Tem muita coisa acontecendo neste final de ano no Brasil e no mundo. Se você só pensar nisso, vai ficar estressado. Há a guerra na Rússia com ameaça de armas nucleares, as eleições no Brasil, em breve uma Copa do Mundo… a ansiedade toma conta do peito se você só assiste ao jornal. Então, é o momento de trocar um pouco a programação da sua TV e se ligar em um pouco de ficção. Nesta lista, separamos alguns filmes extraordinários que acabaram de chegar na Netflix e que vão distrair sua mente. Destaques para “Athena”, de 2022, de Romain Gavras; “Blonde”, de 2022, de Andrew Dominik; e “Já Fui Famoso”, de 2022, de Eddie Sternberg. Os títulos disponíveis na Netflix estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Athena (2022), Romain Gavras
Um jovem de origem árabe do gueto de Athena, na França, morre em circunstâncias desconhecidas. Acreditando que ele tenha sido morto por policiais, três irmãos lideram uma revolta de sua comunidade contra as autoridades em busca de vingança. Conforme o irmão mais velho, Abdel, que é militar, luta para acalmar as tensões crescentes, a situação se agrava e Athena é sitiada. Uma guerra de civis contra policiais se inicia e os irmãos estão no centro dela.
Blonde (2022), Andrew Dominik
Baseado no romance de Joyce Carol Oates, “Blonde” reimagina a vida de um dos maiores ícones de Hollywood, Marilyn Monroe. De uma infância difícil como Norma Jeane até sua esplendorosa fama e os relacionamentos com os figurões. A história quer explorar os dois lados da celebridade, de frente e por trás das câmeras.
Já Fui Famoso (2022), Eddie Sternberg
Vince é um ex-integrante de boyband, que quer retornar ao mundo da música. Rejeitado por promotores e produtores, ele está pessimista. Até que ele conhece Stevie, um jovem baterista com espectro autista, que encoraja Vince a acreditar em si mesmo de novo. Eles formam a banda “The Tin Men” e planejam se mostrar ao mundo.
O Homem do Jazz (2022), Tyler Perry
Bayou e Leanne formam um casal de jovens negros apaixonados no Sul profundo dos Estados Unidos durante os anos 1940. O filme acompanha suas histórias ao longo de algumas décadas e mostra as provações que testam o amor do casal, enquanto suas famílias e forças externas tentam separá-los. Apesar de todas as probabilidades estarem contra eles, o amor verdadeiro os guiará.
Passei por Aqui (2022), Babak Anvari
Dois grafiteiros, Toby e Jay, invadem casas de pessoas muito ricas e deixam a mensagem “Passei por aqui” em suas paredes. É uma forma de dizerem a eles que, apesar de ricos, não são invencíveis. Toby mora com sua mãe, Lizzie, e eles vivem uma relação conturbada. Toby é jovem pseudo-rebelde, emo e misógino. Logo ele e Jay também passarão a ter atritos, quando a personalidade de Toby bater de frente com os objetivos de Jay, que está prestes a ter um filho com a namorada, Naz. Toby acaba invadindo a casa de um ex-juiz sozinho e descobre que o homem guarda muitos segredos obscuros.
O Homem Invisível (2020), Leigh Whannell
Em uma manhã, Cecilia escapa da mansão de seu namorado drogado e violento e aciona a polícia, com medo de que ele venha a persegui-la. Logo ela descobre que ele tirou a própria vida. No entanto, incidentes e eventos estranhos começam a acontecer ao redor dela, levando Cecilia a desconfiar que seu namorado não está morto e é capaz de se tornar invisível. Mas convencer alguém disso pode ser um tanto quanto complicado, quando ele arma um cenário que coloca todas as evidências de sua morte contra ela.
Capitão Fantástico (2016), Matt Ross
Ben e seus filhos vivem na floresta, se alimentam do que caçam, leem livros complexos e rejeitam o estilo de vida capitalista. Eles acreditam que estão lutando para sobreviver em uma sociedade cada vez mais distante da natureza e do conhecimento intelectual. Apesar disso, o filho mais velho, Bodevan, sonha em frequentar uma universidade, enquanto o mais novo, Rellian, quer ser uma criança como todas as outras. A mãe cometeu suicídio recentemente e todos ainda estão impactados com sua ausência. Apesar de não terem sido convidados, a família toda embarca em uma viagem de ônibus para participar do funeral, promovido pelo avô materno aristocrata.
