ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Política

Lula diz que, se depender dele, não haverá mais corte de gastos

Tema foi abordado durante conversa com jornalistas Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: Ricardo Stuckert / PR Nesta quinta-feira (30),...
Read More
Famosos

Idafro quer proibir Claudia Leitte no carnaval de Salvador

Entidade que defende religiões de matriz africana acusa a cantora de intolerância religiosa Claudia Leitte Foto: Felipe Souto Maior / AgNews...
Read More
Política Internacional

Trump manda EUA taxarem México e Canadá em 25%

Em resposta à invasão do opioide fentanil, presidente também analisa tarifa de importação sobre produtos da China 'Não precisamos dos...
Read More
Televisão

Rodrigo Bocardi é demitido da Globo após “descumprir normas éticas”

O apresentador Rodrigo Bocardi estava na TV Globo desde 1999 e foi demitido nesta quinta-feira (30/1) O apresentador Rodrigo Bocardi foi demitido...
Read More
Feira de Santana

Secretário de Prevenção à Violência destaca integração e tecnologia no combate ao crime

Foto: Jorge Magalhães Em alusão ao Dia Mundial da Não Violência e Cultura de Paz, comemorado nesta quinta-feira (30), o...
Read More
Feira de Santana

Jornada de Empregabilidade vai preparar trabalhador para processo seletivo

A Casa do Trabalhador vai promover uma Jornada de Empregabilidade e Treinamento, entre os dias 3 e 5 de fevereiro....
Read More
Feira de Santana

Mulher aceita transportar drogas como forma de pagar uma dívida e acaba presa pela PRF em Feira de Santana

Foto: Divulgação PRF Na madrugada desta quinta-feira (30), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu uma mulher por tráfico de drogas...
Read More
Política

‘Não há interesse nem meu, nem dele’, diz Lula sobre ligar para Trump

Trump foi eleito em novembro e tomou posse no dia 20 de janeiro Fotomontagem: Ricardo Stuckert/Presidência da República e Reprodução/Instagram/Donald...
Read More
Esportes

ESPECIAL BA-VI 500: Destaques de Bahia e Vitória projetam confronto histórico

Clássico acontece neste sábado (1º), às 16h, na Arena Fonte Nova Montagem: Letícia Martins/EC Bahia e Pietro Carpi/EC Vitória Seja...
Read More
Televisão

Sindicato dos Artistas veta Narcisa em novo programa da Globo

Entidade critica emissora por escalar personalidades que não são atores profissionais Socialite iria interpretar ela mesma em programa da Globo...
Read More
{"dots":"false","arrows":"true","autoplay":"true","autoplay_interval":3000,"speed":600,"loop":"true","design":"design-2"}

Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, país tem mais de 5 milhões de casos prováveis. Estado de São Paulo concentra o maior número de óbitos.

O Aedes aegypti visto através de microscópio eletrônico na Fiocruz Pernambuco, no Recife. — Foto: AP Photo/Felipe Dana

O Aedes aegypti visto através de microscópio eletrônico na Fiocruz Pernambuco, no Recife. — Foto: AP Photo/Felipe Dana 

O Brasil registrou 3 mil mortes confirmadas por dengue em 2024, o que equivale a pouco mais de 20 mortes por dia desde o começo do ano. No mesmo período do ano passado (até a semana 20), o país tinha 867 óbitos

Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de óbitos ocorreu em 2023, com 1.179. Já o terceiro ano com maior número foi 2022 com 1.053

Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, o país registrou, nas primeiras vinte semanas deste ano, as seguintes taxas relativas à doença: 

Em fevereiro, a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que a estimativa do Ministério da Saúde era de que o país registrasse, neste ano, 4,2 milhões de casos. Mesmo antes do fim do 1º semestre, esse número já foi batido

O estado de São Paulo concentra o maior número de mortes (805), seguido por Minas Gerais (519), Paraná (367) e Distrito Federal (365). Na outra ponta, Acre e Roraima não registraram nenhum óbito por dengue este ano. 

Surto ativo ainda em junho

Dados do setor privado indicam que o atual impacto do surto vai continuar no mês de junho. Segundo análise do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), com dados de cerca de 500 mil exames diagnósticos feitos entre maio de 2022 e maio de 2024 nos laboratórios Fleury, Hilab, HLAGyn, Hospital Israelita Albert Einstein e Sabin, a positividade de testes para dengue atingiu o patamar mais elevado dos últimos dois anos. 

Positividade de testes de dengue — Foto: ITpS/Divulgação

Positividade de testes de dengue — Foto: ITpS/Divulgação 

O percentual de resultados positivos foi de 34,5% na Semana Epidemiológica 19, de 5 a 11 de maio. No mesmo período de 2023 a positividade estava em 26% e em 2022, 20,5%. 

“Diante dos patamares recordes de positividade reportados, superiores a 35% em alguns estados brasileiros e em diferentes faixas etárias, os surtos de dengue que observamos hoje no país ainda serão motivo de atenção ao longo do mês de junho”, aponta o virologista Anderson Brito, pesquisador do ITpS.

Drauzio Varella fala dos sintomas, cuidados e sinais de alerta 

Tipos de dengue no Brasil

A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença. 

No último informe do Ministério da Saúde, três sorotipos estão com circulação simultânea no país, com mais ênfase para os sorotipos 1 e 2. 

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte. 

Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico. 

Dengue: veja o que é a doença e quais são os seus sintomas — Foto: Arte g1/Dhara Assis

Dengue: veja o que é a doença e quais são os seus sintomas — Foto: Arte g1/Dhara Assis

Informações G1


Imagem
Imagem: Reprodução do Instagram @Gisele

Gisele Bündchen, 43, confessa que nem sempre teve uma alimentação equilibrada, principalmente quando enfrentava um quadro de pânico e depressão durante a juventude. Por isso, recebeu um alerta médico.

