Há quem diga que durante a Copa do Mundo, inimigos deixam as diferenças de lado, as pessoas ficam mais felizes e os povos ficam mais unidos. Nesta edição, que acontece no Catar, não pode ser diferente. Realizada extraordinariamente em novembro, devido às condições climáticas do país sede, a Copa está cada vez mais perto e ainda dá tempo de viver o maior e mais importante torneio de seleções do planeta.
Com a promessa de ser o evento esportivo mais ‘tecnológico’ já visto pela humanidade, o público que comparecer aos estádios e viver de perto o clima da Copa do Mundo pode esperar um show de conforto e comodidade para assistir aos jogos, que acontecem na capital do Catar, Doha, e nas cidades de Al Wakrah, Al Khor, Al Rayyan e Lusail. Desde os hotéis luxuosos até estádios fechados e com ar-condicionado, o público vai poder assistir jogadores como Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo e Mbappe em condições de dar inveja para quem vai se contentar com a televisão da sala de estar.
O conforto, no entanto, vem com um preço, e quem deseja participar da Copa do Mundo do Qatar em 2022 precisa estar preparado para desembolsar uma quantia significativa de dinheiro. É difícil estimar o valor preciso de quanto seria necessário para participar da Copa do Mundo do Catar. Os custos podem incluir passagem aérea, acomodação, ingressos para jogos e outros acessórios. O Catar é um país rico e os preços de bens e serviços geralmente são altos. Os visitantes devem estar preparados para gastar uma quantia considerável de dinheiro se quiserem participar da Copa do Mundo.
INGRESSOS DOS JOGOS
Se você pretende ir para a Copa do Mundo 2022, o primeiro passo a se pensar é como ir para os jogos. O custo dos ingressos para as partidas de futebol começa em cerca de R$ 3,2 mil e podem ultrapassar o patamar de R$ 9 mil para os assentos mais caros. Na grande final da copa do mundo, alguns setores do estádio já são vendidos por valores que se aproximam de R$ 30 mil.
Esses valores são referentes a uma cotação feita pouco antes do mundial. Quem se antecipou e adquiriu os ingressos com antecedência conseguiu valores bem mais acessíveis. Em Agosto deste ano, o ingresso da Grande Final to torneio podia ser comprado por cerca de R$ 9 mil.
SEGURO VIAGEM
Brasileiros que querem passar o período da Copa do Mundo no Catar podem permanecer no país por até 30 dias sem a necessidade de visto. Algo essencial e que é exigido na imigração em vários países, no entanto, é o Seguro Viagem.
Ao planejar a viagem para assistir à Copa do Mundo no Catar, é necessário se certificar de adquirir um seguro viagem para se proteger em caso de qualquer imprevisto.
O seguro cobre você caso precise cancelar sua viagem por motivo de doença, por exemplo, e também fornecerá proteção financeira em caso de perda de bagagem ou outros problemas que possam ocorrer enquanto você estiver fora de casa.
TRANSPORTE
O governo do Catar anunciou, em setembro deste ano, que o transporte público oferecido para os torcedores que forem assistir aos jogos da Copa do Mundo será gratuito no país, de 20 de novembro a 21 de dezembro de 2022.
Para garantir que terão acesso ao benefício, os torcedores precisam comprovar que compraram os ingressos e solicitar o “Hayya Card” que fornece uma série de benefícios, incluindo o transporte público gratuito nos dias das partidas.
Para quem deseja uma experiência turística mais completa e fazer programações em pontos turísticos do país do Oriente Médio, há também a opção da locação de carros no Catar. Apesar de ser tratado por muitos como um “gasto extra”, o aluguel de carros pode permitir economias indiretas como, por exemplo, hospedagem em pontos mais afastados da cidade, que barateiam os preços.
Os valores para alugar carros no Catar variam entre pouco mais de R$ 150 até 600, por diária a depender do tipo de carro escolhido.
BRASIL, NO TOP TEN DOS PAÍSES DO MUNDO QUE MAIS ADQUIRIU INGRESSOS PARA COPA DO MUNDO
Devido à grande quantidade de pessoas contratadas para trabalhar nos preparativos do evento,dados indicam que a população do Catar cresceu cerca de 13,2% no ano de 2021, que antecedeu o ano da Copa do Mundo.