Informações Revista Bula
Depois de participar da mega carreata convocada por ACM Neto, José Ronaldo e Cacá Leão, o candidato a deputado federal pelo União Brasil, Zé Chico visitou nesta quinta-feira (29) o Feiraguay – um dos maiores e mais importantes entrepostos comerciais do Norte e Nordeste, que gera inúmeros empregos, além de trazer renda para Feira de Santana e região.
Zé Chico mantém uma longa relação de trabalho e compromisso com o Feiraguay. Em 2014, através do ex-senador João Durval Carneiro, Zé Chico, que foi suplente no Senado Federal, viabilizou uma emenda no valor de 1 milhão de reais para a cobertura do local. Os 4500 m² do equipamento têm uma termoacústica que proporciona aos clientes e comerciantes uma melhor iluminação natural e ventilação.
“O Feiraguay precisa de cada vez mais investimentos. Estaremos juntos para construirmos isso”, disse Zé Chico.
CAMINHADA NA BARAÚNA
Pra fechar a noite, o candidato a deputado federal visitou o bairro Baraúna. Acompanhado de dezenas de lideranças e autoridades. Zé Chico percorreu várias ruas da localidade, para pedir o apoio dos moradores do bairro, para representar Feira de Santana em Brasília, na Câmara dos Deputados.
“É importante que os eleitores façam a sua avaliação e nos dê esse voto de confiança. Vamos fortalecer a nossa Princesa do Sertão”, pontou Zé Chico.
Após declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), Neymar foi alvo de críticas na web por opositores do chefe do Executivo. O jogador Paris Saint-Germain decidiu se posicionar, citando a democracia, tão amplamente defendida.
– Falam em democracia e um montão de coisa, mas quando alguém tem um opinião diferente é atacado pelas próprias pessoas que falam em democracia. Vai entender – escreveu o jogador, que completou com um emogi de gargalhada e outro de “dúvida”.
No vídeo que viralizou nesta quinta-feira (29), gerando tanto elogios quanto ataques, Neymar aparece dançando uma música que pede voto para Bolsonaro. A gravação do atleta está no perfil dele no TikTok.
O nome do atleta ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter, em seguida os internautas subiram o nome de Bruna Marquezine, ex-namorada de Neymar que já declarou voto no candidato Lula (PT).
Informações Pleno News
O vereador José Carneiro Rocha usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Feira de Santana nesta quarta-feira (28) para falar sobre o debate com os candidatos a governador da Bahia, promovido pela TV Bahia.
Na ocasião, o vereador afirmou que o debate era um complô contra o candidato ACM Neto (UB). José Carneiro disse ainda que João Roma foi a ”maior decepção”.
Veja os vídeos:
Drones da Polícia Federal serão usados durante a votação das eleições — que ocorre no próximo domingo (2) —, para auxiliar na fiscalização das zonas eleitorais do Distrito Federal e do entorno. Uma demonstração com os equipamentos foi realizada na manhã desta quarta-feira (28), no Estádio Mané Garrincha.
Segundo a PF, a frota de drones da corporação consegue atingir altitude suficiente para não ser perceptível para a população. O coordenador da operação é o delegado Franco Perazzoni. Ele explica que os drones darão respaldo aos policiais, ao captar imagens para possíveis flagrantes de delitos eleitorais, como boca de urna e transporte ilegal de eleitores, além de ajudar na identificação de pessoas.
Os drones têm sido utilizados em atividades pontuais da Policia Federal, e serão usados principalmente no dia das eleições, informa a corporação. “Eles se tornam praticamente invisíveis, dependendo da altitude”, conta Perazzoni.
A quantidade de drones e os locais onde a Policia Federal vai operar não foram divulgados, por questões de segurança.
