De acordo com o site O Protagonista Fsa, o fim da isenção de cobrança de impostos sobre valores recebidos por líderes religiosos, medida anunciada pelo governo Lula na quarta-feira (18), cria, no mínimo, um embaraço para o deputado federal Zé Neto, pré-candidato a prefeito de Feira pelo PT.
A decisão polêmica do governo petista certamente terá desdobramentos em Feira de Santana, onde o parlamentar feirense e o governo do estado tentam a todo custo uma aproximação com o segmento evangélico, de olho, claro, nas eleições de outubro.
A medida estava em vigor desde julho de 2022, quando foi publicada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) às vésperas da eleição. A decisão cita processo em andamento no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o tema, iniciado após ação do Ministério Público. A suspensão foi publicada pelo Diário Oficial da União (DOU) e já está em vigor.
A medida bolsonarista considerava que valores pagos pelas igrejas a seus “ministros de confissão religiosa” não poderiam ser considerados salários. Assim, estariam isentos de cobrança de contribuições previdenciárias, por exemplo.
Enquanto a medida esteve em vigor, apenas eram considerados salários os pagamentos recebidos pelos líderes religiosos em relação a atividades “comprovadamente” de trabalho, como aulas ministradas em cursos, por exemplo.
A decisão de Lula, considerada uma perseguição aos evangélicos, público que em sua esmagadora maioria não vota no PT, pode ser uma ducha de água gelada na tentativa de aproximação de Zé Neto aos evangélicos.
Agora é aguardar para conferir os desdobramentos da medida do governo Lula, contra os líderes religiosos. Mas uma coisa é certa: Zé Neto vai ter muito o que explicar aos religiosos.
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Foto:Ricardo Stuckert / PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (18) que o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), está “só colhendo” os resultados das antigas gestões petistas de Jaques Wagner (2007-2014) e Rui Costa (2015-2022).
Lula declarou que Jerônimo não enfrentou dificuldades por pegar gestão depois do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Diferentemente de Jerônimo, que pegou uma roça plantada, com semente preparada, com adubo colocado na terra, e está no 1º ano só colhendo o que foi plantado ao longo dos outros anos, eu peguei um país devastado por uma praga de gafanhotos, que destruiu quase tudo que a gente tinha feito em 13 anos de governo”.
O comentário do presidente sobre as gestões petistas na Bahia se dá após o Estado registrar ondas de violência com facções criminosas e ser a região que mais mata brasileiros. Em setembro de 2023, Jerônimo disse que os governos estadual e federal estão alinhados para combater os crimes, no entanto, já durante o mês de novembro, foram registrados 31 óbitos, resultando na média de uma morte diária e na primeira semana de dezembro foram registradas mais três mortes.
Nesta quinta-feira (18), durante a cerimônia de criação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia, o presidente não citou indícios de violência e só falou da sorte de Jerônimo. Também estavam presentes na cerimônia: Rui Costa (ministro da Casa Civil), Jacques Wagner (líder do governo no Senado), Luciana Santos (ministra da Ciência e Tecnologia), Silvio Costa Filho (ministro de Portos e Aeroportos).
Fonte: Diário do Poder
O mercado reagiu negativamente à notícia da possível ida de Guido Mantega para o Conselho de Administração da Vale. A intenção do governo Lula de trazer o ex-ministro da Fazenda para a mineradora fez com que a empresa perdesse R$ 8,5 bilhões em valor de mercado até às 11h45 desta quinta-feira, 18, na parcial desta semana.
Até sexta-feira, 12, o valor de mercado da Vale era de R$ 308,5 bilhões. Após a sinalização do Governo Lula para o nome de Guido Mantega no quadro da ex-estatal, o valor caiu para R$ 300 bilhões.
A última vez que a empresa, que detém 13% da carteira do Ibovespa, registrou o valor R$ 300 bilhões foi em outubro de 2023.
De acordo com os analistas, a intervenção do governo federal na Vale não é bem vista pelo mercado, que valoriza a empresa pelos vultuosos pagamentos de dividendos. Só em 2023, a mineradora distribuiu o montante de R$ 28,9 bilhões em proventos aos acionistas.
