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Neste domingo (15) o país completou quatro dias sob bloqueio nacional contra a doença

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

A Coreia do Norte reportou oito novas mortes por “febre” nesta segunda-feira (noite de domingo, 15, no Brasil), depois de anunciar recentemente seus primeiros casos de Covid-19. A admissão de que está lutando contra um surto “explosivo” da doença levantou preocupações de que o vírus possa devastar um país com um sistema de saúde com poucos recursos, capacidades de teste limitadas e nenhum programa de vacinas.

Segundo a Reuters, a agência de notícias estatal KCNA disse que o país está tomando “medidas de estado emergenciais rápidas” para controlar a epidemia, mas não há sinal de que Pyongyang esteja se movendo para aceitar ofertas internacionais de vacinas.

“Todas as províncias, cidades e condados do país foram totalmente fechados e unidades de trabalho, unidades de produção e unidades residenciais isoladas desde a manhã de 12 de maio, e um exame rigoroso e intensivo de todas as pessoas está sendo realizado”, informou a KCNA neste domingo.

Segundo a mídia estatal, 50 pessoas morreram, 1.213.550 sofrem de febre e pelo menos 564.860 estão sob tratamento médico.

Informações Bahia.ba


O papa Francisco canonizou neste domingo (15) dez novos santos, incluindo a primeira santa do Uruguai, a religiosa ítalo-uruguaia Francisca Rubatto, diante de milhares de pessoas reunidas na Praça São Pedro.

O pontífice argentino, vestido com paramentos sagrados de cor branca e que permaneceu sentado devido às dores no joelho, pronunciou a frase com a qual proclamou Rubatto (1844-1904), que dedicou parte de sua vida a ajudar os pobres de vários países da América do Sul, como santa.

Durante a cerimônia, a primeira em três anos devido à pandemia de Covid-19, o papa canonizou outros nove santos, incluindo o francês Charles de Foucauld (1858-1916), o jornalista holandês Titus Brandsma, executado no campo de extermínio nazista de Dachau, em 1942, e Lázaro, um mártir indiano do século XVIII.

*Metro1


Líder defendeu batalha abrangente para superar surto no país

Pessoas de máscara caminham por rua de Pyongyang, na Coreia do Norte

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, disse neste sábado (14) que a disseminação da covid-19 levou seu país a uma “grande turbulência” e defendeu uma batalha abrangente para superar o surto, com a notificação de 21 novas mortes.

A Coreia do Norte reconheceu um surto de covid-19 pela primeira vez esta semana, impondo um lockdown nacional. Mas não há sinais de um regime rigoroso de testes ou campanhas de tratamento no rudimentar sistema de saúde do país.

“A disseminação desta epidemia maligna é uma das grandes turbulência a se abater sobre nosso país desde a fundação”, disse Kim, em uma reunião de emergência do Partido dos Trabalhadores, segundo a agência de notícias estatal KCNA.

“Mas, se não perdermos o foco na implementação de políticas da epidemia, mantivermos um forte poder e controle organizacional baseado na obstinada unidade do partido e do povo e fortalecermos nossa batalha epidêmica, nós mais do que podemos superar a crise”.

Os números reportados provavelmente representam uma fração dos casos totais, dada a capacidade limitada de testagem da Coreia do Norte, e o surto pode levar a milhares de mortes em um dos poucos países do mundo sem uma campanha de vacinação, disseram especialistas.

Reuters


Foto: Agência Brasil

Um belo e raro fenômeno enfeitará o céu entre a noite deste domingo (15), a partir das 23h27, e o início da madrugada de segunda-feira (16). Será uma Lua de Sangue “triplamente especial para o Brasil”, afirmou a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional. A melhor notícia é que o evento celeste será bem visível de todas as partes do Brasil.

O evento durará pouco mais de três horas, encerrando-se às 2h55. “Mas o ponto máximo, quando a Lua estará completamente coberta pela sombra da Terra será exatamente à 1h11, no horário de Brasília”, disse Josina à Agência Brasil.

“A grande vantagem desse eclipse, que chamo de triplo total, é que, além de ser um eclipse total da lua, será totalmente visível em todo o Brasil, de Norte a Sul; de Leste a Oeste. O Brasil inteiro verá o eclipse do início ao fim, em todas suas fases, na sequência penumbral, parcial, total, e depois retornando à parcial e à penumbral”, explicou Josina.