Eu só comia porcaria, até os meus 23 anos. Comecei nessa jornada por causa dos meus problemas de saúde… Meu médico falou pra mim: Gisele, você quer viver? Você vai ter que mudar tudo o que está fazendo. ”Gisele Bündchen, entrevista para o Fantástico

Tomava café todo dia, fumava e bebia

A declaração faz parte de uma entrevista recente da modelo e empresária ao programa Fantástico, da Globo, sobre seu novo livro. Lançado em abril deste ano, em português e inglês, ele reúne aprendizados e receitas de Gisele (que já passou por diferentes dietas) para quem busca uma relação saudável com a comida.

À jornalista Renata Capucci, Gisele contou que tinha uma rotina nada regrada e não se preocupava com hábitos saudáveis. “Eu tomava café todo dia, começava a manhã com um café gigante. Eu fumava, na época. Bebia álcool toda noite — porque eu estava o dia inteiro tomando café, aí, chegava a noite […], eu bebia uma tacinha de vinho para conseguir descansar e desligar.”

Hoje, ela descarta fazer dietas restritivas — no passado, foi vegetariana e teve um período crudívoro — só comia alimento crus ou aquecidos em até 40ºC. “Eu acho que o nosso alimento tem que nos dar energia, não nos tirar energia […]. Eu não acredito em dietas. Eu acho que dieta é uma coisa que não é sustentável, não é uma coisa que você consegue manter durante muito tempo.”

Ela buscou entender de onde vem o alimento que está ingerindo. “Eu quero saber de onde vem a comida. Eu acho que essa é a primeira coisa, né? Acho que a gente ficou mais preocupado com a aparência do que com o valor nutritivo das coisas, e, pra mim, o valor nutritivo e a nossa saúde é a coisa mais importante.”

Alguns alimentos que Gisele consome:

Novo livro

Em “Nutrir: receitas simples para corpo e alma”, a modelo mostra receitas que usa no dia a dia e apresenta indicações para quem tem vontade de mudar a forma como se relaciona com a comida. Para Gisele, qualquer pessoa pode embarcar no caminho de uma alimentação melhor, uma vez que conseguiu ter sua própria virada de chave.

No livro, ela explica que comer bem é um hábito revolucionário, destacando que o paladar vai se adaptando a novos sabores. “O corpo é incrível, como o nosso paladar se transforma. Para quem comia batata frita, tudo frito […]. Tomava refrigerante, comia todos os doces que você imagina […]. Eu fazia tudo isso e não me sentia bem, estava sempre cansada.”

Informações UOL


Um novo estudo, porém, mostra que medidas como vacinação e acesso a saneamento básico podem reduzir o número de mortes

Foto: Google Imagens

Anualmente, 7,7 milhões de pessoas morrem por causas atribuídas a infecções bacterianas. Dessas, 1,27 milhões são associadas a bactérias resistentes a antibióticos. Um novo estudo, porém, mostra que medidas como vacinação e acesso a saneamento básico podem reduzir cerca de 750 mil destas mortes.

A estimativa faz parte de um levantamento divulgado nesta quinta (23) na revista científica The Lancet, a mais renomada do meio médico. O número chama atenção para os casos de bactérias resistentes a antibióticos, problema presente em todo mundo, mas que afeta particularmente a parcela mais pobre dos países.

Ana Cristina Gales, professora da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e uma das autoras da série de estudos, explica que existem medidas relativamente simples que podem ser implementadas nos países para reduzir essas mortes.

Uma delas é a vacinação contra outros agentes infecciosos, que podem prevenir hospitalizações e impedir o prolongamento hospitalar —este, sim, associado a infecções bacterianas.

“Você vai ter uma pneumonia bacteriana como uma complicação da gripe e vai usar antibiótico. Então, se você se vacinar contra a gripe, a chance de ter gripe é menor e, consequentemente, terá menos pneumonias bacterianas como complicação desses casos e usará menos antibiótico”, explica.

As bactérias resistentes impactam milhares de pessoas. Embora todos estejam sujeitos a essas complicações, crianças, idosos e imunocomprometidos são os principais afetados. Nestes grupos, vacinação contra doenças respiratórias, como a gripe, causada pelo vírus influenza, e contra bactérias pneumocócicas, podem ser aliadas no combate a infecções.

Informações Bahia.ba


Imagem
Imagem: Ralf Geithe/Getty Images/iStockphoto

De fato, algumas pessoas são mais atrativas para os pernilongos do que outras. Isso é explicado por um fator: os odores expelidos pelo corpo. Os insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) reconhecem o cheiro de suas “presas” por meio das antenas. A diferença de cheiros de cada um depende de diversos fatores. Veja a seguir.

Dióxido de carbono (CO2)

Os mosquitos, assim como outros insetos hematófagos, são atraídos pelo CO2 emitido durante a nossa respiração. Consequentemente, pessoas que exalam mais CO2 geralmente são mais atrativas. No entanto, não existem condições que façam uma pessoa exalar mais CO2 do que outras, então não dá para saber quem está mais em risco.

Suor e temperatura corporal

Imagem
Imagem: Thinkstock

Substâncias expelidas durante a transpiração, tais como ácido lático, ácido úrico e amônia, são atrativas para os mosquitos. Além disso, o aumento da temperatura corporal durante exercícios físicos também pode atrair mais pernilongos.

Bactérias presentes na pele

Um estudo demonstrou que pessoas com grande abundância e baixa diversidade de bactérias na pele são mais atrativas para os mosquitos.

Gestação

Imagem
Imagem: iStock

As gestantes são bastantes atrativas para os mosquitos, simplesmente porque elas exalam mais CO2 e apresentam um aumento da temperatura corporal.

Fatores genéticos

Cientistas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres chegaram à conclusão de que os genes de cada pessoa têm forte influência no quanto as pessoas são picadas por mosquitos. A partir de testes em gêmeos univitelinos (que têm material genético idêntico) e bivitelinos (com genes divergentes), os pesquisadores encontraram uma nítida correlação quanto ao comportamento dos mosquitos: nos gêmeos idênticos, os insetos distribuíram suas picadas igualmente. Nos fraternos, tinham sempre um preferido.

Cheiro

Imagem
Imagem: iStock

Pesquisadores concordam que os insetos escolhem suas vítimas baseados no cheiro do corpo.

