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‘Estamos negociando receber mais doses no começo de fevereiro’, destacou o ministro

Foto: Ministério da Saúde/Erasmo Salomão

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que rapidamente o Brasil deve conseguir imunizar 8 milhões de pessoas contra o coronavírus e, então, passará a ser o segundo país do Ocidente com mais pessoas vacinadas no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. As declarações foram dadas na noite desta sexta-feira (22).

– Esse processo começou em junho. Esses dois milhões de doses são apenas o início. Estamos negociando receber mais doses agora, no começo de fevereiro, e o IFA ingrediente farmacêutico ativo, para a produção nacional de 15 milhões de doses por mês. A encomenda tecnológica prevê 100 milhões de doses para o primeiro semestre – afirmou.

Pazuello esteve no Rio de Janeiro para receber os dois milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca, produzida pelo Instituto Serum, da Índia, que chegaram às 22h desta sexta-feira à base aérea do Galeão e foram encaminhados à sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A conferência das vacinas estava prevista para acontecer na madrugada deste sábado (23), bem como a colocação de rótulos em língua portuguesa, para depois os imunizantes serem distribuídos aos estados.

VACINAS CONTRA COVID-19 NO BRASIL
Além das vacinas CoronaVac, da China, e da farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, o Brasil deve contar com a vacina russa Sputnik, desenvolvida na China e produzida no Brasil por um laboratório particular, para combater o coronavírus.

– Está sendo negociada para isso – afirmou o ministro.

O uso da Sputinik no Brasil ainda não foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade, e o embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy, também participaram da cerimônia de recebimento das doses da vacina.

O ministro Ernesto Araújo exaltou a cooperação da Índia com o Brasil e classificou a chegada das doses, ontem, como um marco na relação entre os dois países.

Para a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade, a chegada da vacina representa “uma mensagem de esperança que vem da ciência” no combate à pandemia de coronavírus.

– A vacina pode ser comparada, na história do mundo, à água potável para a saúde das populações – afirmou.

*Estadão


Foto: Reprodução/Tv Brasil

Agência Brasil- O ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse, na noite desta sexta-feira (22), no Aeroporto Internacional de São Paulo, onde chegaram os 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, que 5% dessa primeira carga será encaminhada ao Amazonas, onde afirmou estar o “maior risco do país” em relação à Covid-19.

– Damos prioridade neste momento para o estado do Amazonas, principalmente sua capital Manaus, que vive hoje uma situação realmente mais crítica no nosso país. E essa prioridade fica evidente a partir de um acordo com os governadores, onde 5% dessa primeira carga vai ser destinada aonde está o maior risco do país que é em Manaus – disse.

Segundo Pazuello, todos os estados receberão suas vacinas no período de 24h após o início da distribuição.

O voo originário da Índia que trouxe dois milhões de vacinas da AstraZeneca contra a covid-19 chegou por volta das 17h30 no Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado em Guarulhos.

Para o recebimento da carga, estavam presentes no local o ministro da Saúde Eduardo Pazuello e os ministros Ernesto Araújo e Fábio Faria, das Relações Exteriores e Comunicações, respectivamente.

Ernesto Araújo ressaltou que a chegada dos imunizantes ao Brasil vindos da Índia reforçam a parceria entre os dois países.

– Uma parceria que se consolidará nessa área de vacinas, nessa área de medicamentos e muitas outras – disse.

Já o ministro das Comunicações enfatizou que o governo quer unificar o Brasil e não vai medir esforços para vacinar todos os brasileiros.

– Ninguém fica para trás – destacou.

*Com informações da Agência Brasil


Instituto fará checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

As 2 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), começarão a seguir para os estados na tarde deste sábado (23). Depois de chegar em voo da Emirates no Aeroporto de Guarulhos, às 17h20 dessa sexta-feira (22), a carga foi transportada em um avião da Azul até a Base Aérea do Galeão, onde chegou às 22h.

O avião foi recebido na pista por um batismo simbólico, com jatos de água lançados em forma de arco pelos bombeiros do Aeroporto Rio-Galeão.

