A médica Natália Schincariol, ex-parceira de Luis Cláudio Lula da Silva, filho mais novo do presidente Lula, entregou à polícia evidências que, segundo ela, revelam os abusos sofridos durante o relacionamento.
Em uma entrevista ao Radar no dia 2 de abril, Natália compartilhou detalhes da experiência vivida durante o relacionamento com o filho do presidente.
“Depois da infidelidade, quando ele ficou pedindo para voltar e eu não voltei. Foi aí que atacou a ira dele, porque ele tem aquele ego do filho do presidente. ‘Como assim? Ninguém fala não pra mim. Como você não vai voltar comigo? Como você tá falando pra mim que não vai me perdoar? Como você está pedindo para eu sair de casa? Foi aí que ele ficou totalmente irado. Aí começou a me chamar de puta, vagabunda, colocar presente de mulher em cima da mesa. Aí começaram todas as provocações. Do tipo: ‘você não vai me perdoar, então aguente’”, relata Natália.
“E ele falava aquelas coisas do pai dele: ‘se você pedir uma medida protetiva, sua vida vai acabar. Meu pai liga na hora para o juiz’”, acrescenta Natália.
*Terra Brasil Notícias
A influenciadora Gabriely Miranda e o jogador do Palmeiras Endrick estão juntos há seis meses. Em breve, o atacante se mudará para a Espanha, onde defenderá o Real Madrid, e Gabriely ainda está indecisa sobre acompanhá-lo nos primeiros meses da nova jornada. No entanto, ela afirma não estar preocupada com a distância, pois toda essa segurança é baseada em um contrato recentemente estabelecido entre eles.
A novidade foi revelada em uma entrevista que Gabriely concedeu nesta sexta-feira (12) ao Pod Delas, na qual Endrick também estava presente. Segundo ela, o contrato não estabelece um tempo determinado de duração e conta com detalhes como e-mail, RG, assinatura de ambos, entre outros elementos. A maioria das cláusulas foi escrita por Gabriely.
Endrick relatou que ficou surpreso com a proposta da namorada. “Na hora em que ela estava fazendo, achei que ela estava muito brava comigo. Porque ela demorou um pouco. Ela não me respondia. ‘Eu fiz alguma coisa errada’. E ela realmente fez um contrato.”
A primeira cláusula declara que eles estão em um relacionamento afetivo voluntário, baseado no respeito, compreensão e carinho, e comprometem-se com exclusividade afetiva, não mantendo relacionamento romântico ou íntimo com terceiros ou pessoas do passado.
Endrick ainda mencionou outras cláusulas, como a obrigatoriedade de dizer “eu te amo” em qualquer situação e andar sempre de mãos dadas. Gabriely falou sobre as proibições, destacando que é proibido discutir ou brigar na frente de outras pessoas e não pode haver uma mudança drástica de personalidade ou comportamento. Eles também concordaram em não dormir ou sair brigados.
O jogador explicou que, quando uma regra do acordo é quebrada, o infrator deve ser recompensado como forma de “pagar a multa”. “Quem não cumpre com isso, chega no final do mês tem que dar o que o outro quer. Tipo assim, eu pedi um fone da Apple e ela me deu”, explicou. Em uma das apostas perdidas por Gabriely, Endrick ganhou um Playstation 5 da influenciadora.
*Terra Brasil Notícias
São Paulo – Objeto da investigação que resultou na Operação Fim da Linha, deflagrada na última terça-feira (9/4) contra duas empresas que operam linhas de ônibus nas zonas sul e leste da capital paulista, a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) no bilionário sistema de transporte público paulistano começou há quase 25 anos, quando a gestão da ex-prefeita petista Marta Suplicy (2001-2004) decidiu regularizar os chamados perueiros, que faziam o transporte de moradores nos bairros de periferia, em cooperativas.
Ainda na década de 1980, estimava-se que 6 mil pessoas trabalhavam como perueiros na cidade, um modelo de transporte clandestino que surgiu com os donos de Kombis, também chamadas de peruas, que viram no rápido e desordenado crescimento das regiões periféricas de São Paulo, sem infraestrutura, uma oportunidade de ganhar dinheiro levando moradores desses novos bairros afastados até as áreas mais centrais da capital.
