A vendedora de uma loja de colchões na região de Interlagos, zona sul deSão Paulo, escapou por pouco de ser estuprada na tarde do último sábado (18/11). Ela foi surpreendida pelo criminoso quando estava distraída olhando o celular dentro do estabelecimento.
O homem invadiu a loja sem que ela percebesse e arrastou a vítima violentamente para longe do campo de visão de possíveis testemunhas. Ele conseguiu levá-la para um pequeno cômodo, onde tentou praticar o abuso, mas a vítima se debateu e gritou tanto que ele desistiu e foi embora.
O criminoso continuava solto até a publicação desta reportagem.
Uma câmera de monitoramento (assista abaixo) registrou a abordagem violenta do criminoso, que estava sozinho com a vítima no estabelecimento.
As imagens mostram que ele pega a funcionária pelo braço e a conduz com agressividade até um lavabo da loja, onde joga a moça no chão. O criminoso abre a porta de um banheiro, onde tenta sem sucesso fazer com que a vítima entre.
Mesmo caída no chão, ela resiste, usando as pernas. Durante a luta, objetos caem no chão e se quebram. A todo momento, a vítima grita para o homem sair de perto dela. É possível ouvi-la dizer que não iria entrar no banheiro com o criminoso. A abordagem dura pouco mais de 30 segundos.
O criminoso chega a retirar o celular da mão da funcionária, mas ela consegue pegar o aparelho de volta. Nesse momento, o homem se distancia e foge correndo, acessando o cruzamento das Avenidas Interlagos com Nossa Senhora do Sabará.
OMetrópolesapurou que, no último dia 12, um homem com as mesmas características abordou a funcionária de uma loja de suplementos, também na região de Interlagos.
Mais uma vez, a abordagem foi registrada em vídeo. De acordo com as imagens, ele espera um cliente sair do local para ameaçar a vítima. O registro, porém, é interrompido quando o criminoso e a mulher saem do campo de visão da câmera.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo não deu informações sobre a investigação e a eventual identificação do criminoso. O espaço segue aberto para manifestações.
Informações TBN
Foto: Mateus Bonomi/Agif – Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo.
Em decisão proferida na quinta-feira, 23, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), cassou um acórdão da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e validou o envio de informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para a polícia, sem necessidade de autorização judicial.
Esse já era o entendimento do STF desde 2019, quando a corte julgou um recurso com repercussão geral (validade para todos os casos) reconhecida.
A decisão de Zanin foi proferida em uma reclamação do Ministério Público do Pará contra o entendimento do STJ. O relator, ministro Antonio Saldanha Palheiro, entendeu que o compartilhamento de relatórios do Coaf pode ocorrer sem autorização judicial, mas apenas se a iniciativa for do conselho, ao se deparar com alguma movimentação atípica, e não a pedido da polícia.
Para Zanin, no entanto, o entendimento pretérito do STF não fez essa distinção ao julgar o caso em 2019. “Percebe-se claramente que este Supremo Tribunal Federal declarou constitucional o compartilhamento de dados entre o Coaf e as autoridades de persecução penal, sem necessidade de prévia autorização judicial, também em casos em que o relatório tenha sido solicitado pela autoridade.”
No voto, ele afirmou que recebeu em seu gabinete autoridades da Polícia Federal, do Banco Central e do próprio Coaf que “externaram preocupação com o efeito multiplicador do acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça”. “Isso porque existe, em termos de inteligência financeira, um padrão internacional de combate à lavagem de dinheiro, evasão de divisas, terrorismo e tráfico de drogas que, com todas as vênias, foi desconsiderado pela decisão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça”, afirmou.
O caso sob análise de Zanin se referia a uma empresa de bebidas do Pará, que havia recorrido ao STJ para afirmar que o envio dos dados do Coaf à polícia, por iniciativa da polícia e sem autorização judicial, afrontava seu direito ao sigilo fiscal e financeiro.
Sobre este argumento, o ministro disse que não há evidências de que a requisição de dados tenha ocorrido de forma ilegal no caso em investigação. “Não existe na decisão reclamada nenhuma informação a respeito. Em nenhum momento, nos autos, foi demonstrada a existência de abuso por parte das autoridades policiais ou dos órgãos de inteligência, o que configuraria o “fishing expedition“, afirmou, referindo-se à busca especulativa de informações, que é vedada pela legislação brasileira.