Fator hereditário

Outro estudo, porém, argumenta que a atração aos mosquitos é tão hereditária quanto a altura ou a inteligência. Agora, novos experimentos precisam definir qual parte dos cromossomos determina o que os mosquitos mais gostam nas vítimas —e se de fato eles acham o sangue doce.

A melhor forma de se proteger

Embora uns sejam mais atraentes para insetos do que outros, de modo geral, ao identificar a presença desses animais ou estando em locais cuja proximidade com a natureza é maior (perto de parques, em praia, campo), cuidados devem ser tomados, ainda mais já tendo sido vítima ou sabendo como o organismo reage a um ataque.

Como “blindagem”, recomenda-se o uso de repelentes, mosquiteiros, telas e roupas compridas, principalmente sobre áreas em que uma única picada de inseto é capaz de gerar várias lesões semelhantes e espalhadas.

Velas “fumacê”, como as de citronela e nim (planta de origem asiática), são também boas alternativas para manter os pernilongos afastados.

Quanto ao uso de vitamina B1 (tiamina) via oral para exalar na pele um odor repelente, estudos mostraram que essa medida não é efetiva.

Com relação à maneira correta de se usar repelentes de corpo, a indicação de especialistas ouvidos por VivaBem é, se for usar hidratante ou filtro solar, o repelente é por último. Aplique na pele e por cima da roupa, de preferência os em spray e de longa duração (icaridina).

É importante se atentar ainda às orientações do fabricante sobre reaplicação, idade e o máximo de uso ao dia, para evitar efeitos tóxicos.

Fontes: Filipe Dantas-Torres, veterinário especialista em parasitologia e pesquisador do Instituto Aggeu Magalhães, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz); Reginaldo Peçanha Brazil, doutor em parasitologia pela Universidade de Liverpool e pesquisador titular da Fiocruz no Rio de Janeiro; Carolina Milanez, dermatologista especialista pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia); Maria Clara Dultra, dermatologista do Hospital São Rafael, da Rede D’Or, em Salvador.

Informações Viva Bem UOL


No último fim de semana, Salvador sediou o 12º Congresso Luso-Brasileiro de Terapia Intensiva, evento internacional que contou com a participação de quatro países: Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde. Presidido pelo Dr. Lucio Couto, coordenador das UTIs do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira da Bahia (AMIB-BA), o congresso foi realizado no Centro de Convenções Deville Prime, em Itapuã, e superou todas as expectativas de público e qualidade científica.

Segundo o Dr. Lucio Couto, o evento, que teve o apoio financeiro do Governo do Estado, inicialmente previa a inscrição de 700 participantes, mas atingiu a marca de 1.001 inscritos. “O Congresso foi um sucesso de público e de qualidade científica, superavaliado por todos que participaram, foram mais de 300 trabalhos científicos enviados para o congresso, mostrando a relevância de um evento internacional em nosso estado, no intuito de promover conhecimento científico atualizado e de qualidade” destacou Lucio. Ele também expressou um agradecimento especial ao Dr. Karlos Figueiredo pelo apoio incondicional da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), que foi essencial para a realização do evento.

A participação do HGCA foi expressiva, com 200 inscritos de Feira de Santana, muitos deles profissionais do próprio Clériston Andrade, que também contribuíram como palestrantes. “Tivemos uma participação significativa de profissionais das UTIs do Clériston Andrade. Dos nossos seis residentes de terapia intensiva, todos estavam presentes, o que demonstra nosso compromisso com a atualização científica e a qualificação dos nossos profissionais,” enfatizou o médico.

Ele informa ainda que uma das principais novidades apresentadas durante o congresso foi o pré-lançamento das novas diretrizes brasileiras de ventilação mecânica. “A última diretriz foi publicada em 2013, e agora, nove anos depois, a Bahia foi escolhida para lançar essas novas orientações, que são baseadas em evidências científicas e vão nortear as condutas corretas no manuseio dos pacientes em ventilação mecânica,” explicou. Lucio Couto ressaltou que muitas dessas práticas já eram aplicadas no HGCA, evidenciando a atualização constante das equipes do hospital.

A enfermeira intensivista Daniela Cunha, membro da comissão científica e responsável pela coordenação da equipe multidisciplinar, falou sobre a importância do congresso para a comunidade da saúde de Feira de Santana e, especialmente, para o HGCA. “Tivemos uma participação significativa de fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e fonoaudiólogos do Clériston Andrade. Esse evento de grande relevância científica contou com mais de 300 trabalhos apresentados e a participação de mais de 80 palestrantes nacionais e internacionais, onde foram partilhadas experiências riquíssimas” afirmou Daniela. Ela também salientou o alcance do evento na promoção da humanização e do cuidado mais próximo aos profissionais da terapia intensiva.

Entre os destaques do congresso, está a apresentação de trabalhos científicos produzidos em Feira de Santana. A residente de terapia intensiva, Livia Aras, apresentou um estudo sobre um caso de miocardiopatia periparto ocorrido no Hospital Estadual da Criança. “Quando apresentamos trabalhos científicos em congressos, estamos difundindo conhecimento e experiências de serviço, o que pode abrir leques para discussões de patologias e condutas, além de levar informações novas a outros profissionais,” comentou Livia. Seu relato destacou a importância do diagnóstico precoce e a intervenção adequada na fisiopatologia da doença, resultando em uma melhora significativa na qualidade de vida da paciente.

De acordo com a organização do evento, pela primeira vez, o congresso contou com a participação de representantes de países africanos, reforçando a internacionalização e a troca de conhecimentos entre diferentes nações. “Este evento, que alterna entre Brasil e Portugal, foi realizado em Salvador este ano, fortalecendo ainda mais os laços entre os países lusófonos. “O 12º Congresso Luso-Brasileiro de Terapia Intensiva foi um marco significativo para a comunidade médica, especialmente para os profissionais do HGCA, que tiveram uma participação destacada e contribuíram para o avanço da ciência e da prática da terapia intensiva. O evento não só proporcionou uma atualização científica de alta qualidade, mas também fortaleceu a cooperação internacional e a humanização no cuidado intensivo”, concluiu Lucio.