Em 1990, a gestão da ex-prefeita Luíza Erundina, também eleita pelo PT, tentou regularizar os perueiros criando quatro linhas que ligavam os extremos sul e leste da cidade aos bairros de Santo Amaro e Itaquera, respectivamente, e cadastrou motoristas para operá-las. O programa foi expandido, mas não foi suficiente para acabar com os operadores clandestinos, diante do crescimento populacional dessas regiões.
Já no início dos anos 2000, em Diadema, cidade vizinha da capital e perto das represas da zona sul, um grupo começou a cobrar taxas de proteção de até R$ 15 mil por mês dos perueiros que operavam nas duas cidades. Esse grupo tinha entre os integrantes, segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Antônio José Muller Júnior, o Granada, que era integrante do PCC, facção criminosa que havia sido fundada em 1993 dentro do sistema prisional paulista. O negócio dos ônibus se mostrou lucrativo e, aos poucos, os filiados ao PCC passaram a operar também na zona leste.
Naquele período, já na gestão Marta Suplicy (PT), a Prefeitura empreendeu nova tentativa para acabar com os clandestinos e regularizar o sistema. Dessa vez, a medida deu certo. O então secretário de Transportes, Jilmar Tatto, negociou a criação de cooperativas de perueiros, que teriam de abandonar as Kombis e operar micro-ônibus.
Além disso, as cooperativas teriam contrato firmado com a Prefeitura, operando linhas com horários de partidas pré-definidos e itinerários determinados pela SPTrans, empresa municipal que administra o sistema de ônibus. Essas linhas fariam um serviço complementar ao atendimento dos ônibus tradicionais, que ligam os bairros ao centro, operando linhas menores, entre os bairros mais afastados e os terminais regionais.
Para o Ministério Público, o PCC usou diversos métodos, da cooptação à ameaça, para assumir a presidência de parte dessas cooperativas que foram regularmente criadas no início dos anos 2000. A Prefeitura, contudo, não adotou nenhuma medida efetiva para coibir o ingresso de perueiros ligados ao tráfico de drogas no sistema. Granada, por exemplo, obteve cargo de diretor da Transmetro, cooperativa que se transformou na Cooperpam.
O ex-secretário Jilmar Tatto chegou a ser alvo de um inquérito policial com outras sete pessoas, suspeitas de ligação com o crime organizado. A polícia, entretanto, não reuniu indícios suficientes para denunciá-lo à Justiça.
Após a regularização, segundo o MPSP, os traficantes e assaltantes de banco filiados ao PCC passaram a ter segurança para investir nas cooperativas, mantendo ônibus tanto para arrecadar com o serviço de transporte de passageiro quanto para lavar dinheiro oriundo do tráfico e de outros crimes. Nesse esquema, motoristas de ônibus, que deveriam ser os verdadeiros cooperados, eram funcionários da facção ou laranjas.
Uma das provas dessa prática foi uma correspondência, descoberta em maio de 2012, entre dois dos membros da chamada “Sintonia Final Geral”, o núcleo de comando do PCC que fica abaixo apenas de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo da organização.
Na carta, em meio a ordens que incluem até a determinação de um assassinato, havia instruções para que Daniel Vinícius Canônico, o Cego, vendesse um micro-ônibus que mantinha na SPTrans e repassasse o dinheiro para a facção. No lugar do veículo vendido, ele receberia um micro-ônibus novo de Roberto Soriano, o Tiriça, chefão do PCC que hoje trava uma disputa interna com Marcola.
Em 2013, com os protestos de junho contra o aumento de tarifas que paralisaram o país, a Prefeitura se viu pressionada a rever o custo das passagens e do sistema. Era a gestão do então prefeito Fernando Haddad (PT), atual ministro da Fazenda, e o secretário de Transportes era novamente Jilmar Tatto. Eles contrataram uma auditoria para tornar público todos os custos do transporte municipal. O trabalho apontou uma enorme confusão contábil nas contas das cooperativas e recomendou que a Prefeitura fizesse novos contratos com as empresas.
A ideia foi orientar que cooperativas se reorganizassem em empresas e disputassem a nova licitação que Haddad planejava para o sistema de ônibus, mas a proposta não prosperou após decisões do Tribunal de Contas do Município (TCM) e da Justiça que favoreceram os empresários das viações de ônibus tradicionais, contrários à nova licitação.
