Dores no estômago não são relacionadas exclusivamente a algum alimento em específico. Na maioria das vezes, o desconforto acontece devido a lesões, provocadas pelo excesso de bebida alcoólica, por medicamentos —como os anti-inflamatórios— ou pela bactéria H. Pylori, que chega a infectar 90% dos adultos. Esses hábitos diminuem a produção de muco no estômago, que age como uma barreira contra o ácido clorídrico que digere as proteínas.
É a partir daí que surgem as primeiras lesões no estômago, que podem virar uma gastrite(inflamação) ou evoluir para uma úlcera (ferida aberta). Para ajudar a evitar o problema, veja uma lista com alimentos que fazem bem para o estômago e outra com comidas que podem piorar as lesões preexistentes.
Ainda que não existam estudos cabais sobre alimentos que tragam benefícios para quem tem dor de estômago, a hortaliça é uma das mais indicadas, por ter propriedades cicatriciais. Elas podem ajudar a “curar” as lesões estomacais.
Estudos já mostraram que brócolis tem indol-3-carbinol, uma substância que agride a bactéria H.Pylori (responsável por grande parte das dores de estômago). Nesses trabalhos, o nutriente foi capaz de “agredir” e diminuir a população da bactéria no estômago.
A história de que a pimenta faz mal para o estômago não passa de um mito. A capsaicina, um dos compostos presentes no condimento, tem grande poder anti-inflamatório, que pode atuar na mucosa do estômago e ajudar em problemas intestinais. No caso de gastrite ou úlcera, no entanto, é melhor evitar até que a doença esteja controlada.
Os grãos integrais têm uma capa de celulose. Ela envolve os alimentos e faz com que não haja uma fermentação excessiva —que prejudica o estômago — quando eles são consumidos.
A lógica é simples: pense na sua pele, se você está com um machucado e a estica, sente dor, certo? É a mesma coisa. Se o estômago estiver lesionado, a bebida gaseificada vai fazer ele inflar, como uma bexiga, provocando dor. Enquanto a água com gás só causa desconforto, o refrigerante, por sua vez, é muito ácido e pode acentuar as lesões já existentes.
O álcool agride a mucosa do estômago e também é capaz de aumentar as lesões já existentes. Estudos mostram que o excesso de bebida pode até causar câncer de estômago.
Molhos e condimentos industrializados, como ketchup e mostarda, têm conservantes químicos que aumentam a acidez do estômago. Além de gerar dores, esses alimentos contribuem para aumentar a lesão no órgão.
Sucos de limão e de abacaxi podem provocar incômodos devido ao excesso de acidez. Mas eles não pioram a lesão, pois as frutas têm sais minerais que interagem com o líquido do estômago, diminuindo seu pH.
Lembra da capa protetora que protege os grãos integrais e evita a fermentação deles? Então, ela é removida no processo de refinamento da farinha branca. Por causa disso, alimentos feitos com ela fermentam facilmente e induzem a liberação de suco gástrico, o que tende a causar azia. Apesar de não gerar dor, o problema pode ser sinal de uma gastrite.
Eles até trazem uma sensação de alívio imediato quando você está com dor de estômago, pois têm pH básico e neutralizam o ácido do órgão. O problema é que o corpo entende que, como o pH do estômago ficou neutro de uma hora para a outra, ele precisa liberar ainda mais suco gástrico, causando um efeito rebote.
Fontes consultadas: Dennys Esper Corrêa Cintra, nutricionista e professor de nutrigenômica da Unicamp.
Informações UOL
Um apelo ao governador Jerônimo Rodrigues e à secretária de Saúde do Estado, Roberta Santana, foi feito, na Câmara de Feira de Santana pelo vereador Luiz da Feira (PP). Ele pediu a essas autoridades estaduais que façam algo para diminuir o sofrimento das pessoas que dependem do sistema de regulação (transferência de pacientes que se encontram nas UPA’s, policlínicas e hospitais, nesta cidade, para unidades prestadoras de atendimentos de alta complexidade, para serem submetidas a cirurgias e tratamentos especializados).