“Outra vantagem é que a Lua estará bem alta no céu, longe do horizonte, bem fácil de ser vista. Agora é torcer para que o tempo fique bom e não atrapalhe o espetáculo”, acrescentou.

Segundo Josina, o próximo eclipse desse tipo, em que todas as etapas podem ser apreciadas de qualquer região, só ocorrerá em junho de 2029, entre os dias 25 e 26. “Até lá, teremos vários eclipses parciais”, tranquilizou a astrônoma.

Além do Brasil, terão o privilégio de observar a Lua de Sangue triplamente especial os demais países da América do Sul e da América Central. O fenômeno também será visível em parte da América do Norte, da Europa e da África.

Os eclipses lunares ocorrem quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham. “Quando um corpo extenso, como o Sol, ilumina outro corpo extenso – no caso, a Terra –, ocorrem duas regiões de sombra: a penumbra e a umbra. Quando totalmente escura, sem nenhuma luminosidade, essa sombra é a umbra; quando recebe luz em alguns pontos, a sombra, um pouco mais clara, é a penumbra.

“Quando a Lua entra na sombra da penumbra, começa o eclipse penumbral; quando está totalmente na penumbra, é o eclipse penumbral. Quando começa a entrar na umbra, é o eclipse parcial. Quando a lua está totalmente mergulhada na umbra, é o eclipse total, e ela toma uma cor avermelhada belíssima. Por isso é chamada de Lua de Sangue”, detalhou a astrônoma do Observatório Nacional.

*Metro1


medida valerá a partir deste sábado

aneel lâmpada luz
Rússia cortará fornecimento de energia à Finlândia a partir deste sábado Foto: Chuttersnap | Unsplash

Nesta sexta-feira (13), a RAO Nordic Oy, braço europeu da empresa de energia russa Inter RAO, anunciou que cortará o fornecimento de energia elétrica à Finlândia a partir de sábado. A companhia alega falta de de pagamento.

– Somos forçados a suspender as importações de eletricidade a partir de 14 de maio – disse a empresa em seu site.

O anúncio foi feito em meio ao aumento das tensões entre a Rússia e a Finlândia, devido a esse último país ter manifestado intenção de aderir à Otan.

A RAO Nordic Oy revelou que “tem importado energia da Rússia para a Finlândia e vendido para a bolsa (de energia pan-europeia) Nord Pool por muitos anos” e que “as vendas realizadas desde 6 de maio ainda não foram creditadas com fundos em nossa conta bancária”.

– Esta situação é excepcional e ocorreu pela primeira vez em mais de 20 anos de nossa história comercial. Esperamos que a situação melhore em breve e que o comércio de energia elétrica com a Rússia possa ser retomado – comunicou a empresa.

Em abril, a empresa finlandesa Fingrid informou que limitaria a capacidade de transmissão de energia na fronteira com a Rússia, o que reduziria a potência de importação de 1.300 MW para 900 MW.

– Esta decisão é baseada em uma avaliação dos riscos para o sistema energético no contexto das mudanças da situação internacional – disse a companhia.

Esta última declaração foi em referência ao conflito militar iniciado pela Rússia na Ucrânia.

A Inter RAO é a única operadora de exportação e importação de energia elétrica na Rússia, e seu principal cliente tem sido historicamente a Finlândia.

Somente em 2021, a Rússia forneceu ao país vizinho 8,2 bilhões de kWh de um total de 21,77 bilhões de kWh exportados.

*EFE


 Observatório Europeu do Sul (ESO)
Imagem: Observatório Europeu do Sul (ESO)

imagem do Sagitário A* é o buraco negro localizado ao centro da nossa galáxia, na Via Láctea, e pela primeira vez foi visto em uma imagem.

É a primeira evidência visual da existência deste objeto compacto e supermassivo, possível graças ao trabalho conjunto de uma equipe internacional de pesquisadores, chamada Colaboração Event Horizon Telescope (EHT).

Para a busca do objeto foram utilizados oito radiotelescópios espalhados por diversos pontos do globo terrestre. A partir das imagens captadas, que simulariam um super telescópio do tamanho da Terra, e da justaposição dos registros, chegou-se à imagem do buraco negro da Via Láctea.

Neste momento está sendo realizado o anúncio pelo Observatório Europeu do Sul – ESO.