Assessoria de Comunicação do HGCA


Imagem
Imagem: iStock

Você sabia que alguns medicamentos, usados para os mais variados fins, podem causar danos a estruturas da orelha interna, popularmente conhecida como labirinto? Essa degeneração celular ocorrida pelos efeitos colaterais de um medicamento é chamada de ototoxicidade.

O labirinto é dividido em duas porções: cóclea, responsável pela audição, e vestíbulo, responsável pelo equilíbrio.

Algumas substâncias medicamentosas podem afetar somente a cóclea, outras apenas o vestíbulo e algumas tanto a área da audição quanto a do equilíbrio.

“As microestruturas afetadas da cóclea também variam entre as substâncias. Os danos às células ciliadas (células sensoriais da audição) costumam ser associados a perdas auditivas irreversíveis, já as alterações na estria vascular, que produz o líquido do labirinto, frequentemente são reversíveis”, explica Thaís de Carvalho Pontes Madruga, otorrinolaringologista no Hospital Nossa Senhora das Neves, da Rede D’Or em João Pessoa.

Na maioria dos casos, a perda auditiva é temporária, com a audição voltando ao normal depois de suspensa a medicação. Mas em outras situações ela pode ser permanente.

Isso acontece porque as células do ouvido são muito especializadas e sensíveis, e não temos como repor essas células. Por isso, se você demorar para fazer o diagnóstico, a perda de audição pode ser irreversível.
Ektor Onishi, otorrinolaringologista e professor da Unifesp

Imagem
Imagem: iStock

Além do tipo de medicação, a ototoxicidade depende da dose, tempo de utilização e sensibilidade individual. Outros fatores de risco são:

Continua após a publicidade

Alguns sintomas podem servir de alerta do comprometimento do ouvido interno.

Um deles é o zumbido, que costuma aparecer principalmente na fase inicial.

Há também a sensação de pressão no ouvido ou que ele está meio tampado, parecido com o que sentimos na decolagem ou pouso do avião.

Dificuldade para entender as pessoas quando estão falando ou de compreender palavras em ambientes muito barulhentos também podem ser sinais.

Quando o vestíbulo do labirinto é atingido, é possível notar quadros de desequilíbrio, dificuldade para andar em linha reta ou tontura, com sensação de que tudo está rodando.

No caso de perdas auditivas permanentes, o grau varia muito para cada pessoa, podendo ser de leve a profunda.

Nos casos de perdas parciais, pode-se usar aparelhos auditivos. Nos de perdas totais será necessário o uso de implantes cocleares.
Robinson Koji Tsuji, presidente da Sociedade Brasileira de Otologia

O implante coclear é um dispositivo eletrônico colocado cirurgicamente dentro do ouvido. Ele possui um microfone posicionado atrás da orelha para receber os sons do ambiente, transformados em impulsos elétricos transmitidos diretamente sobre o nervo da audição.

Imagem
Imagem: iStock

Medicamentos que podem causar ototoxicidade

A lista de medicamentos ototóxicos é enorme, passando de 130 drogas, segundo Tsuji, mas as principais classes medicamentosas causadoras de perda auditivas são certos tipos de antibióticos aminoglicosídeos, anti-inflamatórios, quimioterápicos e diuréticos.

Veja abaixo os mais famosos, segundo especialistas consultados por VivaBem:

1) Gentamicina

Indicado para o tratamento de infecções nos rins, respiratórias, gastrointestinais, pele, ossos, tecidos moles, intra-abdominais e oculares, além de infecções graves do sistema nervoso central (incluindo meningite). Ele faz parte da classe de antibióticos aminoglicosídeos, a mais famosa pela frequência de ototoxicidade, e pode afetar tanto vestíbulo como cóclea, provocando prejuízo no equilíbrio e na audição.

2) Neomicina

Comumente encontrado em forma de pomada, este antibiótico também pertence a classe dos aminoglicosídeos e pode ser usado para tratar algumas infecções de pele, hepáticas ou intestinais e em profilaxia pré-cirúrgica.

“Apresenta cocleotoxicidade com risco de perda auditiva tão importante que hoje em dia praticamente só é utilizado em aplicações tópicas (locais)”, diz Madruga.

Imagem
Imagem: Vertigemetontura.com/Divulgação

Essa perda auditiva pode até mesmo ser permanente quando grandes doses são dadas por via oral ou por irrigação do cólon para a esterilização intestinal.

Outros antibióticos dessa mesma classe são a tobramicina e a amicacina. Outro ponto importante diz respeito às mulheres grávidas. Gestantes devem evitar antibióticos ototóxicos porque podem danificar o labirinto fetal.

3) Furosemida

É um medicamento diurético, intensificador da excreção de urina e sódio pelo organismo. É indicado nos casos de hipertensão arterial leve a moderada, edema (inchaço) devido a distúrbios do coração, fígado e rins ou causado por queimaduras.

Ele pode interferir na função da estria vascular, ocasionalmente levando a perda auditiva, reversível com sua suspensão. Mas se a administração for via intravenosa pode causar perda auditiva permanente em pacientes com insuficiência renal que estiverem recebendo antibióticos aminoglicosídios.

4) Ácido acetilsalicílico (AAS)Continua após a publicidade

Utilizado como medicamento para tratar dor, febre e inflamação, também é um antiagregante plaquetário utilizado na profilaxia (prevenção) de eventos vasculares obstrutivos, como infarto e AVC. Pode afetar as células ciliadas (células sensoriais da audição) e a estria vascular (produz o líquido do labirinto), mas geralmente os danos são reversíveis dentro de 2 a 3 dias após a suspensão.

5) Cisplatina

É um quimioterápico utilizado em pacientes com câncer. Danifica mecanismos antioxidantes, levando ao acúmulo de radicais livres e a morte celular, inclusive nas estruturas do labirinto. Outro quimioterápico que causa ototoxicidade é o carboplatina. Eles podem trazer perda auditiva profunda e permanente, ocorrendo imediatamente após a primeira dose ou meses após a conclusão do tratamento.