Segundo Luiz da Feira, há muitas pessoas aguardando por um período de quatro a seis dias, pela regulação, nas UPA’s e policlínicas lotadas. “Estão cheias de pessoas com trombose, dengue, viroses, infarto e diabetes”. Ele também se dirigiu ao prefeito Colbert Martins Filho e à titular da pasta municipal de Saúde, Cristiane Campos. “Infelizmente, não temos assistência básica eficiente em Feira. Se houvesse, as unidades de suporte não estariam como estão”.
Enquanto isso, reclama, postos de saúde da família “não tem nem curativo, remédio de pressão, fita para a glicose”. O vereador cobrou compromisso feito pelo prefeito, de construção de um hospital municipal. “Várias cidades menores tem. Aqui, não passa de promessa há 25 anos, feita sempre em tempo de eleição. Nem abrem a licitação”. Para piorar, ele acrescentou, agentes de saúde e de endemias estariam sem farda e equipamentos, enquanto apenas “três ou quatro ambulâncias funcionam no SAMU e enfermeiros pedem socorro, com salários atrasados”.
*Ascom/CMFS
Tomar café pela manhã é um hábito comum, mas talvez não seja a melhor ideia — pelo menos isso é o que diz um estudo norte-americano. E isso não tem nada a ver com aquela vontade de ir ao banheiro que se pode ter após ingerir uma xícara dele.
A explicação é que a cafeína age na geração de energia natural do corpo —o que pode levar a uma maior tolerância a esse estimulante. Quem apontou a questão foi Steven Miller, um pós-doutorando em ciências da saúde da Universidade de Bethesada (EUA), que estudou nosso ciclo circadiano, ou seja, o ciclo hormonal de 24 horas pelo qual nosso sono se guia.
A secreção de cortisol, um dos hormônios que controla o ciclo circadiano e nos faz sentir alerta, é maior pela manhã, para que se garanta quantidade adequada de glicose e de outros substratos energéticos (ácidos graxos e aminoácidos) a todas as células que “acabaram de acordar”. De forma geral, seu pico de produção aconteceria por volta das 8h e 9h.
Isso significa que aquela xícara que você toma ao chegar ao escritório é desnecessária, pois seu corpo já está naturalmente energizado neste horário, tornando a cafeína algo supérfluo. Além de diminuir os efeitos energéticos do café, o cortisol ainda faz com que seu corpo fique mais tolerante a ele. Isso faz com que sejam necessárias cada vez mais xícaras de café para você sentir seus efeitos.
A cafeína é um estimulante do Sistema Nervoso Central. Pessoas sensíveis podem ter estímulos elevados mesmo com dosagens baixas de cafeína, resultando em excitação desse sistema e estimulação da glândula pituitária (hipófise) que estimulará a suprarrenal, acarretando produção aumentada de cortisol, além de taquicardia e problemas estomacais se consumido em excesso.
E o cortisol também é considerado um hormônio relacionado ao estresse. Uma maior tolerância à cafeína pode, portanto, levar a níveis elevados de cortisol, que perturbam os ritmos circadianos e causam outros efeitos ruins sobre sua saúde.
Prefira os momentos em que os níveis de cortisol diminuem naturalmente. Na maioria das pessoas, os níveis de cortisol chegam ao máximo entre 8h e 9h, 12h e 13h e 17h30 e 18h30. Assim, o melhor seria aproveitar o horário entre 9h30 e 11h30 e 13h30 e 17h00, que são exatamente os momentos em que você precisa daquela força a mais para seguir o dia.
O que é importante deixar claro é que o horário é uma estimativa, que varia de acordo com a região que a pessoa vive (se é mais ou menos ensolarada, por exemplo), hábitos alimentares e estilo de vida.Continua após a publicidadey
Quem troca o dia pela noite apresenta maior risco de ter as alterações orgânicas mencionadas, por exemplo. Também evite beber o café preto em jejum, se o seu estômago for sensível, e depois das 18h30, para conseguir pegar no sono com mais facilidade. O que você menos precisa é estímulo na hora de dormir.
