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O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), referendou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou, nesta segunda-feira (31), que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) adote “todas as medidas necessárias e suficientes” para desobstruir as rodovias bloqueadas.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, enviou para o plenário virtual da Corte, a decisão de Moraes. A sessão extraordinária começou 0h desta terça-feira (1°/11), e, em menos dez minutos, a decisão foi confirmada.

Moraes determinou “que sejam imediatamente tomadas, pela Polícia Rodoviária Federal e pelas respectivas Polícias Militares Estaduais – no âmbito de suas atribuições – , todas as medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis do Poder Executivo Federal e dos Poderes Executivos Estaduais, para a imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido, com o resguardo da ordem no entorno, e principalmente, à segurança dos pedestres, motoristas, passageiros e dos próprios participantes do
movimento”.

O ministro também ordenou que o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal — Silvinei Marques — seja multado em R$ 100.000 a partir desta terça-feira (1º), seja afastado do cargo e preso caso não adote, imediatamente, as medidas necessárias. E ainda aos motoristas dos caminhões  uma multa de R$ 100.000 por hora.

Informações TBN


Fonte próxima ao presidente, disse que ele quer resolver com um acordo junto ao STF o fim do inquérito 4781 aberto de ofício pela corte e também o fim das restrições aos canais desmonetizados pelo Ministro Alexandre de Moraes, ainda não há nenhuma tratativa oficial para o fim do emblóglio mas o presidente Bolsonaro falou em não deixar ninguém para trás.

Segundo a fonte palaciana se não houver acordo, o presidente deve editar um indulto para todos os envolvidos no episódio, alguns interlocutores do presidente Lula já se dispuseram a ajudar nas tratativas. Nos EUA houve um movimento parecido antes de Trump sair, ele concedeu indulto a todos os investigados por atos que o ajudaram.

Junior Melo (jornalista e advogado)

Informações TBN


Objetivo da medida é reduzir impactos humanitários nestes casos; decisão será levada ao plenário virtual do STF

Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal Adriano Machado/Reuters

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta segunda-feira (31), que os tribunais que tratam de casos de reintegração de posse instalem comissões para mediar eventuais despejos antes de qualquer decisão judicial. O objetivo da medida é reduzir impactos humanitários em casos de desocupação coletiva.

A decisão de Barroso será levada ao plenário virtual do Supremo (modalidade de julgamento em que os ministros registram seus votos no sistema do STF, sem que seja necessária uma sessão para a leitura individual de cada voto). Ainda não há data definida para o julgamento.

A decisão de Barroso foi dada em uma ação da qual o ministro é relator que trata das ordens de remoção e despejos de áreas coletivas habitadas antes da pandemia de Covid-19. Inicialmente, o intuito da ação era proteger pessoas afetadas pela crise sanitária de despejos.

O ministro suspendeu, inicialmente por seis meses, esses despejos, alegando que em meio à Covid, famílias vulneráveis poderiam ser prejudicadas por essas ações.

Essa suspensão foi prorrogada algumas vezes, até o dia 31 de outubro deste ano. Ao analisar um novo pedido de estender essa suspensão, Barroso atendeu apenas em parte.

O ministro não prorrogou novamente a proibição de despejos, mas determinou um regime de transição a ser adotado após quase um ano e meio de proibição das desocupações.

“Ainda que no cenário atual a manutenção integral da medida cautelar não se justifique, volto a registrar que a retomada das reintegrações de posse deve se dar de forma responsável, cautelosa e com respeito aos direitos fundamentais em jogo. Por isso, em atenção a todos os interesses em disputa, é preciso estabelecer um regime de transição para a progressiva retomada das reintegrações de posse”, decidiu o ministro.

Segundo a decisão, Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais devem instalar, imediatamente, comissões de conflitos fundiários que sirvam de apoio aos juízes. As comissões precisam elaborar estratégia para retomar decisões de reintegração de posse suspensas, de maneira gradual e escalonada.

Essas comissões de conflitos fundiários devem realizar inspeções judiciais e audiências de mediação antes de qualquer decisão para desocupação, mesmo em locais nos quais já haja decisões que determinem despejos. Ministério Público e Defensoria Pública devem participar, de acordo com a decisão de Barroso.

