A guerra entre Israel e o Hamas chegou ao quarto dia, nesta terça-feira (10), e o número de mortes já ultrapassou a marca de 1.600. O governo israelense intensificou os ataques à Faixa de Gaza. Nesta madrugada, mais de 200 alvos foram atacados pela IDF (Força de Defesa de Israel). Do outro, o grupo terrorista Hamas respondeu com ameaças aos civis sequestrados caso a ofensiva continue.
A IDF afirmou na madrugada desta terça-feira (10), ter atingido mais de 200 alvos na Faixa de Gaza durante a noite. Sirenes foram acionadas em cidades na fronteira com Gaza. Segundo a corporação, foram encontrados O tenente-coronel Richard Hecht contou que os corpos de 1.500 terroristas foram localizados no sul de Israel.
Até o momento, mais de 1.600 pessoas morreram em Israel e em Gaza desde sábado. Foram pelo menos 900 vítimas em Israel, 100 delas encontradas em um kibutz (habitação coletiva) em Be’eri, no sul do país. Já na Palestina são 770 mortes confirmadas, segundo o Ministério da Saúde local. Na Cisjordânia são 7 mortes registradas.
O governo israelense afirmou ter retomado o “controle total” das regiões no sul do país que haviam sido atacadas pelo Hamas. Essas áreas, próximas à Faixa de Gaza, foram atacadas pelos palestinos por ar, por terra e pelo mar.
Após declarar guerra ao Hamas, Israel intensificou os ataques à Faixa de Gaza e convocou 300 mil reservistas. Além de bombardear o território palestino, os israelenses bloqueiam a chegada de água, comida e luz aos palestinos.
O Hamas afirma que tem mais de cem reféns israelenses, que foram sequestrados no sábado (7). Em resposta ao cerco à Faixa de Gaza, os extremistas ameaçam matar os civis se os ataques ao território continuarem.
Apesar da ameaça, o grupo islâmico começou a falar em trégua. Segundo a emissora Al Jazeera, um integrante do alto escalão do Hamas declarou que está “aberto a discussões”para um possível cessar-fogo.
Entidades alertam para o risco de uma “crise humanitária sem precedentes” se o cerco a Gaza continuar. O bloqueio ao território impede inclusive a chegada de medicamentos, o que provocou um colapso hospitalar.Continua após a publicidade
Israel também bombardeou áreas no Líbano, na fronteira norte, alegando a entrada de “infiltrados” no país. O Líbano é a sede do grupo Hezbollah, que entrou em conflito com os israelenses pela última vez em 2006.
O Hezbollah não está formalmente na guerra, mas disparou foguetes contra Israel. Os ataques, segundo a agência Reuters, foram uma resposta do grupo libanês à morte de quatro de seus membros em um bombardeio israelense.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, criticou o cerco de Israel à Faixa de Gaza. Guterres também condenou os “ataques abomináveis” cometidos pelo Hamas, mas alertou para a destruição de escolas e hospitais palestinos.Continua após a publicidade
Israel reafirmou o objetivo de destruir o Hamas. Em publicação no Twitter, o primeiro-ministro israelense afirmou que o país “eliminou centenas de terroristas” e que “todos os lugares onde o Hamas opera se transformarão em ruínas”.
O Irã negou envolvimento nos ataques. O país, que mantém relações estreitas com o Hamas e o Hezbollah, afirmou que não participou da “resposta da Palestina” a Israel.
O governo do Egito criticou a inteligência israelense. Autoridades do país, que costuma agir como mediador entre Israel e o Hamas, afirmam que os israelenses ignoraram vários alertas de que um ataque poderia acontecer.
Nos Estados Unidos, as Forças Armadas pressionam as autoridades civis por apoio militar a Israel. Segundo a secretária do Exército norte-americano, Christine Wormuth, o Congresso do país precisará aprovar um financiamento adicional para atender às necessidades de Israel e da Ucrânia, que segue em guerra contra a Rússia.
O governo israelense autorizou hoje o resgate de cidadãos brasileiros no país. Segundo o Ministério das Relações Exteriores mais de 1.700 brasileiros, na maioria turistas que estão em Jerusalém ou Tel Aviv, já pediram para sair do país.Continua após a publicidade
Os voos de resgate devem começar a retornar ao Brasil na madrugada de quarta-feira (11). Em princípio, a FAB (Força Aérea Brasileira) transportará cerca de 900 passageiros em cinco aeronaves.