As cooperativas, porém, fizeram a parte delas e se reorganizaram em empresas a partir de 2015. Os integrantes do PCC, por sua vez, chegaram a espancar e até matar antigos perueiros que eram contrários à forma como essa nova organização estava ocorrendo, segundo o Ministério Público.
A antiga Cooperativa Paulistana, que atuava na zona leste, por exemplo, estava se transformando na empresa Allianz (que não tinha nenhuma ligação com a famosa seguradora de origem alemã com o mesmo nome). Um dos perueiros contrários, Sérgio da Conceição Nobre de Oliveira, de 36 anos, que já tinha até contratado advogado para contestar a mudança, foi morto na porta da garagem da empresa em fevereiro daquele ano.
Uma testemunha do caso que seria ouvida pelo MPSP foi espancada na sequência, paralisando as investigações.
Já na zona sul, segundo o MPSP, para poder disputar os lotes mais vantajosos do sistema de ônibus, que precisavam de capital social maior, a Cooperpam, que se transformou na empresa Transwolff, recebeu um aporte de R$ 54 milhões de um empreendimento que seria de fachada e teria levantado os recursos com o PCC, como mostrou o Metrópoles.
Ao todo, a operação deflagrada na última terça-feira contra um suposto esquema de lavagem de dinheiro do PCC por meio de empresas de ônibus cumpriu quatro mandados de prisão e 52 de busca e apreensão na capital, no interior e no litoral paulista. Na mira dos investigadores estavam três sócios da Transwolff – todos presos – e um da UpBus, Silvio Luiz Ferreira, conhecido como Cebola, que está foragido.
O MPSP denunciou 26 pessoas das duas empresas por organização criminosa, extorsão, lavagem de capitais e apropriação indébita. Juntas, Transwolff e UpBus receberam mais de R$ 843 milhões em subsídios da Prefeitura da capital paulista, apenas 2023, para operar linhas nas zonas sul e leste. Na denúncia, a Promotoria arrolou como testemunhas o ex-secretário Jilmar Tatto e o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), que teve na Transwolff uma de suas bases eleitorais.
Informações Metrópoles
Lucia*, 34, tinha o sonho de ser professora e viu a oportunidade no concurso para a rede pública municipal de São Paulo, realizado no dia 8 de janeiro de 2023. Ela se preparou, foi aprovada na prova e nomeada no Diário Oficial do município em fevereiro de 2024.
Tudo se encaminhava bem até o início deste mês, quando recebeu o resultado de seu exame médico admissional: foi considerada inapta para a função por ter ansiedade.
Lucia faz acompanhamento psiquiátrico e tratamento com oxalato de escitalopram, um medicamento para tratar depressão e ansiedade. A Prefeitura de São Paulo, no entanto, considera os professores um dos grupos de risco para transtornos mentais e comportamentais, já que estas são as principais causas de afastamento do trabalho. Por isso, mesmo uma “psicopatologia leve com tratamento adequado” é uma condição que pode levar um candidato a ser considerado inapto para a função.
Fiquei frustrada quando vi o resultado. Me culpei por ter esse quadro psiquiátrico. Era meu sonho dar aulas, me preparei a vida toda para isso. Vários amigos me disseram que não deveria me sentir assim, porque era psicofobia. Não escolhi ter essa condição.” Lucia
Os exames admissionais foram feitos por uma empresa terceirizada, a Qualilog SSO Serviços Auxiliares Administrativos, que segue os protocolos técnicos da Cogess (Coordenação de Gestão de Saúde do Servidor), órgão responsável pelas perícias médicas de servidores públicos municipais e que homologa esses laudos.
O documento orienta que candidatos com sinais e sintomas de transtornos mentais ou história clínica pregressa de tratamento psiquiátrico devem ser encaminhados para avaliação de um médico perito especialista. Foi o que aconteceu com Lucia.
“Falei com o psiquiatra que me acompanha e ele me deu um laudo, informando que sou apta e que não tenho nenhum problema para ocupar o cargo. Mas, novamente, o médico não quis ver a documentação nem meus exames de sangue. Me perguntou qual a previsão de alta para a ansiedade e me dispensou depois de uma consulta de dez minutos”, relata.
Hoje, ela cumpre aviso prévio em seu trabalho, já que se demitiu para assumir o cargo na rede municipal. “Já tínhamos sido alocados, eu já sabia qual escola daria aula, só faltava passar pelo exame médico. Como não tenho comorbidades, nem me preocupei com isso e pedi demissão”, conta.