Fontes: Cezar Henrique de Azevedo, nutricionista e professor Dr. da Universidade Catolica de Santos; Francisco Tostes, endocrinologista especialista em medicina do esporte, além de membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Informações UOL
Consumido diariamente pela maior parte das pessoas, o queijo pode trazer diversos benefícios para a saúde; confira
Um alimento extremamente versátil, o queijo dá sabor, aroma e textura a diversas receitas e está presente na rotina da maior parte das pessoas, principalmente durante o café da manhã. No entanto, apesar do derivado do leite ser rico em nutrientes, as calorias e o teor de gordura do alimento podem ser vistos com maus olhos.
Existem diferentes tipos de queijos e algumas opções podem ser mais saudáveis que outras por apresentarem menos gorduras e mais nutrientes essenciais para o organismo. Dessa forma, o consumo diário do alimento pode trazer benefícios ou desvantagens para o corpo.
Entre as vantagens de incluir o laticínio na rotina alimentar estão as grandes quantidades de probióticos, cálcio, proteínas, fósforo, potássio e outras vitaminas e minerais que impulsionam a saúde. De acordo com o EatingWell, o alimento também pode diminuir os riscos de doenças cardíacas e melhorar a saúde intestinal. Confira!
Fortalece os ossos
Segundo EatingWell, os queijos, principalmente os mais duros, são ricos em cálcio, que age no desenvolvimento e manutenção da massa óssea, na circulação sanguínea e nas funções musculares e nervosas. Além disso, uma pesquisa publicada na Food Science & Nutrition descobriu que as opções com alto teor de cálcio podem proteger contra obesidade, hipertensão e diabetes tipo 2.
Aumenta a saúde do intestino
Os queijos possuem probióticos, bactérias boas que residem no intestino e ajudam na absorção de nutrientes e minerais e também promove a saúde geral do organismo. Entre as opções que mais oferecem os probióticos estão o suíço, o cheddar, o cottage e o gouda.
De acordo com EatingWell, o calor pode destruir os probióticos, então é válido priorizar o consumo do alimento fresco e cru. Ao invés de adicionar queijo em receitas quentes, é melhor colocá-lo em sanduíches naturais e saladas.
Diminui os riscos de doenças cardíacas
Um estudo publicado na Frontiers in Nutritionsugere que as gorduras saturadas constituem cerca de 60% da gordura na maioria dos queijos. Apesar dessa gordura ser associada aos problemas de coração, nem todos os tipos, incluindo os encontrados no laticínio, são prejudiciais.
Os resultados da pesquisa mostraram que, mesmo com a presença da gordura saturada, aqueles que comeram queijos gordos observaram uma redução no colesterol total e no colesterol ruim. Além disso, uma revisão da revista Nutrients sugeriu que o consumo regular de laticínios está associado a um menor risco de doenças cardiovasculares.
Para o cardiologista Cheng-Han Chen, uma das melhores alternativas para a saúde do coração é a muçarela. “É uma boa fonte de proteína e cálcio e ainda contém probióticos que podem beneficiar a saúde intestinal e imunológica”, disse ele ao New York Post.
Possui alto teor de sódio
Com o alto consumo de alimentos embalados e ultraprocessados, a quantidade de sódio consumida diariamente se tornou um problema, mesmo o mineral sendo crucial para o bom funcionamento do corpo. No caso do queijo, o sódio ajuda a realçar o sabor do alimento e também mantém o alimento conservado por mais tempo.
Para evitar os problemas causados pelo excesso de sal, é importante estar atento aos rótulos dos queijos, porque os índices podem variar de uma conta para outra e evitar comer com frequência as opções altamente processadas.
Fazem mal para quem tem intolerância à lactose
Aqueles que possuem intolerância à lactose podem sofrer com problemas intestinais se consumirem laticínios frequentemente. No entanto, de acordo um artigo publicado no Journal of Translational Medicine, queijos envelhecidos e duros não possuem grandes quantidades de lactose.
Apesar do consumo diário do queijo trazer benefícios, é importante procurar um profissional da saúde antes de incluir o alimento na dieta.