Mantega, de 74 anos, foi ministro da Fazenda de todas as gestões petistas anteriores: nos dois mandatos consecutivos de Lula, de 2003 a 2011, e no primeiro mandato de Dilma Roussef, de 2011 a 2014, sendo substituído por Joaquim Levy. Dois anos depois, em 2016, a ex-presidente, sofreu impeachment por pedaladas fiscais.
Em 2018, o ex-ministro também foi alvo de investigações pelo Ministério Público Federal (MFP) por irregularidades financeiras no governo federal.
Caso tenha o nome aprovado para integrar o Conselho da Vale, mesmo diante da reação negativa do mercado financeiro, Mantega poderá ter salário de R$ 112 mil mensais – quantia média paga aos 13 conselheiros da empresa.
Informações Revista Oeste
foto: Ricardo Stuckert/ Palácio do Planalto
O presidente Lula (PT) usou sua visita à refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, nesta quinta-feira, 18, para fazer ilações sobre a operação Lava Jato e criticar o departamento de justiça dos Estados Unidos da América. A obra foi iniciada pelo petista ainda em seu primeiro mandato, em 2005, mas foi paralisada em 2015 após investigações da força-tarefa de Curitiba.
“Na verdade não era conta Petrobras, porque se você quisesse de fato apurar corrupção, você apura a corrupção. A história ainda vai ser contada. Mas eu vou dizer uma coisa como presidente da República, tudo o que aconteceu neste país foi uma mancomunação entre alguns juízes, alguns procuradores desse país subordinados ao departamento de Justiça dos Estados Unidos que queria e nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras”, disse Lula.
A construção da refinaria foi marcada por escândalos de corrupção e foi um dos símbolos da Lava Jato. Na época, as investigações indicaram problemas relacionados aos contratos e possíveis desvios de recursos da obra.
Localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, a 45 km de Recife, em Pernambuco, a refinaria começou suas operações em 2014 e é a unidade que apresenta a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel.
A visita do petista ao local marca a volta dos investimentos da Petrobras ao espaço. Até 2028, a estatal pretende investir US$ 17 bilhões na ampliação da capacidade de produção de combustíveis.
O Antagonista
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A CGU ouviu o funcionário que era responsável pela UBS Parque Peruche na época em que Bolsonaro supostamente teria se vacinado, além de enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais de saúde. Eles afirmaram que o ex-presidente nunca esteve no local. A CGU também obteve dados da Força Aérea Brasileira que demonstram que Bolsonaro retornou de São Paulo para Brasília no dia 18 de julho de 2021, um dia antes da data da suposta suposta vacinação. Na época, o então presidente se encontrava na capital paulista para tratar um quadro de obstrução intestinal.
Procurado, Bolsonaro ainda não se manifestou.
Apesar de a investigação apontar para uma fraude no cartão de vacinação, a equipe técnica da CGU recomendou o arquivamento do caso por não ter encontrado provas suficientes contra funcionários públicos durante a apuração. A CGU encontrou fraudes em São Paulo e no Rio de Janeiro, o que levou a PF também a abrir uma investigação sobre o caso, mas concentrada no que ocorreu no estado fluminense.
Segundo a investigação, todos os funcionários da UBS Parque Peruche dividiram, na época da inserção falsa, um mesmo login e senha de acesso ao Sistema VaciVida, o que dificulta a identificação de quem teria inserido os dados falsos no sistema. A CGU concluiu que o sistema poderia ser acessado de qualquer local por meio de algum equipamento com acesso à internet. O órgão ainda destacou que o registro falso foi incluído apenas no Sistema VaciVida, mas não nos livros físicos da UBS Parque Peruche, o que reforça a hipótese de que a fraude teria sido feita de forma online.
“Em suma, qualquer pessoa com login e senha poderia acessar, via web, o site do Sistema e, assim, fazer os registros”, destaca a nota técnica obtida pelo GLOBO, acrescentando: “E isso dificultou (se não, impossibilitou) que se chegasse a uma conclusão sobre quem efetivamente teria feito o registro da vacinação do Sr. Bolsonaro. Em outras palavras, qualquer pessoa com o login e a senha de acesso da UBS Parque Peruche pode ter feito essa inserção“.