Ela começou a se angustiar com o resultado ao ver colegas que também passaram no concurso assumindo o posto.
Me preocupei se poderia ter relação com um câncer que tive em 2022. No exame admissional, levei PET-CT que fiz em janeiro, mostrando que estava em remissão. A médica nem quis olhar. Apenas me perguntou se eu tomava algum remédio e relatei o remédio para ansiedade.”Lucia
Lucia recorreu contra a decisão e aguarda o resultado do processo administrativo.
Dezenas de professores aguardam reconsideração do processo. A reportagem de VivaBem teve acesso a laudos e conversou com ao menos sete professores que na última semana tiveram exames admissionais reprovados por questões ligadas à saúde mental —de pessoas com “humor levemente ansioso” a depressão pós-parto.
José*, 50, foi diagnosticado com TEA (transtorno do espectro autista) há três anos. Na mesma época, decidiu correr atrás de um sonho de vida e dar aulas. Realizou concursos do estado e do município.
Como PCD, ele passou por uma perícia adicional para atestar compatibilidade com o cargo. Mesmo com resultado positivo, foi considerado inapto. No laudo, a perícia aponta que ele faz acompanhamento psiquiátrico e alega “prejuízo para relações interpessoais”.
É uma situação estranha, pois passei também no concurso do estado de São Paulo e também fiz perícia, e no estado recebi o apto. O que mais me dói é a prefeitura falar em acolhimento, em cuidar das nossas crianças e ignorar que, apesar de eu ser autista, posso contribuir muito nesse mesmo aspecto. É como se minha vida fosse resumida por uma sigla no meu nome, que é PCD.” José
Mariana*, 26, fez o concurso em busca de estabilidade e plano de carreira, mas também por uma missão. Com formação básica em escola pública, ela gostaria de retribuir o trabalho de bons professores que teve na rede. Aprovada na prova, ela foi aconselhada por colegas a não mencionar nos exames de admissão um tratamento para ansiedade.
Foi meu primeiro concurso. [Meus colegas] me acharam ingênua por ter sido honesta por minha condição de saúde. É de conhecimento na ‘rádio peão’ que você não pode falar disso. Mas é o que sempre brinco: se você não tem ansiedade, ou você não exerce sua profissão direito ou não averiguou corretamente. É uma questão inerente à sociedade.” Mariana
No seu caso, ela iniciou o tratamento após algumas crises de ansiedade em 2019. “Estava passando por um momento turbulento, rotina exaustiva de trabalhar e conciliar com a faculdade. Sempre fui uma pessoa ansiosa, mas chegou a um ponto de somatização com sintomas físicos como náuseas e dificuldade de concentração. Foi quando procurei ajuda médica.”
Informações UOL
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Atualmente, Mariana tem um quadro estável: está com a medicação sertralina ajustada, pratica atividades físicas e realiza sessões semanais de psicoterapia. Ainda assim, o laudo médico a considerou inapta por possibilidade de recidiva.
Foi um baque muito grande. É um protocolo discriminatório e capacitista. E brinco que também vidente: como eles sabem antes que posso desenvolver uma recaída?” Mariana
“Nem mesmo nos meus períodos mais instáveis, nunca me afastei do trabalho. Procurei ajuda médica exatamente por não querer que minha ansiedade atrapalhasse minhas atividades laborais. Me sinto punida por buscar tratamento”, diz a professora.
O médico psiquiatra Eduardo Tancredi diz que nenhuma pessoa que apresenta um quadro de neurodiversidade, seja ansiedade, depressão, transtorno de espectro autista ou TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade), tem contraindicações laborais quando bem tratadas.
“Esse processo tem um filtro muito grande que coloca em uma condição preconceituosa quem tem qualquer questão de saúde mental. A maior parte dos transtornos mentais são depressão e ansiedade, condições em que normalmente os riscos envolvidos são maiores para as pessoas que sofrem do que para outras pessoas”, diz o médico.Continua após a publicidade
É como barrar um candidato por diabetes ou hipertensão. São doenças crônicas, mas que não impedem as pessoas de trabalhar.”Eduardo Tancredi, psiquiatra
Para o psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), mais do que um filtro rigoroso, o protocolo da prefeitura revela psicofobia. Ele cunhou o termo para falar sobre o preconceito ou discriminação contra pessoas com transtornos ou deficiências mentais.
