A ditadura da Nicarágua proibiu duas procissões católicas e a comemoração do 453º aniversário da tradução da Bíblia para o espanhol. As paróquias dedicadas a São Miguel Arcanjo, em Manágua, e São Francisco de Assis, em Camoapa, informaram que não poderão celebrar as procissões.
“Recebemos uma notificação das autoridades policiais de que não é permitido realizar nenhuma atividade fora da paróquia”, explicou a Paróquia de São Miguel Arcanjo, em Manágua, no Facebook. A Igreja Católica da Nicarágua passou a usar a rede social como meio de comunicação, depois do fechamento de pelo menos nove emissoras de rádio e três emissoras de televisão.
Na sexta-feira 23, estava prevista uma procissão. “Foi suspensa, e tudo será realizado no interior da igreja paroquial”, informou a paróquia. O Conselho Paroquial do Templo de São Francisco de Assis, em Camoapa, relatou que uma situação semelhante ocorreu em Manágua.
O Conselho Nacional de Pastores Evangélicos de Nagarote, uma das cidades na mira da ditadura, advertiu sobre a proibição da celebração dedicada à tradução da Bíblia. “Por ordem das autoridades civis, o 453º aniversário da tradução da Bíblia para o espanhol não será celebrado”, disseram os pastores. “Eles afirmaram que o motivo é a segurança dos participantes.”
“Convidamos cada um de vocês a realizar suas celebrações em seus templos, elevar orações a Deus, para que possamos viver tranquila e pacificamente”, acrescentou o conselho. Tanto os líderes católicos quanto os evangélicos decidiram acatar as proibições oficiais e recomendaram aos fiéis que realizassem suas atividades dentro dos templos.
O leitor pode ler uma reportagem sobre a perseguição de cristãos na Nicarágua ao clicar neste link.
Informações Revista Oeste
Meghan Markle foi chamada de “sociopata narcisista” pelos funcionários da família real britânica. O apelido nada lisonjeiro aparece no livro Courtiers: The Hidden Power Behind the Crown, de Valentine Low, correspondente real do Times, e se refere ao tempo que a duquesa ficou no palácio.
Trechos da publicação, revelados pelos sites New York Post e Page Six, descrevem como difícil o comportamento da duquesa de Sussex no período em que viveu no Reino Unido, desde seu casamento com o príncipe Harry, 39, em 2018, até o casal deixar oficialmente as obrigações reais, em 2020.
“Todo mundo sabia que a instituição seria julgada pela felicidade dela. O erro que eles cometeram foi pensar que ela queria ser feliz”, disse um ex-funcionário, segundo trecho do livro. “Ela queria ser rejeitada porque estava obcecada com essa narrativa desde o primeiro dia.”
Para os ex-funcionários, que se autodenominam “Clube dos Sobreviventes de Sussex”, em referência ao que passaram durante o período em que serviram Meghan, ela já planejava deixar a realeza desde o início de seu casamento com Harry e teria feito isso de forma calculada.
Informações TBN
A líder Giorgia Meloni, cujo partido Irmãos da Itália (Fratelli d’Italia) conquistou uma grande vitória nas eleições legislativas de domingo, reivindicou o papel como futura chefe de Governo e prometeu trabalhar para todos os italianos.
Em seu primeiro discurso após o triunfo histórico, a líder do Fratelli d’Italia celebrou o resultado sem precedentes obtido e tentou tranquilizar os eleitores que não votaram em seu partido.
“Não somos um ponto chegada, e sim de partida (…) A Itália nos escolheu e não vamos traí-la (…) governaremos para todos”, disse.
A extrema-direita conquistou no domingo a terceira maior economia da União Europeia (UE), que pela primeira vez desde 1945 será governada por um líder pós-fascista.
A formação de Meloni, que procede da tradição neofascista, se consolidou como a maior força do país, passando de modestos 4,3% obtidos há quatro anos para 22-26%, um resultado sem precedentes, de acordo com os resultados de boca de urna. “Os italianos enviaram uma mensagem clara de apoio a um governo de direita liderado pelo Irmãos da Itália”, disse.
