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‘Qualquer cidadão tem o dever de exigir esclarecimentos das autoridades competentes’, afirma Marcos Cintra

A votação no Brasil ocorre por meio da urna eletrônica

Por meio das redes sociais Marcos Cintra (União Brasil), economista e ex-auditor da Receita Federal, disse que as dúvidas levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre as urnas “merecem resposta”. Em 2022, Cintra foi vice na chapa encabeçada por Soraya Thronicke (União Brasil) à Presidência da República.

As declarações do economista ocorrem em meio a questionamentos sobre os resultados das eleições deste ano. Algumas planilhas que circulam pelas redes sociais sugerem que centenas de urnas espalhadas pelo país aparecem sem votos para Bolsonaro. Tal comportamento está sendo visto como um anomalia por alguns eleitores.

“Verifiquei os dados do Tribunal Superior Eleitoral e não vejo explicação para Jair Bolsonaro ter zero votos em centenas de urnas”, escreveu no Twitter. “Há outras centenas, senão milhares de urnas com votações igualmente improváveis.” E completou: “Se há suspeita em uma única urna, elas recaem sobre todo o sistema”.

Para o economista, a preservação das instituições democráticas “exige respostas convincentes” a esses questionamentos. “Caso contrário estarei sendo forçado a reconhecer a validade dos pleitos por voto em papel”, declarou. “Tivéssemos registros em papel, sem prejuízo das vantagens da digitalização dos votos, estes casos aparentemente inexplicáveis poderiam ser rapidamente descartados, evitando as dúvidas sobre a integridade do sistema que estão se avolumando.”

Cintra conclui a sequência de postagens afirmando que os cidadãos têm o dever de exigir esclarecimentos das autoridades competentes para preservar a democracia e a legitimidade das instituições. “Quero ardentemente acreditar que haja explicação convincente”, destacou.

Informações Revista Oeste


O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está com a corda no pescoço para aprovar um orçamento extra que viabilize as principais promessas econômicas da campanha dele, como a manutenção do Auxílio Brasil a R$ 600 e o reajuste do salário mínimo com ganho real. Ciente de que vai precisar do apoio do Congresso Nacional, Lula cogita recorrer até ao orçamento secreto para garantir os votos necessários que o permitam gastar mais no ano que vem.

O orçamento secreto é como ficou popularmente conhecido as chamadas emendas de relator, que são controladas pelo parlamentar escolhido pelo Congresso para elaborar o parecer da LOA (Lei Orçamentária Anual). Todos os deputados e senadores podem sugerir ao relator qual deve ser a destinação desses recursos. Contudo, não há uma regra específica para a aplicação dessas emendas. Dessa forma, não há uma distribuição igualitária das verbas e, na maioria das vezes, não é possível saber o nome do parlamentar que registrou o pedido, tampouco o destino desses recursos.

Ao longo da campanha eleitoral, criticar o orçamento secreto foi uma das armas de Lula contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista reclamou, principalmente, do caráter sigiloso desses recursos e prometeu que daria um fim às emendas de relator. O petista dizia que controlar o Orçamento deve ser uma tarefa do Poder Executivo, e não do Legislativo.

Durante a campanha Lula atacou o orçamento secreto e o Congresso. “O Congresso Nacional nunca esteve tão deformado como está agora. Nunca esteve tão antipovo, tão submisso aos interesses antinacionais. É talvez o pior Congresso que já tivemos na história do Brasil”, afirmou Lula em um dos compromissos da campanha eleitoral.

Grande aliada de Lula no segundo turno, a ex-candidata presidencial e senadora Simone Tebet (MDB-MS), hoje cotada para fazer parte do corpo ministerial do presidente eleito, chegou a declarar que o orçamento secreto pode ser “o maior esquema de corrupção do planeta Terra”.

No entanto, logo na primeira semana depois de vencer as eleições, a equipe de Lula que vai negociar com o Congresso a liberação de mais dinheiro notou que o orçamento secreto é um tema sensível aos parlamentares. Os integrantes do novo governo devem formalizar o pedido de recursos extras apenas na próxima semana, mas já foram alertados de que se mexerem nas emendas de relator, a proposta pode não seguir adiante.

Portanto, por mais que tenha se colocado contra nos últimos meses, Lula não deve promover alterações tão expressivas no orçamento secreto. Um caminho para resolver pode estar nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF). O governo de transição, inclusive, já teria deixado essa tarefa para a corte, que pode julgar ainda neste ano uma ação pendente sobre o assunto e declarar as emendas inconstitucionais.

