Advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro lembra que o Estado de SP tem delegacia especializada em atuar contra ‘intolerância esportiva’
O advogado Fabio Wajngarten sugeriu que vai denunciar Marcelle Decothé, assessora especial de assuntos do Ministério da Igualdade Racial, pasta que tem Anielle Franco como titular. Ele destacou que uma fala da servidora pública pode ser caracterizada como “intolerância esportiva”.
Wajngarten, que foi secretário especial da Secretaria de Comunicação Social (Secom) na gestão de Jair Bolsonaro à frente da Presidência da República, lembrou que o Estado de São Paulo conta com órgão específico para lidar com casos de discriminação no âmbito esportivo.
Conforme Wajngarten, o caso protagonizado pela assessora da pasta sob comando de Anielle pode render denúncia à 6º Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade). O órgão, por sua vez, integra o Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil paulista.
Em postagem no X/Twitter, o advogado informou ser função da Drade “apurar as infrações penais de intolerância decorrentes de atos ilícitos praticados entre torcedores e torcidas, motivados por posicionamento divergente e intransigente, por ocasião de competições esportivas.”
O posicionamento de Wajngarten ocorre depois de Marcelle Decothé assistir — de camarote — à final da Copa do Brasil. O jogo entre São Paulo Futebol Clube e Flamengo ocorreu no domingo 24, no Estádio do Morumbi, na capital paulista. Do local, a assessora de Anielle, ministra que foi para a partida com voo da Força Aérea Brasileira, ofendeu a torcida são-paulina.
“Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade [sic]”, publicou, no Instagram, a assessora do Ministério da Igualdade Racial, ao tentar se comunicar em linguagem “neutra”. “Pior de tudo de pauliste [sic].”
Ao abordar o tema pela rede social, Wajngarten citou que ele próprio se sentiu triplamente ofendido pela postagem da assessora de Anielle. Isso porque ele é são-paulino, paulista e descendente de europeu.
“Sou de São Paulo”, informou o advogado. “Eu sou são-paulino, eu sou descendente de europeus que sobreviveram ao nazismo. Não aceito referidas palavras.”
Informações Revista Oeste