A CGU destaca que os dados transmitidos por meio do sistema VaciVida acerca da suposta imunização do ex-presidente da República no dia 19 de junho de 2021 “são válidos de acordo com o modelo de informação acordado entre os entes federativos”. “No entanto, apesar de serem válidos, pelas provas colhidas, não se mostraram ser verdadeiros. Mesmo os funcionários que estavam trabalhando na UBS Parque Peruche, seja no dia da suposta vacinação (19/07/2021), seja no dia em que foi feito o registro (14/12/2021), afirmaram que o Sr. Bolsonaro nunca compareceu lá para se vacinar.”
Outro ponto investigado pela CGU foi a disponibilidade, à época da suposta imunização do ex-Presidente da República, do lote da vacina da Janssen registrado nos sistemas do Ministério da Saúde. “Concluiu-se que, apesar do lote existir à época da suposta vacinação (pois foi fabricado em 21/10/2020, ou seja, antes), ele não estava disponível na UBS Parque Peruche no dia 19/07/2021. Logo, não poderia o Sr. Bolsonaro ter recebido tal imunizante nessa data naquele local”.
Em maio do ano passado, a PF deflagrou a Operação Verani, que tem o objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. A Polícia Federal investiga se teriam sido forjados dados do certificado de vacinação de parentes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como de sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos, e de sua mulher, Michelle Bolsonaro.
“A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”, informou a PF, à época.
Mesmo sugerindo o arquivamento da investigação, a CGU ressaltou, no relatório obtido pelo GLOBO, que “ainda está em curso investigação policial paralela, conduzida pela Polícia Federal, cujo compartilhamento já foi solicitado”. “Faz-se a ressalva de possibilidade de reabertura desse procedimento, caso as provas eventualmente recebidas indiquem o possível envolvimento de agente com vínculo com o Poder Público Federal nos fatos”, destaca o relatório, que foi encaminhado para o Ministério da Saúde e para secretarias municipal e estadual de Saúde de São Paulo “para conhecimento e adoção das providências que entenderem eventualmente cabíveis.
O Globo
Ex-prefeito de Salvador e secretário-geral do União Brasil, ACM Neto comparou nesta quinta-feira (18) os índices de violência da Bahia aos do Equador – país que atravessa uma das maiores crises dos últimos anos na segurança pública – e responsabilizou o PT pela falta de ação no combate à criminalidade.
“Diante de tudo que está acontecendo no Equador, a gente não pode deixar de olhar para a nossa realidade, para o que vem acontecendo na Bahia. Infelizmente, a realidade da Bahia não é muito diferente da realidade do Equador. Ao contrário, quando a gente olha a taxa de homicídios do país é 46,5 por cada 100 mil habitantes. Na Bahia, acreditem, é 47,1. Se barbaridades estão acontecendo lá (Equador), também barbaridades acontecem aqui (Bahia) todos os dias”, afirmou ACM Neto em publicação nas redes sociais.
De acordo com o ex-prefeito, que também é presidente da Fundação Índigo, todos os dias líderes das facções criminosas colocam em risco a vida da população com disputas por territórios, impõem cobranças de pedágios para comerciantes e proíbem a livre circulação das pessoas, em determinados casos. “Entre 2011 e 2021, quase todos os estados brasileiros conseguiram reduzir suas taxas de homicídios, mas na Bahia, infelizmente, aconteceu o contrário, com um aumento de quase 22%”.
Ao final da gravação, ACM Neto voltou a fazer um apelo ao governo estadual para intensificar o combate aos criminosos e garantir a segurança dos baianos. “O PT, que já iniciou o 18º ano à frente ao governo da Bahia, precisa levar a sério o problema da segurança pública e enfrentar essa coisa dramática que é o número de homicídios que acontece em nosso estado, semelhante ao de muitas guerras ou a essa barbaridade que está acontecendo no Equador”.
Crise no Equador– A onda de violência no Equador se intensificou há quase duas semanas, após a fuga da prisão de um líder de um grupo criminoso. Em seguida, homens encapuzados invadiram um canal de televisão, o governo decretou “conflito armado interno”, dezenas de pessoas foram presas, comerciantes fecharam seus estabelecimentos, as aulas foram suspensas e um promotor que investigava a invasão à emissora TC Televisión foi assassinado.
Nesta quinta-feira (18), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) usou as redes sociais para pedir a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um “abuso de autoridade” por parte do Poder Judiciário. O pedido foi feito após uma operação da Polícia Federal (PF) ter o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) como um de seus alvos.