Pontos negativos
Para o economista Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da entidade Contas Abertas, as emendas são historicamente moedas de troca entre o Legislativo e o Executivo e o que Lula mais precisa nesse momento é, justamente, de um instrumento de barganha para construir um relacionamento político favorável. “Lula chegou a criticar, chamar de escárnio, mas existe um problema de relacionamento político e o linguajar que conhecem é esse, é como sabem negociar”, avalia.

De todo modo, Castello Branco frisa que dar continuidade ao orçamento secreto pode ser prejudicial. “A princípio, pouca diferença faria saber quem está indicando e quanto está indicando para construir uma quadra, se isso estiver dentro dos parâmetros legais e técnicos. Mas como não há critério, o parlamentar indica para onde ele quer, onde tem interesse, colégio eleitoral, isso, na verdade, cria uma desigualdade social e competitiva politicamente falando”, critica.

Professor e doutor em economia pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Geraldo Biasoto Junior pontua que o orçamento secreto compromete a eficiência da máquina pública. “A divisão dos recursos não tem uma mínima coerência. A indicação é apenas política, não há um crivo técnico. Sendo assim, além de o gasto do dinheiro público ser ruim, abre-se um campo muito grande para a malversação de recursos”, destaca.

Na avaliação dele, Governo Federal e Congresso precisam encontrar outra forma de deputados e senadores poderem participar da indicação de recursos do Orçamento. “As emendas de relator não têm sentido dentro do ordenamento jurídico e institucional brasileiro. É um absurdo que elas existam. Precisamos, sim, de um espaço dentro do Orçamento para o Congresso indicar coisas que devem ser feitas, mas não da forma obscura que acontece atualmente.”

Créditos: R7.


Foto: REUTERS/Adriano Machado.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT) afirmou neste sábado (5), em entrevista à CNN, que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), não colocaram condicionantes para a aprovação da PEC da Transição.

“Pelo contrário, ambos ofereceram essas soluções para que elas possam ajudar o novo governo, o que demonstra um espírito republicano em ambos que foi o diálogo feito”, disse Teixeira, que integra a equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e encontrou com Lira e Pacheco na quinta (3).

Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Lira pretende disputar a reeleição à presidência da Câmara. Segundo Teixeira, o PT não indicará um candidato do próprio partido.

“Não é recomendado que o partido do governo e a coalização do governo coloquem candidatos para disputar a mesa da Câmara e aí tem que se apostar em algo mais amplo”, disse Teixeira.

Ele citou a eleição à presidência da Casa em 2015, quando Eduardo Cunha venceu o à época representante do governo Arlindo Chinaglia. Depois, Cunha se tornou peça central para o impeachment de Dilma Rousseff (PT).

“Por essa razão, nós já dissemos que não teremos candidatos nossos à presidência da Câmara. Agora, quem será o nosso candidato à presidência da Câmara depende ainda dos diálogos que nós teremos daqui para frente”, avaliou o deputado.

Ele afirmou, ainda, que o novo governo pretende pôr fim do Orçamento Secreto dialogando com os outros poderes. Caso não seja solucionado dessa forma, o petista acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve torná-lo inconstitucional.

Créditos: CNN Brasil.


A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, defendida pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nem sequer foi apresentada e já levantou uma série de críticas no mercado financeiro e no Congresso Nacional. As dúvidas em torno da PEC e as entregas que o petista terá de fazer para aprovar a medida pressionam o futuro governo.

A falta de nomeação da equipe econômica do governo eleito e a necessidade de negociar a eleição das presidências da Câmara e do Senado estão entre as principais críticas de agentes econômicos e líderes políticos. Lula deve bater o martelo sobre o texto na próxima segunda-feira, 7, e estará em Brasília no dia seguinte para liderar as negociações da transição.

O mercado não gostou da forma como a equipe de Lula começou a discussão do Orçamento de 2023. A preocupação maior é de descontrole dos gastos sem que a equipe do próximo governo esteja definida e o ministro da Fazenda, escolhido. “Precisamos saber quem é o responsável que vai assinar as coisas”, afirmou Jeferson Bittencourt, economista da Asa Investments e ex-secretário do Tesouro Nacional. “Foi um sinal ruim a discussão ser conduzida de uma maneira apenas política sem ver as restrições técnicas.”