Apesar do custo de participar do evento esportivo do ano, as autoridades do Catar esperam cerca de 850 mil estrangeiros acomodados no país durante o período do torneio. Os brasileiros estão entre os estrangeiros que mais vão se fazer presentes no Catar.
Segundo dados informados pelo Comitê Organizador da Copa do Mundo do Catar, até o início de outubro, o Brasil ocupava a nona posição no ranking de países que mais compraram ingressos para assistir aos jogos. Ao todo, foram mais de 39 mil ingressos. As três primeiras posições são ocupadas pelo próprio Catar (947.046), Estados Unidos (146.616) e Arábia Saudita (123.228).
Ránking completo:
1º Catar: 947.046
2° EUA: 146.616
3º Arábia Saudita: 123.228
4º Inglaterra: 91.632
5º México: 91.173
6º Emirados Árabes: 66.127
7º Argentina: 61.083
8º França: 42.287
9º Brasil: 39.546
10º Alemanha: 38.117
QUANTO VALE UM SONHO?
O custo mínimo é maior para quem não agendou a viagem com antecedência: O torcedor que decidisse fazer uma viagem ao Catar na última hora, hoje gastaria pelo menos, R$ 50.000. Então, sim, assistir à Copa do Mundo não vai ser barato. Mas se você ama futebol e sempre sonhou em participar do maior evento esportivo do mundo, com certeza valerá a pena!
*Bahia.ba
Foto: Divulgação/Catar 2022
Duas pessoas morreram nesta terça-feira (15) em uma explosão em Przewodów, no leste da Polônia, próximo à fronteira com a Ucrânia. A informação foi confirmada pelo corpo de bombeiros local, de acordo com a agência Reuters.
Segundo a agência Associated Press, um alto funcionário da inteligência dos Estados Unidos que não teve o nome revelado afirma que a explosão foi causada por mísseis russos. A Polônia é país-membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
O Pentágono afirma que não pode confirmar a informação de que mísseis russos atingiram a Polônia. “Não temos nenhuma informação neste momento para corroborar esses relatos e estamos investigando isso mais a fundo”, disse o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder.
A informação sobre os mísseis também não foi confirmada imediatamente pelo porta-voz do governo polonês Piotr Mueller. Ele afirmou, porém, que o governo estava realizando uma reunião de emergência por conta de uma “situação de crise”.
“O primeiro-ministro Mateusz Morawiecki convocou com urgência a Comissão do Conselho de Ministros para os assuntos de Segurança e Defesa Nacional”, afirmou Mueller em uma rede social.
Os bombeiros foram ao local da explosão, mas não informaram como ela foi causada. “Não está claro o que aconteceu”, disse Lukasz Kucy, um oficial no posto dos bombeiros da região.
A Rússia voltou a atacar Kiev e outras grandes cidades da Ucrânia nesta terça-feira (15), no mesmo dia em que líderes do G20 pediram em conjunto que os bombardeios fossem interrompidos.
Horas antes do novo ataque, o presidente da Ucrânia Volodymir Zelensky discursou durante a cúpula do G20. Em seu pronunciamento, ele afirmou que este é um bom momento para o fim da guerra em seu país.
“Estou convencido que agora é o momento em que a guerra pode e deve ser interrompida”, afirmou ele por vídeo em reunião com os países mais ricos do mundo.
*G1
O mundo bateu hoje a marca de oito bilhões de habitantes, segundo o site de estatística Worldometer.
O número foi alcançado pouco mais de onze anos após o planeta chegar aos sete bilhões de habitantes, marca atingida em 31 de outubro de 2011, segundo a Organização das Nações Unidas.
Também segundo o Worldometer, mais de 116,7 milhões de pessoas nasceram do dia 1º de janeiro de 2022 até hoje.
Em alusão ao recorde, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, publicou um artigo de opinião sobre o número alcançado.
Ele atribuiu a marca aos avanços científicos e à melhoria na alimentação, saúde pública e saneamento da população. Ele ressaltou, porém, os riscos da desigualdade e apontou que o planeta tem “um número recorde de pessoas à procura de oportunidades”.