*Agência Brasil


Foto: EFE/Daniel Pérez

O escritor hispano-peruano Mario Vargas Llosa deu sua opinião nesta quarta-feira (11) sobre as eleições que serão realizadas em outubro no Brasil. Ele destacou que, apesar do que chamou de “travessuras” do presidente Jair Bolsonaro (PL), prefere sua vitória na disputa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Prêmio Nobel de Literatura de 1990 deu uma palestra em Montevidéu, capital do Uruguai, a convite do think tank Centro de Estudos para o Desenvolvimento (CED), na qual falou sobre a atualidade dos países da América Latina, incluindo o Brasil.

– O caso de Bolsonaro é muito difícil. As travessuras de Bolsonaro são muito difíceis para um liberal admitir. Agora, entre Bolsonaro e Lula, prefiro Bolsonaro – comentou.

O autor de A Festa do Bode e A Cidade e os Cachorros opinou ainda que “há uma espécie de paixão por Lula, principalmente na Europa”, mas lembrou que o ex-presidente “foi preso” e os juízes o condenaram “como ladrão”.

*Com informações EFE


A Coreia do Norte reconheceu nesta quinta-feira (12) seu primeiro surto de Covid-19 desde o início da pandemia e declarou uma “grave emergência nacional”, o que levou Kim Jong Un a ordenar o confinamento em todo o país.

Até agora, a empobrecida nação — mas com armamento nuclear — não havia admitido nenhum caso de Covid-19. O país decretou no início de 2020 um bloqueio severo contra o exterior, o que derrubou sua economia e comércio.

A agência oficial de notícias KCNA informou que as amostras coletadas de vários pacientes doentes com febre em Pyongyang no domingo (8) eram “consistentes” com a altamente contagiosa variante Ômicron do coronavírus.

De acordo com a agência, o líder norte-coreano Kim Jong Un convocou uma reunião de emergência de seu gabinete político e anunciou que implementaria um sistema de controle do vírus de “emergência máxima” com o objetivo de “eliminar a raiz no menor tempo possível”.

Kim “ordenou a todas as cidades e municípios do país que adotem o confinamento cuidadoso em suas áreas”, afirmou a KCNA. Fábricas, estabelecimentos comerciais e residências devem permanecer fechados e reorganizados para “bloquear de maneira impecável a propagação do vírus maligno”, insistiu a agência estatal.

Kim “garantiu que, devido ao alto nível de conscientização política da população, (…) superaremos com toda segurança a emergência e teremos êxito com o plano de quarentena de emergência”, acrescentou.

O comunicado pouco transparente não revela quantos casos foram detectados no país.

“Para que Pyongyang admita publicamente casos de Ômicron, a situação de saúde pública deve ser grave”, disse o professor Leif-Eric Easley, da Universidade Ewha de Seul.

“Pyongyang provavelmente vai insistir com os confinamentos, apesar do fracasso da estratégia de Covid zero da China sugerir que essa abordagem não funciona  com a variante Ômicron”, acrescentou.

Informações Terra Brasil Noticias


O Ministério das Relações Exteriores da Rússia manifestou um protesto contundente a Varsóvia, por meio de comunicado emitido nesta segunda-feira (09), em decorrência do ataque ao embaixador russo Sergei Andreev.

A pasta também exigiu que a Polônia tome medidas cabíveis para punir quem o atacou.

No início do dia, Andreev foi atacado e encharcado com uma substância vermelha enquanto tentava colocar uma coroa de flores no Cemitério Militar Soviético, em Varsóvia.

“Um forte protesto foi expresso às autoridades polonesas por ceder aos neonazistas. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia exigiu que Varsóvia organizasse imediatamente uma cerimônia de colocação de coroas, garantindo sua total segurança contra todos os tipos de provocações. Estamos tentando persuadir o lado polonês para que tome as medidas apropriadas hoje (9)”, disse o ministério no comunicado, acrescentando que a polícia polonesa não estava averiguando ativamente o ataque.

Mais tarde, Andreev disse que o líquido em questão não era de fato tinta vermelha, mas algo similar a um xarope doce. “Nenhum de nossos funcionários foi realmente ferido”, disse o diplomata, acrescentando que achava que o líquido era xarope porque tinha um sabor doce.

O embaixador disse que um evento maior foi originalmente planejado, incluindo uma marcha do Regimento Imortal.

O Ministério das Relações Exteriores da Polônia, no entanto, recomendou a não realização do evento, citando as proibições do código penal polonês a uma suposta “propaganda de ódio, guerra e totalitarismo”.

