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O ator, diretor e produtor Roberto Frota faleceu na manhã desta terça-feira (24), aos 85 anos. Com uma carreira que se estendeu por mais de cinco décadas, Frota deixou sua marca indelével em várias novelas e peças de teatro. Ele lutava contra um câncer no pulmão e não resistiu a uma pneumonia. A notícia foi confirmada pela atriz Angela Vieira, sua ex-esposa.
Nascido no Rio de Janeiro em 26 de janeiro de 1939, Roberto Frota era filho do advogado e deputado federal José Arthur da Frota Moreira e da pintora e poetisa Zuleika de Castro Moreira. Desde jovem, demonstrava grande talento e paixão pelas artes. Em 1960, estreou sua primeira peça, “Camaleão na Lua,” iniciando uma carreira repleta de prêmios e reconhecimento.
Roberto Frota ganhou notoriedade nacional através de suas atuações na televisão. Ele participou da primeira versão de “Vale Tudo” (1988), onde interpretou Santana, o primeiro chefe de Ivan (Antonio Fagundes). Durante os anos 90, tornou-se um rosto frequente nas novelas da Globo e Manchete, como “Tieta” (1989), “A História de Ana Raio e Zé Trovão” (1990) e “Pedra Sobre Pedra” (1992).
Entre suas atuações mais memoráveis estão as novelas “Aquarela do Brasil” (2000), “Porto dos Milagres” (2001), “Chocolate com Pimenta” (2004) e “Caminho das Índias” (2009). Em 2013, cativou o público infantil interpretando o vilão José Ricardo Almeida Campos em “Chiquititas”, remake do clássico do SBT.
Nos últimos anos, Frota continuou ativo na Globo, fazendo participações especiais em novelas como “Verdades Secretas 2” (2021) e “Vai na Fé” (2023). Além de atuar, ele também se dedicava à escrita e foi responsável pelo argumento original do sucesso de bilheteria “Se Eu Fosse Você” (2006). Sua carreira multifacetada reflete sua versatilidade e talento incansável.
Além da televisão, Roberto Frota teve uma carreira brilhante no teatro. Estrelou diversas peças famosas como “Vestido de Noiva”, “Bonitinha, Mas Ordinária” e “Rei Lear”. Sua capacidade de transitar entre diferentes tipos de personagens fez dele um dos atores mais respeitados de sua geração.
A carreira teatral de Roberto Frota foi marcada por muitas histórias emocionantes. Ele sempre foi elogiado por críticos e aclamado pelo público. Em “Trair e Coçar É Só Começar”, por exemplo, sua interpretação trouxe vida à comédia, sendo elogiada por sua precisão e timing impecável.
Roberto Frota foi casado com a atriz Angela Vieira entre 1983 e 1997, com quem teve uma filha, Nina. Em sua declaração sobre a morte de Frota, Angela destacou a intensidade com que ele viveu cada momento e seu impacto duradouro na vida pessoal e profissional de tantos colegas e amigos.
O velório está marcado para quarta-feira (25), no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro. A partir das 12h, amigos, familiares e fãs poderão prestar suas últimas homenagens. O corpo será cremado às 15h, completando assim uma despedida digna de um grande artista.
Roberto Frota deixa um legado inigualável nas artes dramáticas brasileiras. Sua contribuição ao teatro e à televisão será lembrada por gerações. Frota não apenas entreteve, mas também inspirou novos talentos com sua paixão, dedicação e habilidade. Seu nome permanecerá na história das artes cênicas do Brasil.
Informações TBN