“Ante o quadro, cabe ao Supremo Tribunal Federal, à luz da Constituição, fixar diretrizes para o Poder Público e os demais órgãos do Poder Judiciário com relação à retomada das medidas administrativas e judiciais que se encontram suspensas com fundamento na presente ação. A execução simultânea de milhares de ordens de desocupação, que envolvem milhares de famílias vulneráveis, geraria o risco de convulsão social”, completou Barroso.

Informações CNN


Sobe para 17 o número de Estados com estradas bloqueadas por caminhoneiros 

Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela presidência, grupos de caminhoneiros iniciaram, na noite desse domingo (30), uma série de protestos com bloqueios em rodovias pelo Brasil. A categoria se opõe ao resultado da eleição.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, em nota enviada ao à Gazeta Brasil às 16h25, que são 148 ocorrências nas estradas brasileiras, em 17 Estados.

Eis o Estados com vias bloqueadas:

Acre; 

Bahia; 

Espírito Santo;

Roraima;

Rio Grande do Sul;

Santa Catarina;

Paraná; 

Minas Gerais; 

Rio de Janeiro; 

Mato Grosso; 

Mato Grosso do Sul; 

Maranhão; 

Rondônia; 

Roraima;

Pará; 

Goiás; 

São Paulo.

Informações TBN


Foto: Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo

Bolsonaro garantiu aos apoiadores que não irá contestar o resultado das urnas

O presidente da República e candidato derrotado à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), pediu a aliados que ‘respeitem seu silêncio’, em relação ao resultado das urnas. Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a derrota, nem cumprimentou o candidato eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Estamos todos respeitando seu silêncio”, afirmou um aliado ouvido por Oeste.

Durante esta segunda-feira, 31, Bolsonaro esteve no Palácio do Planalto, onde esteve reunido com alguns ministros e auxiliares mais próximos da campanha. A pressão dos aliados era para que Bolsonaro fizessem uma manifestação pública ainda nesta segunda-feira. Bolsonaro, contudo, recuou, mas garantiu aos apoiadores que não irá contestar o resultado das urnas, mas também não irá parabenizar Lula.

No domingo, logo depois de o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, proclamar o resultado das eleições, Bolsonaro se isolou no Palácio da Alvorada e “foi dormir”, segundo mandou avisar a seus apoiadores. Nem mesmo os coordenadores da campanha conseguiram contato com Bolsonaro no domingo.

Dos aliados próximos, só filho e Michelle falaram

Mais cedo, o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), primogênito do presidente Jair Bolsonaro (PL), usou as redes sociais nesta segunda-feira, 31, para se manifestar, pela primeira vez, sobre a vitória do presidente eleito Lula (PT). Foi a primeira vez que um integrante do clã bolsonarista se manifestou após a vitória de Lula. A aliados, Bolsonaro afirmou que vai se manifestar ainda nesta segunda, mas sem parabenizar Lula.

No domingo 30, com 99,99% das urnas apuradas, o petista conquistou 50,90% dos votos contra o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) que obteve 49,10%.

“Obrigado a cada um que nos ajudou a resgatar o patriotismo, que orou, rezou, foi para as ruas, deu seu suor pelo país que está dando certo e deu a Bolsonaro a maior votação de sua vida”, escreveu no Twitter, o senador. “Vamos erguer a cabeça e não vamos desistir do nosso Brasil! Deus no comando.”

Ontem, depois da vitória petista, Bolsonaro e seus familiares permaneceram em silêncio. Até o momento, somente Flavio Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, primeira-dama, se pronunciaram sobre a derrota.

Revista Oeste


Perspectivas para 2023 apontam para inflação global em alta e pouco espaço no Orçamento, segundo economistas - Isaac Fontana/CJPress/Estadão Conteúdo
Perspectivas para 2023 apontam para inflação global em alta e pouco espaço no Orçamento, segundo economistas Imagem: Isaac Fontana/CJPress/Estadão Conteúdo

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu muitas melhorias na economia, mas deve enfrentar um cenário adverso, dizem especialistas ouvidos pelo UOL. As perspectivas para o próximo ano apontam para inflação global em alta e pouco espaço no Orçamento para o Poder Executivo investir em políticas públicas que estimulem a criação de empregos e o aumento da renda das famílias, afirmam.