Preocupação do mercado financeiro diz respeito ao descontrole de gastos

Preocupação do mercado financeiro diz respeito ao descontrole de gastos

Um dos principais questionamentos do mercado financeiro é a ausência de um limite estabelecido para o chamado “waiver” – licença para gastar – que abrigará as promessas de campanha do presidente eleito. No Congresso, a avaliação é de que dificilmente um “cheque em branco” seria aprovado. Articuladores do PT prometeram definir um valor para o gasto extra em 2023, mas ainda não se comprometeram a colocar esse limite definitivamente no texto da PEC.

“Não se está discutindo waiver temporário para despesas temporárias. Estamos discutindo um waiver temporário para despesas permanentes. Consequentemente, a regra que virá a ser proposta para substituir o teto de gastos acaba de largada tendo que absorver um waiver que foi negociado sem parâmetros técnicos”, disse Bittencourt. Na avaliação do especialista, R$ 80 bilhões é “mais do que suficiente” discutindo apenas o Auxílio Brasil e a recomposição das despesas mais urgentes do Orçamento.

Para o economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, o futuro governo deveria estabelecer um valor para 2023, algo em torno de R$ 70 bilhões, e depois discutir uma solução permanente. “Não colocar um limite é o equivalente a tirar o programa do teto. As ideias vão aparecendo. Uma vez que sai do teto, o céu é limite.”

A cúpula do PT calcula que a PEC deve custar R$ 160 bilhões, podendo chegar a R$ 200 bilhões fora do teto. Além do Auxílio Brasil – que voltará a se chamar Bolsa Família – de R$ 600 e do reajuste real do salário mínimo, a equipe de Lula também quer dobrar o volume de investimentos e gastos em programa habitacional usando o espaço da proposta. “Me parece que se está pedindo além dos gastos prioritários. Um waiver de R$ 200 bilhões é aumentar demais o escopo de gastos. Tem que ser algo mais às claras”, disse o economista-chefe da Garde Asset, Daniel Weeks.

PEC DA TRANSIÇÃO: SAIBA O QUE SERÁ CONTEMPLADO NA PROPOSTA

No Congresso, a PEC deve passar pelas negociações em torno da presidência das duas Casas. Lula foi alertado de que precisa definir agora se vai apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara ou já costurar uma candidatura de oposição ao deputado. A equipe do presidente eleito foi criticada por apresentar a PEC e já ter de se render às condições do Centrão.

O plano B do governo de transição, que é liberar o recurso com a abertura de um crédito extraordinário, também enfrenta impasses. A edição de uma medida provisória, que passa a valer antes de passar pelo Congresso, atenderia um número menor de programas, mas precisaria cumprir os requisitos da Constituição, que só autoriza esse tipo de recurso para despesas “imprevisíveis e urgentes”.

Apesar de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) apontarem precedente para o uso de crédito extraordinário em programas que já estão em curso, o Supremo Tribunal Federal (STF) já derrubou esse tipo de medida ao rejeitar a tese de imprevisibilidade e urgência em despesas que o governo sabe que precisará custear.

No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também quer o apoio do PT para a reeleição no cargo. Ele sinalizou disposição em votar a PEC, mas disse preferir a edição de um crédito extraordinário. “Se houver alternativa que seja Medida Provisória através de crédito extraordinário, para que tudo isso seja implementado, evidentemente que não mexer na Constituição seria melhor”, disse em entrevista à GloboNews, nesta sexta-feira, 4. “Mas, se a técnica nos recomendar que a segurança jurídica necessária é a alternativa constitucional, infelizmente, nós reputaremos como necessária mais essa mudança constitucional para o bem do povo brasileiro.”

Créditos: Revista IstoÉ.


Aliados defendem que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fique fora das eleições de 2026 e abra espaço para outros nomes de direita. A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, o plano é convencê-lo a se transformar numa espécie de “Fernando Henrique Cardoso da direita”, ou “um estadista” que tem prestígio e o poder de influenciar a escolha de candidatos de seu campo político, mas sem entrar na disputa eleitoral. A diferença é que Bolsonaro é hoje muito mais popular do que FHC era quando deixou o governo, em 2002.

Seria preciso, portanto, convencer o presidente a abrir mão de disputar votos nas urnas, mesmo tendo grande chance de vencer. O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é visto, pelos aliados de Bolsonaro, como uma opção da direita para a eleição de 2026. Mas tudo depende, claro, do desempenho dele na gestão estadual.