O governo orienta quem tem passagem comprada a deixar Israel em voos comerciais. Mesmo com a guerra, o principal aeroporto israelense continua aberto para pousos e decolagens.
Face à incerteza quanto ao momento em que poderão ocorrer os voos de repatriação, o Ministério das Relações Exteriores reitera recomendação de que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais do aeroporto Ben-Gurion, que continua a operar
Nota do Itamaraty sobre a saída dos brasileiros de Israel
Informações UOL
Foto: Divulgação/Forças de Defesa de Israel
O Brasil está entre os países do mundo que não consideram o Hamas uma organização terrorista. Essa posição oficial, compartilhada com África do Sul, Rússia e Noruega, além da própria Organização das Nações Unidas (ONU), contrasta com a visão dos Estados Unidos e da União Europeia.
A explicação está na alegada neutralidade brasileira em conflitos internacionais, combinada com o atual engajamento diplomático pela busca da convivência de Israel com um Estado palestino independente, sem levar em conta a escalada de atos criminosos que pesam sobre essa questão. Ou seja, o Brasil é partidário da solução de dois Estados, um israelense e um palestino. Hoje não há Estado palestino formal.
O Hamas, organização terrorista armada e uma das maiores no território palestino, iniciou no sábado (7) um conflito com Israel, lançando violento ataque-surpresa contra a população e as Forças de Defesa de Israel. A agressão histórica incluiu o disparo de milhares de foguetes a partir da Faixa de Gaza e incursões terrestres, aéreas e marítimas com extremistas armados, resultando em tiroteios nas ruas e no sequestro de reféns, incluindo mulheres e crianças e massacres contra a população civil. O Brasil se manifestou lamentando as mortes de civis, mas omitindo a gravidade das ações de terror do Hamas.
A posição do Itamaraty contradiz a própria legislação do Brasil, que exige a presença simultânea de três requisitos para que um ato seja classificado como terrorismo: uma ação contra a vida, integridade física ou espaços públicos; motivação baseada em razões xenofóbicas ou discriminatórias relacionadas a raça, cor, etnia e religião; e, por último, o objetivo de causar terror social ou generalizado. Apesar dessa legislação, o Ministério das Relações Exteriores não menciona os aspectos terroristas do maior ataque que Israel enfrentou nos últimos 50 anos, e que levou à declaração de guerra formal por parte do governo israelense.
Para analistas ouvidos pelaGazeta do Povo, a postura do Brasil, que hoje preside o Conselho de Segurança da ONU, se orienta pela tradição, mas também pode indicar alinhamentos políticos e interesses estratégicos. “Como atual presidente rotativo do Conselho de Segurança, o Brasil vai se sentar para negociar com o Hamas. É possível, que também por essa razão, o Itamaraty não queira assumir logo de início posição combativa contra o grupo”, ponderou Luciana Brassolatti de Oliveira, professora de Relações Internacionais do Ibmec-DF.
A especialista explicou que, no atual momento de grande consternação internacional, a ONU e o Brasil não classificaram o Hamas e suas ações como “terroristas”.
“Mas se olharmos todas as convenções e tratados atuais, o Hamas preenche todos os quesitos para ser classificado de terrorista. Isso torna mais desafiadora a condução do tema, levando em conta a tradição diplomática neutra do Brasil, de busca negociada no plano internacional para a celebração de acordos de paz”, ressaltou ela. Na avaliação dela, o mundo assistiu no último sábado um ato inequívoco de terrorismo, uma barbárie que já resulta em mais de mil mortes. Para ela, o direito dos palestinos à sua terra, com devida proteção e reconhecimento, deve ser observado, mas sem que se confunda a população palestina com o grupo terrorista Hamas.
O cientista político Márcio Coimbra avalia que a recusa do Brasil em chamar o Hamas de organização terrorista é motivada por considerações políticas, especialmente devido ao apoio do Irã ao grupo terrorista palestino. Isso porque o Irã pode ser colocado em breve no grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) por influência de Moscou. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem mostrando apoio a Moscou e à China desde o início de seu mandato. Em diversas ocasiões, ele tomou partido da Rússia no debate sobre quem seria o culpado pela guerra na Ucrânia.
Coimbra destacou a longa tradição de confrontação do Brasil em relação a Israel, interrompida durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (PL). “Desde 2006, o Brasil revelou simpatia pelo grupo anti-Israel nas suas fronteiras”, disse o professor, que também é presidente do Instituto Monitor da Democracia.