Durante a campanha, Lula se comprometeu a manter o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil e a promover outras ações de transferência de renda que foram reduzidas ao longo da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Também falou em retomar a política de valorização do salário mínimo. O problema, dizem os economistas, é o quanto essas promessas vão custar e os desafios que vão gerar em termos orçamentários.

Segundo Maílson da Nóbrega, economista e ministro da Fazenda durante o governo de José Sarney (1985-1990), não há espaço no Orçamento, e insistir nos compromissos pode agravar o “já delicado” quadro fiscal do Brasil.

Marcelo Paixão, professor associado de Desigualdades Sociais e Raciais e Afroempreendedorismo da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, diz que o Brasil não vai ficar de fora do impacto da inflação internacional, com efeitos da guerra na Ucrânia e dos preços globais de combustíveis.

Renan Pieri, professor de economia da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas), destaca que o programa de governo de Lula, assim como o de Bolsonaro, não detalhava seus planos econômicos “para a gente diferenciar os impactos da eleição de cada um”.

Veja a seguir uma análise dos principais pontos da economia para o próximo ano:

Pobreza: Os economistas ouvidos pelo UOLafirmam que o combate à pobreza, que aumentou na pandemia, será prioridade do governo Lula. Grande parte do investimento deve ser feito em programas de transferência de renda, como o Auxílio Brasil, que vai voltar a se chamar Bolsa Família.

O desafio, diz Pieri, é “criar políticas públicas para além de transferência de renda, especialmente aquelas com foco em educação, para que as pessoas saiam da armadilha da pobreza estrutural, que passa pelas gerações e limita o potencial de ganho econômico das famílias”.

Auxílios: Ao longo da campanha, Lula prometeu manter o Auxílio Brasil em R$ 600 e pagar mais R$ 150 por criança de até seis anos. A proposta é redesenhar o programa, que voltaria a se chamar Bolsa Família.

Para especialistas, Lula deve manter a rede de cobertura, sem mexer tanto no número de beneficiários, mas sim em quem está sendo beneficiado. O valor mais alto, porém, é um “desafio orçamentário”, segundo Paixão.

Inflação: Para os economistas, pode haver uma aceleração na alta dos preços no início do novo governo. Essa inflação seria puxada pelo fim do teto do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre combustíveis e energia, medida adotada em junho e válida até dezembro, para conter a escalada dos preços.

Paixão afirma que uma mudança na política de preços da Petrobras, hoje atrelada ao mercado internacional, “pode fazer os combustíveis ficarem mais baratos no curto prazo e, por consequência, reduzir a inflação”.

Petrobras: A expectativa é de que a política de preços da Petrobras seja “abrasileirada” — isto é, deixe de ser atrelada às variações do petróleo no mercado internacional e à cotação do dólar.

Mas os especialistas dizem que a mudança pode resultar em queda no lucro e, consequentemente, uma distribuição menor de dividendos para os acionistas, o que impactaria nas ações da Petrobras na Bolsa.

“Acho que é uma maluquice”, diz Maílson da Nóbrega.

Lula também é contra a privatização da empresa e, por isso, deve fazer uma revisão no plano de venda das refinarias e subsidiárias. A medida foi apontada em seu programa de governo.

Privatizações: Além de ser contra a privatização da Petrobras, Lula prometeu reverter a venda da Eletrobras. A reestatização é possível, mas é uma operação delicada que pode afetar o mercado, como disseram especialistas ouvidos pelo UOL em junho.

Ainda assim, Lula deve ter um olhar favorável às concessões, afirma Paixão: “É um modelo que tem a participação do setor privado por um tempo e ajuda a manter a taxa de investimentos mais alta”.