*Metro1


Forças armadas devem apresentar resultado da auditoria das eleições 2022 na segunda (7), diz site
Créditos: Ministério da defesa

Apesar de ter dito ao Supremo que “acabou”, Jair Bolsonaro não desistiu de contestar o resultado das urnas e espera a entrega do relatório de auditoria do Ministério da Defesa, na segunda-feira 7, para retornar à pauta. Fontes militares disseram a O Antagonista que o documento levantará várias questões com potencial para realimentar a tese bolsonarista de fraude.

Nos grupos de apoiadores, já circulam versões sobre uma ‘auditoria independente’ que será divulgada na Argentina, assim como um novo relatório das inserções de rádio e uma planilha com links para os Boletins de Urna de seções eleitorais onde Bolsonaro teve zero voto ou votação inexpressiva.

Para essas fontes, seria impossível o presidente não receber sequer 1 voto numa seção.

amarante

A divulgação desses dados coincide com nova articulação para uma greve geral, a partir da mesma segunda 7. Perfis de apoiadores no exterior já estão mobilizados na divulgação das iniciativas. Ontem, a deputada Carla Zambelli deixou o país alegando buscar nos EUA meios para “restaurar a liberdade de expressão no país”.

boletim de urna 1

O antagonista


A Petrobras (PETR3/PETR4) acumulou perda de R$ 54 bilhões em valor de mercado nesta semana, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais. A estatal terminou a semana valendo R$ 395 bilhões, após suas ações ordinárias e preferenciais terem caído 11,4% e 13,5%, respectivamente.

No mercado, investidores temem que a política de paridade internacional de preços da Petrobras seja ameaçada sob o futuro governo petista — o que poderia reduzir o potencial de lucro da companha e, consequentemente, os dividendos pagos aos acionistas, inclusive ao governo.

A desvalorização da Petrobras ocorreu na contramão da bolsa brasileira, que subiu 3,16% no período, puxada pela entrada de investidores estrangeiros. Mas a grande diferença de desempenho da semana foi dentro do setor de petróleo, onde o mercado migrou suas apostas para petrolíferas privadas, blindadas do ambiente político.

Quem mais se beneficiou foi a 3R (RRRP3), com cerca de 2,5% do tamanho da Petrobras, que disparou 17,8% na semana. A maior entre as petrolíferas privadas, a PetroRio (PRIO3) saltou 9,5% no período e a PetroRecôncavo (RECV3), 16,4%. O petróleo também subiu na semana, com alta de mais de 5%, embalado pela expectativa de maior demanda em meio a rumores de queda de restrições à covid-19 na China.

Mas incertezas associadas ao que será da companhia no futuro governo têm mantido investidores cautelosos já há algum tempo. Somadas às perdas da semana anterior, quando pesquisas mantiveram Lula na liderança pela corrida eleitoral, as ações da Petrobras desabaram 25%.

Nem mesmo o forte resultado do terceiro trimestre da Petrobras, apresentando na noite de quinta-feira, 3, salvou as ações da estatal, que sofreram uma nova baixa nesta sexta-feira, 4. No terceiro trimestre, a companhia apresentou lucro líquido de R$ 46 bilhões, 48% acima do registrado no mesmo período do ano passado, com alta anual de 40% da receita para R$ 170 bilhões.

Com informações de Exame


PT quer mudar regras do ICMS novamente e poderá acarretar em aumento dos combustíveis

Ideia é que governadores comecem a discutir com novo governo federal qual das propostas é mais fácil de sair do papel

A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem prometido aos governadores que no fim da próxima semana uma reunião irá ocorrer para tratar do Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) em cima dos combustíveis.

As informações são de parlamentares e de aliados do petista. Nesta quinta-feira (3), após nova reunião no Supremo Tribunal Federal (STF), os estados se comprometeram a apresentar à União, até a próxima sexta-feira (11), algumas propostas para a compensação financeira de suas perdas com a arrecadação do ICMS.

Mas, antes, a ideia é que os governadores comecem a discutir com o novo governo federal qual das propostas é mais fácil de sair do papel.

Os gestores também pediram ao STF que o governo do PT participe da comissão formada pela Corte para tratar do assunto.

No primeiro semestre, matérias foram aprovadas pelo Congresso Nacional para limitar a alíquota do ICMS cobrado em cima de combustíveis. Um dos projetos definiu como bens essenciais e indispensáveis os combustíveis, fazendo com que a taxa não possa ser superior à alíquota de 17% ou 18%.