A embaixada russa cancelou o evento, mas informou ao lado polonês que o diplomata ainda colocaria flores no cemitério. Foi ali que ocorreu o ataque. Andreev foi recebido por centenas de pessoas, algumas das quais bastante agressivas.

“Quando percebemos que não poderíamos nos aproximar do monumento, fomos forçados a retornar à entrada do cemitério, onde deixamos nossa coroa”, explicou Andreev.

A Rússia e muitas das antigas repúblicas soviéticas comemoram a vitória da Grande Guerra pela Pátria em 9 de maio, um dia depois da Europa Ocidental e seus aliados.

*Com informações de Sputnik Brasil


Em discurso do Dia da Vitória, o presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que a invasão que ordenou ao território ucraniano foi um ataque preventivo contra a “agressão”, em referência à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). “Os países da Otan não queriam nos ouvir. Isso significa que, na realidade, eles tinham planos bem diferentes.” As falas do presidente russo foram rebatidas pela Ucrânia.

Segundo Putin, com a possibilidade de ingresso da Ucrânia na Otan, havia “uma ameaça inaceitável para nós bem em nossas fronteiras”. Para o presidente russo, invadir a Ucrânia foi uma ação de defesa de terras russas, em referência também à Crimeia, área ucraniana que foi anexada pela Rússia em 2014.

“Vimos como a infraestrutura militar estava se desenvolvendo”, disse, citando “entregas regulares das armas mais modernas dos países da Otan”. Para Putin, “o perigo crescia a cada dia”, reforçando acreditar que a invasão, como “rejeição preventiva à agressão”, foi uma decisão certa, “oportuna e única”. “A decisão de um país soberano, forte e independente.”

Hoje, a Rússia comemora os 77 anos da vitória sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial. Um desfile militar foi realizado em Moscou, onde Putin discursou, e também em outras cidades russas. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, cerca de 11 mil militares participaram do desfile na capital do país.

Nos cerca de 11 minutos de discurso, não houve declaração oficial de guerra à Ucrânia nem anúncio de intensificação da “operação militar” —termo russo para a invasão à Ucrânia—, como o governo ucraniano e países aliados projetavam nas últimas semanas. Na semana passada, a Rússia já havia negado que faria isso.

Em seu pronunciamento, Putin também disse que é necessário fazer todo o possível para evitar a repetição “do horror de uma nova guerra mundial”.

Dois meses e meio depois do início do conflito, os combates se concentram no leste do país. A Rússia se viu obrigada a reduzir suas ambições de tomar rapidamente o país e a capital, Kiev, diante da forte resistência das tropas ucranianas, armadas pelos países ocidentais.

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Militares russos que participaram da invasão ao território ucraniano participam do desfile do Dia da Vitória, na Praça Vermelha, em MoscouImagem: Kirill Kudryav/AFP

Sem forma pacífica

A guerra russa na Ucrânia chegou hoje ao 75º dia. No discurso, Putin fez referência a seus soldados que morreram no conflito, indicando que o governo dará assistência às famílias. Também foi respeitado um minuto de silêncio em memória deles. “A morte de cada um dos nossos soldados e oficiais é nosso luto compartilhado e uma perda irreparável para seus amigos e familiares.”

O Ministério da Defesa russo afirma que 1.351 militares morreram, mas, segundo a imprensa russa, ao menos 2.099 foram declarados mortos ou desaparecidos. A Ucrânia fala em 25.650 baixas do lado russo, 150 apenas entre ontem e hoje. Os números não puderam ser verificados com fontes independentes.

Soldados que participaram da guerra russa na Ucrânia também estiveram em Moscou acompanhando o desfile militar. “Hoje, vocês estão defendendo algo pelo qual que nossos pais, avós, bisavós lutaram. Para eles, o bem-estar e a segurança da pátria sempre foram o sentido mais elevado da vida. E para nós, seus herdeiros, devoção à pátria é o valor principal, um suporte confiável para a independência da Rússia”, disse Putin.

O presidente russo ainda comentou: “vocês estão lutando pela pátria, por seu futuro, para que ninguém esqueça as lições da Segunda Guerra Mundial.”

Após o desfile, após encontrar o pai do comandante de um batalhão que morreu na Ucrânia, Putin disse que não houve chance de tratar o conflito de forma pacífica.

“Se houvesse pelo menos uma chance de resolver esse problema por outros meios pacíficos, nós, é claro, aproveitaríamos essa chance. Mas eles não nos deixaram essa chance, simplesmente não a deram”, disse Putin, segundo relato da agência russa Tass. O presidente russo também disse que “todos os planos estão sendo cumpridos” na Ucrânia. 