As vacinas prontas foram fabricadas pelo Instituto Serum, na Índia, e eram aguardadas desde sábado (16), mas tiverem atraso no envio por questões internas da Índia.

Chegada das vacinas da AstraZeneca/Oxford contra Covid-19 produzidas pelo Instituto Serum, na Índia, à base aérea do Galeão para serem encaminhadas à Fiocruz.
O avião com as vacinas da AstraZeneca/Oxford foi recebido na pista por um batismo simbólico  – Fernando Frazão/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, recebeu o lote em solo brasileiro, ao lado dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e das Comunicações, Fábio Faria. Também estavam presentes o embaixador da Índia, Suresh Reddy, e a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade. Esta última se juntou ao grupo no Rio de Janeiro.

“A encomenda tecnológica prevê 100 milhões de doses para o primeiro semestre. Essas 2 milhões de doses são apenas o início. É o começo do processo. O objetivo do Ministério da Saúde é a vacinação em massa do povo brasileiro. E isso vai nos colocar, rapidamente, no topo da lista do número de vacinados. Com 8 milhões de doses, nós passaremos a ser o segundo país do ocidente que mais vacinou”, disse Pazuello, em pronunciamento à imprensa na Base Aérea.

O ministro Ernesto Araújo ressaltou a cooperação e a relação diplomática com a Índia. “Isto aqui é o começo de uma parceria tanto na área farmacêutica quanto em muitas outras áreas com a Índia. País pelo qual temos uma admiração imensa, uma amizade imensa, que agora se consolida ainda mais”, disse Araújo.

Os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, o embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade
Os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, o embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade – Fernando Frazão/Agência Brasil

O embaixador indiano classificou o momento como um dia histórico entre os dois países. “Este dia traz sorrisos e otimismo a muitas pessoas. O Brasil é o primeiro país a receber esta carga e nós estamos muito orgulhosos de fazer parte deste processo. A Índia assegurará vacinas para todos os países e todos os povos”, disse Suresh Reddy.

Para a presidente da Fiocruz, a chegada da vacina é uma vitória da ciência. “Neste momento de perdas, ter a vacina é uma esperança que vem da ciência, que vem do Sistema Único de Saúde. É uma vacina com 70% de eficácia e que poderá ser administrada no intervalo de 12 semanas. Isto será muito importante para o nosso sistema de saúde”, ressaltou Nísia Trindade.

Fiocruz

Da Base Aérea, as vacinas seguiram em caminhões refrigerados para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), para checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem, com etiquetagem das caixas com informações em português.

Esse processo será feito ao longo da madrugada e da manhã de sábado e será realizado por equipes treinadas em boas práticas de produção. A previsão é de que as vacinas estejam prontas para distribuição para todos os estados brasileiros no período da tarde.

Toda a logística de distribuição ficará sob a responsabilidade do Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

Bolsonaro

Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a chegada das 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford ao Brasil. Ele disse que foram “negociadas pelo Ministério da Saúde e [a vacina já foi] adquirida também por um grande número de países”.


Foto: Reprodução/PMFS

Nas últimas 24h, Feira de Santana registrou mais 161 pacientes recuperados da Covid-19 e atingiu a marca de 21.498 curados da doença desde o início da epidemia, índice que representa 95% dos casos confirmados. Enquanto isso, 307 exames foram negativos e 95 positivos.


O boletim epidemiológico contabiliza ainda 56 pacientes internados no município e 717 casos ativos, ou seja, pessoas que ainda estão com a doença. O informativo também confirma mais uma morte. A informação é da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde nesta sexta-feira (22).

Relatório sobre Covid-19 em Feira de Santana
NÚMEROS DESTA SEXTA-FEIRA
22 de janeiro de 2021

Casos confirmados no dia: 95
Pacientes recuperados no dia: 161
Resultados negativos no dia: 307
Total de pacientes hospitalizados no município: 56
Óbito comunicado no dia: 1
Data do óbito: 22/01

A Secretaria de Saúde ressalta que a inclusão no boletim dos registros de óbito por Covid-19 é feita quando a declaração de óbito, ficha de notificação e resultado do exame positivo para a doença chegam à Vigilância Epidemiológica.

