O magnata Oleg Tinkov, expulso da Rússia há poucos anos, decidiu adotar posição firme contra o país natal, criticando o que considera um “massacre” na Ucrânia e apelando ao Ocidente para que ajude a pôr fim à “guerra absurda”.
Em publicação no Instagram, Tinkov assegurou que 90% da população russa estão contra a guerra.
“Não vejo um único benificiário desta guerra absurda! Pessoas inocentes e soldados estão morrendo”, acrescentou.
O magnata pediu ainda ao “Ocidente coletivo” que “ofereça a Putin uma saída clara para se salvaguardar e acabar com este massacre”. “Por favor, sejam mais racionais e humanitários”, apelou.
Oleg Tinkov é um dos empresários russos mais conhecidos, tendo feito fortuna ao fundar, em 2006, o banco digital independente Tinkoff. Em 2020, saiu da presidência do banco e, em anos recentes, foi expulso da Rússia.
Agora, devido à invasão da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, foi um dos alvos das sanções ocidentais.
A publicação no Instagram foi feita nessa terça-feira (19), 55º dia da guerra da Ucrânia, no momnto em que as forças russas decidiram destacar milhares de mercenários na região de Donbass, no Leste da Ucrânia.
“Claro que há idiotas que desenham Z [que representa as forças militares russas e que tem sido usado como símbolo de apoio a Moscou]. Noventa por cento dos russos são contra esta guerra”, escreveu o magnata.
Oleg Tinkov afirmou ainda que os membros do Kremlin, que foram alvo de sanções, estão “em choque” por não poder, nem eles nem seus filhos, passar férias de verão no Mediterrâneo.
“Os empresários tentam resgatar o que resta de suas propriedades”, acrescentou, referindo-se às sanções que retiraram dos oligarcas russos seus bens na Europa.
Tinkov se arrisca, com a publicação, a sofrer retaliações de Moscovu, que tem procurado calar os dissidentes russos pelo que considera “notícias falsas” sobre o Exército do país, impondo penas de até 15 anos de prisão.
O banco Tinkoff, que já não está nas mãos do magnata, apressou-se a divulgar comunicado afirmando que prefere não comentar “a opinião privada” de Tinkov. “Ele não é um funcionário do Tinkoff” nem toma decisões sobre o banco, assegurou.
* Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal
A Argentina é aquele país onde a inflação não é mais um mero problema monetário. É parte integrante da cultura nacional.
Buenos Aires convive há quase um século com taxas de inflação de dois ou até três dígitos. Tanto que a inflação média na Argentina entre 1944 e 2022 foi de 191,73%.
Um descontrole dos preços que devastou a economia argentina, transformando um dos países mais ricos do mundo em um lugar onde 44% da população vive abaixo da linha de pobreza.
Dessa vez, todavia, a inflação está superando qualquer previsão.
Começando a disparar. Ou, melhor, a galopar.
Inflação galopante na Argentina
Os preços na Argentina subiram 6,7% em março, atingindo uma média anual de 55,1%.
Uma alta que não acontecia desde 2002, ano após a derrocada provocada pelo calote que o governo de Buenos Aires deu aos detentores de títulos da dívida pública.
O espectro do “corralito“, a grande crise cambial e econômica que abalou o país vizinho, arrasando as poupanças de quem investiu no “Tesouro Direto” local, volta a pairar.
O aumento dos preços atinge principalmente o setor de alimentos, com 7,2% de alta. E isso se reflete sobre os bens de consumo básicos.
Consequência direta: dados oficiais mostram que quase metade dos argentinos passa fome. E outro 25% luta para chegar ao final do mês.
O peso, a moeda local, não para de se desvalorizar.
Os protestos populares estão crescendo. Os sindicatos da oposição voltaram às ruas, ocupando por horas a famosa Calle 9 de Julio, a principal avenida que atravessa o centro de Buenos Aires, e divide a Casa Rosada, sede da Presidência da República, do palácio do Congresso Nacional.
