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Depois de duas sessões de discussões, os senadores deverão votar o mérito da matéria; texto não passará pela CCJ

Foto: Rute Moraes/Revista Oeste

Em votação simbólica, o plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira, 7, um requerimento de urgência relacionado ao Projeto de Lei (PL) 2253/2022, que acaba com as saídas temporárias de presos em datas comemorativas, as chamadas “saidinhas”.

Votaram contra a urgência os senadores Paulo Paim (PT-RS), Jorge Kajuru (PSB-GO), Zenaide Maia (PSD-RN) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso.

Como mostrou Oeste, o PL da “saidinha” foi aprovado em votação simbólica na terça-feira 6 pela Comissão de Segurança Pública do Senado. Pelo trâmite normal, o texto seguiria para a Comissão de Constituição e Justiça e, se aprovado, seria levado ao plenário.

Contudo, após a aprovação na Comissão de Segurança, o relator do texto, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), propôs um requerimento de urgência para que o projeto fosse levado diretamente ao plenário. 

Agora a proposta passará por duas sessões de discussões no plenário, e, só depois, os senadores analisaram o mérito do texto. A expectativa é que o mérito seja apreciado apenas depois do feriado de Carnaval, na semana de 20 de fevereiro. Um senador membro da CCJ também deverá ser escolhido para relatar o texto em plenário.

Uma vez aprovado pelo plenário do Senado, o PL da “saidinha” retornará para a Câmara dos Deputados, pois o texto foi alterado na Casa Revisora.

O que prevê o PL da ‘saidinha’

As “saidinhas” são concedidas pela Justiça a presos do sistema semiaberto que já cumpriram pelo menos um sexto da pena, no caso de réu primário, e um quarto da pena, em caso de reincidência, entre outros requisitos.

Como mostrou Oeste, havia a expectativa de Flávio manter o mesmo texto que veio da Câmara em 2022. No caso, a matéria acabaria com todas as hipóteses de saída no semiaberto, até mesmo para estudo e trabalho — direito garantido há quase 40 anos pela Lei de Execuções Penais.

Contudo, de todas as emendas apresentadas pelos membros da comissão, Flávio acatou apenas a emenda do senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR). Desse modo, o texto aprovado pela comissão mantém a saída temporária, mas com aplicação restrita aos presos em regime semiaberto que frequentem curso supletivo profissionalizante ou de instrução do ensino médio, ou superior.

“Nesse caso, o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das atividades discentes’”, continuou o relatório. “Além disso, propõe que esse benefício, bem como o trabalho externo sem vigilância direta’, não seja concedido ao condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo ou com violência, ou grave ameaça contra pessoa.”

A legislação brasileira, atualmente, já nega a “saidinha” para condenados por crimes hediondos com resultado de morte. O texto aprovado busca aumentar essa restrição aos casos de crimes cometidos com violência ou grave ameaça.

PL da ‘saidinha’ teve celeridade após morte de PM em Minas Gerais

assassino do sargento roger dias cunha - protesto
Protesto em cartaz sobre o túmulo do sargento Roger Dias Cunha: o assassino dele estava na rua graças a uma decisão judicial | Foto: Reprodução/Instagram/@paulomartins222

A morte do sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, que levou dois tiros na cabeça durante uma perseguição no bairro Aarão Reis, na zona norte de Belo Horizonte (MG), trouxe o debate sobre o fim das saidinhas à tona nos últimos dias. O projeto recebeu o nome de Lei Sargento Dias em homenagem ao agente.

O assassino de Roger da Cunha tinha 18 registros por crimes como roubo, tráfico, falsidade ideológica, receptação, ameaças e agressão. O criminoso desfrutava da saída temporária de fim de ano. Ele não teria retornado à prisão depois de ter desfrutado do benefício. 

No Estado de São Paulo, somente na virada do ano, dos 34.547 presos beneficiados com a saída temporária,1.566 não retornaram aos presídios. No Rio de Janeiro, 1.785 presos saíram das penitenciárias, e 253 não retornaram. 

Desses, três são chefes do Comando Vermelho, considerados criminosos de alta periculosidade: Paulo Sérgio Gomes da Silva, o “Bin Laden”, responsável pelo tráfico de drogas no Morro Santa Marta, em Botafogo; Saulo Cristiano Oliveira Dias, conhecido como “SL”, do Complexo do Chapadão; e Willian da Silva.

Informações Revista Oeste


Ricardo Stuckert/PR

O áudio de uma reunião de servidores da cidade de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, revela que o prefeito Waguinho, esposo da ex-ministra do Turismo Daniela Carneiro, exigiu que funcionários da prefeitura comparecessem ao evento de Lula ocorrido nesta terça-feira (6/2), na Baixada Fluminense.

Na reunião, ocorrida na sexta-feira (1º/2) na Escola Municipal Ernesto Pinheiro Barcellos, as diretoras deram instruções sobre o evento, destacando que, apesar do ponto facultativo estabelecido pelo prefeito, era obrigatório comparecer ao comício.

Foi recomendado o uso de bonés em apoio a Lula, além de instruções sobre os momentos em que o presidente deveria ser aplaudido. No áudio, uma das diretoras informou que a prefeitura providenciaria um ônibus para levar os servidores da escola ao evento, oferecendo café da manhã, almoço, água e lanche.