NÚMEROS TOTAIS

Total de pacientes ativos: 717
Total de casos confirmados no município: 22.619 (Período de 06 de março de 2020 a 21 de janeiro de 2021)
Total de pacientes em isolamento domiciliar: 661
Total de recuperados no município: 21.498
Total de exames negativos: 32.009 (Período de 06 de março de 2020 a 21 de janeiro de 2021)
Aguardando resultado do exame: 940
Total de óbitos: 404

INFORMAÇÕES TESTES RÁPIDOS

Total de testes rápidos realizados: 20.998 (Período de 06 de março de 2020 a 22 de janeiro de 2021)
Resultado positivo: 3.722 (Período de 06 de março de 2020 a 22 de janeiro de 2021)
Em isolamento domiciliar: 13
Resultado negativo: 17.276 (Período de 06 de março de 2020 a 22 de janeiro de 2021)

O teste rápido isoladamente não confirma nem exclui completamente o diagnóstico para covid-19, devendo ser usado como um teste para auxílio diagnóstico, conforme a nota técnica COE Saúde Nº 54 de 08 de abril de 2020 (atualizada em 04/06/20).

Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana


Voo trazendo imunizante desceu em São Paulo

Foto: Reprodução

Agência Brasil- O voo procedente da Índia que trouxe 2 milhões de vacinas da AstraZeneca contra a covid-19 ao Brasil chegou por volta das 17h30 no Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado em Guarulhos.

Para o recebimento da carga, estão presentes no local os ministros da Saúde Eduardo Pazuello, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e das Comunicações, Fábio Faria. De lá, as vacinas serão encaminhadas para o Rio de Janeiro.

A carga vinda da Índia foi transportada em voo comercial da companhia Emirates. Após os trâmites alfandegários, seguirá em aeronave da Azul para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio.

De acordo com a Fiocruz, assim que chegarem à instituição, as vacinas passarão por checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem, com etiquetagem das caixas com informações em português.

A previsão é que esse processo seja realizado até manhã de sábado (23) por equipes treinadas em boas práticas de produção. As vacinas devem ser liberadas para distribuição no período da tarde.


Voluntário de estudo da Pfizer, Frei recebe primeira dose da vacina contra Covid-19
Foto: Reprodução

De olho na cidade- A Pfizer começou a imunizar neste mês voluntários que receberam placebo durante os testes no Brasil da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório em parceria com a BioNTech. Em comunicado, a companhia informou que participantes do estudo em São Paulo (SP) e Salvador (BA) vão receber gratuitamente duas doses do imunizante.

O superintendente da Fundação Santo Antônio dos Frades Capuchinhos, que coordena as rádios Princesa FM e Sociedade News de Feira de Santana, Frei Jorge Rocha, foi voluntário dos testes da vacina.

O religioso foi comunicado hoje (22), que recebeu o placebo na fase de testes e convocado para receber a primeira dose do imunizante.

“Fiquei na fila para ser vacinado pela Pfizer, recebi a primeira dose, e com muita alegria, ficarei muito tempo imune contra essa doença. A Pfizer realizou a primeira etapa da imunização dos voluntários que receberam placebo no Hospital Santo Antônio das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID)”. Declarou em entrevista ao Portal De Olho na Cidade.

Em dezembro, Jorge Rocha ainda não sabia se havia recebido placebo ou a vacina, mas já tinha expectativa de estar imune contra a Covid-19.

Pfizer

A vacina da Pfizer foi a primeira a ser aprovada para uso emergencial no mundo entre os principais laboratórios ocidentais e está sendo usada desde o ano passado para imunizar pessoas em países como Reino Unido e Estados Unidos.

O governo brasileiro, no entanto, não fechou acordo para comprar doses do imunizante. O presidente Jair Bolsonaro e autoridades do Ministério da Saúde reclamaram publicamente do que consideram exigências exageradas da Pfizer para fechar contrato. O laboratório rebate, alegando que essas exigências estariam em linha com o praticado em outros países.