Jordy (PL-RJ) foi alvo de buscas, na manhã desta quinta, da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, ação deflagrada pela PF para identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro.
Ao comentar a situação, Zambelli disse que a Justiça ordenou “buscas e apreensões em casas de pessoas honestas, pelo fato de serem oposicionistas a esse desgoverno” e apontou que a “natureza claramente persecutória da operação de hoje contra o nosso líder da oposição, Carlos Jordy, mostra o nível do ataque ao estado de direito e a democracia que falsamente dizem defender e que estão dispostos a empreender pelo seu projeto de poder”.
Para a deputada, o “Senado, por meio de seu presidente Rodrigo Pacheco, se omite e causa dano irreparável ao país, quando deixa de apreciar e pautar pedidos de impeachment que versam sobre o abuso de autoridade de ministros do nosso Supremo Tribunal (somente eu já apresentei 6) e votar pautas e projetos importantes para combater essa ditadura que se transformou o nosso país, descumprindo sua função constitucional”.
Leia a publicação completa de Zambelli:
A Justiça no Brasil tem lado, não usa vendas e o fiel da sua balança está em flagrante desequilíbrio. O Senado, por meio de seu Presidente Rodrigo Pacheco, se omite e causa dano irreparável ao País, quando deixa de apreciar e pautar pedidos de impeachment que versam sobre o abuso de autoridade de Ministros do nosso Supremo Tribunal (SOMENTE EU JÁ APRESENTEI 6) e votar pautas e projetos importantes para combater essa ditadura que se transformou o nosso país, descumprindo sua função constitucional.
Que Justiça é essa que ordena buscas e apreensões em casas de pessoas honestas, pelo fato de serem oposicionistas a esse desgoverno e solta ou deixa de prender traficantes, corruptos e outros criminosos de toda ordem, ao arrepio da lei, incitando a violência, estimulando a impunidade e causando tanta insegurança jurídica?
A natureza claramente persecutória da operação de hoje contra o nosso líder da oposição, Carlos Jordy, mostra o nível do ataque ao estado de direito e a democracia que falsamente dizem defender e que estão dispostos a empreender pelo seu projeto de poder.
Urge a instalação da CPI do abuso de autoridade do STF e do TSE, assim como as votações das PECs que versam sobre alterações no funcionamento dos tribunais superiores, TODOS apoiados e assinados por mim e pelos demais deputados de oposição, medidas pelas quais precisam ser cobrados também os presidentes das duas casas legislativas federais, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, diante do agravamento constante do quadro de inversão da ordem jurídica e ferimento de morte dos preceitos da Constituição, por quem justamente deveria protegê-la e resguardar o seu estrito cumprimento.
*Pleno.News
Foto: Câmara dos Deputados/Pablo Valadares
A Coluna Olho de Tandera, assinada por Jones Almeida, no blog Classe Política, traz duas notas interessantes sobre a sucessão em Feira de Santana. Uma trata de pesquisas internas do PT; a outra, de uma suposta tentativa, “fracassada”, de tentar desgastar a imagem de José Ronaldo.
Segundo Jones Almeida, “integrantes da cúpula governista no estado já admitem que a eleição em Feira de Santana vai ser muito mais difícil para o deputado federal Zé Neto (PT) do que se imagina. Pesquisas para consumo interno petista já apontam vantagem para o ex-prefeito Zé Ronaldo (União Brasil), mesmo num cenário em que os deputados estaduais Pablo Roberto (PSDB) e José de Arimateia (Republicanos) também entrem na disputa. Se os dois recuarem e apoiarem Zé Ronaldo, a vantagem é ainda maior”.
Em outra nota, também na Coluna Olho de Tandera, Jones Almeida afirma que o grupo de Zé Neto até adotou a estratégia de tentar desgastar a imagem de Zé Ronaldo. “Contudo, a tática não tem dado muito certo e Zé Ronaldo segue com a imagem forte na população. E o ex-prefeito não tem parado e mantém um ritmo forte de visitas e articulações com aliados”.
*O Protagonista FSA
Parlamentares evangélicos se pronunciaram sobre o ato assinado pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, que suspendeu uma decisão do governo Bolsonaro que garantia isenção tributária sobre salários de ministros de confissão religiosa, como pastores.