O partido supera com folga os aliados da extrema-direita da Liga de Matteo Salvini (8,5-12,5%) e do Força Itália (6-8%) do magnata conservador Silvio Berlusconi.
Pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, um partido neofascista vai governar a Itália, graças ao fato de ter se apresentado com uma coalizão de direita que obteria no total entre 36,5% e 46,5% dos votos.
“Temos uma vantagem clara, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado”, comemorou Salvini no Twitter.
O Partido Democrático (PD), principal formação de esquerda, não conseguiu mobilizar o eleitorado para frear o avanço da extrema-direita, e precisou se conformar com uma cifra que oscila entre 17% e 21%.
O antissistema do Movimento 5 Estrelas (M5E) obteve entre 13,5% e 17,5% dos votos, abaixo da marca histórica de mais de 30% alcançada em 2018, porém acima do que apontavam as pesquisas de opinião.
A ascensão vertiginosa de Giorgia Meloni se deve em grande parte ao fato de ela ter sido a única que se opôs ao governo do economista Mario Draghi por 18 meses, o que a favoreceu em recolher o descontentamento dos italianos diante da inflação, guerra e restrições durante a pandemia.
Fundada no fim de 2012 com ex-apoiadores de Berlusconi e figuras da direita neofascista, a formação superou o Partido Democrático (PD), de Enrico Letta, que estabeleceu apenas com uma aliança com um pequeno setor da esquerda ambientalista.
A líder pós-fascista, 45 anos, admiradora durante sua juventude de Benito Mussolini e conhecida por sua linguagem direta e eficaz desde seus anos como líder estudantil em Roma, também pode se tornar a primeira mulher a assumir o posto de chefe de Governo na Itália.
Juntamente com seus aliados, ela promete cortes de impostos e o bloqueio dos imigrantes que cruzam o Mediterrâneo, além de uma política familiar ambiciosa para aumentar a taxa de natalidade em um dos países com mais idosos no mundo.
A vitória de uma líder antieuropa e nacionalista levanta muitas questões no continente e muda a face da Itália, uma vez que colocaria em questão sua posição sobre a União Europeia, pois Giorgia defende a revisão de seus tratados e até a sua substituição por uma “confederação de Estados soberanos”.
A representante do pós-fascismo, que não tem medo de defender uma direita pura e dura, identifica-se com o lema “Deus, pátria e família” e promete lutar contra os grupos de pressão gay e as “teorias de gênero”.
“Giorgia Meloni mostrou o caminho para uma Europa orgulhosa, livre e de nações soberanas, capaz de cooperar para a segurança e prosperidade de todos”, reagiu no Twitter o espanhol Santiago Abascal, do ultraconservador Vox.
A vencedora das eleições se converte em figura-chave para um eixo radical de direitas na Europa, que passa por Suécia, Polônia e Hungria.
“Precisamos mais do que nunca de amigos que compartilhem uma visão e uma abordagem comuns da Europa”, reagiu um porta-voz do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.
O governo que sair das eleições tomará posse no fim de outubro e terá um caminho cheio de obstáculos e sem muita margem de manobra. Terá que administrar a crise causada pela inflação galopante, enquanto a Itália já está em colapso sob uma dívida que representa 150% do PIB, a mais elevada da zona do euro, atrás da Grécia.
Informações Acesse Política
A ministra de Meio Ambiente da Suíça, Simonetta Sommaruga, encontrou uma solução inusitada para economizar energia elétrica no país: tomar banho com mais pessoas. O consumo precisa cair 15% no próximo inverno, para evitar cortes de energia em território suíço.
Em entrevista ao jornal 20 minuten, Sommaruga deu três sugestões aos cidadãos: desligar os computadores quando não precisam usar, apagar as luzes ou tomar banho juntos.
Depois de as sugestões terem virado motivo de piada nas redes sociais, a ministra deu uma entrevista ao jornal Tages-Anzeiger e disse que as dicas eram destinadas aos jovens. Ela reconheceu que, depois de uma certa idade, tomar banho com outra pessoa não é conveniente.