Combustíveis: Com o fim do teto do ICMS em dezembro, o preço dos combustíveis —já defasado— pode voltar a subir no início do governo Lula. Os economistas dizem que não há espaço no Orçamento para manter o imposto em patamar mais baixo. Além disso, é provável que a medida não tenha o mesmo apoio do Congresso, já que os estados dependem muito da receita que arrecadam com o ICMS.

Mudar a política de preços da Petrobras pode fazer o preço dos combustíveis cair no curto prazo, mas pode gerar “problemas de caixa” no médio e no longo prazo, diz Pieri, da FGV.

Salário mínimo: A promessa é de que o salário mínimo volte a ter aumento real, isto é, acima da inflação. O senador eleito Wellington Dias, um dos coordenadores da campanha de Lula, disse que a nova regra de correção deve considerar o crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto) dos cinco anos anteriores, podendo chegar a 2% em 2023.

Os analistas dizem que não está claro de onde sairá o dinheiro para bancar esse aumento, exceto pelo fim da regra do teto de gastos.

Aposentadorias: Lula prometeu recriar o Ministério da Previdência e reajustar o salário mínimo acima da inflação, o que impacta diretamente nas aposentadorias e pensões. Assim, os economistas dizem que o tema depende da política definida para a nova regra fiscal e para o salário mínimo, que afeta os valores e pressiona o Orçamento.

Empregos: Espera-se que as políticas do governo Lula sejam focadas no emprego formal. Em paralelo, os economistas afirmam que a taxa de desemprego pode ser reduzida por meio de outras ações indiretas, como o controle das contas públicas e da inflação, que farão com que o país volte a crescer como um todo.

Funcionários públicos: Especialistas dizem que não haverá mudanças nas regras de remuneração do funcionalismo público ou na quantidade de vagas ofertadas, apesar de eventuais pressões da categoria. Na campanha, Lula prometeu “recomposição gradual” dos salários dos servidores públicos, atrelada ao crescimento da economia a partir de 2023.

Teto de gastos: Lula defende o fim do teto de gastos e, ao longo da campanha, foi muito cobrado a apresentar detalhes sobre a regra fiscal que vai substituí-lo. Até agora não se sabe o que o governo eleito deve fazer, mas é consenso entre os economistas que o modelo atual é inviável.

“[Lula] vai ser obrigado a recriar a âncora fiscal que foi destruída pelas seguidas violações do teto de gastos pelo governo Bolsonaro. É um dos grandes desafios do período. O novo presidente tem que ter consciência do tamanho do pepino que ele tem para resolver no ano que vem”, diz Maílson da Nóbrega.

Banco Central: Por ter autonomia, ao menos em tese, o Banco Central não deve sofrer influência do governo na política monetária.

Na campanha, no entanto, Lula disse que o BC deveria estabelecer metas de crescimento econômico e de geração de emprego, além de atuar no controle da inflação. A proposta foi criticada por ex-integrantes do BC na época e pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

Juros: O desafio, segundo especialistas, será reduzir os juros básicos da economia (Selic), hoje em 13,75% ao ano, a níveis pré-pandemia.

Economistas afirmam que será necessário um conjunto de ações para que os juros caiam. Além do controle da inflação, será importante adotar uma nova regra fiscal que diminua o tamanho da dívida, permitindo ao BC reduzir a Selic gradualmente. A campanha de Lula não adiantou detalhes sobre esses tópicos.

Dólar e Bolsa. É impossível prever como o mercado financeiro se comportará. Mas é consenso entre especialistas que a cotação do dólar e o desempenho da B3, a Bolsa de Valoresbrasileira, estará relacionado à capacidade de o presidente eleito resolver ou ao menos minimizar os problemas que vai herdar.

Adotar medidas “irresponsáveis”, diz Maílson da Nóbrega, pode levar a insegurança jurídica e queda da confiança, fazendo com que investidores deixem o Brasil. Essa fuga de capitais pressionaria o câmbio, fazendo o dólar disparar, o que também teria impacto na inflação.

Informações UOL


Segundo colocado na eleição presidencial, Jair Bolsonaro (PL) conseguiu ampliar sua votação a ponto de virar sobre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado do Amapá e em 248 cidades onde o petista havia vencido no primeiro turno. Isso representa 4,5% dos 5.570 municípios brasileiros.