Revista Oeste
Um prédio de Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul, desabou na manhã desta quinta-feira (23). O edifício fica no bairro Três Pinheiros. Todos os moradores do local já haviam sido desalojados no domingo (19) e, de acordo com a prefeitura do município, não houve registro de feridos.
Desde quarta-feira, dezenas de moradores de Gramado tiveram que deixar suas residências após o surgimento de rachaduras no solo de diversos bairros do município durante as chuvas que caem sobre o estado desde o fim de semana.
O prédio que caiu nesta quinta fica em cima do morro e já era dado como condenado. Devido à instabilidade do solo, segundo as autoridades, não foi possível fazer a implosão da edificação sem correr o risco de causar danos maiores.
O Residencial Condado Ana Carolina é um prédio residencial que fica na encosta do Vale do Quilombo, área verde com picos de até 850 metros, a cerca de 10 minutos do centro da cidade. O prédio é cercado por pousadas e hotéis de luxo. Um dos principais pontos turísticos de Gramado, o Lago Negro, fica a cerca de duas quadras do local onde estava o prédio desabado.
Todos os moradores do bairro já haviam saído de casa antes do desabamento. Segundo a prefeitura de Gramado, 31 pessoas estão em um abrigo montado no ginásio da Escola Senador Salgado Filho e o restante em casas de familiares e conhecidos.
Estado do asfalto em bairro de Gramado com o surgimento de rachaduras — Foto: Cid Guedes / Reprodução
Desde quarta-feira, rachaduras vem aparecendo nas ruas de Gramado. O Serviço Geológico do Brasil avaliou a situação nos bairros Três Pinheiros e Planalto, além de locais como Perimetral e Ladeira das Azaleias, onde há rachaduras no solo e risco de queda de barreiras, de acordo com a prefeitura.
Um relatório será elaborado para direcionar a tomada de decisão do município.
A prefeitura de Gramado ressalta que “a instabilidade do solo segue, e o episódio do colapso é apenas uma das situações de risco”. Portanto, o local onde estava o prédio e o bairro Três Pinheiros seguem isolados.
G1
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, anunciou nesta quarta-feira, 22, a decisão de revogar a portaria que altera o funcionamento do comércio aos feriados. O pronunciamento ocorreu na sede do ministério durante a tarde.
Conforme o ministro, uma nova portaria será publicada, estabelecendo as mesmas medidas. Porém, com vigência a partir de 1º de março de 2024, podendo haver possíveis ajustes no texto.
Marinho afirmou que a decisão foi tomada depois de um diálogo com empresários e trabalhadores. Ele esclareceu que o texto abrange exclusivamente os feriados, não afetando os domingos.
“Imagino que isso traz luz à verdade do objetivo da portaria e tira qualquer insegurança”, ressaltou Marinho. “Portanto, será revogada a validade da portaria desses dias, para valer a partir do 1º de março.”
Na semana passada, a pasta chefiada por Luiz Marinho emitiu uma portaria que exigia que patrões e empregados firmassem acordo coletivo para liberar o trabalho nos feriados. Essa norma havia sido revogada durante o governo de Jair Bolsonaro.
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite da terça-feira 21, um regime de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo 405/23. O texto cancela a recente portaria do Ministério do Trabalho e dificulta o funcionamento do comércio aos feriados.
Para o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), a portaria do governo Luiz Inácio Lula da Silva é um retrocesso. “É um retrocesso imposto à liberdade econômica e ao trabalho honrado de milhares de pessoas”, disse. Petistas e deputados de esquerda votaram contra o regime de urgência. Eles são favoráveis à nova regra.
O ministro comentou a aprovação na Casa, expressando surpresa com a tramitação do PDL.
“Confesso que estranhei muito a reação do Parlamento com isso, e a rapidez e agilidade na aprovação”, disse o ministro. “Tão bom fosse essa agilidade para tantas coisas pautadas no Congresso… Às vezes a sociedade clama por urgência, que muitas vezes não vem.”