Ele ressaltou que, apesar da tentativa de o Brasil contornar evidências, o Hamas atende a todos os critérios para ser considerado uma organização terrorista. “A questão vai então além do apoio à causa palestina, uma vez que o Hamas não reconhece o direito de Israel existir, diferentemente da Organização pela Libertação da Palestina (OLP), que reconheceu essa garantia nos Acordos de Oslo, celebrados há 30 anos. Essa divergência de abordagem pôs o Hamas e a OLP em posições opostas”, disse.
Reservadamente, especialistas em relações exteriores argumentam que a postura do governo atual não é exclusiva dele, mas abrange praticamente todos os anteriores, que evitaram rotular o Hamas como grupo terrorista. A razão fundamental por trás disso é que o Brasil teria mais a perder do que a ganhar ao fazê-lo. Haveria um aspecto econômico significativo em jogo, relacionado às remessas financeiras da comunidade síria e libanesa no Brasil para seus familiares no Oriente Médio. No entanto, há a expectativa de que, dependendo do desenvolvimento do conflito no Oriente Médio, a posição do Brasil possa até ser reavaliada pela diplomacia.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) condenou veementemente a violência e o terrorismo praticados pelo Hamas, considerando-os como “as ações daqueles que não têm argumentos”. Ele expressou solidariedade com os israelenses que foram alvos dos ataques brutais por “facínoras travestidos de defensores do povo palestino” e cobrou do governo do presidente Lula “o dever moral de repudiar essas ações e denunciar os criminosos que a perpetraram”.
Na mesma linha, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) também criticou o governo brasileiro por não mencionar o grupo terrorista responsável pelos ataques a Israel em sua nota oficial, emitida pelo Ministério das Relações Exteriores. Ele levantou a hipótese de que essa postura seja influenciada por motivos questionáveis, referindo-se aos “parabéns” recebidos por Lula do Hamas quando de sua eleição no fim de 2022.
Como integrante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, ele espera que o colegiado ou mesmo o plenário da Câmara aprovem moção de repúdio à violência e de solidariedade a Israel, para que o mundo saiba diferenciar a manifestação oficial do Executivo da posição do Legislativo.
O Hamas, cujo nome em árabe significa “entusiasmo” ou “fervor”, surgiu após a revolta popular conhecida como “Primeira Intifada” ou “Guerra das Pedras” em dezembro de 1987. Intifada, por sua vez, significa “tremer de medo” ou “despertar abrupto de um sonho”. O termo designa uma ação de hostilidade e desobediência civil dos palestinos em relação às forças de segurança de Israel. Por isso, a guerra iniciada no fim de semana é uma ação muito mais grave que uma Intifada.
O Hamas alega que a Palestina é uma terra islâmica e mantém posição radical de não reconhecer o direito de Israel a existir como um Estado independente.
O analista militar Fernando Montenegro, especialista em Forças Especiais, disse acreditar que a atual abordagem brasileira em relação ao terrorismo do Hamas em solo israelense reflete a volta da esquerda no poder no Planalto. Ele observa que as ações do governo Lula se assemelham às de outros países com afinidades ideológicas semelhantes. De acordo com Montenegro, essa orientação ideológica faz com que a política brasileira se incline a um alinhamento externo em relação à questão palestina, o que explica a relutância da diplomacia brasileira em condenar o grupo terrorista.
Além disso, ele aponta para a proximidade entre o Brasil, Venezuela e Irã, com os quais o governo brasileiro busca fortalecer laços. Essa proximidade é evidenciada pelo fato de que esses governos tendem a adotar uma postura menos assertiva em relação a casos de crime organizado e tratam organizações terroristas como as que lutam contra a suposta dominação imperialista, por exemplo.
Gazeta do Povo
Com os ataques contra Israel, iniciados nesse sábado (7/10), o brasileiro Rafael Zimerman ficou ferido com estilhaços de granadas durante uma festa rave. Atualmente, ele está internado no hospital Soroka. Segundo comunicado oficial do Itamaraty, Zimerman está em choque, mas passa bem. Ainda de acordo com o órgão, estão desaparecidos os brasileiros Bruna Valeanu e Ranani Glazer.