Informações Metrópoles
No início da rotina de treinamento, é comum exceder a carga de exercícios, passando horas na academia e, muitas vezes, sem auxílio profissional – sobrecarregando grupos musculares. Em alguns casos, com falta de planejamento ou descanso adequado, o indivíduo não alcança mais os resultados do início e nota até uma regressão.
Sempre digo que o equilíbrio é a chave. O excesso de exercícios pode causar uma série de sintomas, conhecidos como síndrome do excesso de treinamento ou overtraining, que podem ser prejudiciais à sua saúde, desencadeando síndrome neuroendócrina que resulta em modificações fisiológicas e/ou psicológicas e, consequentemente, fazendo com que a pessoa reduza ou até ganhe peso. ”Paola Machado, doutora em saúde e diretora de comunicação do CREF4/SP (Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região).
Se sua ideia é apenas espantar o sedentarismopara ter bem-estar e ficar longe de doenças como infarto e AVC, você não precisa ir à academia todos os dias. Segundo o American College of Sports Medicine, realizar cinco sessões de 30 minutos de atividade física moderada já é suficiente para ter saúde. E ainda é possível garantir o mesmo benefício em três treinos de 20 a 60 minutos de exercício vigoroso.
Correr três vezes por semana, por exemplo, já é o bastante para proporcionar benefícios como a redução da frequência cardíaca em repouso – que diminui o risco de problemas no coração – e evitar o desenvolvimento de diabetes” Murilo Alves de Souza, formado em educação física pela USP e professor da academia Bodytech
Adicionar a isso dois treinos de musculação vai ajudar na manutenção da massa magra, melhorar a postura e reduzir o risco de lesões, garantindo a você um corpo ainda mais saudável.
O número de vezes que você vai à academia depende da divisão do formato do seu programa de musculação (A,B; A,B,C; A,B,C,D etc.), mas já é possível obter bons resultados com três treinos – sendo que o mais indicado geralmente é quatro ou cinco e algumas pessoas chegam a malhar sete vezes.
Segundo Ronie Hornos, coordenador de esporte e educação física do Colégio Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo, o mais importante é respeitar o tempo de descanso que um grupo muscular precisa para se recuperar – por isso, você não deve fazer em dias seguidos exercícios que trabalham o bíceps (ou pernas, costas, peito), por exemplo. “Para evoluir, nosso corpo obedece o processo de supercompensação, isto é: estresse, repouso e adaptação, inclusive com o sistema muscular”, esclarece.
Dicas para evitar o excesso de treino:
Tenha em mente que o exercício deve ser uma experiência positiva que lhe traga mais saúde e vitalidade. Se isso está te trazendo prejuízos e levando a alterações no seu peso, é importante resolver o problema o mais rápido possível.
Descanse. Com descanso adequado, os efeitos negativos do overtraining devem reduzir.
Melhore seu sono. A falta de sono pode agravar ainda mais os sintomas do overtraining. Seu corpo precisa de sono adequado para reparar e se recuperar. De acordo com o National Sleep Foundation, atletas e pessoas muito ativas precisam de pelo menos oito horas de sono por noite.
Alimentação adequada. Uma combinação certa de macronutrientes é a chave para a recuperação adequada e evitar o overtraining. Tanto proteínas quanto carboidratos também são fundamentais para o seu treino. Opte por carboidratos complexos de frutas, vegetais e grãos integrais.
Se você está treinando demais, com ou sem comer demais, e parece compulsivo, procure ajuda de um médico.
Informações UOL
O paciente apresentava “múltiplas patologias subjacentes” e, em 17 de abril, desenvolveu febre, problemas respiratórios, diarreia e náuseas, antes de morrer
A morte de uma pessoa no México por infecção pela gripe aviária H5N2, uma variante diferente da detectada nos Estados Unidos, foi confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta quarta-feira (5).
“Este é o primeiro caso humano confirmado em laboratório de infecção por um vírus da gripe A (H5N2) notificado no mundo, e a primeira infecção pelo vírus aviário H5 reportada em uma pessoa no México”, declarou a agência de saúde da ONU em um comunicado em seu site.
