Nesta quinta-feira (12), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que, se o Brasil tiver uma segunda onda de Covid-19, a prorrogação do auxílio emergencial será “uma certeza”. A declaração foi dada ao participar de um evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
– Existe possibilidade de haver uma prorrogação do auxílio emergencial? Aí vamos para o outro extremo. Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza. Nós vamos ter de reagir, mas não é o plano A. Não é o que estamos pensando agora – apontou.
O auxílio emergencial foi criado em abril para ajudar famílias que perderam parte da renda ou ficaram sem nenhuma fonte de sustento por causa da pandemia. O programa é voltado para trabalhadores informais. Seriam, inicialmente, três parcelas de R$ 600. No entanto, a gravidade da pandemia obrigou o governo a estender o auxílio por mais dois meses e depois por outros quatro meses, indo até dezembro. As últimas quatro parcelas, no entanto, tiveram o valor reduzido para R$ 300.
Sobre o o custo do benefício para o país, Guedes afirmou que já foi gasto 10% do PIB, mas que se for necessário estender o auxílio, o governo conseguirá reduzir o número por já ter “experiência”.
– A pandemia está descendo, o auxílio está descendo junto, e economia voltando. Essa é nossa realidade, nosso plano A. ‘Ah, mas veio uma segunda onda’. Ok, vamos decretar estado de calamidade de novo e vamos nós, de novo, com a experiência que temos agora, recalibrando os instrumentos (…) Ao invés de gastar 10% do PIB, como foi neste ano, gastamos 4% [em 2021] – ressaltou.