Informações Revista Oeste
Ofício foi apresentado ao ministro Alexandre de Moraes um dia depois da morte de Cleriston da Cunha, o Clezão, um dos presos do 8 de janeiro
Um dia depois da morte de Cleriston da Cunha, o Clezão, o Partido Novo se movimentou junto ao Poder Judiciário. Nesta terça-feira, 21, a legenda enviou oficio ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com questionamentos sobre a manutenção de prisões mesmo diante de parecer do Ministério Público favorável a solturas.
A ação do Novo se dá diante do caso de Clezão. Um dos detidos por causa das manifestações realizadas em Brasília em 8 de janeiro, ele morreu no Complexo Penitenciário da Papuda ao sofrer um mal súbito. Aos 41 anos, ele ficou preso por meses apesar de parecer da Procuradoria-Geral da República favorável à soltura.
O parecer da PGR foi divulgado em setembro. Relator dos casos relacionados aos protestos do 8 de janeiro no STF, o ministro Alexandre de Moraes não apreciou o pedido. O corpo de Clezão, que era arrimo de família, foi velado ontem.
Com o caso de Clezão, os parlamentares do Novo querem entender as razões para pessoas continuarem presas com o aval do STF, mesmo contra parecer por parte do Ministério Público. Para o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), essa questão é grave e precisa ser rediscutida pelo Poder Judiciário.
“Qualquer juiz de primeira instância seria severamente questionado se deixasse passar mais do que um dia”, afirma Marcel. “O fato se torna ainda mais grave quando um dos presos perde a vida por conta da inércia do Judiciário. É preciso que as pessoas que estão presas tenham seus direitos constitucionais garantidos e aquelas que têm comorbidades possam cuidar da sua saúde em ambiente adequado, conforme diz a própria lei.”
Preso por causa do 8 de janeiro, Clezão tinha comorbidades. Ele sofria de diabetes e hipertensão.
Em nota, o Partido Novo ressalta que o fato de o ministro do STF nem analisar o parecer favorável à soltura de Clezão, um dos presos do 8 de janeiro, pode se configurar processo de impeachment. “Segundo a Lei do Impeachment, a desídia de ministros do Supremo Tribunal Federal configura crime de responsabilidade e nós, parlamentares federais, estamos pedindo com urgência ao ministro que tome alguma atitude.”
Informações Revista Oeste
Um homem de 45 anos foi espancado por moradores no bairro Villa Verde, em Araraquara (SP), no domingo (19), após incendiar o carro do genro.
A violência aconteceu depois que a filha dele expôs na internet o suposto relacionamento do pai com seu marido. Um boletim de ocorrência foi registrado pela Polícia Militar.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública para saber sobre a investigação pela Polícia Civil, mas não obteve o retorno até a última atualização da reportagem.
A reportagem tentou falar com os envolvidos, mas não conseguiu resposta até a última atualização da reportagem.
Mulher expõe caso entre pai e o marido em Araraquara — Foto: Reprodução/Facebook
Em 15 de novembro, a mulher começou a relatar o caso e, no domingo (19), expôs vídeos do pai e do marido em um motel da cidade. Segundo ela, o vídeo foi encontrado no celular do pai dela.
Ela também compartilhou prints de conversas que mostravam o que ela afirma ser a relação amorosa entre os dois. A mulher terminou o relacionamento com o marido após a descoberta.
No domingo, ela ainda postou um vídeo em que a mostrou quebrando os vidros do carro do ex-marido.
Na segunda-feira (20), o caso foi relatado em um perfil do X (antigo Twitter) e alcançou mais de 1 milhão de visualizações.
Carro de genro foi incendiado pelo sogro em Araraquara — Foto: Reprodução
Segundo a Polícia Militar, após a repercussão, o pai da jovem foi até uma casa do bairro Valle Verde. Ele começou a arremessar garrafas de vidro contra portões de residências e ateou fogo no carro do agora ex-genro. O motivo, segundo testemunhas, seria ciúmes.
As imagens mostram moradores tentando conter as chamas do veículo enquanto o homem gritava na rua sobre o caso que teve com o genro.
Em um determinado momento, ele arremessou uma garrafa de vidro vazia contra o portão de uma residência. Foi quando pessoas que estavam na rua partiram para cima do homem e começaram a agredi-lo.