A decisão, que foi tomada por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), foi considerada pelo grupo político como uma vingança do governo Lula para com o grupo que apoiou Bolsonaro nas eleições de 2018 e de 2022.
O deputado federal Filipe Martins (PL-TO) conversou com o Pleno.News e fez críticas diretas ao presidente Lula (PT), dizendo que ele está agindo com vingança contra os cristãos evangélicos.
– Isso só vai revelando o sentimento de vingança que ainda arde no coração do presidente da República, sentimento de vingança contra os cristãos. Este é mais um sinal que ele está dando, revelando quem ele realmente é, e qual é o interesse dele com relação aos líderes religiosos do Brasil.
O senador Magno Malta (PL-ES) também acredita que é uma vingança contra os evangélicos, mais precisamente contra os pastores.
– Parece que ele saiu da cadeia com muito ódio, como se os evangélicos fossem culpados pelos crimes que ele cometeu contra o Brasil e foi parar na cadeia. E a portaria mostra que Lula está cumprindo a promessa que ele fez – declarou Malta em um vídeo gravado em suas redes sociais.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Senado, também comentou o assunto criticando o presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores.
– A história se repete: o PT usa as instituições para atacar quem não apoia as propostas do partido. A esquerda pratica o ditado de “aos amigos tudo. Aos inimigos a Lei”.
Martins adiantou também que, assim que se iniciarem os trabalhos do primeiro semestre, os deputados e senadores devem pensar em uma pauta sobre o assunto.
– Nossa luta é diária e o Congresso, agora no retorno, vai estar trabalhando nisso e teremos uma pauta em conjunto com o Senado para acharmos uma solução.
A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso deve emitir uma nota a qualquer momento para comentar a situação e se posicionar sobre o fim da isenção tributária sobre salários de ministros religiosos.
Informações Pleno News
O presidente Lula volta hoje à refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), para lançar a segunda etapa das obras cuja finalidade é mais do que dobrar a atual capacidade de refino.
A história do empreendimento é marcada não só por escândalos de corrupção e mau uso do erário, mas também pela mudança de curso. Inicialmente seria uma sociedade da Petrobras com a PDVSA, a petroleira venezuelana, em acordo assinado por Lula, em seu primeiro mandato, e Hugo Chávez.
O projeto da refinaria foi inteiramente concluído, mas as operações tiveram início em 2014 de forma parcial, com o funcionamento de um conjunto de unidades, o chamado trem 1, capaz de refinar cerca de 100 mil barris por dia. O projeto previa o trem 2, que não foi finalizado.
A história começa em abril de 2003, quando Hugo Chávez foi ao município de Abreu e Lima com Lula e assinou a ata do Recife, que firmava as intenções do acordo binacional na área de petróleo.
Em dezembro de 2005, no Complexo de Suape, em Ipojuca, Hugo Chávez lançou a pedra fundamental da obra e fez um discurso pedindo voto para a reeleição de Lula — que ocorreu no ano seguinte.
Em março de 2008, Chávez voltou a Pernambuco e visitou as obras já em andamento da refinaria —feita só com recursos do lado brasileiro.
Sem acordo fechado com o Brasil, deu uma curiosa declaração no Palácio do Campo das Princesas (sede do governo pernambucano): “Não temos dinheiro, mas temos vontade política”. Na visita, ainda recebeu medalha com a mais alta comenda da Assembleia Legislativa.
Em 2011, a Petrobras anunciou que não tinha chegado a um acordo com os venezuelanos, e a PDVSA saiu do projeto sem colocar um centavo.
As duas empresas não deram explicações oficiais detalhadas, mas sabe-se que um dos pontos cruciais foi que a Venezuela oferecia, como parte do pagamento, óleo cru para custear o negócio.
Além dos laços políticos entre Lula e Chávez, morto em 2013, havia um interesse estratégico do Brasil na parceria com a Venezuela em 2003: a perspectiva de exploração de petróleo no país vizinho. Naquela época, sem a exploração do pré-sal, havia preocupação diante do declínio das reservas próprias.
Diante da repercussão do acordo desfeito, o TCU (Tribunal de Contas da União) apurou o fim da “parceria” e eventual prejuízo causado.