*R7
Algumas pessoas são obrigadas a entender, desde muito cedo, que a vida não lhes reserva a genuína essência das coisas, mas só um caldo ralo e frio, temperado pela eterna ira que pontua a existência de todos nós em maior ou menor intensidade. Para esses indivíduos, afetos têm a natureza de algo que se quebrara há bastante tempo, mas que resiste, apoiando-se na areia colorida da farsa, que vai tragando e perdendo tudo. Socorrem-nos colossos que o homem de quando em quando inventa, a exemplo da filosofia, o pensamento organizado em torno das angústias que o gênero humano sempre há de sentir, passem-se dez, vinte, cem, mil anos, mas somos a um só tempo tão desgraçados e misteriosos que, mesmo todo o poder imensurável do conhecimento filosófico não é capaz de nos atender sempre. Sucedem-se eventos na vida do ser humano que nem toda a sabedoria reunida em todas as páginas dos livros de todos os filósofos do mundo teria o condão de abarcar. Em casos assim, enterrar o passado, tomar um novo rumo e refazer a vida toda outra vez, do zero, é muito mais que um ato de coragem: é uma profissão de fé na própria vida.
As grandes (e necessárias) mudanças na jornada de cada homem só começam depois de alguma hesitação, e não há nada de errado nisso, uma vez que muitos levam toda uma vida procurando a tal zona de conforto de que muitos falam. No entanto, a partir do momento em que se tem claro que se precisa mesmo girar o leme com toda a energia e levar o navio para outros mares, não existe força que possa se igualar à vontade de conquistar seu quinhão no mundo, preservando-se a si e a quem vier depois. A diretora Anna Foerster capta todas essas ideias numa só personagem, a mesma que dá nome a seu novo filme. “Lou” (2022) não tem a menor intenção de reinventar a roda, e justamente por ser tão direto em seus propósitos, alcança o que parece ser seu objetivo maior, o de encaminhar o público para uma conclusão inescapável — e algo maldita —, sem a facilidade do maniqueísmo ou o pedantismo da moral imposta. Mas até que chegue a ela, faz questão de tornar a experiência o mais caótica possível.
O cinema ainda não descobriu Allison Janney, pelo menos não o suficiente. A ganhadora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante de 2018 por “Eu, Tonya” (2017), onde deu vida à mãe supostamente abusiva de uma estrela da patinação, encarna mais um desafio como o do filme de Craig Gillespie. Interpretar mães problemáticas, donas de um passado nada lisonjeiro parece estar se tornando a especialidade de Janney, uma grande especialidade. Em “Lou”, não é preciso ser nenhum gênio para se deduzir que o mistério fundamental do roteiro de Jack Stanley e Maggie Cohn gira em torno do papel da veterana, ou outro seria o nome do filme — e olhares mais treinados identificam sem muito esforço de que se constitui esse enigma, mas isso é uma outra história. Foerster vai dando ao espectador pistas até bastante óbvias de que é prudente desconfiar da personagem-título, uma mulher já entrada em anos, vivendo já três décadas num lugar ermo como a ilha das Orcas, no noroeste do Pacífico, fiel a uma solidão doída só quebrada pelo cãozinho Jax, “interpretado” pela dupla de vira-latas Ozzie e Jersey, e por idas esporádicas à cidade, onde esbarrões inadvertidos no xerife Rankin, de Matt Craven, rendem uma sessão de resmungos e falsas gentilezas de parte a parte. Sua misantropia também perde força — e nessa hora, sim, começa a ser essencial atentar para as entrelinhas do texto de Stanley e Cohn — quando é forçada a ir cobrar o aluguel de Hannah, a única vizinha em quilômetros, não exatamente por causa da personagem vivida por Jurnee Smollett, mas por sua filha Vee, uma garotinha tão adorável quanto esperta, de Ridley Asha Bateman.