Rafael Zimerman foi resgatado de um banker
Há uma terceira pessoa, com identidade brasileira e israelense, que também está desaparecida e foi identificada como Celeste Fishbein. Até o momento, não há informações de vítimas brasileiras.
Celeste Fishbein: judia brasileira desaparecida após conflito
Ranani Glazer, de 24 anos, estava em uma festa rave no Sul de Israel quando o país foi alvo de bombardeio. Amigos chegaram a relatar que o jovem estava escondido em um abrigo, mas que o local teria sido invadido. Desde então, os familiares não receberam mais notícias do gaúcho.
Ranani Glazer está no mesmo evento. Ainda não há informação sobre o jovem
Em seu perfil no Instagram, Glazer chegou a postar fotos e vídeos no festival, realizado em Tel Aviv, a capital de Israel. Em nota divulgada na manhã desse sábado (7), o Itamaraty informou não ter confirmação de vítimas brasileiras no atentado.
Segundo informações postadas pelo rapaz na internet, ele atua como soldado nas Forças de Defesa de Israel. Desesperados, amigos passaram a postar fotos do gaúcho e telefones na tentativa de obter informações sobre a localização dele.
Bruna Valeanu estava na mesma festa rave que Ranani. No entanto, ainda não há informações de que ambos se conheciam. A jovem é natural do Rio de Janeiro e morava na cidade de Petah Tikva, próximo a Tel Aviv.
Bruna Valeanu é uma das brasileiras também desaparecidas
Felipe Jurek é amigo de Rafael e moram e trabalham no país. Felipe estava em Tel Aviv quando recebeu uma mensagem de Rafael falando sobre o bombardeio. Ele viajou 40 minutos em meio aos ataques para resgatar o amigo em Beer Sheva.
“Assim que eles começaram a ouvir as explosões, encerraram a música, todo mundo começou a correr para tudo o que é lado, começaram a ouvir tiros, e aí eles correram para um bunker. Chegaram a matar um policial, tacaram granada dentro do bunker”, contou Felipe ao Jornal Nacional.
Quando Rafael foi resgatado do bunker pela polícia, em estado de choque, ele conseguiu enviar uma foto e sua localização para o amigo. “Ele falou que viu pessoas queimando, viu pessoas levando tiro e foi feio, foi bem ruim a coisa”, relatou Felipe.
Rafael foi transferido para um hospital na cidade de Haifa, devido a lotação dos hospitais em Beer Sheva. “Tiraram ele e mais algumas pessoas, mas não foi todo mundo que sobreviveu desse bunker”, finalizou Felipe, que encontrou o amigo muito ferido, mas consciente.
O Gabinete de Segurança de Israel declarou, neste domingo (8/10), estado de guerra. Segundo o governo, o conflito teria sido “imposto a Israel por um ataque terrorista e assassino de Gaza.” O ato oficializa o embate e permite a adoção de medidas militares abrangentes.
Referindo-se aos ataques-surpresa do Hamas da véspera, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que derrotará o grupo radical islâmico, mas alertou que a guerra “vai levar tempo”. O político conservador enfatizou que os eventos recentes foram algo “jamais visto em Israel” e jurou “vingança esmagadora por esse dia negro”. O premier garantiu que as forças militares israelenses chegarão a todos os lugares onde o Hamas possa estar se escondendo.
Netanyahu disse considerar o grupo diretamente responsável pela segurança e pelo bem-estar dos civis e soldados que mantêm cativos, acrescentando que Israel “acertará contas com qualquer um que cause danos” a esses reféns. Segundo observadores, o sábado foi o dia mais sangrento do conflito israelo-palestino desde a guerra do Yom Kippur, há 50 anos.
Metrópoles
Criminosos do Hamas invadiram território israelense, além de realizar sequestros e lançar mísseis contra civis
O conflito deflagrado a partir do ataque organizado pelo grupo terrorista Hamas contra Israel já contabiliza 1,2 mil mortos, informam autoridades internacionais.
Até o início desta segunda-feira, 9, cerca de 700 pessoas foram assassinadas em Israel desde sábado 7. Muitas delas eram civis. O número de feridos, a saber, é de 2,1 mil. Na ocasião, terroristas do Hamas invadiram o território israelense em área próxima à Faixa de Gaza. Além disso, os criminosos do grupo extremista realizaram sequestros e lançaram mísseis contra o país judaico.