6) Estreptomicina

Esse medicamento antibiótico é usado no tratamento da tuberculose e tende a causar danos ao vestíbulo, trazendo sintomas como falta de equilíbrio e vertigem. Normalmente essa condição costuma ser temporária.

Já a perda de audição ocorre para 4% a 15% dos pacientes que recebem 1g por dia durante mais de uma semana, e pode piorar caso o tratamento seja continuado, levando a surdez completa e permanente.

7) Azitromicina

Usado frequentemente no tratamento de infecções respiratórias ou sexualmente transmissíveis, esse antibiótico pode causar perda auditiva reversível ou irreversível em casos raros.

Informações UOL


Reprodução

Um estudo conduzido pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), com base em dados do Ministério da Saúde coletados entre janeiro de 2012 e agosto de 2023, revela informações preocupantes: mais de 489 mil brasileiros foram hospitalizados devido à trombose venosa durante esse período. No último ano do levantamento, a média diária de internações ultrapassou 165 pacientes, estabelecendo um recorde para o período analisado.

De acordo com especialistas consultados pela Agência Einstein, esses números tendem a aumentar ainda mais. As causas subjacentes a essa condição — que ocorre quando um coágulo se forma no interior de uma veia, dificultando ou obstruindo o fluxo sanguíneo de volta ao coração — estão se tornando cada vez mais comuns no cotidiano. O envelhecimento da população, por exemplo, é um desses fatores. “Quanto mais avançada a idade, maiores são os riscos”, afirma o cirurgião vascular e endovascular Henrique Lamego Jr., coordenador de relacionamento com o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.

Os médicos explicam que o sedentarismo também é um fator de risco significativo, especialmente para pessoas que passam longos períodos sentadas. “Hoje, consideramos o ato de permanecer sentado como o equivalente ao tabagismo, pois o corpo humano foi projetado para estar em movimento, e a imobilidade favorece o surgimento de várias doenças, incluindo a trombose”, afirma a cirurgiã vascular Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e do American College of Lifestyle Medicine.

Isso ocorre porque os músculos da panturrilha desempenham um papel essencial no bombeamento do sangue das pernas de volta ao coração. Quando uma pessoa permanece parada por muito tempo, esses músculos não funcionam adequadamente. O uso indiscriminado de hormônios, a obesidade, o tabagismo, as varizes e o histórico familiar também contribuem para o desenvolvimento da doença.

Para aqueles que trabalham sentados ou precisam passar horas na mesma posição, a especialista recomenda levantar-se a cada hora e caminhar por cinco minutos. “Movimentar as pernas, alongar-se, usar meias elásticas de compressão e beber bastante água — o que melhora a fluidez sanguínea — também são medidas benéficas”, acrescenta. “Deixe o copo d’água um pouco distante, o suficiente para incentivá-lo a se levantar da cadeira para pegá-lo, mas não tão longe a ponto de esquecer de beber”, orienta a cirurgiã vascular.

O aumento de casos pós-pandemia

A Covid-19 também desempenha um papel nesse cenário, uma vez que estudos revelaram que, em casos mais graves, ela pode desencadear a trombose. “Nos últimos anos, observamos um aumento significativo no número de casos de trombose relacionados ao coronavírus. Hoje, sabemos que a taxa de ocorrência desse problema em pacientes com Covid-19 chega a 16% e pode se manifestar até mesmo em pacientes assintomáticos”, afirma a especialista. Além disso, a pandemia levou muitas pessoas a ficarem internadas por longos períodos, o que contribuiu para o sedentarismo.

Outro fator que fez diferença foi o aumento do conhecimento da população sobre a trombose venosa profunda. “A mídia realizou uma ampla divulgação sobre essa condição, levando muitas pessoas a suspeitarem dos sintomas que estavam experimentando e a buscarem hospitais para diagnóstico e tratamento”, relata o angiologista e cirurgião vascular Armando Lobato, presidente da SBACV nacional.

O diagnóstico precoce é fundamental

Dor e inchaço na perna afetada, frequentemente começando na panturrilha, vermelhidão ou calor na pele, veias dilatadas e visíveis, além de dor e sensibilidade ao toque, são sinais da presença de trombose venosa profunda. O tratamento inclui medicamentos anticoagulantes, que ajudam na diminuição da viscosidade do sangue e na dissolução do coágulo. Também é indicada uma terapia anticoagulante para prevenir a formação de novos coágulos.

Procurar ajuda médica o mais rápido possível diante dos primeiros sinais da enfermidade é muito importante. “O diagnóstico precoce minimiza os riscos de complicações, como a migração do coágulo para as artérias do pulmão, o que pode provocar poucos sintomas, caso o trombo seja pequeno, ou desencadear a hipertensão pulmonar, quando a pressão arterial dos pulmões e no lado direito do coração é mais elevada do que o normal”, afirma o angiologista Lobato.

“A constatação precoce do quadro também evita ou diminui o risco da ocorrência de tromboembolismo pulmonar, quadro que pode ser muito grave e acontece quando o coágulo que se desprendeu e foi até os pulmões bloqueia a passagem do sangue em um dos vasos do órgão, causando a morte progressiva do local afetado e desencadeando tosse, falta de ar e dor ao respirar, o que pode até levar à morte”, acrescenta o médico do Einstein.

Prevenir a trombose envolve algumas medidas importantes. Aqui estão algumas dicas para reduzir o risco:

  1. Movimente-se regularmente: Se você passa muito tempo sentado ou em uma posição imóvel, levante-se e movimente as pernas a cada hora. Isso ajuda a manter o fluxo sanguíneo.
  2. Atividade física: Pratique exercícios regularmente para melhorar a circulação sanguínea. Caminhar, nadar e alongar-se são boas opções.
  3. Hidratação: Beba bastante água para manter o sangue fluindo adequadamente.
  4. Evite o tabagismo: O tabagismo aumenta o risco de trombose. Se você fuma, considere parar.
  5. Controle o peso: A obesidade está associada ao aumento do risco de trombose. Mantenha um peso saudável.
  6. Use meias de compressão: Especialmente se você tem histórico de trombose ou passa muito tempo sentado, usar meias elásticas de compressão pode ajudar a prevenir.
  7. Converse com seu médico: Se você tem fatores de risco, como histórico familiar ou uso de hormônios, consulte um médico para orientações específicas.