O arco dramático da trama se fecha com a entrada em cena de Philip, um tipo sombrio que a cara de bom moço de Logan Marshall-Green disfarça convenientemente em enredos assim. O forasteiro traz consigo as inquietações de uma vida de milhões de perguntas que a diretora responde aos poucos, mas à queima roupa, desvendando os segredos que Lou guarda desde sempre. Assuntos como maternidade, ageísmo, feminismo e sororidade são coroados por um final simplesmente arrebatador em a personagem da magnífica Janney, uma Medeia torta, dispara num jato que nem todas as mulheres nascem para serem mães. Um tabu difícil de cair.
Filme: Lou
Direção: Anna Foerster
Ano: 2022
Gêneros: Ação/Crime/Drama
Nota: 8/10
Informações Revista Bula
A identidade dele é bastante controversa. Longinus, seu nome latino, provavelmente se trata de uma referência à lança comprida que, segundo relatos bíblicos, o soldado romano teria utilizado para perfurar o peito de Jesus na cruz, para ter a certeza de que ele estava morto.
São Longuinho, santo que “ajuda” a encontrar coisas perdidas — Foto: DOMÍNIO PÚBLICO
Para quem fala português, parece até piada que um santo de nome Longuinho tenha sido um homem reconhecido como de baixa estatura. E com dificuldade de locomoção. É o que se acredita a respeito de São Longuinho, aquele para o qual a tradição popular dedica o ato de dar três pulinhos e — surpresa! — ele ajuda a se encontrar um objeto perdido.
Mas sua identidade, contudo, é bastante controversa. Longinus, seu nome latino, provavelmente seja uma referência à lança comprida que, segundo relatos bíblicos, o soldado romano teria utilizado para perfurar o peito de Jesus na cruz, para ter a certeza de que ele estava morto.
“São Longuinho é dos santos mais populares da Igreja, e sua devoção remonta aos tempos da igreja primitiva. O nome ‘Longuinho’ é um derivação de ‘Longinus’, termo latino que designa um tipo de lança romana”, explica o escritor e teólogo J. Alves, pesquisador de histórias de santos.
“Existem poucos relatos históricos sobre a vida desse personagem, mas é interessante pensar em seu nome como, lendariamente, essa associação à lança”, pontua o estudioso de hagiologias Thiago Maerki, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e associado da Hagiography Society, dos Estados Unidos.
Segundo o Evangelho de João, os judeus não queriam que os corpos dos executados ficassem expostos na cruz durante o sábado, por conta da Páscoa. “Pilatos ordenou, então, que os soldados lhes quebrassem as pernas e os retirassem da cruz. Como Jesus já estava morto, um dos soldados abriu-lhe o lado com um golpe de lança”, diz Alves.
“A tradição popular identifica São Longuinho como esse soldado romano, o centurião Cássio, que teria traspassado o lado de Jesus com a lança, de onde saiu sangue e água”, completa o pesquisador Alves.
Nos evangelhos canônicos, não há menção ao nome do soldado. “Mas há uma referência a Longuinho no livro apócrifo dos Atos de Pilatos, que foi produzido por volta do século 6 ou 7 depois de Cristo”, diz Maerki.
“Concretamente o que se sabe originalmente dele é o registro no Martirológio [o livro com o nome dos santos católicos]: ‘Em Jerusalém, a comemoração de São Longino, venerado como o soldado que abriu com a lança o lado do Senhor pregado na cruz'”, pontua José Luís Lira, fundador da Academia Brasileira de Hagiologia e professor na Universidade Estadual Vale do Acaraú, no Ceará.
Lira ressalta que a Bíblia, “o texto sagrado, não lhe atribui nome, nem seus feitos, mas a tradição o registra”.
Na Legenda Áurea, conjunto de narrativas hagiográficas reunidas por volta de 1260 pelo arcebispo de Gênova, Jacopo de Varazze (1229-1298) há a menção de que Longuinho tenha sido “um dos centuriões que vigiavam a cruz do Senhor por ordem de Pilatos” e que teria sido ele “quem perfurou o flanco do Senhor com a lança, mas vendo os prodígios que então aconteceram” teria se convertido.