Lula, por sua vez, não teve maioria em nenhuma cidade onde Bolsonaro prevaleceu na primeira rodada. No geral, Bolsonaro conseguiu encurtar a desvantagem em relação ao adversário de 6,2 milhões de votos no primeiro turno para 2,1 milhões nesta segunda rodada.

O crescimento foi insuficiente para garantir uma virada inédita no pleito. O atual presidente tornou-se neste domingo (30) o primeiro a não conseguir a reeleição no cargo. Segundo a apuração do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Lula alcançou 50,90% dos votos válidos, e Bolsonaro, 49,10%. Foi a eleição mais apertada desde a redemocratização.

No primeiro turno, Lula havia sido o mais votado em 3.376 cidades. Bolsonaro, por sua vez, saiu na frente em 2.191— houve empate em Coronel Sapucaia (MS), Alecrim (RS) e Ribeirão do Sul (SP). Prova da elevada polarização desde o início da disputa, os outros candidatos não conseguiram sequer o segundo lugar em nenhum município do país.

Com a disputa restrita aos dois finalistas, o petista acabou como o mais votado em 3.123 municípios neste domingo, e o atual presidente, em 2.445. Houve também dois empates, em Guará (SP) e Irati (SC).

Estado considerado estratégico pelas duas campanhas, por ter o segundo maior colégio eleitoral e o maior número de municípios do país –além de ser um espelho histórico da eleição presidencial–, Minas Gerais foi palco de 66 viradas pró-Bolsonaro.

A principal reviravolta bolsonarista aconteceu em Grupiara, no Triângulo Mineiro, onde o presidente saltou de 46% dos votos válidos no primeiro turno para 59,4% no segundo.

Minas recebeu seis visitas presenciais de Bolsonaro durante a segunda parte da campanha. Além de Belo Horizonte, Uberlândia e Governador Valadares, apostou também em três localidades onde havia perdido para Lula: Montes Claros, Teófilo Otoni e Juiz de Fora, palco da facada sofrida por ele em 2018.

Destas, só conseguiu reverter o resultado do primeiro turno em Montes Claros. A votação do presidente subiu de 44,9% para 51,2% na cidade-polo do Norte mineiro, região com perfil similar ao Nordeste brasileiro e marcada por vitórias petistas desde 2006.

Além do próprio presidente, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, a ex-ministra Damares Alves (Republicanos), eleita ao Senado pelo Distrito Federal, e o vereador de Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PL), campeão de votos para a Câmara dos Deputados neste ano, foram algumas figuras que reforçaram a campanha do presidente no estado.

Bolsonaro também contou com o apoio engajado do governador reeleito Romeu Zema (Novo), escalado para mobilizar os prefeitos mineiros. “Nenhuma região e nenhuma parte desse estado ficará para trás”, declarou Bolsonaro ao lado de Zema em Montes Claros.

Mesmo com um crescimento de 6,2 pontos percentuais no estado, o presidente não conseguiu reverter a vitória petista. O estado manteve a sua tradição de refletir os resultados da disputa nacional, com vitória de Lula por apertados 50,2%.

No maior colégio eleitoral do Brasil, Bolsonaro conseguiu 10,5 pontos de vantagem neste domingo (55,24% a 44,76%), o equivalente a 2,7 milhões de votos a mais entre os paulistas.

Foi pouco para compensar os 12,6 milhões eleitores a mais conquistados pelo petista entre os nordestinos. Depois de vencer no primeiro turno em apenas 15 das 1.794 cidades na região, Bolsonaro conseguiu aumentar esse número para somente 20 municípios no maior reduto lulista.

Na capital paulista, Bolsonaro aumentou sua votação em relação ao primeiro turno, de 37,9% para 46,5% dos votos válidos, mas voltou a ser derrotado, desta vez com uma diferença de 486,4 mil eleitores paulistanos a mais para Lula.

O PT não virou o resultado em nenhuma das cidades conquistadas pelo PL na primeira rodada. Garantiu a vitória nacional com aumentos, ainda que menos expressivos, nos locais onde conseguiu repetir as vitórias do primeiro turno.