Crise econômica e crise política
Além de ser assolada por uma crise econômica endêmica, a Argentina tem que lidar com uma crise política.
O governo está dividido. Desde novembro passado, quando a esquerda governista registrou uma pesada derrota nas eleições regionais, as tensões entre o presidente, Alberto Fernández, e sua vice, Cristina Kirchner, não param de subir.
Segundo fontes da EXAME Invest em Buenos Aires, os dois não se falariam há meses.
E Fernández já considera a Kirchner sua principal inimiga interna.
Isso pois ex-presidente não perde ocasião de apontar sua decepção com o aliado.
Ela não esconde seu arrependimento de ter oferecido à seu ex-chefe de gabinete a possibilidade de alcançar a Presidência da República.
Algo impensável até poucas semanas antes da eleição.
Para ela, se a Fernández está no comando do país, é apenas mérito seu.
Por isso, Cristina joga gasolina em cima do descontentamento da base peronista, e a estimula mais protestos com discursos inflamados.
Inflação descontrolada piora o cenário
A distância entre os dois se tornou sideral por causa da inflação descontrolada.
O presidente não se considera um fantoche de ninguém, e reivindica sua ação. Mas pede que ala rival dos peronistas não atrapalhe.
Mas é justamente essa linha que divide os dois rivais no comando da Argentina.
Os economistas ligados ao kichrnerismo, estão convencidos de estar diante da chamada “oferta distributiva”.
Uma extravagante sub-teoria econômica, desconhecida mundo afora, cuja popularidade se limita, basicamente, à um só país: a própria Argentina.
Essa contorção intelectual tem como ponto de chegada o mesmo objetivo de sempre: controlar os preços por decreto do governo.
A receita econômica desastrosa que já deixou a economia da Argentina em frangalhos nas última décadas. Mas que, regularmente, volta a ser reapresentada pelos “economistas” kirchneristas.
Guerra na Ucrânia não ajuda
Fernández, em vez disso, considera que a espiral inflacionária está ligada à guerra na Ucrânia, e só pode ser vencida com reformas macroeconômicas.
sso significa menos déficit fiscal, menos subsídios públicos – principalmente para a energia, que gasta 11% do PIB – menos desvalorização do câmbio. Em suma, controle das contas públicas e alta nos juros.
Anátema para o kirchnerismo radical dos seguidores de Cristina.
O presidente segue a linha do Fundo Monetário Internacional (FMI) com o qual acordou recentemente o novo reembolso do famoso empréstimo de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 180 bilhões) concedidos ao então presidente MauricioMacri, pouco antes da eleição de 2018, que consagrou Fernández.
Argentina dividida
Os espantalhos históricos de todos os argentinos, a inflação e a dívida externa, continuam dividindo o país. Até dentro do próprio peronismo.
De um lado, o governo, tentando evitar uma debandada para o caos econômico.
Do outro, Cristina Kircnher que já declarou se opor imediatamente ao novo acordo com o FMI, sabendo que a maioria dos argentinos concordam com ela.
Os resultados eleitorais que penalizaram a coligação esquerdista demonstram essa divisão interna.
Os mercados estão nervosos. Se de um lado continuam convencidos que o Ministro da Economia, Martín Guzmán, cumprirá seus compromissos.
Do outro, existem boatos rumores de uma mudança de ministros que vai acabar depurando o Executivo dos Kirchneristas.
E uma decisão dessa deixaria Fernández sem sua principal base eleitoral, mesmo preservando o presidente de um possível fogo amigo.
Entretanto, a Argentina estará sujeita a revisões trimestrais por parte do FMI, que começam em maio.
Naquela ocasião, o país vai pagar a segunda parcela de US$ 4,1 bilhões.
Se a Argentina fizer a mesma coisa nos próximos 30 meses, finalmente pagará o enorme empréstimo. Poderá voltar página e tentar retomar os trilhos da estabilidade.