Ocidente

De acordo com Putin, a Rússia “sempre defendeu a criação de um sistema de segurança igual e indivisível, um sistema que é vital para toda a comunidade mundial”. “Em dezembro passado, propusemos concluir um acordo de garantia de segurança. A Rússia exortou o Ocidente a ter um diálogo honesto, encontrar soluções de compromisso razoáveis, levar em conta os interesses uns dos outros. Tudo em vão! Os países da Otan não quiseram nos ouvir.”

Para ele, essa “ameaça absolutamente inaceitável”, em razão da aproximação entre Otan e Ucrânia, mostrou que um conflito seria “inevitável”, com a Rússia “forçada” a mostrar uma “rejeição preventiva à agressão”.

A fala de Putin gerou reação na Ucrânia. Conselheiro da Presidência da Ucrânia, Mykhailo Podolyak disse que “os países da Otan não iriam atacar a Rússia”. “A Ucrânia não planejava atacar a Crimeia. Os militares russos estão morrendo, não defendendo seu país, mas tentando ocupar outro. Não havia razões racionais para esta guerra, exceto pelas dolorosas ambições imperiais da Federação Russa.”

A Rússia disse que continua dialogando com a Ucrânia a respeito do conflito, mas não há encontros presenciais entre delegações dos dois países desde 29 de março. Não há previsão de quando russos e ucranianos irão se reunir novamente.

Em entrevista ao jornal alemão Die Welt publicada hoje, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, pediu, “mais uma vez”, que Putin “encerre a guerra imediatamente, retire suas tropas da Ucrânia e inicie negociações de paz”. “Estamos firmemente ao lado da Ucrânia e continuaremos a ajudar o país a afirmar seu direito à autodefesa.”

zelensky - Reprodução/Telegram/Volodymyr Zelensky - Reprodução/Telegram/Volodymyr Zelensky
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, aparece caminhando por Kiev em vídeoImagem: Reprodução/Telegram/Volodymyr Zelensky

“Outra vitória”

A Ucrânia não permitirá que a Rússia “se aproprie da vitória sobre o nazismo”, declarou hoje o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. “Hoje celebramos o dia da vitória sobre o nazismo. Estamos orgulhosos de nossos ancestrais que, ao lado de outras nações da coalizão anti-Hitler, derrotaram o nazismo. E não permitiremos que ninguém anexe esta vitória. Não permitiremos que seja apropriada”, disse em um vídeo em que aparece caminhando por uma avenida do centro de Kiev.

Zelensky citou várias cidades do leste e sul da Ucrânia atualmente sob controle das forças invasoras russas e afirmou que os ucranianos, durante a Segunda Guerra Mundial, expulsaram as forças da Alemanha nazista destas regiões. “No dia da vitória sobre os nazistas, nós estamos lutando por outra vitória. O caminho para esta vitória é longo, mas não temos dúvidas sobre nossa vitória”.

“Nós vencemos na época. Vamos vencer agora”, acrescentou o presidente ucraniano em referência à invasão russa de seu país, iniciada em 24 de fevereiro. “Nosso inimigo sonhava que desistiríamos de celebrar o 9 de maio e a vitória sobre os nazistas para que a palavra desnazificação tivesse uma chance”, completou. A “desnazificação” da Ucrânia é uma das razões alegada por Putin para justificar a invasão.Imagem: Arte UOL

Ucrânia espera ataques

Em relatório, o Ministério da Defesa da Ucrânia disse hoje que “há uma alta probabilidade de ataques de mísseis em toda a Ucrânia”.

Em pontos da fronteira com a Rússia, a Defesa ucraniana disse ver “a transferência de pessoal e equipamento militar para a reposição de unidades que sofreram perdas significativas na Ucrânia continua”.

Já o Ministério da Defesa da Rússia disse que atacou, com mísseis de alta precisão, a região de Odessa, no sul ucraniano, destruindo helicópteros.

As forças russas também fizeram ataques contra equipamentos militares da Ucrânia em áreas do leste, como Donetsk e Kharkiv. Na região de Zolote, também no leste, estação de radar fabricada nos Estados Unidos teria sido destruída pela Rússia.

No total, os russos disseram ter matado cerca de 350 soldados ucranianos entre ontem e hoje.

(Informações UOL/ com Reuters, RFI, DW e AFP)

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