A vacina da Pfizer teve os resultados preliminares de fase 3 dos testes publicados em dezembro. Segundo os ensaios, a vacina teve 95% de eficácia.

Se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa que, nos testes, ela conseguiu reduzir em 95% a quantidade de casos que ocorreriam se as pessoas não tivessem sido vacinadas.

A vacina usa a tecnologia de mRNA, o RNA mensageiro, para induzir a imunidade ao coronavírus.


Para Amen, transtornos de saúde mental são problemas cerebrais. Ele indica especialistas a olharem para o principal órgão do sistema nervoso

Foto: Yuichiro/Getty Images/ Reprodução/Instagram

Metrópoles- Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) sugerem que 30% da população das Américas teve ou terá algum transtorno mental. No Brasil, depressão e ansiedadeestão entre as doenças que mais causam incapacidade. As condições afetam a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas. Geralmente, ao serem diagnosticados com os distúrbios, os pacientes são tratados com medicamentos e terapias. Contudo, antes de prescrever as terapêuticas, há um equívoco, segundo atesta Daniel Amen, o psiquiatra mais popular dos Estados Unidos.

De acordo com o Amen, os psiquiatras continuam sendo “os únicos médicos a raramente examinar o órgão que tratam”. Na avaliação dele, as condições de saúde mental são, na verdade, problemas de saúde cerebral, o que propicia analisar o principal órgão do sistema nervoso. Assim faz o norte-americano de 66 anos com os milhares de pacientes da clínica que fundou, a Amen Clinics. Para diagnosticar e tratar as doenças da mente, o especialista usa a SPECT, em outras palavras, tomografia computadorizada de emissão de fóton único.

“Psiquiatras de antes e até mesmo de hoje fazem o diagnóstico como em 1840. Quando você tem o privilégio de mudar o cérebro de alguém, não só muda sua vida, mas dispõe da oportunidade de impactar gerações futuras”, ressaltou o psiquiatra em uma palestra na TEDx Talks, em 2013. Líder em neuroimagem, Amen é o responsável por liderar a maior base de dados de varreduras cerebrais. Até 2018, o médico e equipe da clínica tinham feito 150 mil escaneamentos do “computador central” de pessoas de 93 países.

Como funciona?

“Ao contrário da psiquiatria tradicional, que dificilmente olha para o cérebro, a Amen Clinics usa tecnologia de imagens do órgão com finalidade de identificar o seu tipo específico de cérebro. Dessa forma, podemos definir um plano de tratamento direcionado para melhorar sua qualidade de vida”, explicou o especialista no site da clínica. Na palestra, o médico disse sobre esse trabalho ter ensinado lições importantes para não lançar “dardos no escuro” nem “adivinhar” diagnósticos.

Um dos aprendizados é que doenças como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), ansiedade, depressão e vícios não atingem o cérebro de um único modo. “Há distintos tipos dos transtornos. Dois pacientes podem ter praticamente os mesmos sintomas, mas órgãos radicalmente diferentes. Como saber o que fazer com eles? Só se olharmos a atividade cerebral com objetivo de adaptar o tratamento de forma individualizada e não se pautar por conjuntos de manifestações”, salientou o médico.

A SPECT é um exame de imagem capaz de medir o fluxo sanguíneo em órgãos do corpo. O médico define esse tipo de tomografia como “um mapa capaz de orientar as pessoas a terem cérebros e vidas melhores”. Com a tecnologia, ele afirma ver as áreas de alta e baixa atividade cerebral. Ao examiná-las por meio do “scanner”, Amen consegue indicar os tratamentos e medicamentos mais eficientes. A primeira paciente do método do norte-americano foi Sandy Springs. A consulta ocorreu no início da década de 1990.