Informações Exame
O apelo pela paz marcou a mensagem do papa Francisco neste domingo de Páscoa. A mensagem pascal – feita junto com a benção Urbi et Orbi (para Roma e para o mundo) foi realizada com presença de público pela primeira vez desde o início da pandemia. Cerca de 100 mil pessoas participaram da celebração, segundo o Vaticano.
“Hoje, mais do que nunca precisamos Dele, no final de uma Quaresma que parece não ter fim. Ao invés de sairmos juntos do túnel da pandemia, demonstramos que existe ainda em nós o espírito de Caim, que vê Abel não como um irmão, mas como um rival”, afirmou o pontífice.
Francisco fez alusão aos conflitos na Ucrânia, mas fez apelo pela paz também no Oriente Medio – em particular entre israelenses e palestinos, no Líbano, na Síria e no Iraque – na Líbia, no Iêmen, em Mianmar e no Afeganistão. Ná África, citou a região do Sahel, na Etiópia, e na República Democrática do Congo.“Também os nossos olhos estão incrédulos, nesta Páscoa de guerra”, disse o Papa. “Cristo, todavia, nos exorta a não nos render ao mal e à violência.”
*Bahia.ba
No 53º dia de guerra, a Rússia exigiu a rendição dos soldados ucranianos que resistem em Mariupol e se comprometeu a poupar as vidas daqueles que abaixarem as armas. Ontem, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alertou que a tomada da cidade encerraria as negociações de paz com Moscou.
O chefe do Centro de Controle de Defesa russo, o coronel general Mikhail Mizintsev, disse que “todos aqueles [ucranianos] que depuserem as armas é garantido que suas vidas serão poupadas”. De acordo com Mizintsev, combatentes ucranianos estão “numa situação desesperadora, praticamente sem comida e água”.
O Ministério de Defesa da Rússia afirma que as tropas russas já ocuparam toda a área urbana de Mariupol, restando apenas um grupo de combatentes ucranianos numa siderúrgica. A alegação de Moscou, no entanto, não pode ser verificada de maneira independente.
Cenário dos combatentes mais pesados e da pior catástrofe humanitária da guerra, Mariupol pode ser a primeira grande cidade a ser tomada pela Rússia desde o início do conflito.
Também neste domingo (17) continua a ofensiva contra a capital. Durante a noite, uma fábrica de munições em Brovary, na região de Kiev, foi destruída. O Ministério da Defesa da Rússia assumiu a autoria e afirmou que o ataque foi feito com mísseis aéreos de alta precisão.
De acordo com o prefeito de Brovary, Ihor Sapozhko, mísseis atingiram a infraestrutura da cidade e houve interrupção de energia. Equipes trabalham pelo restabelecimento. O fornecimento de água e esgoto também foi prejudicado, mas Sapozhko afirma que também trabalha pelo restabelecimento.
Situada no mar de Azov, Mariupol é um dos principais objetivos dos russos no esforço para obter controle total da região de Donbass e formar um corredor terrestre, no leste da Ucrânia, a partir da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. A queda da cidade seria a maior vitória da Rússia em mais de 50 dias de guerra.
Descrita com uma fortaleza na cidade, há uma siderúrgica numa região industrial com vista para o Mar de Azov que ocupa uma área de mais de 11 quilômetros quadrados. No local, estariam fuzileiros navais, além de combatentes da guarda nacional e do Batalhão de Azov – uma milícia nacionalista de extrema-direita. Não há informações sobre o número de combatentes que estão no local.
Ainda não houve uma resposta de Kiev ao ultimato russo.
Zelensky afirmou ontem que a eliminação de soldados ucranianos em Mariupol “acabaria com qualquer negociação de paz” com Moscou.
“A eliminação de nossos militares, de nossos homens [em Mariupol] acabará com qualquer negociação de paz entre Rússia e Ucrânia“, declarou Zelensky durante entrevista ao site Ukrainska Pravda, em que também advertiu que ambas as partes ficariam em um “beco sem saída”.