De acordo com as forças militares israelense, 260 corpos foram encontrados somente no local onde ocorria um festival musical — e que acabou como alvo de terroristas. Nesta segunda, o Hamas afirma que, além de ser responsável por dezenas de assassinatos, mantém mais de 100 reféns.
Com o ataque terrorista, o governo israelense declarou “estado de guerra”. Em carta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que deixará em ruínas as localidades onde os militantes do Hamas estiverem.
O governo de Israel não ficou, contudo, parado. Diante do ataque terrorista, as forças militares do país partiram para cima do Hamas. Nesse sentido, Israel informou que a Faixa de Gaza está fechada. Além disso, as autoridades israelenses realizaram ataques contra 653 bases do grupo extremista, que conta com apoio público do Irã.
Conforme informações de agências internacionais, 493 pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o ataque terrorista de autoria do Hamas. Ainda de acordo com a imprensa estrangeira, o número de mortos na Cisjordânia, área ao leste de Israel e que é controlada por autoridades palestinas, está em sete.
Informações Revista Oeste
Foto: REUTERS/Amir Cohen.
Centenas de foguetes foram lançados contra Israel a partir da Faixa de Gaza no sábado (7), anunciou o Hamas após um ataque-surpresa que elevou as tensões no Oriente Médio. Para minimizar os estragos, os israelenses contam com um escudo, conhecido como “Domo de Ferro”.
De acordo com as forças militares de Israel, parte dos ataques do Hamas foi interceptado pelo Domo de Ferro, que é um sistema de defesa antimíssil. Ainda assim, vários foguetes atingiram diferentes cidades do país.
Desenvolvimento: As pesquisas para a instalação de um sistema de defesa aérea começaram há mais de 35 anos.
Início das operações: Foi apenas em março de 2011 que o sistema se tornou operacional.
Míssil interceptor explode foguete inimigo lançado da Faixa de Gaza contra Israel, em 8 de outubro de 2023 — Foto: REUTERS/Amir Cohen
Como funciona: Basicamente, o sistema conta com diversos instrumentos de monitoramento, como radares, que conseguem identificar ataques inimigos.
Veículo militar com sistema do “Domo de Ferro”, no Aeroporto de Ben Gurion, Israel, em 2020 — Foto: Jim Garamone/Departamento de Defesa dos Estados Unidos
No sábado (7), terroristas do Hamas anunciaram que estavam iniciando uma grande operação de retomada de território. Um alto comandante do grupo chegou a dizer que mais de 5 mil foguetes tinham sido lançados contra Israel a partir da Faixa de Gaza.
Sirenes foram ouvidas em várias partes de Israel, incluindo grandes cidades, como Tel Aviv e Jerusalém. Os ataques atingiram prédios e veículos, causando estragos em diversas regiões do país.
Pela terra, pelo ar e pelo mar, terroristas armados do Hamas invadiram o território israelita na região sul do país. Agências internacionais relataram que esses homens atiraram contra pessoas que estavam nas ruas.
Também há relatos de dezenas de moradores israelenses sendo levados como reféns para a Faixa de Gaza.
Após a ofensiva, o primeiro-ministro israelense convocou uma reunião de emergência e lançou a operação “Espadas de Ferro”, prometendo uma resposta ao Hamas.
O governo de Israel pediu para que os cidadãos sigam instruções de segurança. A recomendação é para que as pessoas fiquem próximas de espaços protegidos.
O último balanço das autoridades indica que mais de 1.000 pessoas morreram em Israel e na Faixa de Gaza. Há milhares de pessoas feridas. Os bombardeios continuam nesta segunda-feira (9).
G1
Oficiais de segurança do Irã ajudaram o Hamas a planejar a ofensiva contra Israel do sábado (7), de acordo com o jornal “Wall Street Journal”. Esse foi o mais violento ataque contra o território israelense em 50 anos.
O conflito mais recentes entre Israel e o Hamas entrou em seu segundo dia neste domingo. O balanço mais atual das autoridades locais indica que ao menos 1.120 pessoas morreram, sendo 700 em Israel, 413 na Faixa de Gaza e sete na Cisjordânia. Milhares de pessoas ficaram feridas.
A disputa começou depois que o Hamas realizou neste sábado um ataque-surpresa contra o território israelense. A partir da Faixa Gaza, foram lançados 5 mil foguetes.
Segundo o “Wall Street Journal”, os iranianos também deram autorização para o ataque em um encontro que aconteceu em Beirute, no Líbano, na última segunda-feira.