Segundo dados do Departamento do Censo dos Estados Unidos, atualizado em julho de 2022, a China é o país mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de habitantes. Ele é seguido pela Índia, com 1,3 bilhão.
Juntos, os dois países asiáticos têm mais de 25% da população mundial. O Brasil, com 217 milhões de habitantes, fica no sétimo lugar da lista, sendo o país mais populoso da América Latina.
Informações UOL
O novo dono do Twitter, Elon Musk, afirmou neste domingo (6) que vai examinar supostos casos de censura na rede social contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). A afirmação foi feita após o bilionário ser marcado em uma publicação que acusava a plataforma de reprimir políticos.
Em uma postagem, o comentarista Paulo Figueiredo Filho acusou a rede social de prática ilegal. “É claro que o Twitter precisa obedecer às decisões do ‘tribunal’ brasileiro. Mas a empresa foi além, impondo espontaneamente sua própria censura, ainda mais rigorosa do que a de nossos tribunais falhos. Seus moderadores estão sendo mais ditatoriais do que nossos próprios tribunais”, disse. “Vou dar uma olhada nisso”, respondeu Musk.
Um dos casos citados é de Marcos Cintra, candidato a vice da ex-presidenciável Soraya Thronicke (União Brasil) neste ano. O político teve sua conta no Twitter suspensa após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Moraes tomou a decisão após Cintra fazer uma publicação levantando dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Na mensagem, ele questionou os motivos de Bolsonaro não ter recebido nenhum voto em determinadas seções durante o segundo turno.
“E as urnas, TSE [Tribunal Superior Eleitoral]? Tenho razões para não concordar com Bolsonaro… Mas as dúvidas que ele levanta sobre as urnas merecem respostas. Verifiquei os dados do TSE e não vejo explicação para o JB ter zero votos em centenas de urnas. Ex.: Roraima, e em São Paulo, como em Franca, Osasco e Guarulhos”, escreveu.
“Acredito na legitimidade das instituições. Não admito que o TSE seja cúmplice, no caso de descobrirem algum ‘bug’ no sistema. Mas sim, se tornará cúmplice se não se debruçar sobre esses fatos e esclarecer tudo. Independentemente de qualquer outra consideração ou preferência política, a preservação das instituições democráticas exige respostas convincentes. Caso contrário estarei sendo forçado a reconhecer a validade dos pleitos por voto em papel”, acrescentou.
A plataforma foi comprada por Musk ao preço de 43,4 bilhões de dólares. Além de planejar uma série de demissões e já ter acabado com conselho da empresa, tornando-se um diretor único, o bilionário também mostra que está disposto a fazer mudanças para o usuário.
Uma das pretensões do empresário é cobrar cerca de R$ 103,60 (20 de dólares) para que as contas dos usuários sejam verificadas – representada por um pequeno selo azul ao lado do nome. Segundo o site americano The Verge, que teve acesso aos documentos do Twitter, Musk pretende dar um selo automático àqueles que queiram se tornar assinantes do serviço. Ou seja: os usuários que pagarem o valor mensal de 20 dólares terão o selo automaticamente.
*R7
Foto: SOPA Images/LightRocket via Getty Images.
Dada a forte inflação que só parece aumentar em todo o mundo, as diferentes moedas começam a sofrer os golpes e refletem a incerteza de uma economia com dois anos de pandemia, uma guerra russa na Ucrânia que impactou o mercado preços do petróleo e a desaceleração do crescimento de países tão importantes quanto a China.
É por isso que vale a pena perguntar, quais são as 10 moedas mais fortes do mundo? E antes de chegar ao primeiro lugar, avisamos antecipadamente que não é o dólar, embora ele seja a moeda mais utilizada para operações internacionais.
Uma moeda forte é determinada pela quantidade de bens e serviços que você pode comprar com ela e pela quantidade de outras moedas que você pode receber em troca de uma unidade da moeda inicial, de acordo com uma análise da Forex.com, uma plataforma de negociação de moedas estrangeiras.
Como o dólar é a moeda mais utilizada no mercado, ele funciona como referência para calcular o valor de outras moedas. Assim, quanto mais dólares você precisar para comprar uma única unidade de outra moeda, mais forte ela será. Se você precisar de menos dólares, então essa moeda é considerada mais fraca.