O ICMS incide sobre a circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Constitui a mais importante fonte de arrecadação dos estados, que são obrigados a repassar 25% da arrecadação aos municípios. Por isso, os entes federados alegam terem perdido verba em arrecadação.

Informações TBN


Famílias deixam de se falar por politica  - ALEXANDRE SCHNEIDER/GETTY IMAGES
Famílias deixam de se falar por politica  Imagem: ALEXANDRE SCHNEIDER/GETTY IMAGES

BBC News Brasil conversou com pessoas que disseram ter as relações familiares abaladas por conta das eleições, que terminaram em discussões, brigas e até afastamentos.

Um dia após a vitória de Lula nas eleições presidenciais de 2022, *Gustavo (nome fictício), de 32 anos, conta ter sido ignorado pelos irmãos, desprezado pelo pai e xingado pela própria mãe por ter votado no petista. Em entrevista à BBC News Brasil, o paranaense conta, sob a condição de anonimato, que se sente humilhado e planeja pedir demissão da empresa da família, na qual trabalha há quatro anos.

“Comemorei a vitória com todas as minhas forças. Eu trabalho com meus pais, mas moro sozinho. No dia seguinte, quando cheguei na empresa para trabalhar, meu pai – bolsonarista – me cumprimentou normalmente e fez zero comentários sobre o pleito. Por mim, tudo bem. Minha mãe, por outro lado, tão logo sentou em sua mesa, passou a me atacar. Disse que, se eu voto em ladrão e corrupto, não sou mais bem-vindo na empresa da família”, conta ele à reportagem.

Gustavo disse ter ficado muito abalado pelas frases ditas pela mãe dele, mas a que mais incomodou foi a mãe dizer que “eu preciso dela mais do que ela precisa de mim, então devo calar a boca”. A maneira como ela reagiu e olhou para o próprio filho foi o que mais o abalou.

“Foi um choque ver que minha mãe não estava me vendo como filho, mas como inimigo político. Ela foi cruel nas palavras. Ela pegou em pontos pesados. Ela falou com raiva. Ela falou com cólera no olhar”, lembra ele.

A eleição mais acirrada e polarizada da história da democracia brasileira dividiu o país, distanciou amigos e rompeu laços afetivos. A BBC News Brasil conversou com pessoas que disseram ter brigado com familiares por conta das eleições deste ano. Todos os depoimentos foram enviados por meio de um formulário, que recebeu mais de 50 relatos.

Gustavo não está apenas com vontade de deixar a empresa da família, mas também processá-los por assédio moral.

“Mas seria injusto com meu pai e meu primo, que de forma nenhuma me destrataram por conta da minha opção política. Eu só quero sumir daqui. Todo esse ódio, essa cólera desmedida, está me fazendo muito mal. Estou segurando meu choro há duas horas já. Não darei esse gostinho para minha mãe e seus devaneios fascistoides”, diz Gustavo à reportagem.

Ele conta que sempre houve divergências políticas na família dele. No entanto, desde o início da campanha, as discussões se tornaram mais ríspidas por conta principalmente do volume de mensagens que eles passaram a receber por meio do WhatsApp. Ele relata que pesquisava na internet e, juntos, eles identificavam as notícias falsas.

“Ela recebia mensagens dizendo que o filho do Lula tem uma Ferrari de ouro. Ela acredita que o Brasil vai virar comunista. Que a gente vai comer cachorro, que vamos fechar as igrejas e vão atear fogo nos padres. Mas, a partir da metade da campanha, eu acho que começaram a intensificar os disparos de maneira perversa. E chegou o momento em que meus pais não me perguntavam mais se aquilo era verdade ou não. Eles aceitavam aquilo como verdade”, relata.

Com o passar do tempo, Gustavo relata que as discussões sobre política no trabalho se intensificaram e ficaram cada vez mais acaloradas.

“Ficava um clima horrível para trabalhar o resto do dia. Chegou ao ponto de eu pegar e mudar o meu computador para a parte de cima do escritório, para ficar distante da minha mãe. Mas não tinha tomada no escritório em cima e tive de voltar a sentar na frente dela”, conta ele.

“Ela falou que eu sou um filhinho de papai que trabalha na empresa dos pais e que eu deveria me mudar para o Nordeste porque lá só tem vagabundo e petista”, relata.