É caso a caso. O protocolo deveria avaliar se aquela pessoa deveria exercer ou não aquela função, não decretar que um grupo jamais poderia assumir aquela profissão. A incidência de ansiedade na população é de 13%. Isso quer dizer que 30 milhões de pessoas estão inabilitadas? Este estigma é absurdo.” Antônio Geraldo da Silva, psiquiatra
O psiquiatra também rejeita o argumento de laudos que preveem risco de recidiva e lembra que os professores formam uma das categorias que mais sofre de burnout. “Eles não podem fazer previsão de futuro. É impossível prever que alguém que teve um quadro de ansiedade vai ter novamente, mas o que posso tentar entender é por que o ambiente de trabalho do professor é tão ansiogênico.”
“Se tantas pessoas estão adoecendo em uma mesma categoria, talvez algo esteja errado com o sistema. É necessário entender como essa categoria está sendo cuidada, em quais condições trabalha, como está sendo remunerada em vez de barrar contratações com possíveis riscos.”
As reprovações podem estar relacionadas ao grande número de readaptações funcionais e licenças médicas concedidas a professores, diz Michele Rosa, diretora do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo).Continua após a publicidade
Em 2022, 7.654 professores estavam em readaptação funcional, entre definitivos ou temporários.
Em 2023, 8.975 professores estavam nesta situação.
Com relação às licenças médicas, foram mais de 131 mil pedidos de licença médica por doença de professores da rede municipal em 2022.
Já no ano passado, foram mais de 120 mil.
O número de profissionais que afastados é muito grande. A administração parece estar sendo mais rigorosa com essas perícias para evitar isso. Mas não faz sentido barrar pessoas com quadro de ansiedade se o médico que faz acompanhamento relata que esse CID apresentado não traz prejuízo.” Michele Rosa, diretora do Sinpeem
“O licenciamento de professores é alto por vários motivos, como as condições de trabalho e naturalmente porque somos a maior pasta, se você comparar com outras secretarias”, defende.Continua após a publicidade
Em nota enviada à reportagem de VivaBem, a prefeitura diz que o exame pericial de ingresso visa avaliar a capacidade laborativa no instante do exame e a presença de “lesões potencialmente incapacitantes ou que possam vir a sofrer agravamento pelo exercício da função”, além de “consequências negativas para o serviço público, por conta de incapacidade laboral e afastamento precoce de candidato recém-ingresso aos quadros”.
“O cargo de professor, por tratar-se de atividade que envolve supervisão e contato direto com crianças e adolescentes, exige plenas condições de saúde mental para seu desempenho, não cabendo o ingresso de candidatos com quadro psiquiátrico ativo no momento do exame, bem como outras patologias médicas, tais como doenças ortopédicas, neurológicas, cardiológicas”, diz a nota.
O texto afirma ainda que, no período de 23 de fevereiro a 13 de março de 2024, foram realizados 6.165 exames. Apenas 2,7% dos candidatos submetidos a exames admissionais, diz a administração, foram considerados inaptos no exame inicial por terem variadas patologias.
“Os pedidos de recurso nos casos de inaptidão estão em andamento, sendo avaliados, conforme legislação de base, por junta médica composta por três membros da equipe pericial da Cogess.”
O sindicato dos professores municipais orienta que quem esteja na situação procure o motivo para a reprovação no laudo médico e entre com recurso para o pedido da reconsideração. Se ainda assim o resultado for negativo, a entidade recomenda entrar com ação judicial.
Michele Rosa pontua que a entidade não pode representar juridicamente os candidatos porque eles não estão vinculados oficialmente à categoria.Continua após a publicidade
*Os nomes foram alterados porque todos os professores entrevistados estão recorrendo à decisão em processos administrativos.
Foto: André Bueno/Divulgação/CMSP
Cinco alvos da Operação Fim da Linha, que investiga suspeitas de envolvimento de duas empresas de ônibus de São Paulo com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), fizeram doações de campanha ao diretório municipal do antigo DEM. Esse diretório era controlado pelo presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), e a um ex-vereador do PT nas eleições de 2020. Os políticos afirmam que as doações foram declaradas e não há irregularidades.