A reportagem credita a informação a pessoas do Hamas e também do grupo libanês Hezbollah.
Membros da Guarda Revolucionária do Irã começaram a trabalhar com o Hamas em agosto para organizar o ataque do último sábado.
O plano da Guarda Revolucionária seria criar ameaças a Israel em várias frentes: no norte, os israelenses seriam atacados pelo Hezbollah, e no sul e na Cisjordânia, pelo Hamas e pela Frente de Liberação da Palestina
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, fez declarações públicas sobre os ataques. Ele afirmou que o “regime sionista será erradicado pelas mãos do povo palestino e por todas as forças de resistência na região”.
Fonte: G1.
Foto: Ahmad Hasballah/Getty Images.
Este domingo (8/10) marca o segundo dia de conflitos entre Israel e o grupo Hamas. De acordo com o último balanço divulgado, 620 pessoas morreram após o início dos ataques.
Segundo as informações divulgadas na madrugada deste domingo (8/10), 300 pessoas morreram em Israel; 313 na Faixa de Gaza; e 7 na Cisjordânia.
O Ministério da Saúde da Palestina informou que são 1.990 pessoas feridas após o início dos ataques.
Novos ataques a Israel
Neste segundo dia de conflitos, novas explosões foram registradas na Faixa de Gaza. A Reuters reportou que militares israelenses também registraram ataques ao norte de Israel a partir do Líbano.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, em comunicado, que o conflito deve gerar uma “longa e difícil guerra”.
“Começamos a ofensiva, que seguirá sem limitações e descanso até que os objetivos sejam cumpridos”, disse Netanyahu.
Créditos: Metrópoles.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou hoje (7), durante pronunciamento, que dará “toda a ajuda” a Israel. Um bombardeio deixou ao menos 200 mortos e mil pessoas feridas, segundo serviços de emergência israelenses citados pela imprensa local. O grupo islâmico Hamas assumiu a autoria do ataque.
Biden disse que os Estados Unidos vão garantir que os cidadãos israelenses tenham “toda a ajuda que precisarem”. “Os ataques estão matando não só soldados, mas civis nas ruas, nas casas, assassinadas. Famílias inteiras sendo levadas como reféns pelo Hamas”.
Mais cedo, Biden havia publicado em suas redes sociais que conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu para manifestar apoio ao país. “Disse a ele que os EUA seguem apoiando, ao lado de Israel, contra os terroristas. Israel tem o direito de se defender e a sua população também.”
O presidente norte-americano afirmou também que as imagens do ataque são “lamentáveis, com milhares de foguetes sendo lançados em algumas horas”.
O presidente disse que “não há justificativa para os ataques.” “Esse não é o momento para nenhuma parte hostil a Israel tentar levar vantagem sobre o que está acontecendo. O mundo está olhando. Conversei para garantir que Israel tenha tudo que precisar. Orientei para que minha equipe tenha contato com toda a região”, afirmou.
É uma terrível tragédia no nível humano, famílias quebradas por conta da violência. Estamos rezando pelas famílias impactadas pela violência, estamos de luto por aqueles que estão chorando por seus mortos, esperamos que se recuperem logo os feridos. Que não haja nenhuma dúvida: os Estados Unidos seguem ao lado do governo de Israel.
Joe Biden
O comandante militar do Hamas, Mohammad Deif, informou que 5 mil foguetes foram lançados da Faixa de Gaza. Sirenes de alerta de bombardeios soaram no sul e no centro de Israel, inclusive em Jerusalém.
“Vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”, informaram os militares de Israel sobre o ataque de homens armados, que teriam atirado em pedestres.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança. “Estamos em guerra e venceremos”, disse o premiê israelense em pronunciamento publicado nas redes sociais. “O inimigo pagará um preço que nunca conheceu”, afirmou.
Netanyahu acrescentou que também decidiu convocar reservistas e pediu aos cidadãos israelenses que sigam as instruções de segurança.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que o grupo islâmico palestino lançou uma “guerra” contra Israel. “Cometeu um grave erro”, afirmou.
Este é o incidente mais grave desde que Israel e o Hamas travaram uma guerra de 10 dias em 2021. O ataque ocorre no momento em que Israel marca o festival judaico de Simchat Torá, celebrando a conclusão do ciclo anual de leituras públicas da Torá.