Daniel Amen - Cérebro
O psiquiatra recomenda “olhar o cérebro” por meio dos exames de imagem SPECT
“Olhe o cérebro”

À época com 40 anos, Sandy tinha distúrbio de déficit de atenção (DDA). Na noite anterior à consulta, ela tentou se matar. E a SPECT revelou haver uma queda abrupta na atividade do córtex pré-frontal, o centro de decisão do cérebro. “Uma das maiores lições da imagem foi que ela nos ajudou a prevenir erros, como estimular um cérebro hiperativo, acalmar um que está subativo ou rotular o comportamento como intencional, de fato, se baseando na atividade cerebral”, atestou Amen na página da clínica.

O corpo clínico da Amen Clinics descreveu seis tipos de cérebros de pessoas com vícios, cinco relacionados à compulsão alimentare três associados à violência. “A SPECT pode ajudar, especificamente, quem tem ansiedade, depressão e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH); além de auxiliar pessoas a superarem conflitos conjugais, envelhecerem melhor e com problemas de peso”, escreveu o psiquiatra no site da clínica. O trecho foi usado em uma reportagem do The Washington Postsobre o método do especialista.

Varredura cerebral - Daniel Amen
Com a tecnologia SPECT, o proprietário da Amen Clinics afirma ver as áreas de alta e baixa atividade cerebral
Alzheimer

Causa mais comum da demência, a doença de Alzheimer acomete 1,2 milhão de pessoas no Brasil e 35,6 milhões no mundo, conforme levantamento da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Com o envelhecimento da população, os números deverão dobrar em duas décadas. Geralmente, a enfermidade afeta pessoas acima dos 60 anos e, segundo Amen, o problema começa no cérebro de 30 a 50 anos antes de surgir algum sintoma.

“Uma das lições mais profundas de nosso trabalho com imagens cerebrais é que a doença de Alzheimer e outras formas de demência podem ser vistas em exames de SPECT anos antes que as pessoas apresentassem quaisquer sintomas. Estudos anatômicos, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, são indicadores de atraso. Eles mostram problemas mais tarde no curso da doença, quando as intervenções tendem a ser menos eficazes”, defende o médico, líder em neuroimagem.

Reabilitação cerebral

O trabalho de imageamento ensinou aos profissionais da Amen Clinics que lesões cerebrais traumáticas leves são uma das principais causas de doenças mentais. “Praticamente ninguém sabia disso, porque eles iam aos especialistas por quadros de problemas de temperamento, ansiedade, depressão e insônia. Por não olhar o cérebro, como os psiquiatras deveriam saber?”, garantiu o médico no TEDx Talks. Ao abordar o assunto, ele cita um pacienteque caiu de uma escada aos 3 anos. A criança ficou inconsciente por alguns minutos.

Daniel Amen atendeu o paciente com 15 anos de idade. Na época, o adolescente tinha o histórico de expulsão de tratamentos para violência. No ponto de vista do psiquiatra, recomendaram a terapêutica errada: “Ele precisava de um programa de reabilitação do cérebro, não apenas mais medicação atirada contra ele no escuro, ou terapia comportamental, por vezes, se pensar, é cruel. O comportamento é a extensão do problema e não o problema”.

Em um estudo, Amen verificou existir lesões cerebrais em jogadores da Liga Nacional de Futebol (NFL) – ativos e aposentados – em razão de danos provocados por golpes na cabeça, o mesmo ocorre com boxeadores. No programa de reversão do psiquiatra, há estímulos em áreas de fluxo sanguíneo, memória e humor. Em 2019, o especialista foi convidado pela Casa Branca para discutir tratamentos de saúde mental.

Livros

Ao longo de 30 anos de trabalho, o expert escreveu dezenas de livros, ocupando 12 vezes o posto de autor best-seller do The New York Times. Uma das obras mais vendidas de Amen é Mude seu cérebro, mude seu corpo, de 1996. Aos interessados, há uma versão do exemplar traduzida para português. A última publicação do especialista foi lançada em março de 2020 e tem como título O fim da doença mental: como a neurociência está transformando a psiquiatria, até então, somente em inglês.


