Promotores de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e policiais militares da Rota deflagram nesta manhã mais uma fase da Operação Sharks, voltada a desarticular lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital).
São cumpridos 26 mandados, sendo três de prisão e 23 de busca e apreensão nos estados de São Paulo e da Bahia. Os alvos são familiares e “laranjas” de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, e Odair Lopes Mazzi Júnior, o Dezinho.
Batizada de Sharks 2 (Tubarão 2, em inglês), a operação visa combater o crime de lavagem de dinheiro realizado por integrantes da cúpula da maior facção criminosa do país.
A primeira etapa da Operação Sharks foi concluída em setembro de 2020 e teve início a partir de investigações conduzidas com o cruzamento de múltiplos dados, mirando integrantes dos principais escalões da organização.
Segundo o Gaeco, as provas obtidas revelaram que a cúpula do PCC movimenta mais de R$ 100 milhões anualmente, quantia decorrente, primordialmente, do tráfico de drogas e da arrecadação de valores de seus integrantes, tudo com rigoroso controle em planilhas.
As investigações coordenadas por oito promotores de Justiça levou ao oferecimento de denúncia. Dezinho, um dos alvos na ação de hoje, foi preso em julho deste ano durante diligências realizadas em Pernambuco. Ele estava em um resort de luxo.
O Gaeco apurou que ele ocupa uma das mais altas posições nos escalões da facção e é responsável por gerenciar parte do tráfico de drogas do exterior para o Brasil. E atuava em esquemas para lavagem de dinheiro. Com ele foram apreendidos documentos falsos, cartões de crédito e celulares.
Nessa nova fase da Operação Sharks, diz o Gaeco, “a investigação revela que enquanto os líderes do PCC levam uma vida de luxo, milhares de faccionados que vivem nas cadeias e as suas famílias têm uma vida pobre e miserável”.
Informações UOL