O alto comissionário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, disse em comunicado que está “chocado e horrorizado” com os relatos do ataque. “Esse ataque está causando um impacto terrível para a população israelense. Civis não devem ser alvo de ataques”, afirmou o diplomata.
Eu pontuo também que as forças israelenses responderam com ataques na Faixa de Gaza, matando ao menos cinco pessoas, segundo relatos. Eu peço que elas tomem todas as precauções para evitar mais mortes de civis. Peço uma pausa imediata na violência, e apelo que todos os lados envolvidos e países da região evitem mais derramamento de sangue.
Volker Türk, alto comissionário da ONU para Direitos Humanos
O Hezbollah, o movimento libanês pró-Irã, parabenizou o grupo islâmico palestino Hamas por sua “operação heroica em grande escala” contra Israel.
“O Hezbollah felicita o povo palestino e os seus aliados nas Brigadas al-Qasam e no Hamas” por “esta operação heroica em grande escala” e “vitoriosa”, afirmou o partido xiita libanês em um comunicado.
O Hezbollah é um inimigo jurado de Israel e um ator importante na vida política libanesa, que mantém boas relações com o Hamas, o movimento que governa a Faixa de Gaza.
“O comando da resistência islâmica no Líbano […] está em contato direto com o comando da resistência palestina no país e no exterior, e avalia continuamente os desenvolvimentos e a condução das operações”, acrescentou o Hezbollah.
*UOL com informações da AFP, Reuters, Deutschwelle
Foto: Reprodução/UOL
Muhammad Al-Deif, comandante militar do grupo Hamas, convocou um levante geral contra Israel em uma mensagem gravada nesta sábado (7).
“Se você tem uma arma, use-a. Esta é a hora de usá-la – saia com caminhões, carros, machados. Hoje começa a melhor e mais honrosa história.”
O chefe do grupo disse que o ataque a Israel foi uma resposta aos ataques às mulheres, à profanação da mesquita de al-Aqsa e ao cerco a Gaza.
Muhammad apelou aos povos árabes e islâmicos para que viessem à “libertação de al-Aqsa”, a mesquita em Jerusalém.
“‘Tempestade Al-Aqsa”
O Hamas afirma ter disparado 5.000 mísseis contra Israel, segundo mensagem de Muhammad Al-Deif, gravada nesta sábado, anunciando a operação “Tempestade Al-Aqsa”. Ele afirmou que o grupo militante palestino “alvejou as posições inimigas, aeroportos e posições militares com 5.000 foguetes”.
Forças de Defesa de Israel mobilizam soldados e declaram “alerta de estado de guerra”. A Defesa também disse que o Hamas “enfrentará as consequências”.
Vítimas do ataque
Pelo menos 100 pessoas ficaram feridas em Israel nos ataques, segundo dados de dois hospitais.
Pelo menos 80 pessoas com vários graus de ferimentos foram transferidas para o Soroka Medical Center, um importante centro médico na cidade de Be’er Sheva, no sul de Israel, informou o hospital em comunicado.
O Centro Médico Kaplan em Rehovot, uma cidade no centro de Israel, disse que está tratando pelo menos 21 pessoas feridas no sábado, incluindo duas em estado grave, quatro em estado moderado e 15 com ferimentos leves.
Alguns dos feridos sofreram ferimentos de bala. Outros foram feridos por estilhaços, disse o Centro Médico Kaplan.
Créditos: CNN.
Incidente ocorreu às 1h25 da manhã deste sábado (16). Palácio atualmente está em obras, e rei Charles III estava na Escócia.
Uma raposa passa correndo pelo Palácio de Buckingham no primeiro aniversário da morte da Rainha Elizabeth II, em Londres, em foto de 8 de setembro de 2023. — Foto: REUTERS/Hollie Adams/File Photo
A polícia de Londres prendeu um homem de 25 anos neste sábado (16), depois de ele ter sido visto escalando os Estábulos Reais adjacentes ao Palácio de Buckingham, no Reino Unido.
Os agentes de segurança foram alertados à 1h25 da manhã no horário local após relatos de que o homem estava invadindo o edifício, que faz parte dos jardins do Palácio.
A polícia informou ainda que o homem foi detido do lado de fora do prédio, onde é administrada toda a organização de viagens terrestres do Rei Charles III e de outros membros da família real britânica.
O Palácio de Buckingham, que tem cerca de 300 anos, atualmente está em obras, e, na ocasião do incidente, o monarca britânico estava na Escócia.
Informações G1