Num discurso à nação no sábado à noite, Zelensky afirmou que “a situação em Mariupol continua tão grave quanto possível, simplesmente desumana” e culpou a Rússia por “continuar deliberadamente a destruir cidades”.
O presidente ucraniano sublinhou que os russos “tentam deliberadamente aniquilar todos aqueles que ficam em Mariupol”. Ele afirmou ainda que o governo ucraniano tentou, desde o início da invasão russa, encontrar “uma solução, militar ou diplomática, para salvar” a população, mas “até agora, não tem havido uma opção 100% sólida”.
Sitiada há semanas, Mariupol enfrenta uma das maiores catástrofes humanitárias do atual conflito. A cidade foi alvo de intensos bombardeios e está em ruínas. De acordo com autoridades locais, pelo menos 20 mil civis já morreram na região, desde o início da invasão russa, e cerca de 120 mil habitantes ainda estão na cidade sitiada.
Tropas russas anunciaram na sexta-feira que assumiram o controle de uma outra siderúrgica da cidade que era um dos pontos de defesa dos ucranianos. Jornalistas da Reuters estiveram no local e relataram que a siderúrgica foi reduzida a ruínas e também noticiaram a presença de diversos corpos de civis espalhados nas ruas próximas.
*Com informações da Deutsche Welle e AFP
Governo Putin aponta “ações hostis sem precedentes” da Inglaterra contra Moscou
A Rússia proibiu neste sábado (16) a entrada no país do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e outros 12 altos funcionários daquele país por “ações hostis sem precedentes” tomadas contra Moscou pelo governo britânico.
– Este passo foi dado como resposta à desenfreada campanha político-informativa desencadeada por Londres, que visa o isolamento internacional da Rússia, a criação de condições para conter nosso país e estrangular a economia nacional – disse o Ministério das Relações Exteriores russo ao anunciar a medida.
A declaração da diplomacia russa destaca que o governo britânico “agrava propositalmente a situação em torno da Ucrânia ao colocar armas letais no regime de Kiev e coordenar esforços semelhantes por parte da Otan”.
– A política russofóbica das autoridades britânicas, que fez da sua principal tarefa promover uma atitude negativa em relação ao nosso país e congelar os laços bilaterais em praticamente todas as áreas, prejudica o bem-estar e os interesses dos habitantes da própria Grã-Bretanha – afirmou a Chancelaria russa.
De acordo com Moscou, quaisquer ataques punitivos “serão inevitavelmente voltados contra seus promotores e resolutamente rejeitados”.
Além de Johnson, a proibição afeta nove membros de seu gabinete, o vice-primeiro-ministro Dominic Raab, os ministros das Relações Exteriores, Elizabeth Truss; Defesa, Ben Wallace; Transporte; Grant Shapps; Interior; Priti Patel; Economia; Rishi Sunak; Negócios, Energia e Estratégia Industrial, Kwasi Kwarteng, e Cultura, Nadine Dorries, além do secretário de Estado das Forças Armadas, James Heappey.
A lista dos sancionados é completada pela primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon; a procuradora-geral da Inglaterra e País de Gales, Suella Braverman, e a ex-primeira-ministra e parlamentar conservadora Theresa May.
*EFE
Segundo o presidente ucraniano, Putin não valoriza a vida do povo da Ucrânia
“Todos os países do mundo” devem estar preparados para a possibilidade de o presidente russo, Vladimir Putin, usar armas nucleares táticas em sua guerra contra a Ucrânia, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky nesta sexta-feira (14), em conversa com a CNN Brasil.
Zelensky disse que Putin poderia recorrer a armas nucleares ou químicas porque não valoriza a vida do povo da Ucrânia.
“Não só eu – todo o mundo, todos os países precisam se preocupar porque pode não ser uma informação real, mas pode ser verdade”, disse Zelensky, falando em inglês.