Nas imagens é possível ver, pelo menos, cinco pessoas chutando e dando cadeiradas na vítima, que ficou caída no chão.
Com um ferimento na cabeça, o homem foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro, onde foi medicado e ficou em observação.
Uma jovem de 20 anos, que estava no local, também precisou ser socorrida após ser atingida por estilhaços de vidro na perna. Ela não quis denunciar o homem.
O caso foi registrado como incêndio em veículo pela PM. O local foi periciado e a ocorrência será investigada pela Polícia Civil de Araraquara.
G1
Foto: Reprodução/Redes sociais.
O empresário brasileiro Márcio Rodrigues da Silva, de 44 anos, que desapareceu durante uma viagem a negócios para a Suíça, foi encontrado nesta terça-feira (21). A informação foi confirmada ao g1 pela família de Itupeva (SP) por volta das 20h20.
Ana Lúcia da Silva, esposa de Márcio, disse ao g1 que o empresário “está bem, na medida do possível, e está prestando depoimento à polícia”. O cunhado, Carlos Roberto Cera, contou que ele aparentava estar “bem fraco”.
Ainda conforme a Ana Lúcia da Silva, a polícia pediu sigilo, por enquanto, por conta das investigações. Ela também disse que mais informações serão repassadas em breve.
Márcio estava desaparecido desde o dia 8 de novembro. O caso é investigado pela Polícia Federal, com o apoio da Interpol, e também pela polícia de Zurique.
O empresário, que mora em Itupeva (SP) e atua no ramo de produtos terapêuticos, pegou o voo para a cidade suíça às 18h do dia 7 de novembro, no aeroporto de Guarulhos (SP). O tempo total de viagem era previsto para 13h40, com uma conexão em Barcelona, na Espanha.
Ao g1, a esposa contou que ele foi até Zurique para assinar documentos de um investimento que havia feito pela internet com uma empresa. Ana disse também que o marido chegou a enviar um vídeo e fotos para ela, mostrando que havia aterrissado no aeroporto suíço (veja mais abaixo). Em um áudio, o empresário diz que achava que havia “caído em uma cilada”.
Depois de enviar o áudio, o empresário parou de responder e não foi mais localizado. Segundo a esposa, ele havia ido se encontrar com um grupo da empresa na qual havia feito o investimento.
O caso ganhou destaque na imprensa internacional, além de mobilização da comunidade brasileira que vive na Suíça.
Conforme troca de mensagens entre Márcio e a esposa, o brasileiro disse que estava dentro do avião às 17h50 de 7 de novembro. Ele chegou a enviar uma selfie para a mulher.
A próxima troca de mensagens é feita às 5h45 do dia seguinte, 8. Márcio envia vários áudios para a esposa e uma foto dentro de um aeroporto, em uma fila de pessoas.
Em uma das mensagens, enviada às 5h56, Márcio escreve: “a partir desse trecho só (se fala) em inglês, nossa que dificuldade”, relata. O empresário chega a mandar outra selfie para a esposa, na qual aparece sorrindo.
Empresário de Itupeva (SP) mandou fotos para a esposa assim que chegou no aeroporto de Zurique, na Suíça — Foto: Arquivo Pessoal
Às 6h47, Ana responde às mensagens anteriores, dando “bom dia” ao marido. Márcio volta a falar com a mulher às 8h e, às 8h11, envia outra selfie para ela, na qual aparece em um lugar aberto e com um avião de fundo.
Ana envia um áudio ao marido, que responde com uma foto no que parece ser um ônibus que faz o transporte de passageiros dentro de aeroportos. Isso foi às 8h15.
Minutos depois, às 8h32, Márcio envia um vídeo para a esposa. Ele não aparece na imagem, mas é possível ver que o empresário estava dentro de um aeroporto.
No vídeo, ele narra que estava se sentindo perdido por não falar outros idiomas e que precisava descobrir onde iria para pegar as bagagens.
Um período de cerca de cinco horas se passa até que Márcio envia novos áudios à mulher, às 13h32, relatando que havia entrado em um táxi e tentaria ir até um hotel onde estaria o passaporte dele, que havia sido pego por um grupo de pessoas que supostamente seriam os empresários com quem Márcio negociava pela internet.