As autoridades mexicanas haviam informado à OMS, em 23 de maio, sobre um caso confirmado de infecção pela gripe aviária H5N2 em uma pessoa de 59 anos, que havia sido hospitalizada na capital.
O paciente apresentava “múltiplas patologias subjacentes” e, em 17 de abril, desenvolveu febre, problemas respiratórios, diarreia e náuseas, antes de morrer. Em outro comunicado, o governo mexicano indicou que era “um homem de 59 anos, com histórico de doença renal crônica, diabetes tipo 2, hipertensão arterial sistêmica de longa evolução, residente no estado do México”.
A agência da ONU afirmou que a origem da infecção é “atualmente desconhecida” e destacou que a vítima não tinha “histórico de exposição a aves ou outros animais”.
Não há risco de contágio – A organização aponta que, em março, foi detectado um foco epidemiológico de gripe aviária do tipo H5N2 em uma granja avícola no estado de Michoacán, limítrofe com o estado do México. Também foram identificados outros casos em aves domésticas, em março, em Texcoco, e em abril, em Temascalapa, ambos municípios no estado do México.
Informações Bahia.ba
Após o sucesso do transplante de coração realizado nesta terça-feira (4), o feirense Luiz Cláudio de Jesus segue estável na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ana Nery. Ele é o primeiro paciente do município a realizar uma cirurgia desse porte, pela rede pública, neste ano.
Segundo informações da esposa, Deijanice Amorim, o procedimento feito na unidade hospitalar durou em média três horas. O feirense deu entrada por volta de 21h no centro cirúrgico e saiu à meia-noite. Logo após, foi direcionado para a UTI por questão protocolar de cuidados referentes aos pacientes cardíacos.
O deslocamento para a cidade de Salvador, local onde foi efetuada a cirurgia, teve a assistência do serviço de Transporte Fora do Domicílio (TFD), oferecido pela Prefeitura de Feira e contou também com a escolta da Polícia Rodoviária Federal que contribuiu para que contratempos na BR-324 não atrapalhassem a chegada, em tempo hábil, na unidade de saúde.
Luiz utiliza o TFD desde o ano de 2020. No começo, ele ia de ônibus, mas com a piora do quadro de miocardiopatia dilatada, passou a ser buscado na própria residência, o que garantiu a continuidade dos acessos às consultas necessárias para habilitação ao transplante.
*Secom/PMFS
Existe uma semente que roubou a cena no mundo “fit” recentemente: a de chia. O grãozinho de cor marrom é um item presente nas compras daqueles que buscam por melhorar o bem-estar e dar uma forcinha no emagrecimento, em uma prova clara de que tamanho, definitivamente, não é documento.
Embora faça muito bem à saúde cardíaca e ao intestino, entre outros benefícios, ela não é indicada para um grupo específico de pessoas.
Quem sofre com hipertensão precisa tomar certos cuidados ao ingerir o ingrediente. Isso porque a ingestão excessiva de semente de chia pode reduzir a pressão arterial e, por consequência, diminuir o efeito dos medicamentos.
As propriedades do alimento podem afetar os níveis de pressão arterial, por isso, recomenda-se, além da consulta com um especialista, a moderação no consumo regular.
Além disso, pessoas que utilizam medicações anticoagulantes também devem ter muita cautela. As sementes de chia aumentam o risco de hemorragia ou sangramento, devendo ser evitadas por quem utiliza esses tipos de remédios.
Insistir no consumo da chia pode, até mesmo, interferir na ação desses medicamentos, aumentando os riscos de complicações.
Já para os indivíduos alérgicos a nozes ou castanhas, o consumo também deve ser evitado. Reações alérgicas podem ser agravadas. É fundamental, antes de fazer qualquer mudança na dieta, procurar um médico e nutricionista.
Informações Metrópoles
Estudo de cientistas de universidade de Amsterdã analisou dados de 47 países
Pesquisadores da Vrije Universiteit, em Amsterdã, sugerem que as vacinas contra a covid-19 podem ter contribuído para o aumento das mortes em excesso desde a pandemia. O estudo analisou dados de 47 países ocidentais e encontrou mais de 3 milhões de mortes em excesso desde 2020, informou o jornal britânico The Telegraph nesta terça-feira, 4.