O dólar e o euro atingiram a paridade pela primeira vez em 20 anos em 12 de julho, depois que o primeiro se fortaleceu em relação ao segundo, que registrou queda de 12% em relação ao ano passado.
Se você não está envolvido ao mercado de câmbio, provavelmente nunca antes ouviu falar do dinar do Kuwait. E não se preocupe: é porque ela não é tão amplamente disponível quanto o dólar e o euro. O Banco Central do Kuwait explica que, desde 2007, seu dinar estava atrelado a uma “cesta não divulgada de moedas internacionais dos principais parceiros comerciais e financeiros do Kuwait”.
A razão? Segundo o banco, a política cambial visa “manter e aumentar a relativa estabilidade” do dinar kuwaitiano em relação a outras moedas, “proteger também a economia doméstica contra os impactos da inflação importada”.
Isso decorre do fato de que entre 2003 e 2007 a moeda estava atrelada ao dólar. Mas o Kuwait mudou a política “depois de esgotar todas as tentativas de absorver os efeitos adversos da depreciação do dólar americano em relação às principais moedas durante um longo período”.
Agora, como um país tão pequeno como o Kuwait consegue ter a moeda mais forte? A resposta está no petróleo. O CIA Fact Book explica que a economia do país é muito rica devido à quantidade de reservas de petróleo bruto que possui: aproximadamente 102 bilhões de barris, ou 6% das reservas mundiais.
Segundo dados da CIA, o petróleo representa 92% das receitas de exportação do Kuwait e 90% das receitas do governo.
“Praticamente toda a riqueza do Kuwait é derivada direta ou indiretamente, por meio de investimentos estrangeiros, da extração e processamento de petróleo”, explica a Enciclopédia Britânica sobre a economia do país, que destaca que o elemento chave para o desenvolvimento do país tem sido a constante e rápida expansão da indústria petrolífera desde 1970.
Os lucros que o Kuwait obteve nos anos seguintes por conta do petróleo e dos investimentos lhe deram uma das maiores rendas per capita alto do mundo.
Em 1990, o país quase esgotou as receitas de investimentos estrangeiros devido à invasão que sofreu do Iraque sob o comando de Saddam Hussein. Mas se recuperou com a alta dos preços do petróleo nos anos 2000.
Mas com o petróleo sendo o grande centro da economia do Kuwait, outros setores como agricultura, manufatura e comércio são fracos, segundo a Enciclopédia Britânica.
Créditos: CNN Brasil.
Rishi Sunak é oficialmente o novo primeiro-ministro do Reino Unido após encontro com o rei Charles 3º. Ele aceitou o convite do monarca para formar um novo governo, a cerimônia foi marcada por um aperto de mãos.
Sunak, de 42 anos, será o premiê mais jovem em dois séculos e o terceiro a assumir o cargo em 2022. O principal desafio do novo governo é restabelecer a estabilidade econômico e política do Reino Unido.
Em seu primeiro discurso, Rishi Sunak apontou erros cometidos pela sua antecessora, Liz Truss, e disse que decisões difíceis precisarão ser tomadas.
“Colocarei a estabilidade econômica e a confiança no centro da agenda deste governo. Isso significará decisões difíceis por vir”, disse o novo premiê.
“Você me viu durante o covid fazendo tudo o que podia para proteger as pessoas. Eu prometo a você: trarei a mesma compaixão para os desafios que enfrentamos hoje”, acrescentou Sunak, que é membro do Parlamento britânico desde 2015.
Sobre Liz Truss, ele afirmou que os erros “não nasceram da má vontade ou de más intenções, muito pelo contrário”.
Ela não estava errada em querer melhorar o crescimento neste país. É um objetivo nobre e eu admirava sua inquietação em criar mudanças. Mas alguns erros foram cometidos.
Rishi Sunak comenta mandato de Liz Truss
Durante sua fala, Rishi Sunak também rebateu os apelos por uma eleição geral. “Vou unir nosso país, não com palavras, mas com ação. Este governo terá integridade, profissionalismo e responsabilidade em todos os níveis”.