As autoridades suíças informaram, em agosto, que pretendem reduzir o consumo de energia em 15%, de outubro de 2022 até março de 2023, em comparação com o consumo médio dos últimos cinco anos. O país importa 75% de seu gás da Alemanha, e a crise no Leste Europeu impulsionou os preços da energia elétrica e dos combustíveis.
Neste ano, as autoridades suíças iniciaram uma campanha intitulada “A energia é limitada. Não vamos desperdiçá-la”. O governo pediu às pessoas que ajudem a garantir que o país evite uma escassez de energia antes do inverno. Caso a situação não melhore e haja escassez, o Conselho Federal Suíço poderá estabelecer “restrições de consumo, proibições e sistemas de cotas”.
Créditos: Revista Oeste.
O aumento da temperatura na Nicarágua fez com que a ONG Portas Abertas, que mapeia a perseguição a cristãos no mundo, inserisse o país na lista de nações em observação — uma etapa antes de entrar para a Lista Mundial da Perseguição, que elenca 50 países onde a perseguição é mais acentuada. “A igreja, que tradicionalmente se opõe a regimes de força, tornou-se alvo do regime por acolher os manifestantes”, constatou Marco Cruz, presidente da Portas Abertas.
Nas redes sociais, internautas fizeram um paralelo com as manifestações no Chile, em 2020, quando extremistas de esquerda queimaram duas igrejas católicas na capital, Santiago. Francisco Borba, professor universitário e coordenador de projetos do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP, afirma que, embora pareçam semelhantes à primeira vista, as situações são distintas, visto que, na Nicarágua, a queda de braço entre Igreja e governo ocorre há algum tempo. “Muitas pessoas que estavam na manifestação do Chile nem sequer sabiam o que estavam fazendo lá”, disse o especialista, ao mencionar que o país não tem histórico acentuado de perseguição. “Na Nicarágua, a indisposição do governo com os cristãos é mais clara e ocorre há mais tempo. Os dois lados sabem o que um pensa sobre o outro.”
Informações Revista Oeste
O governador republicano do Tennessee, Bill Lee, pediu a abertura de uma investigação sobre uma clínica de transição de gênero que inicia a castração química de “pacientes” a partir de 13 anos de idade.
Vídeos obtidos pelo comentarista político Matt Walsh mostram como os funcionários da Clínica Pediátrica de Transgêneros do Vanderbilt University Medical Center (VUMC) eram ameaçados por cogitar a hipótese de não seguir os procedimentos.
“A clínica pediátrica de transgêneros levanta sérias preocupações morais, éticas e legais”, disse Lee, ao portal The Daily Wire. “Não devemos permitir decisões permanentes que alterem a vida, prejudiquem as crianças e suprimam as liberdades religiosas, tudo com objetivo de ganho financeiro. Isso merece uma investigação completa.”
Em um dos vídeos compartilhados por Walsh, a médico Shayne Sebold Taylor, da clínica pediátrica de transgênero, admitiu: “Essas cirurgias são trabalhosas, exigem muito acompanhamento, exigem muito de nosso tempo e dão dinheiro”, salientou. “Elas dão dinheiro para o hospital.”
O centro médico oferece tratamentos transgêneros a menores. Um vídeo do canal Vanderbilt Psychiatry, no YouTube, revela que o hospital “admite explicitamente que darão e deram drogas hormonais irreversíveis para crianças a partir de 13 anos”, disse Walsh.
Na quarta-feira 21, a clínica divulgou um comunicado no qual diz ser vítima de postagens que “deturpam os fatos”. “Estamos e continuaremos comprometidos em fornecer cuidados centrados na família a todos os adolescentes em conformidade com a lei estadual e de acordo com os padrões de prática profissional e as orientações estabelecidas pelas sociedades de especialidades médicas”, informou a companhia.
A clínica informou ainda que “exige o consentimento dos pais para tratar um paciente menor” e “nunca recusa o envolvimento dos pais no cuidado de jovens transgêneros menores de 18 anos”.