Os pesquisadores destacaram que os números “sem precedentes” levantam “sérias preocupações” e pedem aos governos que façam uma investigação completa das causas subjacentes, incluindo possíveis danos das vacinas.
Os autores do estudo publicaram o artigo no renomado periódico internacional de saúde pública BMJ Public Health e alertaram sobre a necessidade de investigar os efeitos adversos das vacinas: “Embora as vacinas contra a covid-19 tenham sido fornecidas para proteger os civis do sofrimento e da mortalidade pelo vírus covid-19, eventos adversos suspeitos também foram documentados”, escreveram.
O estudo revelou que na Europa, EUA e Austrália houve mais de 1 milhão de mortes em excesso em 2020, no auge da pandemia. Em 2021, esse número aumentou para 1,2 milhão; no ano seguinte, para 800 mil em 2022.
Os pesquisadores explicaram que esses números incluíam mortes por covid-19, bem como “efeitos indiretos das estratégias de saúde para conter a disseminação e a infecção do vírus”.
Os autores lembram que “tanto profissionais médicos quanto cidadãos relataram lesões graves e mortes depois da vacinação em vários bancos de dados oficiais no mundo ocidental”.
No artigo, afirmaram: “Durante a pandemia, os políticos e a mídia enfatizaram diariamente que cada morte por covid-19 importava e que cada vida merecia proteção por meio de medidas de contenção e vacinas contra a covid-19. No pós-pandemia, o mesmo moral deve se aplicar.”
No artigo, os cientistas afirmaram que efeitos colaterais relacionados à vacina contra a covid-19 incluíam acidente vascular cerebral isquêmico, síndrome coronariana aguda e hemorragia cerebral, doenças cardiovasculares, coagulação, hemorragias, eventos gastrointestinais e coagulação sanguínea. Pesquisadores alemães observaram que o início da mortalidade em excesso em 2021 coincidiu com a introdução das vacinas, o que exige investigação dos governos.
Contudo, dados recentes sobre efeitos colaterais não foram disponibilizados ao público, com os países mantendo seus próprios bancos de dados individuais de danos, que dependem do relato do público e de médicos, alertaram os especialistas, conforme o Telegraph.
Gordon Wishart, diretor médico da Check4Cancer e professor visitante de cirurgia oncológica na Anglia Ruskin University, alertou repetidamente para o fato de que atrasos no diagnóstico de câncer levariam a mortes. “Foi previsto no início do período de lockdown que o acesso limitado aos cuidados de saúde para condições não relacionadas à covid levaria a atrasos no diagnóstico e no tratamento de condições críticas, como câncer, doenças cardíacas, diabetes e demência, e que isso resultaria em mortes em excesso dessas condições”, disse ao Telegraph.
Dados do serviço de saúde da Inglaterra, o NHS, mostram que a incidência de câncer por 100 mil pessoas era de 521 no ano pré-lockdown, caindo para 456 em 2020-2021, sugerindo que cerca de 45 mil casos de câncer foram perdidos no primeiro ano da pandemia. A taxa de incidência subiu para 540 por 100 mil no ano seguinte, revelando que muitos casos foram diagnosticados tardiamente, quando o tratamento seria menos eficaz.
Falando sobre o potencial de danos das vacinas, Wishart acrescentou: “Os autores estão corretos ao revelar que muitos eventos adversos graves relacionados às vacinas podem não ter sido relatados, e apontam o fato de que o início simultâneo da mortalidade em excesso e a vacinação contra a covid-19 na Alemanha merecem mais investigação por si sós”.
Ele acrescentou que “o artigo levanta mais perguntas do que respostas”, mas “é difícil discordar da conclusão de que uma análise mais aprofundada é necessária para entender as causas subjacentes da mortalidade em excesso para melhor se preparar para o gerenciamento futuro de crises pandêmicas”.