A declaração é uma tentativa de se distanciar do ex-primeiro-ministro Boris Johnson, que foi derrubado após repetidos escândalos. “A confiança é conquistada, e eu ganharei a sua”, disse Sunak.
“Entendo também que tenho trabalho a fazer para restaurar a confiança depois de tudo o que aconteceu.”
25.out.22 – O novo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Rishi Sunak, chega para fazer um discurso do lado de fora da Downing Street, número 10, em Londres, Grã-BretanhaImagem: HANNAH MCKAY/REUTERS
Sunak vai herdar o cargo de Liz Truss, que ocupou a posição por menos de 45 dias e renunciou após um pacote fiscal controverso causar agitação nos mercados. Rishi Sunak nasceu no Reino Unido, é filho de imigrantes indianos e será a primeira pessoa não branca a assumir a chefia do governo britânico.
Multimilionário e ex-executivo do setor bancário, o novo premiê deve anunciar cortes de gastos para tentar reconstruir a reputação fiscal do Reino Unido, que escorrega para uma recessão, puxada pela disparada dos preços da energia e dos alimentos.
Ex-ministro das Finanças, Sunak terá como desafio buscar unidade entre os conservadores, o que não se vê desde o Brexit, e enfrentar a disparada do custo de vida, com a maior alta da inflação dos últimos 42 anos.
Inicialmente, a previsão era a de que o resultado da disputa seria anunciado na próxima sexta-feira (28), mas o partido tem pressa para mostrar uma frente unida ao país.
O futuro da legenda vai depender do desempenho do novo premiê, já que eleições gerais estão previstas, em princípio, para 2024.
A oposição trabalhista defendeu a convocação de novas eleições desde a renúncia de Liz Truss, argumentando que os adversários estão em caos absoluto e que sairiam vencedores se o pleito acontecesse hoje.
Informações UOL
A guerra entre Rússia e Ucrânia se intensificou nas últimas semanas, com novos ataques aéreos, explosões e acusações de crimes de guerra dos dois lados. O aumento da tensão reflete diretamente em temores por parte do mercado, que age com cautela em razão de dependências energéticas da Europa com os russos, de investidas mais intensas contra países do Ocidente e por conta das ameaças nucleares.
Um dos pontos que os países têm focado recentemente é a destruição da infraestrutura do inimigo. A ponte que liga a Crimeia à Rússia foi destruída no início do mês, o que levou a retaliações por parte de Moscou. A Rússia também destruiu 30% das usinas de energia e água da Ucrânia, segundo o presidente Volodymyr Zelensky. Mas foi o repentino rompimento dos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2, as maiores rotas para o gás russo para a Europa, que preocuparam o Ocidente.
Uma investigação preliminar de danos indicou que as danificações ocorreram por conta de “explosões poderosas”, mas o Kremlin nega ter sido o autor dos vazamentos e disse que as investigações foram montadas com a intenção de culpar falsamente a Rússia. Seja como for, fato é que os europeus vão enfrentar um inverno em meio às retaliações russas de corte de energia.
“A Rússia teve as relações econômicas cortadas com os países da Europa, e devido ao que já foi feito acho difícil essa relação voltar nas próximas décadas. Mas a Europa vai conseguir enfrentar relativamente bem esse inverno, conseguiu se precaver a tempo e acumular energia o suficiente”, disse Roberto Attuch, CEO e fundador da OHM Research.
Segundo ele, o fornecimento de gás aos europeus é mais preocupante a partir do próximo inverno, em 2023. A participação da Rússia nas importações de gás natural do bloco caiu de 36% em outubro passado para apenas 9% um ano depois, mostram dados da empresa de pesquisa Wood Mackenzie.
Para Leonardo Trevisan, professor de geoeconomia internacional da ESPM, os impactos do alongamento da guerra fazem parte da estratégia de Vladimir Putin, que arrasta o conflito até um ponto no qual a Europa passa a encarar a realidade de não poder contar com as importações russas.
“Os impactos no mercado internacional vão acontecer com a distância da mesa de negociações. Isso porque conforme o inverno europeu se aproxima, o preço da energia não vai ter nenhuma atenuação. Os países conseguiram gás suficiente para manter as casas iluminadas e aquecidas, mas não é possível abastecer a indústria na conjuntura atual”, destacou.