“Eu acho que nós caímos em uma cilada, tá bom? Muito grande. Eu vou torcer para que Deus me mantenha vivo”, disse na mensagem em áudio.
Além do áudio de 51 segundos, o empresário envia outros arquivos à esposa, sendo o último às 13h34. Foi neste mesmo horário que Márcio deixou de visualizar as mensagens.
WhatsApp mostra quando foi a última visualização de empresário de Itupeva (SP) que está desaparecido na Suíça — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Conforme consta na conversa de WhatsApp, a última vez que Márcio abriu o aplicativo foi às 13h34 de 8 de novembro. Ana diz que, após este momento, nenhuma mensagem enviada ao marido apareceu sinalizada como recebida, o que indicaria que o celular dele foi desligado.
Segundo Ana, a viagem de Márcio não terminaria em Zurique. Após a passagem pela Suíça, o empresário viajaria para a Espanha para fazer um trabalho de demonstração de produtos terapêuticos a um grupo de pessoas, que também passaria por treinamentos com ele. Não há detalhes sobre esta outra viagem.
G1
As pequenas hemorragias pulmonares apontadas no laudo preliminar que apura as causas da morte da estudante Ana Clara Benevides, de 23 anos, podem ter relação com episódios de exposição excessiva ao sol e calor, mas esse tipo de quadro também pode ocorrer diante de outros fatores, como doenças autoimunes e cardíacas. Fã de Taylor Swift, Ana Clara morreu no primeiro show da nova turnê da cantora americana no Rio de Janeiro, realizado no último dia 17, em meio à onda de calor que atingia a cidade.
A jovem, natural do Mato Grosso do Sul, desmaiou no início do show e chegou a ser socorrida, mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória. No local da apresentação, o estádio Nilton Santos, mais conhecido como Engenhão, a sensação térmica era de 60 °C.
Médico-assistente do pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Silvio Cardenuto diz que a hemorragia alveolar, como a condição é chamada, é uma situação de “altíssima mortalidade” e pode ocorrer em pacientes com doenças cardiológicas, autoimunes ou infecciosas e ainda por causa de substâncias tóxicas.
“Não é tão raro encontrar casos de hemorragia alveolar em ambientes de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e hospitais, mas é raro acontecer de forma súbita e aguda, exclusivamente pelo calor. Nessas situações, a gente pensa em causas vasculares, porque a exposição muito grande ao calor pode desencadear um evento vascular.”
Segundo o médico, pacientes com hemorragia alveolar têm como sintomas falta de ar intensa e sangue saindo pela boca. Ao se deparar com uma pessoa nessa situação, a recomendação é levá-la imediatamente para um pronto-socorro.
Sobre casos relacionados com o calor, Cardenuto cita como exemplo uma condição conhecida como heatstroke, que pode acometer atletas que atingem a exaustão em provas como maratonas realizadas em altas temperaturas.
“É um evento desencadeado pelo calor que leva a uma série de mecanismos de autorregulação e a principal manifestação é neurológica, normalmente a pessoa desmaia, mas ela pode ter tanto complicações renais como a hemorragia alveolar. É um evento vascular cujo gatilho pode ter sido o calor”, explica.
A maratona é um esporte de alta performance, mas é inegável que os fãs de artistas internacionais têm vivido situações extremas para acompanhar os ídolos. Não é incomum ver jovens acampados no entorno de estádios durante semanas, enfrentando sol e chuva e com a alimentação, hidratação e repouso comprometidos.
“Isso leva todo mundo a pensar em revisar as condições para a realização dos shows pensando nas pessoas que são submetidas ao calor ou ao frio intenso, dependendo de onde a apresentação é realizada.”
Ainda não é possível determinar a causa da morte de Ana Clara, pois a Polícia Civil do Rio de Janeiro aguarda os resultados dos exames toxicológicos e histológicos. O prazo para conclusão é de 30 dias.
Informações TBN
Senadores da oposição e do centrão se preparam para votar hoje no plenário a PEC (proposta de emenda à Constituição) que limita decisões individuais de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
A proposta proíbe qualquer ministro de tomar de decisão monocrática, ou seja, sozinho. O projeto foi aprovado em uma votação a jato na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e depois discutido no plenário.