Informações Revista Oeste
Não eram nem 7h da manhã de uma sexta-feira quando Eduardo Suplicy acordou. Tomou café e seguiu para a praça em frente à sua casa para fazer os exercícios físicos, em companhia de sua professora de ginástica. A rotina se repete três vezes por semana.
Naquele dia, a agenda seria extensa, sem hora definida para acabar. Mas ele ainda arranjou um tempo para receber a reportagem de VivaBem em sua casa, no Jardim Paulistano. “Cheguei no horário combinado, hein”, brincou Suplicy.
Aos 82 anos, o deputado estadual por São Paulo é um dos políticos mais famosos no país, além de ser um dos mais longevos, com 44 anos de vida pública. Em setembro de 2023, a notícia de que tinha sido diagnosticado com a doença de Parkinson chamou atenção —tanto quanto a opção de tratamento: com derivados da Cannabis sativa, a planta da maconha.
Após diversos exames, foi em uma consulta com o médico geriatra, há pouco mais de um ano, que o político constatou que estava com Parkinson, mas em estado leve. Dali em diante, foram prescritas receitas de remédios tradicionais, com acompanhamento para definir as dosagens ideais.
Em paralelo, Suplicy passou a acompanhar mais de perto o trabalho da pesquisadora Cidinha Carvalho, mãe de Clárian, menina que tem síndrome de Dravet, e presidente da Cultive, associação sem fins lucrativos criada por e para pacientes e acompanhantes usuários da Cannabis terapêutica.
Cidinha foi a primeira mãe de São Paulo a ter o direito judicial de cultivar Cannabis. “Conheci a filha dela, até que me tornei amigo dela. Vi como a sua qualidade de vida tinha melhorado muito e também de como ela vinha também cuidando, através da associação, de muitas outras pessoas”, comenta Suplicy.
Em julho passado, debaixo de um sol quente, Eduardo Suplicy conversou com especialistas, em meio a uma plantação de Cannabis com área de cerca de três campos de futebol. Vestindo uma camisa com os dizeres “Maconha medicinal, produto nacional, reparação social”, foi assim que ele conheceu a Associação Flor da Vida, em Franca (SP), onde pacientes com doenças crônicas ou síndromes raras, especialmente crianças, são medicados com Cannabis medicinal.
Na visita presencial, também falou com acompanhantes e familiares de pacientes beneficiados com o trabalho da organização. Ficou impressionado com a atuação e indicou que escreveria uma carta à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com seu relato do que viu e de como gostou das ações feitas ali —a agência é responsável por regulamentar e fiscalizar o uso da planta no país.
Pouco tempo depois da visita, o deputado começou a tomar as primeiras gotas de CBD (canabidiol), medicamento feito a partir da Cannabis sativa, inicialmente importado. “O primeiro óleo tinha uma cor diferente, porque era em doses da Cannabis medicinal infantil. Fui tomando pouco a pouco: cinco gotas por dia”, lembra.
Com o passar das semanas, a dosagem aumentou gradativamente. Mais recentemente, passou a tomar a versão para adultos. Na primeira semana, foram cinco gotas, três vezes ao dia. Depois, seis gotas, sete, oito e, então, passou a tomar nove gotas após cada refeição.
Hoje tomando 27 gotas diárias, de manhã, após o café da manhã, depois do almoço e após jantar, Suplicy relata vários pontos positivos. Um deles tem a ver com as dores musculares que sentia na perna. “Sumiram”, resume.
Com o avançar da doença, tarefas simples e cotidianas para ele, como usar o celular, ler um livro e segurar um pronunciamento se tornaram um problema. O tremor nas mãos o impedia de ser certeiro no que desejava fazer, mas isso também acabou com o passar dos dias tomando o óleo.
Também passei a andar com maior firmeza, e eu faço isso, sempre fui um bom esportista.”
Dentro de casa, as escolhas de tratamento foram bem acolhidas pelos familiares. O deputado cita um almoço antes de iniciar o tratamento com o CBD. Na mesa com os filhos e netos, ele anunciou a doença e que tornaria público seu tratamento com canabidiol.
Todos me apoiaram, disseram para contar com eles, que iam me acompanhar. Sempre me perguntam da saúde. Eu transmito a eles que, felizmente, estou melhorando.”