São Longuinho, em iconografia do século 17 — Foto: DOMÍNIO PÚBLICO
Pela tradição, quando o soldado acertou Jesus com a lança, o sangue teria espirrado nos olhos de Longuinho, curando-o de uma doença ocular que o deixava quase cego. “Dizem que isso se deveu ao fato de algumas gotas do sangue de Cristo terem escorrido pela lança e caído em seus olhos, até então turvados por doença ou por velhice, e que imediatamente passaram a ver com nitidez”, diz Lira.
Segundo Alves, “diante desse fato miraculoso e vendo os acontecimento que sucederam com a morte de Jesus”, o soldado se converteu, deixou o exército romano e teria fugido para a Capadócia, onde acabou sendo preso e martirizado.
Maerki analisa essa cura da cegueira como algo metafórico. “Significa que naquele momento, os olhos dele, físicos, carnais, se abriram para uma verdade de fé. Que ele conseguiu abrir seus olhos e enxergar por meio de uma fé cristã”, comenta.
No livro apócrifo, a sina de Longuinho é narrada. “Ele teria sofrido uma perseguição muito grande por ter transpassado o corpo de Jesus, condenado a ficar em uma caverna onde, todas as noites, um leão aparecia e o despedaçava até o amanhecer. Depois, seu corpo se regenerava e ele voltava ao normal, em uma espécie de padrão que se repetiria até o fim dos tempos”, narra Maerki. “É uma tradição lendária. São tradições construídas na Idade Média.”
E é também lendária a narrativa sobre seu martírio. Acredita-se que Longuinho tenha feito um trabalho de evangelização na Capadócia e isso veio a incomodar os judeus ali assentados. “Autoridades então relataram o problema a sacerdotes de Jerusalém que, por sua vez, avisaram Pilatos [o governador romano que, pela tradição, teria sido o juiz da condenação de Jesus]. Longuinho teria sido então, condenado à morte por traição”, diz Maerki.
Dois soldados foram então enviados para encontrá-lo, com a missão de trazerem para Pilatos a cabeça dele. Quando chegaram a Capadócia, foram pedir informações em uma casa. Era a casa do próprio Longuinho que, como não foi reconhecido, recebeu seus algozes e ofereceu hospedagem. Na hora da despedida, os encarregados da execução disseram que não teriam como agradecer por tamanha hospitalidade.
“São Longuinho é dos santos mais populares da Igreja”, diz teólogo — Foto: DOMÍNIO PÚBLICO
“E ele teria revelado. Sou Longuinho, a quem vocês estão procurando. E estou pronto para morrer. O maior presente que vocês podem me dar é cumprir as ordens de quem os enviou”, diz Maerki.
Outra versão é a que consta da Legenda Áurea. Conforme conta Lira, ali diz que Longuinho renunciou à carreira militar, foi instruído pelos apóstolos de Jesus e passou 28 anos de vida monástica em Cesareia da Capadócia — atual Caiseri, na Turquia. “Converteu muita gente à fé por sua palavra e seus exemplos”, diz o pesquisador.
De acordo com essa versão, ele foi aprisionado e teve os dentes e a língua arrancados, mas mesmo assim conseguia seguir falando. E que quando ele foi condenado à morte, o governador que o sentenciava, estava cego. Longuinho teria dito que logo após a sua morte, ele intercederia pela sua cura de “corpo e alma”. “No mesmo instante o governador mandou cortar sua cabeça. Imediatamente recuperou a vista e a saúde e até o fim da vida praticou boas obras”, conta Lira.
Em um tempo em que não havia processos de canonizações como hoje, ele acabou se tornando santo por conta do martírio relatado. “A tradição uniu-se ao registro bíblico e isso facilitou seu reconhecimento num tempo em que não haviam beatificações, mas, canonizações diretas pelo registro das atas dos martírios que deu origem ao Martirológio”, explica Lira. A oficialização de sua santidade foi feita pelo papa Silvestre 2o (950-1003) no ano de 999.
“Ele é daqueles santos mártires que viveram nos primórdios do cristianismo e deram testemunho da fé, derramando o próprio sangue em nome de Jesus”, argumenta Alves. “O testemunho da radicalidade do Evangelho, que, em nome de Jesus, não teme a morte, como uma lança, afeta o coração do sistema político e religioso do Império Romano e, aos poucos, põe em questão o culto divino ao imperador. É nesse contexto sociopolítico e religioso de uma mudança de era, que devemos situar a vida de São Longuinho, que é tido, pela tradição popular, como testemunha ocular da crucifixão de Jesus.”