Entre os doadores investigados pelo Ministério Público (MP) estão o presidente da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como “Pandora”, e o diretor da Cooperpam, Robson Flares Lopes Pontes, ambos presos preventivamente em 9 de abril. O MP acusa as duas empresas de participarem de um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas na capital paulista. Outra empresa envolvida é a UPBus. Todas as empresas foram alvo de intervenção pela Prefeitura de São Paulo.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “Pandora” doou R$ 75 mil para a campanha de reeleição do vereador Antonio Donato (PT), atualmente deputado estadual em São Paulo. Em 2016, Donato também recebeu uma doação de R$ 10 mil de Jeová Santos da Silva, outro denunciado pelo MP. Donato é um dos coordenadores de campanha do pré-candidato a prefeito Guilherme Boulos (Psol), que tem o apoio do PT.
Donato declarou que as doações foram feitas legalmente e registradas na Justiça Eleitoral. Ele também afirmou que não estava ciente de nenhum problema com a Justiça envolvendo os doadores na época das doações.
Outros investigados doaram para o diretório municipal do Democratas, que posteriormente se fundiu com o PSL para formar o União Brasil. O diretório era presidido por Milton Leite, atual presidente da Câmara Municipal de São Paulo e um dos principais aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB). O DEM da cidade de São Paulo recebeu R$ 50 mil de Moisés Gomes Pinto e R$ 40 mil de Cícero de Oliveira, sócios da Transwolff, que estão sendo investigados pelo MP e foram afastados da diretoria da empresa por ordem judicial.
Milton Leite também afirmou, em nota, que todas as doações ao partido foram feitas legalmente e declaradas à Justiça Eleitoral, que julgou as contas regulares.
O DEM também recebeu R$ 60 mil de Edimar Martins Silva, suspeito de ser uma espécie de “laranja” da empresa na suposta organização criminosa. Apesar de não aparecer na lista dos 29 denunciados pela Promotoria, Edimar teve os bens bloqueados. Outras pessoas associadas à Transwolff doaram ao partido, mas não foram citadas diretamente na denúncia do MP. Considerando todas essas doações, o DEM recebeu R$ 210 mil.
A análise da prestação de contas do DEM ao TSE mostra que os recursos dessas doações foram direcionados para alguns candidatos específicos. Um deles é o vereador Adilson Amadeu (União Brasil), que recebeu R$ 50 mil de Moisés Gomes Pinto. Amadeu afirmou que as doações foram encaminhadas pelo partido de forma indireta e respeitaram a legislação vigente.
Marcelo Elias Cury, jornalista, também recebeu recursos de Robson Pontes, da Cooperpam, e de Edimar Martins Silva. Cury concorreu como “Xerife Marcelo Cury” nas eleições, mas não foi localizado para comentar.
O presidente da Câmara, Milton Leite, recebeu R$ 300 mil do diretório municipal do DEM, mas a verba foi declarada como proveniente do fundo partidário. Sandra Tadeu (PL) também recebeu R$ 115 mil da representação do partido na cidade. Além deles, o partido também elegeu Ricardo Teixeira e Eli Corrêa (União Brasil) nas eleições.
Informações TBN
Após sua prisão na Penitenciária Federal de Brasília (DF) no final de janeiro de 2023, o espião Sergey Vladimirovich Cherkasov, a serviço do regime de Vladimir Putin, precisou ser isolado dos demais detentos. A ameaça veio do segundo escalão da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com informações do Metrópoles, o russo comunicou às autoridades que os integrantes do PCC estavam cientes de sua identidade e de suas ações. Essas informações teriam surgido de uma publicação em revistaque circulou na prisão, levando os policiais penais a decidirem pelo isolamento do detento.
Sergey foi preso pela Polícia Federal (PF) em São Paulo. Ele utilizava uma falsa identidade brasileira na tentativa de se infiltrar no Tribunal Penal Internacional (TPI), localizado em Haia, na Holanda. O serviço secreto holandês revelou que o espião levou 12 anos para construir essa identidade fictícia, adotando o nome de Viktor Muller Ferreira, supostamente nascido em Niterói (RJ).
A inteligência holandesa também informou que Sergey trabalhava para a GRU, o Departamento Central de Inteligência da Rússia, o maior serviço de inteligência do país, com operações inclusive no exterior.
Os holandeses optaram por tornar público o caso, visando evidenciar as estratégias da inteligência russa que ameaçam instituições internacionais, como o TPI.