Informações Revista Oeste
Apesar da idade, alimento recém-encontrado não é o mais antigo do mundo
Uma equipe de arqueólogos que trabalha em Gizé, a terceira maior cidade do Egito, descobriu grandes blocos de queijo tipo Halloumi, bastante popular nas culturas do Mediterrâneo Oriental. O alimento foi abandonado há 2,6 mil anos e encontrado com uma série de outros artefatos.
Os pesquisadores egípcios encontraram a relíquia durante uma expedição promovida pelo Ministério de Antiguidades no sítio arqueológico de Saqqara. Segundo a equipe, o queijo estava dentro de grandes vasos de barro e provavelmente data do final das 26ª e 27ª dinastias egípcias (664-404 a.C.)
Produzido com uma mistura dos leites de cabra e ovelha, o Halloumi apresenta uma textura emborrachada e aspecto de queijo branco. Fora do Antigo Egito, o alimento foi descoberto pela primeira vez em meados do século 16, por viajantes italianos.
Apesar da longa idade, o queijo recém-encontrado não recebeu o título de mais antigo do mundo. O prêmio, na verdade, pertence a um bloco de 3,2 mil anos descoberto em 2018 por arqueólogos da Universidade do Cairo, no Egito.
Segundo a Enciclopédia Britânica, a fabricação de queijo provavelmente se originou logo depois que os humanos tomaram leite de animais selvagens ou domesticados. Já a Bíblia se refere ao “queijo do rebanho” que foi entregue ao rei Davi mil anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Os antigos gregos e romanos também conheciam e valorizavam o alimento, assim como os primeiros povos do norte da Europa.
Informações Revista Oeste
A Missão de Investigação Internacional Independente da ONU sobre a República Bolivariana da Venezuela (FFMV) publicou nesta terça-feira (20) seu terceiro relatório anual no qual denuncia os crimes contra a humanidade cometidos pelos serviços de inteligência que respondem ao ditador Nicolás Maduro.
As agências de inteligência do Estado militar e civil da Venezuela funcionam como estruturas bem coordenadas e eficazes na implementação de um plano orquestrado nos mais altos níveis do governo para reprimir a dissidência por meio de crimes contra a humanidade, constata um relatório da ONU divulgado hoje.
Neste relatório, a Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos da ONU sobre a República Bolivariana da Venezuela (FFMV) detalha os papéis e contribuições de vários indivíduos em diferentes níveis das cadeias de comando dentro dessas agências e insta as autoridades a investigar suas responsabilidades e processar adequadamente .
“Nossas investigações e análises mostram que o Estado venezuelano conta com os serviços de inteligência e seus agentes para reprimir a dissidência no país. Ao fazer isso, crimes graves e violações de direitos humanos estão sendo cometidos, incluindo atos de tortura e violência sexual. Essas práticas devem parar imediatamente e os responsáveis devem ser investigados e processados de acordo com a lei”, disse Marta Valiñas, presidente da ONU FFMV.
Em um relatório separado, a FFMV destaca ainda a situação no estado de Bolívar, no sul do país, onde atores estatais e não estatais cometeram uma série de violações e crimes contra populações locais em áreas de mineração de ouro.
A Missão baseou suas conclusões em ambos os relatórios em 246 entrevistas confidenciais, tanto pessoalmente quanto remotamente, por meio de conexões seguras de telefone ou vídeo, inclusive com vítimas, seus familiares e ex-funcionários dos serviços de segurança e inteligência. Além disso, analisou processos e outros documentos legais. Devido à contínua falta de acesso ao território venezuelano desde sua criação em 2019, a Missão realizou visitas a áreas ao longo das fronteiras do país.
“A Venezuela ainda enfrenta uma profunda crise de direitos humanos, e nossos relatórios de hoje destacam apenas dois aspectos dessa situação. Instamos a comunidade internacional a continuar a acompanhar de perto os desenvolvimentos na Venezuela e a monitorar se estão sendo feitos progressos críveis no avanço da justiça, prestação de contas e respeito aos direitos humanos”, disse Valiñas.