Lembre-se de que a prevenção é fundamental, especialmente se você estiver em grupos de risco. Consultar um profissional de saúde é sempre recomendado para avaliar sua situação individual.

Informações TBN


A preocupação com doenças virais, especialmente em tempos de surtos e epidemias, é uma realidade que a população enfrenta periodicamente. A dengue e as infecções respiratórias estão cada vez mais frequentes, lotando consultórios e emergências médicas na Bahia. A Dra. Fernanda Barbosa, médica do Pronto Atendimento da União Médica, traz importantes informações sobre essas enfermidades e como lidar com elas.

Na opinião da médica, em meio às mudanças climáticas, os desafios para a saúde pública se multiplicam. “Para entender melhor a relação entre a dengue, as gripes e os resfriados, e como podemos nos proteger, é importante entender que a dengue é uma preocupação constante, especialmente em áreas tropicais e subtropicais, mas não podemos esquecer das infecções respiratórias, que também representam um risco significativo para a saúde,” afirmou.

Segundo a Dra. Fernanda, os sintomas da dengue, como febre elevada, dores musculares e cefaleia, podem ser confundidos com os de outras viroses. “Por isso, é importante ficar atento a sinais de gravidade, como sangramento de mucosas e dor abdominal intensa, que exigem atenção médica imediata.” Ainda segundo ela, as infecções virais variam de acordo com os tipos de vírus que são causadores. “Em geral existe uma classificação entre as viroses gastrointestinais, as infecções virais gastrointestinais, que acabam gerando diarreia, náusea, vômito e cólica abdominal. Existem as viroses, que são as infecções virais respiratórias, como a influenza, a H1N1, e o COVID-19, que vão causar sintomas respiratórios, como coriza, febre, prostração, espirros e tosse.”

A médica estaca a importância de abordar a ansiedade que muitas pessoas enfrentam ao buscar exames para diagnosticar a dengue. Ela ressalta que, em um cenário de epidemia, o diagnóstico da doença é predominantemente clínico. Solicitar exames laboratoriais para todos os casos de suspeita de dengue seria inviável tanto para o sistema público quanto para o privado, devido ao alto custo e à alta incidência da doença. A Dra. Fernanda explica que “a viremia nos primeiros cinco dias é de extrema relevância para um diagnóstico preciso, já que o vírus da dengue precisa de tempo para se replicar e desencadear uma resposta imune no organismo. Portanto, realizar o exame laboratorial antes desse período pode não ser eficaz, resultando apenas em ansiedade e não em um diagnóstico conclusivo.” Ela acrescenta que o diagnóstico clínico é o mais relevante nesse contexto, sem a necessidade de uma prova comprobatória adicional.

A Relação entre Dengue e Outras Viroses
Um ponto que vale destaque, de acordo com a Dra. Fernanda Barbosa, são os sintomas que devem ser observados tanto para a dengue quanto para as infecções respiratórias. Para a dengue, os sintomas característicos incluem febre elevada, dores musculares e articulares, cefaleia persistente e manchas avermelhadas na pele, podendo ser acompanhados de prurido (coceira). No entanto, é essencial estar atento a sinais de gravidade, como sangramento de mucosas, vômitos persistentes, dor abdominal intensa, cefaleia intensa, desmaio e hipotensão, que exigem atenção médica imediata.

Já as infecções respiratórias, como a influenza, o H1N1 e o próprio COVID-19, apresentam sintomas respiratórios, como coriza, febre, tosse e dificuldade respiratória, podendo variar em gravidade de acordo com o tipo de vírus e a condição de saúde do paciente. “Os imunossuprimidos, como pacientes em quimioterapia ou acamados, tendem a desenvolver formas mais graves dessas infecções. Uma simples gripe pode evoluir para pneumonia devido à condição de saúde debilitada,” alerta a Dra. Fernanda.

Prevenção é Fundamental
Em relação à prevenção, a Dra. Fernanda Barbosa enfatiza a importância de medidas simples, porém eficazes, para reduzir o risco de contrair essas viroses. O combate ao mosquito Aedes Aegypti, por meio da eliminação de criadouros e do uso de repelentes, é essencial para prevenir a dengue. “O uso de repelente é fundamental”, reforça a médica. Já para as infecções respiratórias, as medidas incluem a higiene das mãos, o uso de máscaras em ambientes públicos e a manutenção da distância física, especialmente em locais fechados e aglomerados. “Durante o inverno, a mudança de clima pode provocar respostas alérgicas e a aglomeração de pessoas, facilitando a disseminação de vírus respiratórios,” explica a Dra. Fernanda. “A falta de uso de máscara também contribui para a disseminação.”

Tratamento Sintomático
No que diz respeito ao tratamento, a abordagem é principalmente sintomática, como explica a Dra. Fernanda Barbosa. Para a dengue, os medicamentos são prescritos de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente, como analgésicos para dor e antipiréticos para febre. No caso das infecções respiratórias, os sintomas também são tratados individualmente, com medicamentos para aliviar a tosse, a congestão nasal e outros desconfortos. “A hidratação é essencial tanto para a dengue quanto para outras viroses,” destaca a médica. “Beber bastante líquido ajuda a prevenir complicações e auxilia na metabolização das medicações.”

O Impacto da Baixa Temperatura
Quanto à relação entre a baixa temperatura e essas doenças, a Dra. Fernanda Barbosa destaca que, embora a dengue seja mais comum em áreas quentes e úmidas, as infecções respiratórias podem ocorrer em qualquer época do ano, inclusive durante o inverno. A queda na temperatura pode aumentar a circulação de vírus respiratórios, tornando a prevenção e a atenção aos sintomas ainda mais importantes.