“No Brasil, há essa camada interpretativa muito comum entre o povo mais simples que se tornou algo forte: os três pulinhos para São Longuinho”, comenta Maerki.
E de onde vem a ideia de ele ser aquele que ajuda a encontrar objetos perdidos? Segundo Alves, tudo começou porque Longuinho era um soldado baixinho.
“Tal crença estaria relacionada à baixa estatura dele que, antes da conversão, servia a alta corte romana, durante os banquetes e festas. O fato de ser baixinho lhe permitia uma visão privilegiada dos objetos caídos ao chão, por baixo das mesas, os quais eram recolhidos por ele e entregues a seus donos”, conta o pesquisador.
E há uma outra explicação, que é relacionada à sua própria canonização, formalizada quase mil anos após sua morte, pelo papa Silvestre 2o. (950-1003). “Parte da documentação do processo havia sido desviada e o papa teria pedido ajuda ao santo para encontrar tais documentos. Logo, tudo foi reencontrado”, afirma Alves.
Ele relata também que há outra tradição que aponta que São Longuinho tinha dificuldade de locomoção. “Daí a origem dos três pulinhos. Lenda ou não, nada mais atual e necessitante do que a mensagem de São Longuinho, que intercede a Deus pelo resgate de nossa perdas físicas, morais e espirituais, sofridas tanto no âmbito individual e familiar como no âmbito social”, diz Alves.
Há ainda uma outra curiosidade a respeito do personagem cristão, segundo uma vertente do espiritismo. No livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, publicado em 1938 pelo médium Chico Xavier (1910-2002) — em alegada psicografia atribuída ao jornalista e escritor Humberto de Campos (1886-1934) —, há a tese de que o imperador dom Pedro 2º (1825-1891) teria sido a reencarnação de São Longuinho.
Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62904563
Pelo menos nove importantes empresários russosmorreram por suicídio ou em acidentes ainda não explicados desde o final de janeiro, com seis deles associados às duas maiores empresas de energia da Rússia.
O empresário russo Ivan Pechorin, o principal gerente da Corporação para o Desenvolvimento do Extremo Oriente e do Ártico, foi encontrado morto em Vladivostok, no dia 10 de setembro, sendo a última de uma série de mortes misteriosas entre executivos russos.
Reportagens da mídia regional relatam que Pechorin foi encontrado afogado em um possível acidente de barco, mas a morte ainda é considerada como suspeita.
Quatro desses seis empresários estavam ligados à gigante estatal russa de energia Gazprom ou a uma de suas subsidiárias, enquanto os outros dois estavam associados à Lukoil, a maior empresa privada de petróleo e gás da Rússia.
No início deste ano, a empresa assumiu a postura pública incomum de se manifestar contra a guerra da Rússia na Ucrânia, pedindo simpatia pelas vítimas e pelo fim do conflito.
O presidente da Lukoil, Ravil Maganov, morreu no fim de agosto após cair da janela de um hospital em Moscou, segundo a agência de notícias estatal russa TASS.
A Lukoil confirmou a morte na quinta-feira (1º) em um comunicado publicado em seu site.
Maganov “faleceu após uma doença grave”, disse Lukoil, sem mencionar uma queda. “Maganov contribuiu imensamente para o desenvolvimento não apenas da empresa, mas de todo o setor de petróleo e gás russo.”
Outro alto gerente da Lukoil, Alexander Subbotin, foi encontrado morto perto de Moscou em maio depois de visitar um xamã, informou a TASS.
A Agência de Notícias Estatal da Rússia citou um funcionário dizendo que as autoridades foram chamadas para socorrer um homem inconsciente que sofria de insuficiência cardíaca. A TASS informou que a polícia abriu uma investigação criminal sobre o caso.
Na primeira das mortes relatadas este ano, um alto executivo da Gazprom foi encontrado morto em sua casa de campo na vila de Leninsky, perto de Leningrado, em 30 de janeiro de 2022, segundo a mídia estatal russa RIA Novosti.