“Foi a campanha mais difícil da minha vida”, declarou Lula ao discursar para seus eleitores que comemoravam a vitória do ex-presidente na avenida Paulista, no centro de São Paulo.

O maior salto de Lula foi observado em Sobral (CE), berço político de Ciro Gomes (PDT), quarto colocado no primeiro turno. O petista já havia vencido na primeira parcial e aumentou sua votação na cidade, de 55,4% para 69% na segunda rodada.

Nova Pádua (RS) manteve o título de cidade mais bolsonarista do país, com aumento de 83,97% dos votos no primeiro turno para 88,99% no segundo. Guaribas (PI) também conservou o posto de município mais lulista do Brasil. A votação do novo presidente eleito subiu de 92,14% para 93,85% na cidade piauiense.

Em nível estadual, Lula saiu vitorioso em 13 unidades da federação, uma a menos que Bolsonaro, contando o Distrito Federal. Considerando os três maiores colégios eleitorais, o resultado deste domingo repetiu o do primeiro turno. O petista venceu em Minas Gerais, e o atual presidente, em São Paulo e Rio de Janeiro.

Em mais um capítulo da polarização regional, Lula foi o mais votado em todos os estados do Nordeste, e Bolsonaro, em todos das regiões Sul e Centro-Oeste.

O Amapá, que também vinha refletindo os resultados nacionais desde a redemocratização ao lado de Minas Gerais e Amazonas, saiu dessa lista ao ser o único estado com virada bolsonarista neste ano em relação ao primeiro turno.

Em nível nacional, nunca houve uma virada entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais. Fernando Collor (1989), Lula (2002 e 2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) também conseguiram confirmar a vitória após terem largado em vantagem nas edições anteriores decididas em duas rodadas.

No pleito realizado há quatro anos, apenas 147 das 5.570 cidades brasileiras (3%) haviam registrado vencedores diferentes entre a primeira e a segunda rodada da eleição presidencial, com 121 viradas a favor do então candidato petista Fernando Haddad, derrotado na ocasião por Bolsonaro.

FOLHA DE SP


Bolsonaro é derrotado com mais votos do que quando se elegeu

Primeiro presidente do Brasil a não conseguir nas urnas um segundo mandato desde que a reeleição foi instituída no país, em 1998, Jair Bolsonaro (PL, foto) recebeu no segundo turno deste ano uma votação maior que a obtida quando se elegeu em 2018, informa Malu Gaspar.

Bolsonaro obteve cerca de 58,2 milhões na votação de hoje, 400 mil votos a mais do que quando derrotou Fernando Haddad (PT) no pleito presidencial de quatro anos atrás.

De forma mais modesta, observa a colunista de O Globo, o presidente brasileiro repetiu o feito de Donald Trump: em 2020, o republicano foi derrotado pelo democrata Joe Biden mesmo com 13 milhões de votos a mais que os obtidos por ele em 2016.

Informações TBN


Apoiado por Bolsonaro, Tarcísio de Freitas derrotou Haddad e foi eleito o novo governador paulista - Flickr/TF10 Campanha
Apoiado por Bolsonaro, Tarcísio de Freitas derrotou Haddad e foi eleito o novo governador paulista Imagem: Flickr/TF10 Campanha

Tarcísio de Freitas (Republicanos), 47, foi eleito hoje o novo governador do estado de São Paulo. Carioca e ex-ministro da Infraestrutura, ele venceu o segundo turno contra Fernando Haddad (PT), 59, numa disputa que repetiu a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), apoiador de Tarcísio.

Por volta das 19h27, com 95,1% das urnas apuradas, Tarcísio tinha 55,3% dos votos, contra 44,7% de Haddad.

A eleição ao Palácio dos Bandeirantes foi a estreia de Tarcísio nas urnas — ele nunca havia concorrido a um cargo eletivo antes. Também é a primeira vez que o Republicanos, partido fundado por bispos da Igreja Universal do Reino de Deus, chega ao comando do estado mais rico do país, que está sob o domínio do PSDB há 28 anos.