Repressão direcionada por agências de inteligência do Estado
Em seu relatório anterior, a Missão destacou o papel dos dois serviços de inteligência militar e civil do Estado — respectivamente, a Direção Geral de Contra-inteligência Militar (DGCIM) e o Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN) — no cometimento de violações de direitos humanos desde 2014, no contexto de visar oponentes reais ou percebidos do governo. A Missão determinou que algumas dessas violações constituem crimes contra a humanidade.
O relatório atual fornece uma compreensão mais detalhada do papel de indivíduos em diferentes níveis nas cadeias de comando de ambas as agências na implementação de um plano orquestrado pelo presidente Nicolás Maduro e outros indivíduos de alto nível para reprimir a oposição ao governo, inclusive por meio de a prática de actos de tortura extremamente graves que constituem crimes contra a humanidade.
A Missão documentou 122 casos de vítimas que foram submetidas a tortura, violência sexual e/ou outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes perpetrados por agentes da DGCIM. A tortura foi realizada na sede da Boleíta, em Caracas, e em uma rede de centros de detenção clandestinos em todo o país.
O SEBIN torturou ou maltratou detidos – incluindo políticos da oposição, jornalistas, manifestantes e defensores dos direitos humanos – principalmente no centro de detenção El Helicoide, em Caracas. A Missão investigou pelo menos 51 casos desde 2014. O relatório detalha como as ordens foram dadas por indivíduos nos mais altos níveis políticos a funcionários de baixo escalão.
Tanto a SEBIN quanto a DGCIM fizeram uso extensivo de violência sexual e de gênero para torturar e humilhar seus detidos.
As autoridades venezuelanas não conseguiram responsabilizar os perpetradores e reparar as vítimas em um contexto em que as reformas judiciais anunciadas a partir de 2021 não conseguiram resolver a falta de independência e imparcialidade do sistema de justiça. Violações e crimes cometidos pela SEBIN e DGCIM continuam até hoje. As mesmas estruturas, dinâmicas e práticas permanecem em vigor, enquanto os funcionários relevantes continuam a trabalhar para as agências e, em alguns casos, até foram promovidos. A análise da Missão também detalha como esses esforços foram colocados em ação pelo presidente Maduro e outras autoridades de alto nível como parte de um plano deliberado do governo para reprimir críticas e oposição.
“As violações dos direitos humanos por parte das agências de inteligência do Estado, orquestradas nos mais altos níveis políticos, ocorreram em um clima de quase total impunidade. A comunidade internacional deve fazer tudo para garantir que os direitos das vítimas à justiça e reparação sejam garantidos”, disse Francisco Cox, Membro da Missão FFMV.
Abusos e violações de direitos humanos na região de mineração de ouro do Arco Minero
Enfrentando uma crise na indústria nacional de petróleo, em 2016 o governo venezuelano estabeleceu o Arco Minero del Orinoco como uma “Zona Nacional de Desenvolvimento Estratégico” para formalizar e ampliar seu controle sobre a mineração de ouro e outros recursos estratégicos, principalmente no estado sulista de Bolívar. Desde então, a área tornou-se fortemente militarizada, enquanto grupos criminosos armados continuam operando abertamente, controlando minas e populações.
O relatório da FFMV documenta como atores estatais e não estatais têm cometido violações de direitos humanos e crimes contra a população local na luta pelo controle das áreas de mineração. Estes incluem privação ilegal da vida, desaparecimentos, extorsão, punição corporal e violência sexual e de gênero. As autoridades não apenas falharam em prevenir e investigar tais abusos, mas a Missão recebeu informações indicando conluio entre o Estado e os atores da NSA em partes do estado de Bolívar.
No município de Gran Sabana, no sul do estado, a Missão documentou em profundidade vários casos em que as forças do Estado atacaram populações indígenas, cometendo uma série de violações. Isso inclui confrontos após a tentativa da oposição de transferir ajuda humanitária do Brasil para a Gran Sabana em 2019, quando forças estatais cometeram privações arbitrárias de vida e submeteram indígenas à tortura.