O texto, datado de 2021, foi resgatado após tensão entre a Casa e a Corte e dá andamento a uma ofensiva dos congressistas contra o Supremo.
Segundo o texto, são proibidas as decisões individuais para suspender leis com efeitos gerais e emitidas para suspender atos de chefes de Poderes, ou seja, dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da República, Lula (PT).
O governo Lula ainda não tem um posicionamento oficial sobre a proposta. Algumas lideranças governistas já sinalizaram, contudo, que serão contrárias à matéria. É o caso do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e do líder do PSD, senador Otto Alencar (BA).
O tema não tem unanimidade e deve abrir discordância em vários partidos. É o caso do PSD, por exemplo, que tem três ministérios no governo Lula e deve liberar a bancada para decidir.
Para conseguir maioria no colégio de líderes, o relator do texto, o senador Espiridião Amin (PP-SC), retirou um dispositivo que limitava os pedidos de vista —um prazo extra para análise de casos. O texto que será votado deve tratar apenas das decisões individuais.
Inicialmente, o texto determinava que o pedido de vista deveria ser coletivo e limitado a seis meses, podendo ser renovado por mais três, se houvesse divergência entre os ministros. Quando o período se esgotasse, o processo seria reincluído automaticamente no sistema para votação.
Por se tratar de uma PEC, os senadores precisam aprová-la em dois turnos, com ao menos 49 votos favoráveis dos 81 senadores em cada um deles. Concluída a análise, o texto vai à Câmara dos Deputados.
Em 2022, o Supremo já havia aprovado uma série de mudanças nas regras internas. O prazo para estender o tempo de análise dos processos é de 90 dias — número, inclusive, menor do que o que era proposto pela PEC. Mas apenas um único ministro poderia fazê-lo.
Já as decisões individuais são permitidas, desde que posteriormente analisadas pelo plenário da Corte.
Apresentada em 2021, a PEC só ganhou força para ser analisada após julgamentos do STF irem contra o que foi discutido e aprovado por lideranças do Congresso, como o marco temporal.
Está ainda em discussão no Senado um outro projeto que determina um tempo mais restrito para o mandato de ministros do Supremo. Hoje os ministros se aposentam compulsoriamente aos 75 anos.
Informações UOL
Grupo organiza manifestação para a tarde desta quarta-feira, 22; ato ocorre depois de Clezão sofrer ‘mal súbito’ na Papuda
A Praça dos Três Poderes, em Brasília, vai receber manifestação por causa da situação dos presos em razão do 8 de janeiro. Nesta segunda-feira, 20, Cleriston da Cunha, o Clezão, morreu depois de sofrer um “mal súbito” durante banho de sol na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal.
Nas redes sociais, dois advogados de detidos do 8 de janeiro divulgaram o ato. Um deles, Ezequiel Silveira anunciou que o protesto vai cobrar “justiça por Cleriston”. Ele informou que o início da manifestação está programado para as 14 horas. O advogado convida amigos e familiares de Clezão para o evento. De acordo com ele, alguns parlamentares já confirmaram presença.
Ainda conforme Silveira, o protesto programado para a Praça dos Três Poderes servirá para solicitar a “soltura dos presos políticos”.
Também pelas redes sociais, o advogado fez questão de criticar o relator dos casos que envolve os presos do 8 de janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes. Em vídeo, Silveira afirma que o magistrado “tem sangue nas mãos”. O conteúdo foi divulgado horas depois da confirmação da morte de Clezão.
Ezequiel Silveira não é o único advogado em casos que envolvem presos do 8 de janeiro a criticar publicamente Moraes. Para o desembargador aposentado Sebastião Coelho, que também atua na defesa de réus das manifestações do início do ano, o ministro do STF seria “o maior responsável pela morte de Cleriston”.
A morte de Clezão movimentou, nesse sentido, o meio político. Isso porque o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) cobrou votação do projeto sobre anistia aos manifestantes de 8 de janeiro.
A Procuradoria-Geral da República chegou a pedir a soltura de Clezão, que tinha 43 anos e sofria de hipertensão e diabetes. A solicitação, contudo, nem foi analisada pelo STF.
Informações Revista Oeste