Em meio às relações cada vez mais estremecidas, o professor acrescentou que até o próximo inverno os países europeus devem buscar soluções para conseguirem abastecer sua indústria.
“Manter as residências plenamente em ordem não significa recuperar o gás necessário para a indústria. E com as restrições por conta guerra o gás pode chegar a preços estratosféricos, o que automaticamente impede que essas fortes indústrias europeias, como a alemã, britânica e francesa, consigam ser minimamente competitivas”, argumentou.
Petróleo
O petróleo deve acabar impactado pelos conflitos entre a Rússia e os países do Ocidente, segundo os especialistas. Isso porque os russos estão entre os três maiores produtores de petróleo do mundo, somente atrás de Estados Unidos e Arábia Saudita. Com isso, o país do leste europeu tem um grande poder de barganha à medida que a commodity sobe.
No início de outubro, a Organização dos Países Exportadores (Opep+), liderada pela Arábia Saudita e Rússia, anunciou que vai cortar a produção do petróleo em 2 milhões de barris por dia (bpd) a partir de novembro, reduzindo a oferta no mercado.
“Eu acho que isso vai pressionar mais a commodity neste fim de ano, não vejo o petróleo ficando abaixo de US$ 80,00 o barril com a oferta menor, a não ser que o mundo tenha notícias piores sobre a economia global, como um impacto de recessão maior que o esperado”, afirmou Roberto Attuch.
Após a decisão da Opep+, os Estados Unidos prometeram responder à atitude, vista como desafiadora. O presidente norte-americano Joe Biden fez uma intensa campanha para dissuadir seus aliados árabes do corte antes da decisão, que aparentemente não levou em consideração os interesses estadunidenses.
“Estamos voltando a um período de hostilidade prolongada entre a Opep e os EUA”, disse David Goldwyn, que trabalhou em assuntos internacionais de energia nos departamentos de Energia e Estado durante os governos Clinton e Obama.
“Um corte de produção deste tamanho – quando a inflação está devastando o crescimento global e a Europa está lutando para acessar oferta alternativa diante da agressão da Rússia contra a Ucrânia – é uma declaração de guerra econômica e diplomática”, pontuou Goldwyn.
O resultado da decisão de cortar a produção de petróleo pode recair sobre o Brasil, conforme observou Leonardo Trevisan. “Com a produção menor, a commodity deve voltar a ser negociada a preços extremamente altos como vimos no começo do ano. Seguindo o mercado internacional, nossa gasolina será diretamente impactada, voltando a subir na bomba fortemente”, pontuou o especialista.
Reconstrução
Este ano será catastrófico para a Ucrânia em termos de crescimento. As projeções do FMI e do Banco Mundial são de que o país encolha cerca de 35% em 2022. O Banco Mundial destaca ainda que as necessidades de recuperação e reconstrução nos setores social, produtivo e de infraestrutura, são estimadas em cerca de US$ 349 bilhões, o que é mais de 1,5 vezes o tamanho da economia da Ucrânia em 2021, antes da guerra estourar.
Para conseguir angariar esse valor bilionário, o presidente Volodymir Zelensky se reuniu em setembro com Laurence D. Fink, chefe da BlackRock, a maior gestora do mundo que supervisiona um total de US$ 8,5 trilhões investidos pelo mundo.
O encontro foi feito para o fornecimento de “aconselhamento pro bono” da gestora ao governo ucraniano sobre como eles poderiam restaurar a economia por meio de um fundo.
“A atratividade de investimento do nosso país é de particular importância. É importante para mim que uma estrutura como esta seja bem sucedida para todas as partes envolvidas. Somos capazes e queremos restaurar um clima normal de investimento”, disse Zelensky, na ocasião.
De acordo com o Wall Street Journal, o Ministério das Finanças da Ucrânia tem entrado em contato com grandes empresas de Wall Street para financiar sua reconstrução. O intuito é conseguir investidores que aceitem realizar empréstimos com “férias de dívida” – basicamente um período mais longo para o pagamento das obrigações, com o objetivo de conseguir recursos no curto prazo sem precisar se preocupar de imediato com a quitação da dívida.