“A situação no estado de Bolívar e em outras áreas de mineração é profundamente preocupante. As populações locais, incluindo os indígenas, são apanhadas na violenta batalha entre o Estado e grupos criminosos armados pelo controle do ouro. Nosso relatório destaca a necessidade de uma investigação mais aprofundada desta região que é, paradoxalmente, uma área quase esquecida do país que ao mesmo tempo gera grandes quantidades de riquezas lícitas e ilícitas de minerais”, disse Patricia Tappatá Valdez, membro da FFMV .
Nota aos editores
Em setembro de 2019, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas estabeleceu a Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a República Bolivariana da Venezuela (FFMV) por meio da resolução 42/25 por um ano para avaliar supostas violações de direitos humanos cometidas desde 2014. Em outubro de 2020, o O Conselho de Direitos Humanos prorrogou o mandato do FFMV por mais dois anos, até setembro de 2022, por meio de sua resolução 45/20.
Em setembro de 2020, a Missão apresentou seu primeiro relatório detalhando casos de execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias, tortura e tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, incluindo violência sexual e de gênero, cometidos por atores estatais venezuelanos desde 2014. Em Em seu segundo relatório, apresentado em setembro de 2021, a FFMV concentrou sua investigação na resposta do sistema de justiça às violações de direitos humanos e crimes documentados pela Missão.
Dois temas foram o foco do terceiro relatório da FFMV:
(a) Crimes contra a humanidade cometidos por meio dos serviços de inteligência do Estado: estruturas e indivíduos envolvidos na implementação do plano de repressão à oposição ao Governo, e (b) A situação dos direitos humanos na região do Arco Minero del Orinoco e outras áreas do Estado Bolívar.
As resoluções do Conselho de Direitos Humanos instaram as autoridades venezuelanas a cooperar plenamente com a Missão, a conceder-lhe acesso imediato, pleno e irrestrito ao país e a fornecer-lhe todas as informações necessárias ao cumprimento de seu mandato. Três anos depois de seu mandato, o governo venezuelano ainda não permitiu que membros da FFMV visitassem o país nem respondeu a nenhuma das nove cartas que a Missão enviou entre setembro de 2021 e setembro de 2022.
A Missão apresentará as conclusões e recomendações do relatório de 2022 ao Conselho em uma sessão de diálogo interativo em 26 de setembro de 2022.
Informações TBN
Os eventos do ritual de sepultamento da Rainha Elizabeth II e proclamação do Rei Charles III têm exposto os problemas envolvendo a família real. Após o monarca ter proibido Meghan Markle de acompanhar Harry na última visita à avó, agora ele desconvidou o casal para um jantar neste domingo (18).
Rei Charles e a rainha consorte Camilla Parker vão receber líderes mundiais no Palácio de Buckingham, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o da França, Emmanuel Macron. No entanto, Harry e Meghan ficaram sabendo pela imprensa que o convite – feito a eles no início da semana – foi retirado.
De acordo com o jornal “The Telegraph”, a equipe da Família Real Britânica insiste que apenas “para a realeza que trabalha”. “Os assessores do palácio continuaram insistindo que [os dois] não foram convidados e não se esperava que aparecessem”, disse uma fonte do jornal.
Isto porque Harry e Meghan Markle abriram mão dos deveres de membros da realeza em janeiro de 2020 e optaram por deixar o Reino Unido e viver nos Estados Unidos. Juntos, eles são pais de Archie e Lilibet.
Na última quarta-feira (14), Meghan Markle e Kate Middleton chegaram em carros separados à Westminster Hall, em Londres, na Inglaterra, para o velório da Rainha Elizabeth II.
Kate Middleton foi ao velório na companhia da rainha consorte, Camilla, esposa do atual Rei após ganhar fama de amante no passado.
Informações TBN
Vídeo mostra o Presidente Jair Bolsonaro, ao lado de sua esposa Michelle, tendo dificuldade para entrar em seu carro na manhã deste domingo (18) em Londres, sendo a verdadeira atração na capital hoje. Veja o vídeo a seguir: