Foto: Emile Ducke/The New York Times – 26/2/2023.
Documentos do Pentágono vazados nas redes sociais dariam uma ideia da extensão da penetração dos Estados Unidos nos serviços de inteligência da Rússia e sua capacidade de alertar a Ucrânia sobre os planos de Moscou e sua maquinaria de guerra. A revelação foi feita pelo jornal The New York Times neste sábado (8).
Os documentos, datados de final de fevereiro e início de março, falam sobre um exército russo esgotado após um ano de guerra contra a Ucrânia e um aparato militar profundamente comprometido. No entanto, também mostram que os EUA parecem estar espionando os principais militares e políticos da Ucrânia para obter informações sobre suas estratégias de combate.
O NYT noticiou o vazamento dos documentos, agora investigado pelo FBI, detalhando os planos dos EUA e Otan para reforçar a ofensiva da Ucrânia na guerra contra a Rússia. Eles continham tabelas de futuras entregas de armas, dados sobre o efetivo de tropas e batalhões, bem como planos militares.
O Pentágono afirmou que está “analisando” a publicação dos documentos vazados nas redes sociais Twitter e Telegram, e ainda no site de imagens 4chan, com informações sobre Ucrânia, Oriente Médio e China.
As autoridades americanas destacaram que os documentos oferecem pistas sobre os métodos dos EUA para coletar informações sobre os planos russos, mas ainda não sabem se alguma de suas fontes de informação será cortada como resultado do vazamento.
A divulgação dos documentos complicou as relações com os países aliados e levantou questões sobre a capacidade dos Estados Unidos de manter seus segredos. O vazamento também pode afetar as relações diplomáticas com outros países, pois os documentos deixam claro que os EUA não estão apenas espionando a Rússia, mas também seus aliados, ainda segundo o jornal norte-americano.
Um alto funcionário dos EUA disse ao jornal que o Pentágono instituiu procedimentos nos últimos dias para “bloquear” a distribuição de documentos de informação altamente confidenciais.
Créditos: Gazeta do Povo.
Levantamento foi realizado durante todo o mês de março e concluído antes da acusação contra o ex-presidente Donald Trump
Foto: istoé
Pesquisa CNN: somente um terço dos americanos diz que Biden merece ser reeleito em 2024
Apenas um terço dos americanos diz que o presidente Joe Biden merece ser reeleito, de acordo com uma nova pesquisa da CNN conduzida pelo SSRS. Entre os membros do partido democrata, a maioria prefere ver outra pessoa como candidata à Presidência no ano que vem.
A pesquisa foi realizada durante todo o mês de março, outra pesquisa da CNN, divulgada na segunda-feira (3), realizada após a acusação de Trump, sugeriu que isso teve pouco efeito nas opiniões sobre o republicano.
levantamento de março sugere que, pouco antes da acusação, o aumento nas intenções de voto em Biden, que parecia ter sido desencadeado por democratas superando as expectativas nas eleições de meio de mandato de 2022, estagnou.
A pesquisa mostra que o índice de aprovação de Biden é de 42% no geral, com 57% de desaprovação. Em janeiro, 45% aprovavam e 55% reprovavam. Essa mudança está dentro da margem de erro da pesquisa e não é estatisticamente significativa.
Em questões importantes, os números de Biden também estão estagnados. Seus índices de aprovação para lidar com imigração (35% aprovam), economia (37%) e política de armas (37%) caem significativamente abaixo de seu índice geral de aprovação.
Sobre segurança nacional (44% aprovam) e o relacionamento dos EUA com a China (40% aprovam), esses números são quase os mesmos de seu índice geral de aprovação. A única questão em que Biden supera significativamente sua posição geral é a política ambiental e, mesmo aí, a maioria desaprova (46% aprovam, 52% desaprovam).
A pesquisa também descobriu que as opiniões negativas sobre Biden persistem em vários atributos pessoais, com a maioria dizendo que ele não tem resistência e perspicácia para servir efetivamente como presidente (67%), não inspira confiança (65%), não é honesto e confiável (54%) e outros 54% acham que ele não se importa com pessoas como eles.
Informações TBN
Ele já foi indiciado no processo criminal, agora, o ex-presidente dos EUA deve ouvir quais são as acusações que vai enfrentar. No fim do dia, está programado um discurso na Flórida.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump vai se apresentar a uma corte de Justiça na cidade de Nova York nesta terça-feira (4) como parte de um processo criminal no qual ele é acusado de disfarçar registros contáveis para esconder um pagamento de US$ 130 mil dólares para uma atriz pornô (leia mais sobre o caso abaixo).
Ele já foi indiciado (formalmente acusado) no processo criminal, e nesta terça-feira, espera-se que as seguintes etapas sejam cumpridas:
O ex-presidente dos Estados Unidos já está na cidade de Nova York. Ele viajou na segunda-feira da Flórida, onde ele vive, para se apresentar à Justiça. A expectativa é que Trump se entregue voluntariamente.
Os dois lados (a promotoria, que acusa Trump, e a defesa do ex-presidente) já fizeram alguns acordos para que os protocolos na Justiça sejam cumpridos
Donald Trump chega à Trump tower em Manhattan — Foto: Reuters/Jeenah Moon
A Justiça pode fazer pequenas adaptações no protocolo porque o acusado é um ex-presidente dos EUA. O padrão, nessas situações, é que o acusado esteja algemado, mas dada a circunstância de Trump (e pelo fato de ele não representar um perigo físico aos presentes na corte), pode ser que ele fique com as mãos livres.
O ex-presidente será incluído no sistema da Justiça como acusado: ele será fotografado (nos EUA, essas fotos são conhecidas como “mugshots”), e suas digitais serão registradas.
Segundo o jornal “Washington Post”, espera-se que Trump ouça as acusações às 14h15 de Nova York (15h15 de São Paulo).
Oficialmente, ainda não se sabe quais são as acusações que a promotoria vai apresentar. Será nesse momento que isso se tornará público.
O momento da acusação é, geralmente, a primeira vez que um acusado aparece no tribunal depois do indiciamento.
O juiz que vai dizer a Trump quais são as acusações contra ele e também vai aconselhar o ex-presidente sobre o direito de ir a julgamento.
Trump então terá a chance de fazer uma confissão de culpa (ao menos esse é o padrão para os acusados).
Montagem mostra Stormy Daniels e Donald Trump — Foto: Ethan Miller, Olivier Douliery/AFP
Espera-se que Trump deixe o tribunal depois disso. Não se sabe exatamente quais são as acusações contra ele, mas a expectativa é que nenhuma delas se enquadre nos crimes que exigem que o acusado tenha que ficar preso enquanto aguarda as etapas seguintes do processo.
O ex-presidente dos EUA já até mesmo marcou uma entrevista coletiva na noite desta terça-feira em sua residência na Flórida.
A expectativa é que, nesse momento, ele esteja acompanhado de apoiadores. Trump é um pré-candidato à presidência dos EUA pelo Partido Republicano, e o processo criminal vai ser um tema da temporada de eleições.
Por enquanto, Trump foi apenas indiciado. Na Justiça dos EUA, isso significa que uma pessoa foi acusada formalmente de um crime por um grande júri ou por um promotor público. O indiciamento é o resultado de uma investigação policial ou do FBI que reuniu evidências suficientes para sustentar a acusação. Ser indiciado não significa que a pessoa é culpada, mas apenas que há motivos para levá-la a julgamento.
Os detalhes das acusações ainda não foram divulgados, mas o caso em questão tem relação com um suposto pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 682 mil, na cotação atual) feito por Trump à atriz Stormy Daniels nas semanas prévias às eleições de 2016, para que ela se mantivesse em silêncio sobre um suposto relacionamento extraconjugal que tiveram anos antes. Ele foi eleito naquele ano.
O pagamento em si não seria ilegal, mas, na prática, o dinheiro foi justificado como honorário advocatício para um dos advogados de Trump, Michael Cohen —é essa tentativa de esconder a natureza do pagamento que pode ser considerada criminosa. Os promotores afirmam que foi uma falsificação de registro comercial.
Além disso, o pagamento indireto também seria uma tentativa de esconder uma relação dos eleitores, afirmam os promotores.
A principal testemunha do caso é justamente Cohen. Foi ele quem pagou o dinheiro para que Stormy Daniels ficasse em silêncio — de acordo com o advogado isso foi feito por ordens do próprio Trump.
Os registros desse pagamento foram feitos por uma das empresas do ex-presidente, a Trump Organization. Só que, no balanço, a companhia afirma que o dinheiro foi gasto em despesas legais.
Informações G1
O Fundo Monetário Internacional (FMI) concedeu um empréstimo de quase US$ 5,5 bilhões à Argentina, na sexta-feira 31. Em contrapartida, o órgão cobrou “medidas econômicas mais duras” para o país vencer a inflação de quase 100% ao ano, além de reduzir os níveis de pobreza e de desemprego.
Gita Gopinath, vice-diretora administrativa do FMI, levou em conta a situação dos hermanos, contudo, disse que “será necessário um pacote político mais robusto para salvaguardar a estabilidade e manter o papel de âncora do programa”. A vice-diretora advertiu para o cumprimento da meta de déficit fiscal de 1,9% do Produto Interno Bruno neste ano, vista como “importante”.
O país ainda não quitou a dívida de US$ 45 bilhões com o FMI. O valor foi obtido durante o governo Mauricio Macri, em 2018, na tentativa de tirar o país da situação econômica quase falimentar.
Sob o comando dos peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner, a pobreza na Argentina alcançou quase 40% em 2022 (cerca de 20 milhões de pessoas). Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), na quinta-feira 30. O órgão portenho equivale ao nosso IBGE.
Conforme o Indec, a taxa de extrema pobreza ficou em pouco mais de 8% — quase 4 milhões de pessoas —, uma queda de 0,7 pontos porcentuais em relação ao primeiro semestre do ano passado. A quantidade, porém, deve aumentar, de acordo com as projeções do órgão.
Os números são um claro sinal de que a inflação de aproximadamente 100% está impactando a sociedade e a economia da Argentina, que deve entrar em recessão em 2023. Neste ano, o povo vai às urnas escolher um novo governo.
Informações Revista Oeste
Os vistos de não imigrantes que não necessitam de petição — ou seja, o apoio ou “patrocínio” de empresas ou indivíduos — como é o caso dos vistos de turistas (B1/B2) ficarão mais caros a partir de 30 de maio, anunciou o Departamento de Estado dos EUA nesta terça (28).
A taxa cobrada para a emissão do documento passará de US$ 160 (R$ 822,30) a US$ 185 (R$ 950,75), um aumento de cerca de 15,6%. No entanto, o valor final ainda é consideravelmente menor do que o sugerido pelo órgão em dezembro: US$ 245 ou R$ 1.259,10.
O último reajuste dos valores havia sido feito em 2012, embora parte da lista de vistos afetados pela atual tabela tenha sofrido alterações em 2014, segundo informações do jornal El País.
Os vistos de turista não foram os únicos que ganharam novos valores — os valores mudam também para intercambistas, viajantes a negócios, trabalhadores temporários, entre outros.
Os custos de candidaturas a vistos de classe H, L, O, P, Q, e R subirão de US$ 190 (R$ 976,45) a US$ 205 (R$ 1.053,55) um aumento de 7,9%. Já os BCCs (Cartão de Cruzamento de Fronteira, expedido para cidadãos mexicanos a partir de 15 anos) irão de US$ 160 (R$ 822,30) a US$ 185 (R$ 950,75) assim como os vistos de turistas — uma correção de 15,6%.
As taxas para a categoria E passarão de US$ 205 (R$ 1.053,55) para US$ 315 (R$ 1.618,85), uma variação de 53,7%. Anteriormente o procedimento que sofreria o maior aumento, a emissão de dispensa de visto de visitante de intercâmbio para dois anos de residência será mantida em US$ 120 (R$ 616,70) temporariamente. O reajuste foi adiado.
Informações mais detalhadas também podem ser encontradas no site do Departamento de Estado, no Bureau of Consular Affairs.
Segundo o relatório disponibilizado no Federal Register com os detalhes das correções de valores, os custos são atualizados para cobrir os serviços consulares oferecidos, já que os valores atuais não estariam cobrindo a alta demanda pelos documentos.
O governo do presidente Joe Biden, após uma consulta aberta ao público que durou 60 dias (até 28 de fevereiro), revelou ter recebido questionamentos a respeito do impacto da alta dos vistos no turismo e, principalmente, na comunidade de estudantes internacionais.
Estas queixas resultaram nos aumentos mais modestos do que o previsto no fim de 2022. No entanto, o Departamento de Estado frisou que não acredita que as taxas que serão aplicadas a partir de 30 de maio impedirão que turistas e outros visitantes se candidatem para entrar no país.
Informações Nossa UOL
Ex-presidente responde por caso no qual, segundo promotores, pagou atriz pornô para ocultar relação extraconjugal com ela no ano de sua eleição.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi indiciado nesta terça-feira (21) pelo caso envolvendo a atriz pornô Stormy Daniels. A decisão deve ser anunciada pela promotoria nos próximos dias, segundo o jornal “The New York Times”.
O Ministério Público de Nova York já entrou em contato com os advogados de Trump para que o ex-presidente se entregue. Os defensores de Trump afirmaram à rede NBC que esperam que isso aconteça no começo da semana que vem.
É a primeira vez na história que um ex-presidente dos EUA é indiciado na Justiça.
Trump publicou uma declaração após a notícia do indiciamento na qual afirmou que é vítima de uma perseguição. Veja um trecho da declaração dele:
“Isto é perseguição política e interferência eleitoral no mais alto nível da história. Desde o momento em que desci a escada rolante dourada da Trump Tower, mesmo antes de ser empossado como presidente dos EUA, os democratas da esquerda radical se envolveram em uma caça às bruxas para destruir o movimento Make America Great Again (torne os EUA grandes novamente)”.
Trump fala em interferência eleitoral porque ele é um dos pré-candidatos para a nomeação do Partido Republicano para presidente nas eleições de 2024.
Ele também fez diversas críticas aos adversários políticos (leia mais abaixo).
Ser indiciado na Justiça dos EUA significa que uma pessoa foi acusada formalmente de um crime por um grande júri ou por um promotor público. O indiciamento é o resultado de uma investigação policial ou do FBI que reuniu evidências suficientes para sustentar a acusação. Ser indiciado não significa que a pessoa é culpada, mas apenas que há motivos para levá-la a julgamento.
As acusações específicas serão anunciadas quando ele for formalmente indiciado.
Manifestantes do lado de fora da Corte Criminal de Nova York pedem a condenação de Donald Trump, em 30 de março de 2023 — Foto: Jeenah Moon/Reuters
Segundo a denúncia, Trump pagou US$ 130 mil (cerca de R$ 682 mil) à atriz nas semanas prévias às eleições de 2016, para que ela se mantivesse em silêncio sobre um suposto relacionamento extraconjugal.
Ele foi eleito naquele ano.
O pagamento não seria ilegal, mas, na prática, o dinheiro foi justificado como honorário advocatício para um dos advogados de Trump, Michael Cohen — é essa tentativa de esconder a natureza do pagamento que pode ser considerada criminosa; os promotores afirmam que foi uma falsificação de registro comercial.
Ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump durante anúncio de que irá concorrer à presidência em 2024. — Foto: Reuters
Além disso, o pagamento indireto também seria uma tentativa de esconder uma relação dos eleitores, afirmam os promotores.
A principal testemunha do caso é justamente Cohen. Foi ele quem pagou o dinheiro para que Stormy Daniels ficasse em silêncio — de acordo com o advogado isso foi feito por ordens do próprio Trump.
Os registros desse pagamento foram feitos por uma das empresas do ex-presidente, a Trump Organization. Só que, no balanço, a companhia afirma que o dinheiro foi gasto em despesas legais.
“Ninguém está acima da lei; nem mesmo um ex-presidente. A acusação de hoje não é o fim deste capítulo; mas sim, apenas o começo”, disse Cohen numa mensagem após a divulgação do indiciamento.
“Agora que as acusações foram apresentadas, é melhor deixá-las falar por si mesmas. As duas coisas que gostaria de dizer neste momento é que a responsabilidade é importante e mantenho meu testemunho e as evidências que forneci à promotoria”, acrescentou.
Em sua declaração, após dizer que é vítima de perseguição política, Trump faz críticas ao Partido Democrata.
“Os democratas mentiram, trapacearam e roubaram com a obsessão deles de tentar ‘pegar Trump’, mas agora eles fizeram o impensável: indiciar uma pessoa completamente inocente em um ato de flagrante interferência eleitoral”, afirma.
“Nunca antes na história de nossa nação isso foi feito. Os democratas trapacearam inúmeras vezes ao longo das décadas, inclusive espionando minha campanha”, diz Trump.
Ele também fez críticas ao promotor do caso, Alvin Bragg. Para Trump, Bragg está “fazendo o trabalho sujo de Joe Biden, ignorando os assassinatos, roubos e assaltos nos quais ele deveria estar focado”.
A acusação contra Trump dá início a um processo que pode durar vários meses.
No prazo mais imediato, são desencadeadas várias etapas, inclusive a determinação de como seria a detenção ou, mais provavelmente, a entrega às autoridades, em vista da natureza não violenta das acusações e pelo fato de Trump ser ex-presidente.
Na semana passada, no entanto, Trump disse que poderia haver haver “morte e destruição” se fosse indiciado criminalmente e detido.
“Isso não tem precedentes e não há um procedimento definido”, disse o ex-agente do Serviço Secreto americano Robert McDonald, agora professor de justiça penal na Universidade de New Haven.
Segundo o especialista, o Serviço Secreto, encarregado de proteger altos dignatários, coordenará com o escritório do promotor Alvin Bragg para que Trump se apresente ao tribunal sem que sua chegada se transforme em um “espetáculo”.
Em outras palavras, não entrará algemado pela porta principal da corte, disse McDonald.
O ex-promotor federal Renato Mariotti comentou que espera que Trump “se apresente voluntariamente ao tribunal, tirem suas impressões digitais e o registrem, e que seja posto em liberdade sob fiança”.
Dada a proeminência de Trump e sua candidatura em curso às eleições presidenciais de 2024 (ele já lançou sua pré-candidatura), é provável que o juiz não considere que o ex-presidente traga risco de fuga, e Trump poderá ir embora depois do procedimento, mediante o pagamento de uma fiança se necessário. “Suponho que não será retido durante a noite”, disse McDonald.
No entanto, alguns acreditam que o ex-presidente pode se negar a se entregar, desafiando o promotor distrital de Manhattan a detê-lo.
“Alguém pode imaginar que Trump esteja querendo fazer isso”, disse o ex-promotor Shan Wu. “Isso é algo que o escritório de Bragg estaria temendo”.
As autoridades estão em alerta após o pedido de Trump aos seus seguidores para protestarem contra uma eventual acusação contra ele. Já houve um episódio de violência, em 6 de janeiro de 2021, quando manifestantes pró-Trump, estimulados pelo então presidente, invadiram a sede do prédio do Congresso dos EUA buscando deter a certificação da vitória de seu adversário, o atual presidente Joe Biden.
Agora, as forças de segurança, do FBI em nível federal à polícia de Nova York em nível estadual, se coordenam a fim de evitar possíveis distúrbios.
Informações G1
Segundo ex-presidente norte-americano, ‘bandidos’ tentam tirá-lo da disputa pela Casa Branca em 2024
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que a investigação contra ele por supostamente comprar o silêncio de uma atriz pornô é uma forma de “interferência eleitoral”, orquestrada por “bandidos”, antes da eleição de 2024. A afirmação foi feita na noite de segunda-feira 27, em entrevista à Fox News.