Por meio de nota, o serviço secreto holandês alertou que, caso o espião tivesse conseguido ingressar no tribunal, ele poderia coletar informações, recrutar fontes e acessar sistemas digitais da Corte. O TPI investiga possíveis crimes de guerra cometidos pela Rússia, incluindo a atuação de Vladimir Putinna Ucrânia.
Documentos de uma investigação do Federal Bureau of Investigation (FBI), a polícia federal dos Estados Unidos, revelaram que o espião simulava residir na capital brasileira. Assim, frequentava bares, restaurantes e boates locais.
Sergey costumava afirmar que havia se mudado para Brasília em 2010, hospedando-se em uma pensão de baixo custo, onde pagava cerca de R$ 550 por mês. Entre aulas de português e explorações pela capital, ele dizia ter se apaixonado pela culinária brasileira, especialmente nos restaurantes que serviam comida a quilo.
Após sua chegada ao Brasil em 2010, já com a identidade falsa, ele viveu nos Estados Unidose na Holanda, onde conseguiu um estágio no TPI, também conhecido como Corte Penal de Haia.
Além do alerta, os holandeses compartilharam todas as informações obtidas com órgãos de inteligência e investigação do Brasil.
O governo brasileiro tomou conhecimento de que, por trás dos documentos falsos, havia um suspeito apontado pela Holanda como um espião russo, o que gerou repercussão internacional.
Embora o Brasil tenha mantido o caso em sigilo, o próprio serviço secreto holandês revelou a desmascaração do agente após a prisão do russo, diante do silêncio do Estado.
Informações TBN
Em um novo capítulo de seu embate com o Supremo Tribunal Federal (STF), o proprietário da rede social X, Elon Musk, afirmou que sua plataforma respeita as leis brasileiras e que, justamente, por esse motivo se recusa a cumprir ordens judiciais que as violem.
– O X respeita as leis do Brasil e de todos os países em que atuamos. Quando recebemos uma ordem para infringir a lei, devemos recusar – escreveu o bilionário.
Na postagem em questão, Musk retuitou o posicionamento da Global Government Affairs, equipe global de assuntos governamentais do X. A página afirma crer que algumas das ordens judiciais que receberam “não estão de acordo com o Marco Civil da Internet ou com a Constituição Federal brasileira”.
– As pessoas devem saber por que sua conta está bloqueada ou por que estão sendo investigadas, e devem ter direito ao devido processo para se defenderem em um tribunal público. Acreditamos que esse direito é garantido pela Lei do Marco Civil e pela Constituição Federal do Brasil. O sigilo em torno desse processo está prejudicando a confiança nas instituições públicas – frisou.
Na sequência, a equipe também afirma já ter entrado com vários recursos, e que alguns deles seguem pendentes há mais de um ano.
– Ignorar esses recursos é uma violação do devido processo legal. Pedimos ao tribunal que levante as ordens de sigilo sem demora, que ouça nossos recursos e que os outros poderes da República façam todos os esforços, dentro de suas respectivas jurisdições, para exigir a transparência essencial em uma democracia próspera – completa.
Informações Pleno News
O empresário e proprietário da rede social X, Elon Musk, elogiou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), referindo-se a ele como “um homem de coragem”. O elogio ocorreu na madrugada de quarta-feira (10), em reação a um post onde o político brasileiro recordava seu pronunciamento realizado na Organização das Nações Unidas (ONU) em 17 de novembro do ano anterior.
Nikolas expressou sua gratidão a Musk, destacando a importância do gesto para ele e para o Brasil. Durante seu pronunciamento na ONU, ele enfatizou a necessidade de educadores que priorizem o ensino em vez da doutrinação, e de juízes que mantenham a integridade da justiça.
O parlamentar destacou que, com o retorno da esquerda ao governo em 2023, houve uma utilização intensiva de recursos para minar os valores familiares. Nikolas se manifestou a favor da proibição legal do aborto e expressou críticas às pessoas transgênero, acusando-as de falsificar sua identidade biológica em competições femininas.
Contudo, o momento mais polêmico de seu discurso ocorreu quando ele acusou Lula de corrupção, alegando que o ex-presidente deveria estar preso. Essas declarações foram feitas durante a 5ª Cúpula Transatlântica, que teve como foco a defesa dos Direitos Humanos Universais e a promoção da união entre as culturas em defesa da vida, da família e da liberdade.