Ao ser questionado sobre uma bandeira branca e um sinal de paz e reconciliação com a mãe, Gustavo diz que vai esperar até o início da próxima semana para saber como será o futuro da relação entre eles.

“Eu sou rancoroso, mas eu consigo ver uma possibilidade de reaproximação. Se ela tiver a maturidade de vir pedir desculpas, eu talvez releve o ser perverso que ela revelou ser. Mas a maior probabilidade de acontecer é que eu já estou procurando outro emprego para sair de lá o quanto antes”, afirma.

“Refém em casa”

Pedro*, que mora em Brasília, disse que é o único na casa dele que não votou em Bolsonaro nestas eleições. E que tem pouco espaço para discutir política no mesmo ambiente onde mora com os pais e a irmã.

“Quando expliquei que talvez o Bolsonaro tenha perdido apoio por causa da maneira como ele lidou com a pandemia, a minha irmã começou a chorar e falar que ‘agora não importa mais esse tanto de morte já que o aborto vai ser legalizado’. Desde então, fiquei de boca fechada para tudo o que eles falavam”, afirma ao se dizer triste por não conseguir impedir que os familiares dele acreditem em notícias falsas.

Ele acreditava que a relação com os familiares melhoraria após o resultado das eleições.

“Com a vitória do Lula, agora o papo é outro. De eleições roubadas a intervenção federal. Não sinto que adianta eu explicar para eles que isso é inconstitucional porque ouço como resposta que “é obrigação das Forças Armadas proteger o país”. Não aguento mais isso, me sinto um refém na minha própria casa”, relata.

Ódio despejado aos gritos

Moradora de Curitiba, no Paraná, Clarice* disse que assistiu à apuração do segundo turno das eleições ao lado da mãe e do filho de 9 anos. Segundo ela, o clima passivo-agressivo tomou conta do ambiente durante boa parte do tempo.

A mãe dela, bolsonarista, fazia constantes críticas ao voto da filha no Lula. Mas quando o pleito foi definido e Lula foi declarado presidente eleito, o clima mudou de maneira drástica.

“O ódio foi despejado aos gritos. Minha mãe me chamou de comunista, me agrediu verbalmente e não conseguiu manter o verniz religioso que sustenta a imagem bolsonarista. Ela não se importou nem em ser avó, destilando maldade na frente do meu filho. Usou até meu pai, morto durante a pandemia e enterrado nu em um saco plástico, para me entristecer, afirmando que ele não me aceitaria”, conta ela à BBC News Brasil.

Clarice relata que a mãe dela, com os dentes cerrados, disse que o país se tornará uma Venezuela, o que a deixou extremamente triste.

“Parece que tudo aquilo que estava compactado ali há anos veio à tona. Então foi. Foi uma hecatombe. Jamais fui petista e lulista. Apenas me posicionei contra a política de Bolsonaro. Enfim, venceu a democracia nas urnas, mas perdeu muito a humanidade nos últimos quatro anos, destruindo as famílias até o último voto apurado”, diz.

No ponto de vista dela, a mistura entre religião e política prejudicou ainda mais o debate na casa dela, pois a mãe é religiosa e deslegitima todos os argumentos dela por não frequentar a igreja.

Para Clarice, o clima ruim entre ela e a mãe deve perdurar “por um bom tempo”. A solução para ela, pelo menos por enquanto, será o distanciamento.

“Infelizmente, estou me afastando da minha mãe, para curar minha saúde emocional e a do meu filho. Penso em me mudar nas próximas semanas. Espero que em algum momento, no futuro, isso possa ser diferente.”

*O nomes usados nesta reportagem são fictícios para preservar a imagem dos entrevistados

– Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63509500


Barroso é hostilizado e sai escoltado após jantar em SC; VEJA VÍDEOS

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso precisou ser escoltado após ser visto em um restaurante na noite dessa quinta-feira (3/11) em Porto Belo, Litoral Norte de Santa Catarina. Ele jantava no bairro Perequê quando um grupo de manifestantes se reuniu no entorno do estabelecimento e começou a xingá-lo.

Testemunhas contaram à reportagem que manifestantes o seguiram até a residência onde o ministro estava hospedado. A Polícia Militar precisou ser chamada ao local e ajudou a equipe de segurança do STF a fazer uma escolta para que o ministro deixasse o imóvel de madrugada, já por volta das 4h.

Informações TBN

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