“Idosos, crianças, gestantes e asmáticos são os mais afetados pelas infecções respiratórias graves. Estamos vendo um aumento significativo de casos graves em pacientes com comorbidades, principalmente os asmáticos. A conscientização e a busca por assistência médica adequada são essenciais para enfrentar essas viroses com segurança e eficácia. Não podemos baixar a guarda,” conclui a Dra. Fernanda.

Fonte: Assessoria União Médica


Conhecida por causar problemas à saúde a longo prazo, a categoria dos ultraprocessados é bastante ampla e inclui vários tipos de alimentos

Foto colorida de mulher parda, com cabelo preso. Ela está com dois casacos. Ela está próxima de um freezer e segura um produto enquanto segura uma cesta de supermercado - Metrópoles

Todo mundo sabe: alimentos ultraprocessados são ricos em sódio, açúcares e conservantes e trazem vários malefícios à saúde. O consumo excessivo está ligado ao desenvolvimento de obesidade, pressão alta, diabetes, alguns tipos de câncer e até problemas de saúde mental. Porém, o conceito é muito amplo e entram na mesma categoria salsichas, congelados, fórmula para recém-nascidos e pão de forma, por exemplo.

Existem vários tipos de classificação de alimentos, mas a que inaugurou o conceito de ultraprocessados e é usada em vários países é brasileiríssima. A Nova, criada na Universidade de São Paulo (USP), divide as comidas em quatro categorias e reconhece que muitos tipos de processamento industrial de alimentos são inofensivos, benéficos ou mesmo essenciais.

O grupo considerado prejudicial à saúde é o de ultraprocessados. “De uma forma geral, as evidências são consistentes e na sua maioria mostram que um padrão alimentar baseado em alimentos ultraprocessados está associado com desfechos negativos de saúde”, explica a pesquisadora Fernanda Rauber, que estuda o consumo de alimentos ultraprocessados e seus efeitos no Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, da Universidade de São Paulo (Nupens/USP).

Ela conta que o problema não é comer ultraprocessados de vez em quando, é basear a alimentação nesses produtos. As pessoas tendem a comer um combo: refrigerante e salgadinho de pacote, por exemplo, andam quase sempre juntos. Fernanda diz que é difícil avaliar o efeito do consumo de um único alimento ou subgrupo porque é preciso fazer uma comparação com uma comida saudável que é substituída por ele. “Por isso, faz mais sentido estudar os padrões alimentares”, afirma.

Alimentos ultraprocessados são considerados os vilões da saúde
Alimentos ultraprocessados são considerados os vilões da saúde

O que são alimentos ultraprocessados?

“São produtos alimentícios que passaram por diversos processos industriais e que contêm na sua formulação aromatizantes, corantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes. Sua elaboração envolve diversas etapas de processamento e muitos ingredientes, incluindo sal, açúcar, óleos e gorduras”, explica a nutricionista Monize Cicetti, professora doutora da PUC Campinas, em São Paulo.

Os alimentos ultraprocessados normalmente têm pouco ou nenhum alimento inteiro na sua composição, são ricos em açúcares e gorduras não saudáveis e carentes de fibras, vitaminas e demais micronutrientes.

Fernanda, do Nupens, explica que a melhor forma de identificar esse tipo de produto é verificando a lista de ingredientes. “Se tiver pelo menos uma substância alimentar nunca ou pouco utilizada nas cozinhas das nossas casas ou de restaurantes, como os corantes, aromatizantes e emulsificantes, então ele será considerado um alimento ultraprocessado”, ensina.

Para ajudar no reconhecimento dos alimentos ultraprocessados na hora de fazer compras, em outubro de 2022, a Anvisa aprovou uma nova regra sobre a rotulagem de alimentos embalados. Agora, a tabela nutricional deve ser maior, para facilitar a visualização, e a quantidade de açúcares totais e adicionados será apresentada. Além disso, na frente da embalagem aparece uma lupa que indica alto teor em algum ingrediente específico, como sódio, açúcar ou gorduras.

“A ideia é esclarecer o consumidor, de forma clara e simples, sobre a quantidade elevada de algum item que ofereça impactos negativos para a saúde”, aponta o site do Ministério da Saúde.

Fernanda afirma que, apesar de vários estudos publicados usarem a classificação Nova, ainda são necessárias mais pesquisas para entender como os subgrupos de alimentos ultraprocessados estão associados a diferentes doenças.

A classificação Nova

A proposta de classificação Nova, criada pelo Nupens, começou quando a equipe percebeu a mudança no padrão de aquisição de alimentos pela população. Entre o final da década de 1980 e 2009, o brasileiro passou a comprar menos arroz, feijão, farinha, ovos, leites e carnes, óleos vegetais e açúcar, e começou a gastar mais em doces, salgadinhos, biscoitos, refeições prontas e bebidas açucaradas.

Os pesquisadores perceberam que essa mudança estava associada ao aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade entre os brasileiros. Em 2009, o Nupens criou a classificação que divide os alimentos com base na natureza, assistência e propósito do processamento industrial.

Os alimentos são divididos em quatro grandes grupos. O primeiro reúne aqueles que são in natura, ou minimamente processados (que não têm adição de elementos que descaracterizem o alimento). Bons exemplos são os grãos de milho que são transformados em farinha, cuscuz e massas; o café que é torrado e moído; ou as carnes congeladas.

No segundo grupo, estão os ingredientes culinários que são usados para temperar, mas são extraídos de alimentos do primeiro grupo por procedimentos físicos. Por exemplo: a manteiga, que é obtida do leite; o açúcar, que vem da cana; o azeite, que é fabricado a partir das azeitonas; ou o sal, que é extraído da natureza.

Na terceira categoria, estão os alimentos processados. Entram neste grupo os produtos modificados por processos industriais simples, que podem ser replicados em casa, e têm adição de alimentos do segundo grupo para aumentar a duração do alimento. Aqui, são incluídas conservas de legumes, frutas em calda, queijos e pães artesanais. A Nova considera que, em pequenas quantidades, esses produtos podem fazer parte de uma dieta equilibrada e nutricionalmente saudável.