Foto: Reprodução

A tarde- Um mês depois de oferecer 70 milhões de doses da sua vacina contra a Covid-19 ao governo federal, a Pfizer também teve recusada uma proposta feita ao governo da Bahia para compra antecipada do imunizante, produzido em parceria com o laboratório alemão BioNTech. No dia 23 de setembro, estiveram reunidos o governador Rui Costa, o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, e o presidente da Pfizer Brasil, Carlos Murillo, quando foi discutido o assunto.

Dias antes da reunião com a Pfizer, o governo da Bahia assinou um acordo de cooperação com o Fundo Soberano da Rússia (RDIF) para o fornecimento de até 50 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, também em testes naquela ocasião. Um dos motivos que levaram o governo baiano a optar pela vacina russa, segundo Fábio Villas-Boas, é que a Pfizer, mesmo com a vacina em período de teste, queria que o Estado se comprometesse a comprar um determinado número de doses.

“Nós fizemos com os russos para 50 milhões de doses, mas eles não nos obrigariam a comprar. Eles [Pfizer] queriam que a gente assinasse um compromisso de compra, dizendo que se comprometia a comprar x milhões de doses”, afirmou Vilas-Boas. “Nós dissemos que tínhamos interesse, mas não podíamos fazer aquisição da vacina sem os estudos concluídos”, explicou o secretário da Saúde.

Na ocasião, a Pfizer ainda realizava os seus estudos, mas já negociava com diversos países, incluindo o Brasil. Em julho, por exemplo, os Estados Unidos assinaram um acordo de US$ 1,95 bilhão, para a aquisição de 100 milhões de doses.

Questionado sobre quantas doses teriam sido oferecidas pela Pfizer, o titular da Sesab disse que isso não chegou a ser discutido, porque “não era possível fazer da forma que eles queriam”. Procurada, a Pfizer não informou se foi discutido um quantitativo de doses ou o valor da eventual transação.

Na quinta-feira, 21, o governador voltou a criticar o governo Bolsonaro por não firmar um acerto com a farmacêutica americana no ano passado. “A Pfizer ofereceu 70 milhões de doses e estão registradas as declarações do presidente, dizendo que não iria assinar um pré-contrato. Uma atitude de desprezo com a vida humana. Quem tem o mínimo de racionalidade sabe que não tem vacina para todo o planeta. Naquele momento, a Pfizer nos avisou que, se não fizéssemos um pré-contrato, ele faria com outros países”, declarou.

Já o secretário de Saúde reclamou na quinta que a Pfizer, ao ser procurada recentemente, informou não ter doses para comercializar com o Estado da Bahia. “A Pfizer usou a boa fé de 1.500 voluntários baianos no desenvolvimento da sua vacina e agora recusa-se a vender para a Bahia”, escreveu Vilas-Boas, no Twitter.

“Em 2020 reuniram-se oficialmente com o governador Rui Costa para vender a vacina e a partir dali nos preparamos. Apoiamos o centro de pesquisas das Obras Sociais irmã Dulce (Osid), investimos na montagem de uma rede de ultracongeladores e, agora, nos informam que venderam tudo pra outros países”, acrescentou.

Em comunicado, a Pfizer revelou a proposta recusada pelo governo da Bahia em setembro e disse que a participação de voluntários em estudos clínicos “é de extrema importância não só para a ciência, mas também para a história e para a sociedade”.

A empresa ainda negou qualquer relação do estudo com “aspectos comerciais”. “Seguindo os preceitos de Ética e Pesquisa e os órgãos regulatórios no Brasil, todos os voluntários do estudo que receberam placebo terão a oportunidade de receber a vacina”, acrescentou.

A conclusão da fase 3 dos testes do imunizante foi anunciada em 18 de novembro. Em dezembro, iniciaram a vacinação, com o produto, países como Estados Unidos, Canadá, Israel, Chile, México, Costa Rica, Arábia Saudita, Singapura, Catar, Kuwait, além da União Europeia e o Reino Unido.