Trump, 76 anos, já anunciou a pré-candidatura ao governo dos EUA. Em 18 de março, afirmou em sua rede social Truth Social que seria preso em decorrência da investigação envolvendo a atriz Stormy Daniels, a quem teria pagado US$ 130 mil em 2016.
Nada aconteceu até o momento, mas a imprensa norte-americana fala em um possível indiciamento. A investigação é conduzida pelo procurador de Manhattan, Alvin Bragg, que segundo Trump, o odeia.
Na entrevista de segunda-feira, concedida em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida, Trump chamou de “fraude” a investigação de Bragg. “Acho que é uma maneira de provocar uma trapaça nas eleições. É interferência eleitoral”, disse o republicano, para quem as eleições de 2020 foram “roubadas” pelo presidente democrata Joe Biden. “Estamos lidando com pessoas desonestas, bandidos. São pessoas, acredito, que odeiam nosso país”, afirmou o ex-presidente.
Bragg, um democrata eleito para o cargo por votação popular, formou o grande júri em janeiro, depois de investigar o caso da atriz. Trump, que governou o país de 2017 a 2021, nega a suspeita e já chamou a investigação de “caça às bruxas”.
A procuradoria investiga possível contravenção por falsificação contábil do registro do pagamento ou violação da lei de financiamento de campanha eleitoral. Nesse último caso, a pena prevista é de até quatro anos de prisão.
O grande júri do caso deve se reunir, a princípio, na quarta-feira 29. Se votar a favor do indiciamento, Trump deverá, então, comparecer ao Tribunal de Manhattan, para ser notificado da acusação por um juiz e ser “fichado”. Em seguida, ele deveria se declarar culpado ou inocente. Se votar contra o indiciamento, o processo é arquivado.
Informações Revista Oeste
Alunos podem tomar medidas legais contra as escolas, caso as regras não sejam cumpridas
Brad Little, governador de Idaho, nos EUA, aprovou um projeto de lei (PL) que obriga transexuais a usarem banheiros e vestiários de acordo com o sexo de nascimento nas escolas do Estado.
A lei entra em vigor em 1º de julho e exige que as escolas forneçam banheiros separados para homens e mulheres. O texto ainda prevê que os alunos podem tomar medidas legais contra as escolas, caso as instituições de ensino não impeçam a entrada de transexuais nos banheiros errados.
“Exigir que os alunos compartilhem banheiros e vestiários com membros do sexo biológico oposto gera constrangimento, vergonha e danos psicológicos aos alunos”, diz um trecho do PL.
Se o aluno processar a instituição de ensino e ganhar a ação, poderá receber uma indenização de até US$ 5 mil da escola por cada ocasião em que uma pessoa considerada do sexo oposto for vista nos banheiros e nos dormitórios.
Informações Revista Oeste
Foto: Nyimas Laula/The New York Times.
Durante a maior parte do ano passado, milhares de russos e ucranianos se reuniram na ilha de Bali, na Indonésia, para escapar da guerra.
Lá, eles encontraram refúgio em um paraíso tropical, cujos moradores estenderam o tapete de boas-vindas para os ucranianos que fugiam do bombardeio e os russos que evitavam o recrutamento. Então, um influenciador russo escalou uma árvore sagrada de 700 anos, nu.
Depois disso, um artista de rua russo pintou um mural antiguerra numa casa particular, e um adolescente russo foi pego vandalizando uma escola. Uma série de colisões de motocicletas envolvendo russos e ucranianos levantou questões sobre a segurança do trânsito na ilha.
Agora, o outrora acolhedor povo balinês está farto. Confrontado com uma enxurrada de reclamações, o governador Wayan Koster anunciou no início do mês que pediu ao governo indonésio que revogue o acesso da Rússia e da Ucrânia ao programa de vistos na chegada ao país.
Ele disse que muitos dos que foram a Bali para evitar a guerra não apenas violaram uma série de leis locais, como procuraram empregos tendo vistos de curto prazo, para turistas. A obtenção de um visto na chegada, por uma taxa de US$ 33, geralmente é instantânea e sem burocracia.