“Armas químicas, eles deveriam fazer isso, eles poderiam fazer isso, para eles a vida das pessoas não vale nada. É por isso”, disse Zelensky. “Devemos pensar em não ter medo, não ter medo, mas estar pronto. Mas essa não é uma questão para a Ucrânia, não apenas para a Ucrânia, mas para todo o mundo, eu acho.”, completou.
Informações Bahia.ba
Países avaliam possibilidade de ingressar na aliança militar liderada pelos EUA
Um dos aliados mais próximos do presidente russo, Vladimir Putin, alertou a Otan nesta quinta-feira (14), que, se a Suécia e a Finlândia aderirem à aliança militar liderada pelos Estados Unidos, a Rússia terá que reforçar suas defesas na região, inclusive com a implantação de armas nucleares no Mar Báltico.
A ameaça veio um dia depois que as autoridades finlandesas sugeriram que o país poderia solicitar a adesão à aliança militar de 30 membros dentro de semanas, e a Suécia ponderava fazer um movimento semelhante. Tanto Helsinque quanto Estocolmo são oficialmente não alinhados militarmente, mas estão reconsiderando seu status à luz da invasão da Ucrânia pela Rússia – provocando crescentes alertas da Rússia.
Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, disse que, se a Suécia e a Finlândia aderirem à Otan, a Rússia terá que fortalecer suas forças terrestres, navais e aéreas no Mar Báltico.
Medvedev também levantou explicitamente a ameaça nuclear ao dizer que não se pode mais falar de um Báltico “livre de armas nucleares” – onde a Rússia tem seu enclave de Kaliningrado entre a Polônia e a Lituânia.
– Não se pode mais falar de nenhum status livre de armas nucleares para o Báltico. O equilíbrio deve ser restaurado. Até hoje, a Rússia não tomou tais medidas e não iria. Tome nota que não fomos nós que propusemos isso – disse Medvedev, que foi presidente de 2008 a 2012.
A Lituânia disse que as ameaças da Rússia não eram novidade e que Moscou havia implantado armas nucleares em Kaliningrado muito antes da guerra na Ucrânia.
CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA
A possível adesão da Finlândia e da Suécia à aliança militar fundada em 1949 para fornecer segurança coletiva ocidental contra a União Soviética seria uma das maiores consequências estratégicas europeias da guerra na Ucrânia.
O ataque da Rússia levou a uma mudança acentuada no sentimento público sobre a adesão à Otan na Finlândia e na Suécia. Medvedev, sem citar evidências, atribuiu a mudança aos “esforços de propagandistas locais”.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse a repórteres em Bruxelas, na semana passada, que os dois países atendem aos padrões da Otan para “controle político, democrático e civil sobre as instituições de segurança e as forças armadas”.
Se a Finlândia se juntar à Otan, a fronteira terrestre da Rússia com os membros da aliança mais do que duplicaria.
A Finlândia conquistou a independência da Rússia em 1917 e travou duas guerras contra ela durante a Segunda Guerra Mundial, durante a qual perdeu algum território para Moscou. A Finlândia anunciou um exercício militar na Finlândia Ocidental com a participação de forças do Reino Unido, Estados Unidos, Letônia e Estônia.
A Suécia não luta uma guerra há 200 anos e a política externa do pós-guerra se concentrou em apoiar a democracia internacionalmente, o diálogo multilateral e o desarmamento nuclear.
KALININGRADO
Kaliningrado é de particular importância no teatro do norte da Europa. O anterior porto prussiano de Koenigsberg, capital da Prússia Oriental, fica a menos de 1.400 quilômetros de Londres e Paris e a 500 quilômetros de Berlim. A Rússia disse em 2018 que havia implantado mísseis Iskander em Kaliningrado, que foi capturado pelo Exército Vermelho em abril de 1945 e cedido à União Soviética na conferência de Potsdam.