Seu vice será o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD), 53. Além da sigla de Ramuth, a coligação reuniu PL, PTB, PSC e PMN.

Perfil. Nascido no Rio de Janeiro — fato amplamente explorado por Haddad ao longo do segundo turno — Tarcísio é servidor público federal e serviu o Exército por 17 anos. É bacharel em ciências militares pela Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) e mestre em engenharia de transportes pelo IME (Instituto Militar de Engenharia).

Entre 2005 e 2006, esteve na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti como chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia.

Antes de chegar ao posto de ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, em 2019, Tarcísio esteve à frente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no governo de Dilma Rousseff (PT) e foi secretário do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) no governo Michel Temer (MDB).

O governador eleito é casado com Cristiane Freitas e tem dois filhos. Ao registrar sua candidatura em agosto, ele declarou patrimônio de R$ 2,3 milhões.

‘A força do bolsonarismo’. Afilhado político de Bolsonaro, Tarcísio deixou o ministério em marçopara concorrer ao governo paulista, a pedido do presidente.

Bolsonaro e Tarcísio - Flickr/TF10 Campanha - Flickr/TF10 Campanha
Bolsonaro e Tarcísio em agenda em Sorocaba (SP): candidatura a pedido do presidenteImagem: Flickr/TF10 Campanha

Haddad liderou as pesquisas de intenção de voto desde o início da corrida, um feito considerado único pelo PT até então, mas a vantagem em relação aos principais adversários diminuiu na reta final do primeiro turno. A primeira etapa do pleito terminou com Tarcísio na frente, com 42,32%, e Haddad em segundo, com 35,7%, contrariando os levantamentos eleitorais.

Logo após o fim da apuração, no dia 2 de outubro, Tarcísio disse que o resultado mostrava “a força do bolsonarismo”. “A gente percebe uma característica liberal, conservadora no estado, [como] a eleição do Marcos Pontes (PL) no Senado”, analisou na ocasião.

A campanha aumentou o número de agendas conjuntas com o presidente na reta final. A lógica por trás desta decisão foi a de que a eleição em São Paulo se tornou polarizada por causa da influência da corrida presidencial. A avaliação da equipe de Tarcísio era de que a associação entre os dois candidatos trazia benefícios mútuos porque um ganhava com a presença do outro.

Nomes para governo. Tarcísio já falou sobre possíveis nomes para integrar seu governo, como o médico Eleuses Paiva, coordenador de seu programa de saúde, para a respectiva pasta e Guilherme Afif Domingos (PSD), coordenador de seu plano de governo.

Conforme apuração do UOL Notícias, ele estuda ao menos três linhas para a pasta da Segurança Pública partir de 2023 — optar por uma ala bolsonarista, uma mudança para atuação mais independente das polícias Civil e Militar ou apostar na continuidade da gestão anterior.

A deputada federal Rosana Valle (PSD) é cotada para assumir a secretaria da Mulher. Pessoas próximas à campanha também dizem que Kassab terá influência no governo, por conhecer bem o funcionamento da máquina pública e ser um importante articulador político.

Apoio do ex-adversário e fator Kassab. Dois dias depois do primeiro turno, a candidatura de Tarcísio recebeu o apoio formal do governador de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB), que tentou a reeleição, mas ficou em terceiro lugar.

Ao longo do segundo turno, ele também recebeu o apoio de legendas que estavam inicialmente com Rodrigo, como o União Brasil, MDB, PP, Podemos e Cidadania. Os diretórios estadual e municipal do PSDB em São Paulo também anunciaram apoio ao candidato bolsonarista.

Em sua corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, ele mobilizou uma rede de cerca de 500 prefeitos dos 645 municípios paulistas — a maioria desses políticos estava com Rodrigo no primeiro turno.

Tarcísio, a esposa Cristiane e o presidente do PSD, Gilberto Kassab - Flickr/TF10 Campanha - Flickr/TF10 Campanha
Tarcísio, a esposa Cristiane e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, um dos grandes articuladores de sua campanhaImagem: Flickr/TF10 Campanha

Uma comitiva liderada pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, tido como um dos mais hábeis articuladores da campanha, percorreu o estado para atrair lideranças locais.