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, também criticou na quinta o governo Bolsonaro pela negociação frustrada com a Pfizer. “A vida e assim. Quando se demora para tomar decisões, ainda mais na vida pública, as coisas acontecem. A gente poderia ter iniciado a vacinação no Brasil em dezembro, porque a Pfizer foi a primeira vacina a finalizar a fase 3 e estar pronta para uso emergencial. Estamos conversando com a Pfizer não é de agora, e não estamos conseguindo adquirir. Foram disponibilizadas 70 milhões de doses para o Brasil, desde agosto a Pfizer vinha conversando com o governo federal, e não foram adquiridas”, lamentou.

Em nota, a farmacêutica disse que “o cenário de disponibilidade da vacina tem mudado significativamente, priorizando os países que fizeram uma aquisição antecipada ainda no ano passado”. A Pfizer acrescentou que continua em conversas com o governo federal para um “possível fornecimento” do imunizante.

Colaborou Fernando Valverde


Foto: Divulgação Butantan

Agência avalia aval ao lote de imunizantes que foi envasado pelo Butantan

Pleno News- A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reunirá a sua diretoria colegiada, nesta sexta-feira (22), para avaliar se permite o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da CoronaVac.

No último domingo (17), a agência liberou o uso de 6 milhões de doses da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac. Agora, a Anvisa avalia o aval ao lote de imunizantes que foi envasado pelo Butantan.

Na mesma reunião do dia 17, a Anvisa aprovou a aplicação de 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca, que deve chegar nesta sexta-feira ao país após negociações para a liberação da importação da Índia.

O uso emergencial pode ser concedido a vacinas que estão em fase de desenvolvimento, desde que estudos clínicos tenham sido feitos no Brasil. A Anvisa aguarda o envio de dados do Butantan, até 28 de fevereiro, sobre a duração da eficácia.


Pesquisadores verificaram que mutação causa fuga substancial ou completa dos anticorpos neutralizantes no plasma convalescente de pacientes de Covid-19

Foto: PHILL MAGAKOE / AFP

JOHANNESBURG — A nova variante do vírus Sars-CoV-2 identificada na África do Sul pode evitar os anticorpos que a atacam em tratamentos com plasma sanguíneo de pacientes previamente recuperados e pode reduzir a eficácia da atual linha de vacinas, disseram os cientistas nesta quarta-feira.

Os pesquisadores estão correndo para estabelecer se as vacinas que estão sendo lançadas em todo o mundo são eficazes contra a chamada variante 501Y.V2, identificada por especialistas em genômica sul-africanos no ano passado na Baía de Nelson Mandela.

“Além disso, 501Y.V2 mostra uma fuga substancial ou completa dos anticorpos neutralizantes no plasma convalescente de pacientes de Covid-19”, escreveram eles, acrescentando que suas conclusões “destacam a perspectiva de reinfecção … e podem prenunciar a eficácia reduzida das vacinas baseadas na proteína S (ou spike, presente na superfície do patógeno e responsável por infectar as células humanas)”.

A variante 501Y.V2 é 50% mais infecciosa do que as anteriores, disseram pesquisadores sul-africanos esta semana. Já se espalhou para pelo menos 20 países desde que foi relatado à Organização Mundial da Saúde no final de dezembro.

É uma das várias novas variantes descobertas nos últimos meses, incluindo outras descobertas pela primeira vez na Inglaterra e no Brasil.

A variante é a principal causa da segunda onda de infecções por Covid-19 na África do Sul, que atingiu um novo pico diário acima de 21 mil casos no início deste mês, muito acima da primeira onda, antes de cair para cerca de 12 mil por dia.

O plasma sanguíneo convalescente de pacientes anteriores não se mostrou eficaz quando administrado a pacientes gravemente enfermos que requerem tratamento intensivo para COVID-19, mas foi aprovado em vários países como medida de emergência.

Cientistas e políticos britânicos expressaram preocupação de que as vacinas atualmente em uso ou em desenvolvimento possam ser menos eficazes contra a variante.

O jornal disse que ainda precisamos ver como as vacinas atuais são eficazes contra o 501Y.V2, o que só seria determinado por testes clínicos em larga escala. Mas os resultados mostraram a necessidade de novas vacinas serem projetadas para lidar com a ameaça em evolução.

O Globo

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