O Iskander, conhecido como SS-26 Stone pela Otan, é um sistema de mísseis balísticos táticos de curto alcance que pode transportar ogivas convencionais e nucleares. Seu alcance oficial é de 500 quilômetros, mas algumas fontes militares ocidentais suspeitam que seu alcance possa ser muito maior.
– Nenhuma pessoa sã quer preços mais altos e impostos mais altos, tensões crescentes ao longo das fronteiras, Iskanders, hipersônicos e navios com armas nucleares literalmente a pouca distância de sua própria casa. Vamos torcer para que o bom senso de nossos vizinhos do norte vença – completou Medvedev.
O ministro da Defesa da Lituânia, Arvydas Anusauskas, disse que a Rússia havia implantado armas nucleares em Kaliningrado antes mesmo da guerra.
– As armas nucleares sempre foram mantidas em Kaliningrado, a comunidade internacional, os países da região estão perfeitamente cientes disso. Eles usam isso como uma ameaça – disse Anusauskas, segundo o BNS.
A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro matou milhares de pessoas, deslocou milhões e aumentou o medo de um confronto mais amplo entre a Rússia e os Estados Unidos – de longe as duas maiores potências nucleares do mundo.
*AE
Frank James, o homem suspeito de abrir fogo dentro de um vagão do metrô do Brooklyn, em Nova York, foi preso na tarde de hoje após passar um dia sendo procurado pela polícia norte-americana. Em coletiva de imprensa, a Polícia de Nova York contou que, o homem foi detido no bairro East Village, a mais de 7 km de distância do Brooklyn, onde o crime foi registrado.
“Nós pegamos ele. Não consigo agradecer o suficiente aos homens e mulheres do Departamento de Polícia, assim como aos agentes federais e aos socorristas”, disse o prefeito da cidade, Eric Adams, em um comunicado em vídeo. Adams foi diagnosticado com covid-19 no fim de semana. Por isso, não fez qualquer aparição pública após o crime.
“Momentos atrás, Frank Robert James foi parado na rua e detido por membros do Departamento de Polícia de Nova York. Oficiais que seguiam informações de uma denúncia pararam o senhor James às 13h42 na esquina da rua Saint Marks Place com a 1ª Avenida”, disse a comissária da polícia, Keechant Sewell.
Segundo ela, o suspeito não reagiu. Um vídeo que mostra ele sendo detido por policiais na frente de uma adega foi divulgado nas redes sociais. Pelo menos três viaturas acompanharam a ação.
James foi preso outras nove vezes na cidade de Nova York entre os anos de 1992 e 1998. Entre os crimes pelos quais ele foi detido estão receptação de joias roubadas e estupro de vulnerável. Apesar das prisões, que também foram registradas em outros estados, James não tinha qualquer condenação pelos crimes, o que permitiu a compra da arma usada por ele no crime.
Apesar da polícia de Nova York informar que não investigava a ação de James como terrorismo, as autoridades do país norte-americano informaram hoje que vão autuar o homem por crime federal de terrorismo. A informação foi confirmada pelo promotor federal para o Brooklyn, Breon Peace, que afirmou que ele pode ser condenado à prisão perpétua.
O norte-americano de 62 anos foi identificado pela polícia poucas horas após o ataque. Chaves de uma caminhonete alugada por ele foram encontradas na cena do crime e ele foi definido como um “homem perigoso” pelo Governo de Nova York.
Frank teria entrado no vagão com um colete amarelo similar ao de trabalhadores do metrô e colocado uma máscara de gás antes de abrir fogo contra passageiros. A motivação do ataque ainda não foi esclarecida pela polícia.
Segundo o jornal The New York Post, James foi apontado pelos policiais como um homem problemático, que havia chamado a atenção anteriormente por ter disseminado discursos de ódio e ameaças em vídeos contra o prefeito de Nova York, Eric Adams. O infrator, que alegou ser diagnosticado com doença mental, disse que estava insatisfeito com os serviços de saúde pública direcionados às pessoas com os mesmos problemas.