*Terra Brasil Notícias
Foto: Reprodução/YouTube Itatiaia
Com 304 votos a favor e 136 contra, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (9), o projeto de lei que cria um seguro nos moldes do antigo DPVAT, para vítimas de acidentes de trânsito, que deixou de ser cobrado no governo Bolsonaro. O texto segue agora para análise do Senado.
Com administração da Caixa Econômica Federal, o novo DPVAT se chamará Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). A proposta aprovada pelos deputados permite o retorno da cobrança do seguro de todos os proprietários de veículos automotores.
O SPVAT prevê indenizações por morte e invalidez permanente (total ou parcial), além de reembolso de despesas com serviços funerários; reabilitação de vítimas de acidentes; e assistência médica, incluindo fisioterapia; medicamentos; equipamentos ortopédicos, próteses e outras medidas terapêuticas, desde que não estejam disponíveis pelo SUS no município da vítima.
De acordo com a proposta, os valores das indenizações serão estabelecidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
No Plenário, o relator acatou apenas uma emenda para estender a cobertura do seguro para vítimas de acidentes de trânsito ocorridos entre 1° de janeiro de 2024 e a data de início de vigência da lei, após a sanção presidencial.
O DPVAT foi extinto em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde 2021, a Caixa operava o seguro de forma emergencial, após o fim do consórcio de seguradoras privadas que era responsável pelo fundo anteriormente. Os recursos arrecadados até a extinção do DPVAT foram suficientes para pagar indenizações e reembolsos até novembro de 2023. Desde então, os pagamentos estão suspensos.
JABUTI
O projeto sobre o novo DPVAT contou com a inclusão de um “jabuti”, como é chamado no jargão legislativo um tema estranho ao assunto geral da proposição. Na proposta aprovada nesta terça, o “jabuti” em questão foi uma alteração no arcabouço fiscal que permite ao governo antecipar cerca de R$ 15 bilhões em despesas diante do crescimento além do esperado da arrecadação no primeiro bimestre do ano.
Pelo dispositivo aprovado pelos deputados, o governo fica autorizado neste ano a abrir um crédito suplementar que amplia o limite de despesas da regra fiscal após o primeiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, que foi divulgado no final de março.
O documento apontou melhora na arrecadação com a taxação dos chamados super-ricos, uma das medidas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aprovadas no Congresso no ano passado.
A antecipação de despesas do governo pode ocorrer desde que observado o crescimento real da receita líquida ajustada, a meta de resultado primário e o limite de crescimento real (acima da inflação) da despesa de 2,5%, previsto no arcabouço fiscal. No Orçamento, o Executivo previu um crescimento de 1,7% das despesas este ano – a diferença para o teto é cerca de R$ 15 bilhões.
O “jabuti” foi incluído pelo relator substituto no Plenário, o deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA), um dos vice-líderes do governo na Câmara.
*AE
Foto: Câmara dos Deputados/Mario Agra
O material genético foi encontrado em um boné, que havia sido deixado dentro do Congresso Nacional
Um teste de DNA fez o Ministério Público Federal (MPF) pedir o aumento da pena de Jony Figueiredo da Silva, de 43 anos. Ele é um dos investigados pelo 8 de janeiro.
Silva foi preso um dia depois nas manifestações, no acampamento em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. Em um primeiro momento, ele foi denunciado por incitação ao crime e associação criminosa.
O pedido de ampliação da pena ocorreu depois que a perícia encontrou o DNA do homem em um boné deixado dentro do Congresso Nacional. De acordo com o MPF, o material “prova que ele estava dentro do prédio” no dia 8 de janeiro de 2023.
Com o teste, Silva passou a ser acusado por mais cinco crimes:
O caso começou a ser analisado na última sexta-feira, 5, por meio do plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), e pode durar até a próxima sexta-feira, 12. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.
A defesa do réu afirma que o laudo da perícia identificou “múltiplos perfis genéticos” no boné. Por esse motivo, foi solicitada a rejeição da denúncia.
Em 6 de março, a Defensoria Pública da União havia alegado que o STF não tem competência para julgar e processar o caso envolvendo o DNA imputado a Silva. De acordo com o órgão, foi imputado uma “série de crimes gravíssimos” ao acusado, “sem que haja prova contundente da prática dos atos apontados”.
Informações Revista Oeste