‘Renovação’ e antipetismo. Tarcísio pautou sua campanha na defesa de que o estado precisava de renovação, já que o PSDB governa o estado desde 1995, e no antipetismo, forte sobretudo no interior paulista.

Ao longo da campanha, apesar de ressaltar sempre que os apoios que recebeu não tiveram pedidos de cargos em contrapartida, ele não descartou que os tucanos possam fazer parte de seu governo.

Tenho dito que a minha gestão vai ser técnica, os espaços vão ser preenchidos por técnicos. O PSDB depois de 28 anos de governo, você tem em várias posições gente técnica, de carreira, que faz um bom serviço, que conhece a história de cada órgão (…) Pessoas técnicas, pessoas de carreira serão aproveitadas
Tarcísio de Freitas em 25 de outubro, ao receber apoio do PSDB da cidade de São Paulo

O discurso voltado à religião também teve força no segundo turno. A equipe do candidato considerou que a defesa dos valores era um tema caro à maioria do eleitorado paulista. Também houve enfoque ao liberalismo econômico.

Câmeras e Sabesp. A possível privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e a retirada das câmeras nas fardas de policiais militares marcaram a campanha de Tarcísio e os dois assuntos opuseram o candidato do Republicanos a seu adversário.

Depois de afirmar “com certeza” retiraria os equipamentos dos policiais, o novo governador recuou e tem dito que estudará o assunto com sua equipe de segurança.

As mortes por policiais militares caíram 80% no primeiro ano de uso de câmeras em uniformes, conforme apuração do UOL Notícias.

Tarcísio cumprimenta PMs durante campanha em SP - Flickr/TF10 Campanha - Flickr/TF10 Campanha
Tarcísio cumprimenta PMs durante campanha em SP: planos de rever câmeras nas fardas da corporaçãoImagem: Flickr/TF10 Campanha

Em fevereiro, quando ainda era ministro da Infraestrutura, Tarcísio prometeu privatizar a Sabesp caso fosse eleito, o que foi usado de munição por Haddad — a estratégia era passar a ideia de que a medida poderia acarretar aumento da conta de água.

Tarcísio abriu o debate da Globo, realizado na última quinta-feira (27), desmentindo a informação.

Preciso aproveitar esse espaço para restabelecer a verdade. A primeira delas: ‘Tarcísio vai aumentar a conta de água’. Mentira, não vou. Quando discuto privatização da Sabesp, estou querendo aumentar a eficiência, estou querendo fazer com que a gente invista mais em reúso, que a gente invista mais em diminuição das perdas, em recuperação dos mananciais e em ligação de esgotonone

Tiros em Paraisópolis. A campanha de Tarcísio no segundo turno sofreu com a repercussão de um tiroteio ocorrido na comunidade de Paraisópolis, na capital, durante uma agenda de campanha dele no local, no dia 17 de outubro.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo divulgou na terça-feira (25) um áudio no qual um integrante da equipe de Tarcísio manda um cinegrafista apagar imagens do tiroteio. Já o The Intercept Brasil publicou que testemunhas viram um segurança da equipe do candidato atirar contra um homem desarmado na comunidade.

Inicialmente, aliados de Tarcísio alegaram que ele foi vítima de um atentado. Depois, o próprio candidato e o governo paulista descartaram a versão.

Haddad usou o tema para desgastar Tarcísio no último debate, mas não foi o suficiente para impedir a vitória dele.

Informações UOL


Das cinco regiões do Brasil, Bolsonaro venceu em todas. No entanto, Lula precisou apenas de uma goleada no Nordeste para se sagrar vencedor na disputa presidencial.

A discrepância observada na região foi a maior registrada: quase 70% para Lula contra 30% de Bolsonaro.

No Sudeste e Norte a disputa foi apertada, mas com vitória de Bolsonaro.

Os melhores índices do derrotado foram observados no Sul e Centro-Oeste. No entanto, essas regiões possuem eleitorado inferior numericamente ao nordestino.

Dentre os estados nordestinos, Piauí e Bahia foram onde Lula teve a maior vantagem.

Informações Correio

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