Por último, entram os ultraprocessados, que são formulações obtidas “por meio do fracionamento de alimentos do primeiro grupo” e que têm adição de corantes, aromatizantes, emulsificantes, espessantes e outros aditivos.

“Os três primeiros grupos da classificação nova compõem os padrões alimentares tradicionais e estabelecidos há muito tempo em todo o mundo, incluindo aqueles conhecidos por promover uma vida longa e saudável”, explica Fernanda.

Monize conta que o conceito de ultraprocessados da Nova é amplamente aceito na área da saúde, principalmente por nutricionistas, e que é suficiente para explicar todos os alimentos que estão incluídos na categoria. A professora aponta que é importante entender a diferença entre ultraprocessados e processados para a criação de um cardápio saudável e equilibrado.

Foto colorida de alimentos ultraprocessados, incluindo balinhas, barras de chocolate, copo de refrigerante, donuts, cookies e muffins - Metrópoles
Doces e refrigerantes são alguns exemplos de alimentos ultraprocessados com muito açúcar

Indústria considera classificação equivocada

O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), João Dornellas, defende que o que define a qualidade de um alimento é sua composição nutricional, não a quantidade de processamentos. “Essa nomenclatura de ultraprocessados, em sua concepção, apresenta o processamento como algo nocivo, que descaracteriza ou desqualifica um alimento, o que não é verdade”, afirma.

Na visão das fabricantes de alimentos, separar “comida de verdade e de mentira” é irresponsável e injusto com a população, visto que a indústria tem investido na modernização do processamento e na melhora da tecnologia de alimentos.

“A indústria trabalha com inovação, o que permite que tenhamos hoje uma grande diversidade de alimentos, com diferentes perfis nutricionais, que possam atender às mais variadas necessidades e preferências das pessoas”, explica Dornellas.

Acesso aos ultraprocessados

Uma pesquisa brasileira, feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e publicada na edição de março dos Cadernos de Saúde Pública, mostra que os moradores das periferias brasileiras têm dificuldade para encontrar e comprar alimentos in natura e acabam consumindo mais ultraprocessados.

De acordo com o estudo, os moradores de favelas não têm tempo para cozinhar as refeições todos os dias, mas raramente saem para comer fora de casa. Os ultraprocessados são baratos e práticos para quem passa a maior parte do dia no trabalho ou escola e no deslocamento.

Os autores do trabalho argumentam que o problema não é só a oferta fácil e barata dos ultraprocessados. Os moradores das periferias precisam ter acesso a opções mais saudáveis, e uma opção é apostar em feiras de rua organizadas por órgãos públicos, onde os alimentos saudáveis e sem agrotóxicos podem ser comercializados por um preço mais baixo.

Informações Metrópoles


Reprodução/Medica/SA

Em resposta à situação de calamidade pública enfrentada pelo estado do Rio Grande do Sul, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tomou medidas para facilitar o acesso a medicamentos essenciais para milhares de cidadãos afetados na região. Através da Resolução de Diretoria Colegiada nº 864/2024, publicada em 08 de maio de 2024, a ANVISA temporariamente autorizou a prescrição eletrônica de medicamentos sujeitos a Notificação de Receita, incluindo aqueles das categorias “A”, “B”, “B2” e “C2”. Anteriormente, esses medicamentos exigiam receitas físicas com numeração única, produzidas por gráficas autorizadas, mas agora os médicos podem emitir prescrições eletrônicas de forma rápida e segura. Com informações da Medicina S/A.

A Defesa Civil estima que até 600 mil pessoas foram deslocadas para abrigos no estado, muitas delas sem acesso aos seus tratamentos habituais. A resolução da ANVISA visa garantir a continuidade desses tratamentos necessários. De acordo com a norma, as prescrições eletrônicas devem seguir os moldes da Receita de Controle Especial em duas vias e estar assinadas eletronicamente com certificado ICP-Brasil. As Farmácias do RS podem validar a autenticidade da receita e da assinatura digital por meio de códigos como tokens ou QR Codes. Essa normativa tem validade de 90 dias, aplicando-se somente ao estado, mas pode ser prorrogada conforme necessário.

Julia Cestari Santos, coordenadora do Grupo de Trabalho de Documentos Eletrônicos de Saúde e Dispensação da Saúde Digital Brasil, destaca que os profissionais de saúde desempenham um papel vital, especialmente via serviços de telessaúde, ao apoiar pacientes na retomada de tratamentos, muitas vezes de pacientes crônicos. A norma da ANVISA é uma decisão acertada, permitindo que esses profissionais prescrevam remotamente medicamentos sujeitos a Notificação de Receita, que anteriormente demandavam uma via física.

Além disso, a digitalização das prescrições de medicamentos controlados também tem impacto na saúde mental. A pandemia de Covid-19 aumentou casos de depressão, ansiedade e estresse pós-traumático, e a medida adotada pela ANVISA visa democratizar e acelerar a assistência a esses pacientes.

Em meio à calamidade pública no Rio Grande do Sul, fornecer um método ágil e confiável de prescrição é crucial para garantir a continuidade do tratamento e enfrentar os desafios decorrentes dessa crise, incluindo os impactos na saúde mental de adultos e crianças. As especialistas enfatizam a necessidade contínua de atualizar normas e processos para avançar na digitalização dos processos em saúde e no acesso aos serviços.

Marília destaca que, devido à complexidade do tema, é essencial adotar uma abordagem meticulosa para garantir que o processo atenda aos mais altos padrões de rigor e qualidade, equiparáveis ou até superiores aos talonários físicos. O Grupo de Trabalho da SDB tem avançado com discussões internas para debater melhores práticas nesse contexto.

“A expansão dos serviços de telessaúde tem proporcionado diversos casos práticos, e acreditamos que, com a colaboração setorial, podemos compartilhar essas experiências com os órgãos reguladores. Nosso objetivo é contribuir conjuntamente com o setor para ampliar o acesso à saúde por meio de prescrições eletrônicas seguras, rápidas e rastreáveis para pacientes, profissionais de saúde e a vigilância sanitária”, reforça Julia Cestari Santos.

Informações

1 16 17 18 19 20 150