Desde então, as autoridades passaram a monitorar as ações de James.
A Polícia de Nova York foi acionada para uma ocorrência de pessoa baleada por volta das 8h30 no horário local (9h30 no horário de Brasília) em uma estação no Brooklyn localizada na rua 36.
Chegando ao local, onde passam as linhas D, N e R do metrô de Nova York, eles foram informados por testemunhas de que um homem vestido com colete de construção verde, com uma calça cinza e uma máscara de gás entrou no metrô e teria acionado uma bomba de fumaça. Quando o veículo parou na estação, ele teria começado a atirar nas pessoas, aparentemente sem alvo definido.
Muitos passageiros afirmaram que ouviram sons de explosão de várias bombas, mas o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) declarou que, após uma longa varredura no local, não foram encontrados explosivos ativos. Contudo, informações da rede NBC confirmaram que, dentro da mochila do responsável pelo tiroteio, havia uma arma e fogos de artifício.
A emissora também divulgou que a arma usada no incidente acabou travando, o que provavelmente evitou uma tragédia maior.
Em um pronunciamento na tarde de hoje, o prefeito de Nova York, Eric Adams, afirmou que 23 pessoas ficaram feridas no incidente e precisaram ser encaminhadas a hospitais. Dez delas foram atingidas por disparos de arma de fogo e quatro delas permaneciam internadas. Nenhuma corre risco de morte.
Informações UOL
Nesta quarta-feira comitê de especialistas reunido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para avaliar o cenário da pandemia decidiu manter a classificação de pandemia da Covid-19, apesar da melhora no quadro epidemiológico global.
Segundo a OMS, a situação sanitária continua sendo uma emergência de saúde pública mundial.
Durante a reunião, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, disse que o mundo está enfrentando o menor número de mortes em dois anos. No entanto, devido ao comportamento imprevisível da covid-19, os países devem continuar em alerta. “Longe de ser o momento de baixar a guarda, este é o momento de trabalhar ainda mais para salvar vidas”, destacou.
Os dados consideraram a semana de 4 a 10 de abril foram divulgados pela OMS na terça-feira (12). No período, foram notificados mais de 7 milhões de casos e mais de 22 mil mortes, com todas as regiões do mundo apresentando tendências decrescentes tanto no número de novos casos como de novos óbitos semanais. Até o dia 10 de abril, mais de 496 milhões de casos foram confirmados e mais de 6 milhões de mortes foram relatadas globalmente.
O Comitê deverá voltar a se reunir em três meses para discutir a situação da pandemia.
Informações Terra Brasil Notícias
Informação foi divulgada neste domingo pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)
Autoridades ucranianas denunciaram o “saque” e a destruição de equipamentos da antiga usina nuclear de Chrnobyl. O local foi ocupado por tropas russas até 31 de março, segundo informou neste domingo (10) a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Por meio de um comunicado, a agência da ONU afirmou que as autoridades ucranianas reportaram danos nos laboratórios de análise de controle de radiação de Chernobyl e indicaram que as instalações “foram destruídas, com instrumentos analíticos roubados, quebrados ou inutilizados.
A AIEA recordou que, no mês passado, a Ucrânia comunicou que o laboratório central de análises em Chernobyl tinha sido “saqueado” e que não podia confirmar a segurança das suas fontes de calibração nem o estado das amostras ambientais armazenadas.
As tropas russas ocuparam no dia 24 de fevereiro a usina de Chernobyl, local do pior acidente nuclear da história, em 1986.
De acordo com a AIEA, a Ucrânia confirmou a realização do primeiro rodízio de funcionários na usina desde que as tropas russas dominaram o local, observando que os trabalhadores “viveram e trabalharam em circunstâncias extremamente estressantes e difíceis” durante as cinco semanas de ocupação russa.
O rodízio é essencial, disse a AIEA, para o funcionamento seguro da instalação.
*EFE