Os balineses há muito suportam turistas malcomportados em incidentes isolados. Agora, reclamam regularmente de estrangeiros seminus andando de moto e profanando objetos considerados sagrados na ilha, onde predomina o hinduísmo.
“É como se eles vivessem numa bolha e não se importassem com o que está fora da bolha”, disse I Wayan Pardika, 33, guia de turismo balinês. “Para eles, tudo bem ficar seminu, só de biquíni, e dirigir sem capacete. Mas eles não veem que não é assim para os moradores ao seu redor.”
Os balineses inicialmente simpatizaram com a situação dos emigrados. Muitos concederam crédito para aluguel de carros e casas aos russos, que se viram isolados do sistema internacional de pagamentos por causa das sanções. Depois de ficarem fechados por dois anos durante a pandemia de Covid, eles estavam ansiosos por renda.
Mais tarde, porém, descobriram que muitos russos haviam aceitado empregos na ilha como instrutores de surfe e guias de turismo. Alguns iniciaram seus próprios negócios de aluguel de carros e residências, violando as leis que regem os vistos de turista e diminuindo a renda local.
“Abrimos nossas portas e nossos braços e os recebemos com um grande sorriso”, diz Niluh Djelantik, fundador de uma marca de calçados em Bali. “Mas nossa bondade foi considerada como algo garantido.”
As autoridades estão lutando para lidar com o súbito afluxo de russos, que agora constituem o segundo maior grupo de turistas na ilha, depois dos australianos. No ano passado, 58 mil russos e 7.000 ucranianos visitaram Bali. Somente em janeiro, 22,5 mil russos chegaram à província.
Em maio de 2022, o governo indonésio adicionou a Rússia e a Ucrânia à lista de países elegíveis para seu programa de visto na chegada. Isso permite que russos, ucranianos e cidadãos de outros 85 países permaneçam por um período inicial de 30 dias e por mais 30 dias se solicitarem prorrogação.
Sandiaga Uno, ministro do Turismo, indicou que o governo não revogaria o programa de vistos como pedido pelo governador de Bali. Em um discurso semanal no início deste mês, ele disse que o número de pessoas que causam problemas “não é muito significativo”.
Em novembro passado, Sandiaga disse ao The New York Times que o governo ajudaria a renovar os vistos de turista dos que fogem da guerra.
Mas as autoridades de Bali se concentraram nas crescentes infrações de trânsito envolvendo russos e ucranianos, que às vezes se tornam fatais. Em resposta, o governador Wayan anunciou na semana passada a proibição a todos os estrangeiros de conduzir motocicletas, decisão que, segundo Sandiaga, deveria ser revertida.
A agência de turismo de Bali disse que colocaria placas em inglês, russo e ucraniano pedindo aos turistas que sigam “regras de bom senso”. “Não poste fotos ofensivas e vulgares nas redes sociais”, dizia um cartaz. “Use roupas de banho reduzidas em locais apropriados.” Os infratores enfrentariam “grandes multas e deportações”.
O embaixador da Ucrânia na Indonésia, Vasil Hamianin, disse que ficou ofendido por Wayan ter misturado russos e ucranianos. Ele pediu ao governador que lhe mostre as estatísticas criminais envolvendo ucranianos e citou dados do governo indonésio que mostram que os russos foram responsáveis por 56 infrações de trânsito em Bali na semana passada, enquanto houve cinco casos ucranianos.
Hamianin disse que os 5.000 ucranianos que vivem atualmente em Bali contribuem para a economia local, pagam impostos e são “cidadãos bons e obedientes”. Explicou que eles estão lá por causa da guerra, mas que “a maioria absoluta diz que quer voltar para casa”.
“Acho que é simplesmente humano permitir que pessoas que fogem da guerra fiquem algum tempo em seu país”, disse Hamianin.