Mercados globais despencam
Os mercados despencaram logo após a Rússia invadir a Ucrânia e iniciar o conflito, em 24 de fevereiro deste ano. De lá para cá, as principais bolsas de valores do mundo registram variações negativas, algumas delas com recuos em mais de 10% no período.
De acordo com levantamento da Austin Rating feito para o CNN Brasil Business, os três principais índices do mercado americano são exemplos da aversão a risco dos investidores desde que a guerra começou. O Nasdaq registra queda de 20,73% de 24 de fevereiro até 19 de outubro, enquanto o S&P 500 caiu 13,84% e o Dow Jones, 8,42%.
Os mercados asiáticos também apresentam queda significante no período. Hong Kong (-27,90%), Taiwan (-26,25%), Coreia do Sul (-15,53%) e Singapura (-7,89%) viram seus mercados acionários despencarem desde que as tropas russas invadiram o território ucraniano. Já os dois principais índices da China, SZSE e CSI 300, tiveram queda de 16,79% e 16,62%, respectivamente.
O levantamento contou com 80 países ranqueados, mas no gráfico acima só foram indicadas as variações das principais bolsas internacionais, para ilustrar o movimento dos investidores nos índices que mais movimentam capital.
“As consequências do acirramento da guerra são as piores possíveis, pois só acelera a perspectiva de crise na Europa e nos Estados Unidos. Tem um risco de preço dos combustíveis se o petróleo disparar, enquanto o gás também deve subir muito para a Europa com a Rússia fora das negociações”, destacou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
“A situação preocupa bastante com esse acirramento, e os mercados acabam sendo impactados por isso. Temos perspectiva de crescimento menor, portanto menos lucro por parte das empresas e então o preço das ações acaba diminuindo”, explicou.
Mesmo com o cenário adverso, o Ibovespa encontrou espaço para recuperação, apoiado nas perspectivas positivas para as commodities. O principal índice da bolsa de valores brasileira teve alta de 4,20% no período, o único com variação positiva ao comparar com os índices americanos, asiáticos e da União Europeia.
Créditos: CNN.
Ferramenta permite que cidadãos ucranianos integrem à defesa antimísseis e antiaérea do exército
Milhares de civis morreram desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano. Agora, o governo ucraniano decidiu dar uma ajuda aos civis lançando um aplicativo que tem como principal objetivo ajudar o exército a derrubar drones e mísseis russos no ar.
Segundo o Departamento de Comunicações Estratégicas do Gabinete das Forças Armadas da Ucrânia, o aplicativo ePPO já está disponível para download. Em tese, os ucranianos que estiverem ainda no país irão “se juntar à defesa antimísseis e antiaérea” do exército.
O ePPO funciona da seguinte maneira: depois de instalar o aplicativo em um smartphone, o cidadão deve selecionar o tipo de arma inimiga, apontar o celular na direção do alvo e, em seguida, apertar o grande botão vermelho na tela. O procedimento vai acionar especialistas em defesa aérea, que irão localizar o drone ou o míssil no mapa e derrubá-lo, por fim.
“Veículos aéreos não tripulados (UAVs) de ataque inimigo estão causando danos significativos à nossa infraestrutura”, informou o Ministério da Reintegração dos Territórios Ocupados Temporariamente da Ucrânia. “Eles também representam um perigo significativo para civis: drones suicidas podem transportar várias dezenas de quilos de explosivos e criar uma poderosa onda de choque quando atingidos.”
O aplicativo ucraniano está atualmente disponível para a plataforma Android. Segundo o jornal The Jerusalem Post, os desenvolvedores do projeto estão trabalhando para lançar em algumas semana uma versão para celulares com processador iOS.
O Ministério da Reintegração ofereceu conselhos aos cidadãos sobre como reconhecer e se proteger das armas aéreas. “Quando você ouvir esse som, tente entrar em um abrigo especialmente equipado. Use porões, pisos subterrâneos de prédios, estacionamentos subterrâneos”, recomendou.
Informações Revista Oeste
A população mundial atingirá a marca de oito bilhões de pessoas no mês que vem. A ONU adverte para que o mundo não se envolva em “alarmismo populacional” e concentre energias em ajudar mulheres, crianças e pessoas mais vulneráveis às alterações demográficas.
O crescimento populacional tem sido tema de debate para muitos analistas, especialmente porque terá impacto em um mundo que já enfrenta desigualdades, crise climática, deslocamento e migração alimentadas por conflitos, dizem.
A diretora executiva do Fundo de População da ONU (UNFPA), Natalia Kanem, se diz contrária a esse discurso alarmista: sei que este momento pode não ser celebrado por todos. Alguns expressam preocupações de que o nosso mundo está superpovoado, com muitas pessoas e recursos insuficientes para sustentar todas as vidas. Mas estou aqui para dizer claramente que o grande número de vidas humanas não é motivo de medo”.
Em declarações citadas pelo jornal britânico The Guardian, Natalia pede que os países se concentrem em ajudar as mulheres, crianças e pessoas marginalizadas que são mais vulneráveis às mudanças demográficas.
A diretora do fundo relembra que, caso os governos se concentrem apenas nos números, correm o risco de impor controles populacionais, caminho que a História já mostrou ser “ineficaz e até perigoso”.
“De campanhas de esterilização forçada a restrições ao planejamento familiar e contracepção, ainda vivemos o impacto duradouro de políticas destinadas a reverter ou, em alguns casos, acelerar o crescimento populacional”, observou Natalia Kanem.
“E não podemos repetir as violações flagrantes aos Direitos Humanos que roubam as mulheres de sua capacidade de decidir se ou quando engravidar, se é que o fazem. O alarmismo populacional apenas distrai do foco principal”, disse.
A ONU estima que cerca de 60% das pessoas no planeta vivem em países com níveis de natalidade abaixo do nível de reposição das gerações anteriores, onde ocorre uma média de 2,1 nascimentos para cada mulher.
Esta percentual contrasta com a taxa de fecundidade de oito países, como a Nigéria, Etiópia e Filipinas, que deverão responder por metade de todo o crescimento populacional até 2050. Um desses países, a Índia, deverá ultrapassar a China a partir do próximo ano e tornar-se o país mais populoso do mundo.
A diretora da UNFPA relembra uma outra realidade atual: as novas comunidades de imigrantes têm taxa de natalidade superior à do país onde chegam.
Natalia Kanem reafirma que esses nascimentos “não são motivos de medo. De fato, em termos da crise do envelhecimento, teremos que buscar soluções que incluam a migração de pessoas dispostas a ajudar no cuidado de idosos, etc”.
A diretora do Unfpa defende que “isso não deve alimentar a xenofobia e o ódio pelo outro” e alerta para os discursos alarmistas que “manipulam” essas dinâmicas para desencadear tensões sociais.
Informações RTP via Agência Brasil
O Ministério da Defesa da Rússia disse nesta segunda-feira, 17, que realizou um ataque — com drones e mísseis — em larga escala contra alvos militares e a infraestrutura energética em toda a Ucrânia usando armas de alta precisão. Um prédio residencial em Kiev foi atingido, segundo as agências internacionais. De acordo com o ministro do Interior da Ucrânia, Denys Monastyrskyi, “várias pessoas foram mortas” em razão dos ataques.
No comunicado diário, o Ministério da Defesa russo afirmou ter atingido “todos os alvos designados” no último bombardeio das cidades ucranianas e também frustrou uma tentativa da Ucrânia de penetrar em suas defesas na região de Kherson, no sul.
“Durante o dia, as Forças Armadas russas continuaram a atacar com armas aéreas e marítimas de alta precisão e de longo alcance as instalações do comando militar e do sistema energético da Ucrânia. Todos os alvos designados foram atingidos”, disse o Ministério da Defesa russo, no comunicado.
A Rússia intensificou os ataques com mísseis na Ucrânia, depois de uma explosão na ponte que liga a Rússia à península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
Depois dessa explosão, a Rússia desencadeou os maiores ataques com mísseis desde o início da invasão, atingindo alvos em mais de uma dúzia de cidades e regiões em todo o país, e lançou vários ataques com mísseis nos dias seguintes.
“O inimigo pode atacar nossas cidades, mas não conseguirá nos quebrar”, afirmou nesta segunda-feira o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, antes de confirmar que “drones suicidas e mísseis estão atingindo toda a Ucrânia”.
Informações Revista Oeste