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A pobreza na Argentina chegou a 40,1% da população no primeiro semestre deste ano. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) e foram divulgados na quinta-feira 21.
O aumento de 3,6 pontos porcentuais, no comparativo com o mesmo período de 2022, (36,5%) representa 1,7 milhão de pessoas em estado de pobreza no país.
Esses 40,1% são a média dos índices do primeiro trimestre (38,7%) e do segundo trimestre (41,5%). Os valores consolidados devem ser divulgados na próxima semana, de acordo com o jornal Clarín.
O responsável pelo relatório, o economista Martin Rozada, disse em entrevista aoClarínque, com a margem de erro, o nível de pobreza do segundo trimestre pode variar de 40% a 43%. A pesquisa é feita com dados de 31 aglomerações urbanas, que totalizam 29 milhões de pessoas.
O Indec afirma que 62,4% da população argentina recebeu alguma renda no primeiro semestre de 2023. A média no segundo trimestre foi de 138,5 mil pesos argentinos (R$ 1.954 na cotação atual).
A Argentina segue com alta da inflação.O índice anual avançou para 124,4% em agosto. Em análise isolada, o período registrou a maior inflação mensal em 32 anos, de 12,4%. De acordo com relatório do Banco Central argentino, o índice não era tão elevado desde fevereiro de 1991.
O péssimo desempenho da taxa é atribuído, em parte, à desvalorização de 22% do peso argentino. Além disso, o país enfrenta aumento da taxa de juros, de 97% para 118% ao ano, o que fez cotação do dólar disparar no mercado informal.
Entre os setores que puxaram a alta estão: alimentos (15,6) e saúde (15,3%). Bebidas alcoólicas e tabaco (8,5%) e comunicação (4,5%) estão entre os segmentos com as menores altas do período.
Revista Oeste