Elena Pozdniakova, 33, uma engenheira de Moscou que chegou a Bali em setembro passado com o marido e a filha de 3 anos, disse que os vários relatos de turistas russos que se comportam mal a deixam “envergonhada”. “Só quero dizer que nem todo russo é assim.”
O marido de Pozdniakova, Sergei Pozdniakov, disse que entende a frustração porque também testemunhou alguns de seus compatriotas se comportando de maneira rude. Apesar da raiva nas redes sociais, ele e sua esposa dizem que continuam emocionados com a hospitalidade. “Nunca conhecemos um balinês que dissesse: ‘Porque você é russo, você é mau’”, disse Pozdniakov.
Silmy Karim, diretor-geral de imigração do Ministério de Justiça e Direitos Humanos, disse que ainda está analisando a proposta de Wayan de revogar o programa de visto na chegada para a Rússia e a Ucrânia.
Ele afirmou que seu foco principal é eliminar os estrangeiros que violam a lei local e que está estudando os exemplos de outros países com grande número de turistas russos, incluindo a Tailândia, onde há mais de 350 mil russos apenas na ilha de Phuket. “Eles podem ser ordeiros”, disse ele. “Cabe a nós vigiá-los e discipliná-los.”
Créditos: Folha de S. Paulo.
Um adolescente de 17 anos que planejava um atentado contra alunos e professores numa escola do Centro do Rio foi apreendido na manhã desta sexta-feira (24). O jovem foi localizado na própria escola, por policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Como parte da Operação Liberatio, os agentes foram às ruas cumprir mandados de busca e apreensão domiciliar e de adolescente infrator. Outro mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa de outro adolescente, em Realengo, na Zona Oeste. Ele também teria compartilhado os vídeos do outro jovem na internet.
A operação é resultado de uma troca de informações entre a Polícia Civil, a Polícia Federal, a Interpol e a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc). Segundo o delegado Marcus Vinicius Braga, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, o alerta foi feito pela Interpol, com material de vídeo. A ação para a apreensão do jovem foi feita em 24 horas.
As investigações revelaram que o ataque estava planejado para o dia 20 de abril deste ano. A data marca os 24 anos do massacre de Columbine, nos Estados Unidos. Na ocasião, dois alunos entraram armados em um colégio do estado do Colorado e mataram 12 estudantes e uma professora. Outras 24 pessoas ficaram feridas.
A Polícia Civil tenta entender se o adolescente agia sozinho ou se participava de uma rede de terroristas.
Segundo as investigações, o adolescente se declarava nazista e tinha um perfil introspectivo. Em vídeos compartilhados nas redes sociais, o jovem apreendido fazia ameaças a professores e colegas da escola.
— Trata-se de um caso bem delicado, que a polícia está levando bem a sério. A PF nos procurou a partir de um alerta da Interpol. Entre as diligências e a apreensão, foram 24 horas. Esse menor, hoje adolescente infrator, praticava o ato de terrorismo — explica o delegado.
No material, conforme aponta a polícia, o adolescente também afirmava que teria ajuda de três amigos para o massacre programado para este mês. Sobre Columbine, ele dizia ter estudado o caso e falava sobre em suas publicações, demonstrando admiração e inspiração.
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) entenderá até onde vai essa apologia e se existe uma rede, enquanto a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) analisará se o jovem agia sozinho.
Em 20 de abril de 1999, a Escola de Ensino Médio Columbine, em Denver, no Colorado, foi alvo de um massacre que chocou o mundo, quando dois estudantes, identificados como Dylan Klebold e Eric Harris, de 17 e 18 anos, entraram na unidade de ensino fortemente armados e atiraram contra colegas e professores. Ao todo, 13 pessoas morreram e 24 ficaram feridas. Após trocarem tiros com a polícia, os dois se suicidaram. O episódio foi o mais aterrorizante ataque a uma escola.
Segundo autoridades, no dia do atentado, os adolescentes espalharam bombas caseiras pelo prédio do colégio com o intuito de atrasar o resgate e explodir o edifício. Dois locais foram foco da dupla, o refeitório e a biblioteca.
Créditos: O Globo.