A RIA informou que uma nota de suicídio foi encontrada no local e que a polícia estava investigando a morte como suicídio. A emissora nacional russa RenTv identificou o homem como Leonid Shulman, chefe de transporte da Gazprom Invest.
Apenas um mês depois disso, outro alto executivo da Gazprom foi encontrado morto na mesma vila. Alexander Tyulakov foi encontrado morto em sua garagem em 25 de fevereiro, segundo o Novaya Gazeta, um jornal independente russo.
O Novaya Gazeta informou que ele se suicidou.
As ligações da CNN para a Gazprom para comentar o caso não foram retornadas.
Mais dois empresários russos ligados à Gazprom morreram em aparentes incidentes de assassinato e suicídio em abril.
Um deles, Vladislav Avayev, ex-vice-presidente do Gazprombank, foi encontrado morto com sua esposa e filha em seu apartamento em Moscou em 18 de abril, segundo a TASS.
Citando uma fonte da aplicação da lei, a TASS alegou que as autoridades estavam investigando as mortes dos Avayevs como assassinato-suicídio.
Yulia Ivanova, representante do Comitê de Investigação de Moscou, foi citada por Tass dizendo que um parente descobriu os corpos dos Avayevs depois de ser informado pelo motorista da família e pela babá que eles não poderiam contatá-los por telefone ou entrar no apartamento, pois a porta estava fechada por dentro.
Igor Volobuev, ex-vice-presidente do Gazprombank que recentemente trocou a Rússia pela Ucrânia, disse à CNN que não acredita que Avayev tenha se matado.
“O trabalho dele era lidar com banco privado, isso significa lidar com clientes VIP. Ele estava encarregado de quantias muito grandes de dinheiro. Então, ele se matou? Acho que não. Acho que ele sabia de alguma coisa e que representava algum tipo de risco”, disse Volobuev à CNN em abril.
O Comitê de Investigação da Rússia não respondeu ao pedido da CNN para comentar este caso.
Apenas um dia depois, em 19 de abril, Sergey Protosenya, ex-executivo da produtora de gás Novatek, que pertence parcialmente à Gazprom, foi encontrado morto em sua casa em Lloret de Mar, um resort mediterrâneo perto de Barcelona.
Os corpos de sua esposa e filha, mostrando sinais de terem sofrido violência, foram encontrados dentro da casa de luxo da família, disse uma fonte oficial próxima à investigação à CNN na semana passada, enquanto o corpo de Protosenya foi encontrado no jardim do lado de fora, segundo o jornal. fonte.
A polícia catalã na província de Girona, onde está localizada a cidade de Lloret de Mar, disse à CNNque concluiu sua investigação sobre o caso e enviou as conclusões a um tribunal.
A força policial disse que sua conclusão foi que as mortes foram um duplo assassinato e subsequente suicídio.
Falando ao Daily Mail em abril, o filho de Protosenya questionou essa versão dos eventos, sugerindo que seu pai foi assassinado.
“A polícia catalã recolheu depoimentos do filho. Outras hipóteses foram descartadas. Também foi descartado um triplo homicídio”, disse o assessor de imprensa da polícia à CNN na época.
“Que isso foi obra da máfia russa? Bem, não”, acrescentou o funcionário.
Novatek, ex-empregador de Protosenya, disse que ele era “uma pessoa maravilhosa e um homem de família maravilhoso”.
“Infelizmente, tem havido especulações sobre este tema na mídia, mas estamos convencidos de que essas especulações não estão relacionadas à realidade, disse a empresa em um comunicado.
Mikhail Watford, um bilionário russo de petróleo e gás nascido na Ucrânia, foi encontrado morto em sua casa em Surrey, na Inglaterra, em 28 de fevereiro.
A polícia de Surrey disse à CNN que não acreditava que houvesse circunstâncias suspeitas.
Outro empresário russo, Vasily Melnikov, foi encontrado morto ao lado de sua família em Nizhny Novgorod no final de março, segundo o jornal russo Kommersant.
Melnikov era dono da MedStom, uma empresa de suprimentos médicos. De acordo com o Comitê de Investigação da Rússia, um homem de 43 anos, sua esposa, 41, e dois filhos de quatro e 10 anos foram encontrados mortos a facadas em 23 de março.
O comitê não nomeou Melnikov, mas as idades dos mortos e a localização do incidente coincidem com o relatório do Kommersant.
A filial regional do comitê investigativo não atualizou o status de sua investigação e não retornou o pedido de comentário da CNN. Na época do incidente, em março, disse que “não havia sinais de entrada não autorizada no apartamento” e que “facas foram encontradas e apreendidas”.
“[Os investigadores] estão considerando várias versões do que aconteceu, incluindo o assassinato dos filhos e da esposa pelo chefe da família, seguido de morte autoinfligida”, disse o comitê.
Informações CNN
Templos religiosos e monumentos que representam a história de Feira de Santana, esta cidade quase bicentenária que no domingo, 18, festeja seus 189 anos ganharam iluminação especial. Os investimentos da Prefeitura de Feira fazem parte das ações do Luz da Gente, projeto que segue avançando no município com a substituição das lâmpadas convencionais por LED.
Desde que começou a modernização da iluminação – maio de 2021 – já são 54 mil ordens de serviços realizadas, com mais de 38 mil pontos modernizados e 37 localidades atendidas, incluindo os distritos de Humildes, Bonfim de Feira e Jaíba. A Queimadinha foi o primeiro bairro atendido, seguido da Rua Nova, Aviário e Pedra do Descanso.
As lâmpadas LED foram instaladas também no Tomba, Jardim Cruzeiro, Centro, Gabriela, Santa Mônica, Subaé, Chácara São Gomes, Nova Esperança, Ponto Central, Campo Limpo, Calumbi, Limoeiro, Parque Getúlio Vargas, entre outros.
O secretário municipal do Serviços Públicos (Sesp), Eli Ribeiro, afirma que além de garantir melhor visibilidade aos moradores, as lâmpadas LED proporcionam a sensação de segurança aos transeuntes. “São lâmpadas mais econômicas, com maior potência e tempo de uso”, destaca.
O Luz da Gente já chegou também às principais artérias da cidade, entre elas as avenidas Noide Cerqueira, Ayrton Sena, Araújo Pinho, Riachuelo, Sudene, Senador Quintino, Rio de Janeiro, Transnordestina e Fróes da Mota – trecho entre os viadutos Maria Quitéria, assim como a rua Adenil Falcão (Jomafa), do Salvador (Tomba), Frei Aureliano (Capuchinhos) e Monsenhor Moisés Gonçalves Couto (Campo Limpo).
O titular da pasta enfatiza que as ações do Luz da Gente reduziram em 66% os chamados da população, através do Fala Feira 156, referentes a queixas de lâmpadas queimadas ou pontos escuros.
ILUMINAÇÃO ESPECIAL
Eli Ribeiro destaca ainda que a Prefeitura implantou luminárias LED decorativas e projetores especiais nos monumentos ao Caminhoneiro, na avenida Presidente Dutra, à Maria Quitéria, na Getúlio Vargas, e a Padre Ovídio.
A Catedral Metropolitana Senhora Santana está com a fachada ainda mais bonita, assim como as igrejas Nossa Senhora dos Humildes (distrito de Humildes), São José das Itapororocas (distrito de Maria Quitéria), Senhor dos Passos, no Centro, e a igreja Senhor do Bonfim, no Alto do Cruzeiro.
Vale destacar que os investimentos na melhoria da iluminação pública são resultado de consórcio internacional pela Bolsa de Valores. Os serviços estão a cargo da empresa Conecta Feira.
*Secom
Com 53 anos atuando no mercado de decoração, a Decoran é uma empresa familiar que está em Feira de Santana, na Avenida Getúlio Vargas e em Salvador.
Conheça um pouco sobre a trajetória da loja, relatada por Wiran Vieira (diretor).
Claudia Morais destaca a parceria com a decoradora.
Ouça a entrevista completa em nosso podcast: