-feira (11), afirmou que as vacinas devem ser “requisitadas” pelo ministério.
– Nenhum estado vai fazer politicagem e escolher quem vai viver ou morrer de Covid-19 – afirmou Caiado, no Twitter.
Integrantes do governo federal que acompanham a discussão afirmam que a MP deve se limitar a abrir crédito para a compra de vacinas. Dizem ainda que o texto está em construção e veem exagero na fala de Caiado. Procurado, o Palácio do Planalto não se posicionou sobre a MP.
Em seu discurso, Pazuello não tratou de requisição de vacinas, mas ele teve conversas reservadas de pelo menos 1 hora com Caiado durante o evento. O próprio diretor do Butantan, Dimas Covas, disse ao Estadão que se o ministério formalizar o interesse na Coronavac, as doses, então, serão todas ofertadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), ou seja, sem exigir uma medida mais agressiva, como a requisição.
Pazuello disse, na cerimônia, ter determinado a busca por recursos para vacinar “todo o nosso povo”. O general voltou a chamar para o ministério a responsabilidade de organizar a imunização nacional.
– Nenhum estado da federação será tratado de forma diferente. Nenhum brasileiro terá vantagem sobre outros brasileiros – disse.
Nos últimos dias, Pazuello tem dito que a vacinação seria possível até em dezembro ou janeiro, caso alguma fabricante de vacinas consiga o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial do produto.
O governo Bolsonaro ainda busca reagir a Doria, que promete começar a imunizar a população paulista em 25 de janeiro, mesmo sem ter apresentado dados finais de desenvolvimento da Coronavac. Em Goiânia, Pazuello afirmou que a “ansiedade” para a vacinação “faz parte” e mandou recados.
– É criada pela própria situação da Covid-19, dos riscos, da gravidade da contaminação. É causada pelo açodamento de algumas autoridades do país, mas o governo federal saberá na hora certa se posicionar claramente – prometeu.
Pazuello afirmou que as “previsões” do ministério sobre a vacinação estão “diretamente” ligadas ao registro dos imunizantes na Anvisa. Para isso, é preciso ter todos os estudos finalizados e a agência tem prazo de 60 dias para liberar o produto ou não. Outro caminho, mais célere, é pedir o uso emergencial da vacina, o que pode ser feito com testes finais em andamento, mas a aplicação só poderia ocorrer em grupos restritos, como de profissionais de saúde ou idosos.
– Não é isso que nós consideramos como solução – disse Pazuello sobre o uso emergencial. O ministro disse ainda que irá cobrar “pessoalmente” rapidez na Anvisa para liberar o uso de vacinas.
Até o começo da última semana, o governo Bolsonaro apostava em dois caminhos para imunizar a população. A pasta investiu cerca de R$ 2 bilhões para incorporar a tecnologia de produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, além de comprar cerca de 100 milhões de doses. Pazuello afirma que o produto deve ser registrado pela Anvisa no fim de fevereiro de 2021, mas os pesquisadores ainda patinam para fechar o estudo finais de desenvolvimento.
O governo também liberou R$ 2,5 bilhões para ingressar no consórcio internacional Covax Facility, que deve entregar doses suficientes para 10% da população brasileira. No total, a expectativa é ter 300 milhões de doses no próximo ano com estas duas apostas, sendo que a imunização é feita em duas aplicações.
Pressionado, o ministério voltou a negociar na última semana a compra da vacina da Pfizer e fechou um memorando de entendimento para receber 70 milhões de doses no próximo ano. No primeiro semestre, porém, seriam 8,5 milhões.
Informações: Estadão
O fim do auxílio emergencial ajudará no controle da inflação, disse hoje (11) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em audiência pública virtual no Congresso Nacional, o ministro também citou a aprovação do projeto de lei que concede autonomia ao Banco Central (BC) como fator que reduzirá as pressões sobre os índices de preços.
“Nós achamos que esse aumento de inflação vai se dissipar. Primeiro, porque o presidente da Câmara [dos Deputados, Rodrigo Maia] vai aprovar o Banco Central independente, que vai impedir que essa alta transitória de preços prossiga. E, segundo, porque a própria suavização do auxílio emergencial, na medida em que ele desce e recai no Bolsa Família. Essa explosão de preços de construção civil, de alimentos, se acalma um pouco”, declarou o ministro.
Guedes criticou a demora na aprovação de medidas que reduzam os gastos públicos e flexibilizem o orçamento. As reformas do pacto federativo e da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, paradas no Senado há um ano. Entre as reformas fiscais, dois projetos, um que desvincula recursos parados em fundos públicos e outro que institui um plano de recuperação fiscal para estados, aguardam votação na Câmara.
Segundo Guedes, a equipe econômica fez sua parte enviando as propostas ao Congresso. Agora, cabe aos parlamentares destravar a pauta e votar os textos. “É completamente insensato, quase desonesto, ficar cobrando coisas que já estão entregues. É muito fácil disfarçar desentendimento político passando a conta para quem já fez a sua parte. Não cobrem da economia. Quem faz o timing das reformas é a política. Não adianta devolver a conta para a economia”, declarou.
O ministro também pediu empenho na aprovação da reforma tributária, que tramita em uma comissão mista especial do Congresso. Segundo Guedes, o debate está interditado por causa de acordos entre parlamentares da Mesa Diretora e partidos de esquerda. Ele também disse que acordos entre legendas de esquerda estão atrapalhando o cronograma de privatizações. “Como é que eu vou privatizar se não entra na pauta?”, questionou.
Informações: Agência Brasil
Nesta sexta-feira (11), o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, anunciou que o governo irá criar o “novo Bolsa Família”. De acordo com ele, o programa será reformulado para incluir mais famílias e também aumentar o valor do benefício.
O anúncio foi feito durante a entrega de 15 furgões para o Programa de Aquisição de Alimentos, na Fundação Joaquim Nabuco no Recife (PE).
Onyx afirmou que o novo programa será “revolucionário” e que pretende divulgar mais detalhes ainda em dezembro após autorização do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o ministro, o novo Bolsa Família irá “trabalhar com a emancipação através do emprego, além de trazer questões de mérito”.
– A gente já trabalhava isso desde novembro do ano passado, quando eu ainda estava na Casa Civil. Depois que eu fui pra Cidadania, nós continuamos trabalhando. O programa está pronto, é um programa completamente diferente do que ele foi pensado originalmente, muito mais efetivo e que vai trabalhar com a promoção das famílias. Vai trabalhar com a emancipação através do emprego, além de trazer questões de mérito importantes para o programa – ressaltou.
Ele afirmou que espera receber autorização de Bolsonaro já na próxima semana.
– Eu preciso que o presidente, eu tenho um grau de lealdade absoluta ao presidente, na hora que ele me der o OK, eu espero que ele faça isso na próxima semana, aí a gente vai apresentar o programa completo. É uma coisa revolucionária. Nenhum país que tenha programa social tem um programa social como ele foi concebido para ser o que eu chamo internamente de ‘Novo Bolsa Família’ – explicou.
Um casal foi agredido em um restaurante em Curitiba, no Parná, na noite da quarta-feira (9), depois que o homem teve uma crise de tosse após engasgar. Outro cliente do local desconfiou que ele estava com covid-19 e começou a hostilizá-lo.
“Quando eu consegui levantar da mesa, ele comentou: ‘você está com covid-19’. Eu falei, ‘não, não estou com covid-19’. Ele disse que os familiares dele estavam internados e que estar ali era uma falta de respeito”, disse a vítima ao jornal Bom Dia, Paraná, sem se identificar.
Ele a a mulher receberam socos e pontapés. “Eu achei um absurdo. Eu penso que se eu tenho preocupação com relação ao vírus, não quero me expor para pegar o vírus, eu fico em casa. Imagine se eu vou ao mercado, à farmácia, e vejo alguém tossindo, espirrando, eu vou encher a pessoa de bordoada e vou acusar ela de Covid?!”, comentou a esposa.
Antes de ir embora, o agressor chegou a se desculpar. A matéria diz que o homem atacado perdeu o pai de covid-19 há cerca de três meses. Abalado com o episódio, ele registrou boletim de ocorrência e vai fazer exame de corpo de delito no IML. A Polícia Civil investiga o caso.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou seis pessoas pela morte do autônomo João Alberto Silveira Freitas, espancado por seguranças de uma loja do supermercado Carrefour, em Porto Alegre, no dia 19 de novembro deste ano.
Além dos seguranças Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, que foram filmados espancando Freitas, a delegada Roberta Mariana Bertoldo da Silva também indiciou por homicídio triplamente qualificado a funcionária Adriana Alves Dutra e outros três empregados da rede de hipermercados: Paulo Francisco da Silva; Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende.
Em vídeos gravados por testemunhas, Adriana aparece filmando as agressões de Silva e Borges contra Freitas e ameaçando pessoas que usavam seus celulares para registrar os fatos. Nas filmagens, Francisco é flagrado impedindo a mulher de Freitas de se aproximar do marido, enquanto Santos e Rezende ajudam Silva e Borges a imobilizar o autônomo que, em dado momento, alerta que não consegue respirar com os seguranças sobre ele.
“A conclusão do inquérito faz uma construção que consegue, através das provas coletadas, trazer elementos que deixam nítido que há sim um tratamento desumano e degradante naquela ação”, disse a delegada-chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Nadine Farias Anflor, a respeito das conclusões apresentadas pela delegada Roberta Mariana.
Com base nas provas reunidas no âmbito do inquérito policial, os seis réus foram indiciados por homicídio qualificado cometido por motivo torpe, por meio da asfixia da vítima, que não teve como se defender. Em seus depoimentos, eles asseguraram que Freitas teria dado início à confusão, ameaçando funcionários e clientes da loja.
Câmeras de segurança registraram o momento em que, ao ser escoltado para fora do estabelecimento, o autônomo atinge Silva com um soco, sendo logo imobilizado por Borges, enquanto Silva passa a desferir uma série de golpes contra sua cabeça.
A Secretaria de Comunicação da Presidência divulgou uma nota nesta sexta-feira (11) na qual informou que o secretário de Cultura do governo federal, Mário Frias, foi levado a um hospital de Brasília com “princípio de infarto”.
De acordo com a Secom, Frias foi submetido a um cateterismo. A secretaria não detalhou, contudo, o estado de saúde do secretário.
Mário Frias foi levado para o hospital Santa Lúcia Norte, na Asa Norte. Procurado, o hospital informou que não poderia passar mais informações.
Mario Frias foi nomeado secretário de Cultura em 19 de junho. O ator sucedeu no cargo a também atriz Regina Duarte, que permaneceu à frente da secretaria por menos de dois meses.
Informações: G1
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, publicou no Twitter que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, está preparando uma Medida Provisória para ‘requisitar’ todas as vacinas contra a Covid-19 que estiverem no Brasil – tanto as importadas quanto as produzidas em solo nacional, como no caso da Coronavac, fabricada no Instituto Butantan.
Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pretende requisitar vacinas Foto: MS/Erasmo Salomão
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, publicou no Twitter que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, está preparando uma Medida Provisória para ‘requisitar’ todas as vacinas contra a Covid-19 que estiverem no Brasil – tanto as importadas quanto as produzidas em solo nacional, como no caso da Coronavac, fabricada no Instituto Butantan.
– O ministro Pazuello me informou que será editada uma Medida Provisória que vai tratar dessa centralização e distribuição igualitária das vacinas. Toda e qualquer vacina certificada que for produzida ou importada será requisitada pelo Ministério da Saúde – disse o governador.
Caiado também defendeu que, com esta MP, “nenhum estado vai fazer politicagem e escolher quem vai viver ou morrer de Covid”, em referência clara ao movimento do governador de São Paulo, João Doria, que já anunciou a fabricação do imunizante e até o início da aplicação da vacina na população do estado.
A MP que está prestes a ser editada irá atrapalhar os planos de Doria. Em conversa com a jornalista Natuza Nery, da GloboNews, Doria acusou Caiado de seguir a “insanidade de Bolsonaro”.
– A insanidade de Bolsonaro foi adotada por Caiado. Triste o país que tem homens públicos que pensem assim. Negando a pandemia, promovendo a discórdia e abandonando seu povo – afirmou.
Informações: Pleno News