Em 2006, um documento enviado à diretoria executiva da Petrobras alertou que o petróleo venezuelano continha “alto teor de enxofre e instáveis”. O tratamento exigiria “elevado investimento em uma refinaria para o seu processamento”.
Havia expressa indicação dos custos adicionais do projeto em face da participação da PDVSA (acréscimo de 21%) e da redução da lucratividade da Petrobras com a parceria. E note-se que, àquela altura, a Petrobras ainda nem sequer conhecia a composição química do petróleo venezuelano, baseando-se unicamente em indicativos apresentados por técnicos da PDVSA.
Relatório do TCU
A sugestão do setor de Estratégia e Desempenho Empresarial da Petrobras foi buscar contrapartidas para compensar a redução na rentabilidade, além de negociar um desconto em cima do petróleo que viria da Venezuela.
Em 2009, Petrobras e PDVSA assinaram um acordo de associação, que dizia que a empresa venezuelana iria realizar um aporte inicial de R$ 854 milhões (1,9 bilhão em valores atuais).
O valor seria correspondente ao percentual do capital social da nova empresa, a Rnest (Refinaria Abreu e Lima). O documento, porém, era apenas uma intenção, sem compromissos.
Em 2011, Chávez culpou o Brasil. “Temos o dinheiro à mão, só falta um requisito: que o BNDES aceite as garantias que a Venezuela está oferecendo”, disse, sem detalhar quais seriam essas garantias.
Entretanto, segundo o TCU, o Brasil já tinha investido “mais de R$ 18 bilhões em contratações”, somente entre 2007 e 2009, sem ainda a parceria firmada.
Este valor era muito superior ao que havia sido aprovado para todo o Projeto Rnest na precedente fase de projeto conceitual.”
O TCU ainda citou que esses investimentos eram “irreversíveis” e foram autorizados em uma obra ainda com “desenho incipiente”.
E, mais importante, umbilicalmente associada a um plano de negócios bem maior – a possibilidade de exploração de petróleo na Venezuela – cujas balizas não estavam assentadas e sem nenhuma salvaguarda jurídica a comprometer a empresa parceira.”
Ou seja, o interesse do Brasil em explorar petróleo no país vizinho não passava de um desejo, sem qualquer formalização. “Isso era particularmente temerário”, completa o TCU.
Ao final, apenas o trem 1 da refinaria ficou pronto, e o custo da obra explodiu. Inicialmente, estava orçada em US$ 2,3 bilhões (R$ 13,5 bilhões). Somente o trem 1 teve investimento de US$ 18,27 bilhões (R$ 92,6 bilhões) — o que gerou a pecha de refinaria mais cara do mundo.
Os altos custos —arcados somente pela Petrobras— geraram protestos da oposição, que cobrava do governo Dilma (PT) o pagamento de algum valor pela desistência.
A Petrobras respondeu ao UOL que, “em todos os documentos (…) havia a premissa de que quaisquer direitos e obrigações somente seriam devidos, de parte a parte, na hipótese de efetivo ingresso da PDVSA na sociedade”.
A PDVSA jamais ingressou na sociedade e, por tal motivo, jamais teve qualquer direito de deliberação no âmbito da Rnest. Da mesma forma, eventuais cobranças somente seriam devidas por sócios da Petrobras na Rnest e não por potenciais sócios.
Petrobras, em nota
Para o TCU, porém, a indefinição de uma década gerou prejuízos ao lado nacional —apesar de a Petrobras nunca admitir.
Um dos aspectos que causou atrasos e custos desnecessários ainda na fase de projeto conceitual (Fase II) foi a indefinição da parceria societária entre a Petrobras e a estatal venezuelana PDVSA.”
O início das obras do trem 2, segundo a Petrobras, está previsto para o segundo semestre; e a conclusão, para 2028.
Isso deve duplicar a capacidade de processamento da Rnest, agregando mais 130 mil barris por dia. A previsão do investimento é de US$ 1,5 bilhão (R$ 7,5 bilhões) até 2027.
Segundo página da refinaria no site da Petrobras, a Rnest é a “mais moderna” já construída pela estatal.
Dentre todas as refinarias brasileiras, A Rnest apresenta a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel (70%), combustível essencial para a circulação de produtos e riquezas do país.
Petrobras
Informações UOL