Para além dos mais próximos, Suplicy diz que o apoio chega por toda a parte, apesar de a Cannabisainda ser um tabu na sociedade. “As pessoas perguntam como está a minha saúde, eu conto o progresso que tenho tido”, pontua.
Responsável pelo tratamento do deputado, a neurologista Luana Oliveira faz parte do núcleo de Cannabis medicinal do Hospital Sírio Libanês. Há meses ciente do quadro clínico do paciente, ela explica que o Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo que afeta principalmente o controle do movimento.
Caracterizada pela perda progressiva de células nervosas na região do cérebro que produz dopamina, os sintomas típicos incluem tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos e instabilidade postural. Embora sua causa exata não seja totalmente compreendida, fatores genéticos e ambientais parecem desempenhar um papel.
Hoje, no país, o tratamento com Cannabismedicinal não é parte dos métodos tradicionais. Na linguagem médica, o que Suplicy está submetido é conhecido como “off-label” (algo como “fora da bula”) e parte de pesquisa clínica. Na prática, é receitar um remédio já comercializado para uma função diferente da estipulada na bula e autorizada para comercialização.
“O que estamos fazendo não é substituir o tratamento tradicional do Parkinson, os medicamentos já aprovados, mas compor a terapia com a Cannabis para melhorar alguns sintomas dos pacientes” explica a médica. “Ao invés de eu usar um medicamento para dor, outro para ansiedade, outro para insônia, tenho a possibilidade, com a Cannabis medicinal, de usar o óleo para tratar os múltiplos sintomas”, completa.
Nas primeiras visitas, Luana lembra que dores musculares e a falta de sono foram as principais queixas de Suplicy, algo que apresentou melhoras nos atendimentos seguintes. A questão dos tremores, da lentidão e da rigidez está na meta clínica, mas a pesquisadora indica que nem sempre isso é contido com as dosagens da Cannabis.
Para além de melhorar o quadro clínico do paciente, os resultados obtidos compõem uma pesquisa em andamento com a Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), com o objetivo de entender as variações em cada paciente e como a Cannabis pode colaborar com o tratamento de algumas doenças degenerativas.
Nas palavras de Suplicy, dar conta da rotina legislativa intensa é um sinal de que o tratamento tem sido positivo. Sindicatos, congressos, escolas e universidades são locais onde suas palestras são sempre ouvidas, seja online ou de maneira presencial.
Após o diagnóstico, Suplicy diz que sua rotina não mudou, mas cuidados tiveram que ser adotados. Um exemplo foi em agosto do ano passado, quando foi convidado para participar de congresso internacional, na Coreia do Sul, mas para chegar ao destino final, passaria por Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde a Cannabis é proibida.
Com receios de ter problemas com isso, deixou de tomar a medicação. “Um advogado me disse que ele estava com um cliente que estava preso há algum tempo, uns dois anos, e condenado à prisão por 15 anos. Então fui para a Coreia do Sul sem tomar nada”, conta.
Uma semana depois da viagem, em solo brasileiro, voltou a tomar o óleo normalmente.
Defensor dos direitos humanos e da Renda Básica da Cidadania, nos últimos meses, a causa da Cannabis medicinal, bem como o seu acesso às pessoas mais pobres, é mais uma bandeira do parlamentar.
“Procuro colaborar cada vez mais para que a legislação brasileira seja mais adequada para permitir que as pessoas mais pobres, nas áreas periféricas de nossas cidades ou no campo, possam ter acesso ao tratamento”, diz.
Antes do almoço, prestes a iniciar os trabalhos daquela tarde, Suplicy fez questão de lembrar um elogio que recebeu da professora de ginástica: “Ela me disse: ‘Você está muito bem, né?’ Eu estou com 82 anos. Daqui a pouco completo 83”, diz ele, que faz aniversário no dia 21 de junho.
Tenho mantido um diálogo com Deus, com os orixás, para ver se podem me garantir uma boa saúde, para que eu possa ver renda básica universal instituída, para valer, no Brasil.”
Informações UOL