Outra pessoa responsável pelas orientações mencionou que o prefeito Waguinho solicitou que os servidores usassem bonés, camisas e faixas em apoio ao presidente Lula. O prefeito havia decretado ponto facultativo devido à visita de Lula a Belford Roxo, alegando “movimento de veículos” causado pela comitiva presidencial.

As lideranças da Escola Municipal Ernesto Pinheiro Barcellos também afirmaram que ônibus fretados estariam circulando na cidade na terça-feira, levando também servidores da Saúde ao evento. Durante a reunião, as lideranças deram orientações sobre os momentos em que os funcionários deveriam segurar faixas e aplaudir o presidente Lula.

Além do áudio, a coluna de Guilherme Amado/Metrópoles recebeu capturas de tela do grupo da creche municipal Tia Irene, em Belford Roxo, onde a diretora forneceu instruções sobre o horário e local de encontro para o ônibus que levaria os funcionários ao evento de Lula.

Reprodução

Servidores também relataram à coluna que foram obrigados a usar os ônibus contratados pela prefeitura e não tiveram a opção de ir por conta própria.

Lula visitou Belford Roxo nesta terça-feira para inaugurar uma escola municipal com o nome de seu falecido neto, Arthur Araújo Lula da Silva, em homenagem ao menino que faleceu aos sete anos em 2019. Além da inauguração do centro educacional, Lula participou de eventos marcando o início das obras da nova sede do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e de um hospital oncológico na cidade.

As informações são do Metrópoles/Guilherme Amado


Nesta segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou a importância da “autonomia parlamentar” durante a cerimônia de abertura dos trabalhos legislativos. Em um gesto de conciliação em direção à oposição, afirmou que, mais do que nunca, é crucial fortalecer os mandatos parlamentares, especialmente em um momento em que alguns congressistas enfrentam investigações da Polícia Federal e o grupo político alega ser alvo de “perseguição”.

“Mais do que nunca se faz necessário o fortalecimento da autonomia parlamentar. Proteger os mandatos parlamentares é proteger as liberdades. Liberdade de consciência, liberdade religiosa, liberdade de imprensa. Proteger a tão necessária liberdade de expressão – que não se confunde com liberdade de agressão”, afirmou.

*Terra Brasil Notícias
Foto: Pedro França


Vinícius Schmidt/Metrópoles

Na abertura do ano legislativo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dirigiu uma mensagem direta ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Diante da insatisfação de parlamentares devido aos cortes nas emendas do Orçamento, Lira assegurou que o Congresso valoriza os acordos políticos e instou o governo a cumprir “a palavra dada”.

De maneira incisiva, Lira afirmou que os trabalhos da Casa não serão interrompidos devido às eleições municipais ou à sua sucessão no próximo ano. Além disso, destacou que eventuais disputas políticas entre a Câmara e o Executivo não prejudicarão os afazeres legislativos.

Ele cobrou respeito ao que chamou de “acordos firmados” e ainda disse que o Orçamento da União “pertence a todos, não apenas ao Executivo”. Criticou o que chamou de “burocracia técnica” e disse que deputados e senadores têm mais conhecimento das necessidades de cada município para definir a distribuição de recursos.

“(A autoria do Orçamento) não é e nem pode ser de autoria exclusiva do Executivo e muito menos de uma burocracia técnica, que apesar do seu preparo não foi eleita para escolher as prioridades da nação e não gasta a sola do sapato percorrendo os pequenos municípios brasileiros como nós senadores e deputados”, disse.

Lira cobrou o governo pela manutenção de acordos firmados em 2023 e que estariam sendo descumpridos neste ano. “Não faltamos ao governo e esperamos respeito e compromisso com palavra dada”, afirmou.

“Errará grosseiramente qualquer um que aposte numa suposta inércia desta Câmara neste ano de 2024 em razão sejam das eleições municipais, seja ainda em razão de especulações de eleições da Mesa Diretora no próximo ano. Errará ainda mais quem apostar na omissão desta Casa em razão de uma suposta disputa política entre a Câmara e o Poder Executivo”, disse Lira.

Segundo o presidente da Câmara, as aprovações de propostas do Executivo em 2023 “será a tônica de 2024″, desde que prevaleça o que ele chamou de “exemplo de boa política e honradez com os compromissos assumidos”.

“A boa política, como sabemos, apoia-se num pilar essencial: o respeito aos acordos firmados e o compromisso à palavra empenhada. E esse exemplo de boa política e honradez com os compromissos assumidos dados por esta Casa que marcou o ano de 2023 e permitiu que tantos avanços também será a tônica de 2024. E é por nos mantermos fiéis à boa política e ao cumprimento de todos os ajustes que firmamos que exigimos como natural e contrapartida o respeito às decisões e o fiel cumprimento aos acordos firmados com o Parlamento. Conquistas como a desoneração e o Perse, essencial para milhões de empregos de um setor devastado pela pandemia, não podem retroceder sem uma ampla discussão com este parlamento”, afirmou Lira.

O líder da Câmara ressaltou que o legislativo foi pioneiro ao oficializar o veredito das eleições de 2022, mesmo após o próprio ter apoiado ativamente o ex-presidente Jair Bolsonaro durante a campanha. Ele assegurou ainda que os parlamentares desempenharão seu papel de criar leis e aprovar todas as propostas benéficas ao país, sem ser fonte de conflitos ou desequilíbrios.

As prioridades da Câmara para 2024, segundo Lira

O líder da Câmara declarou que as principais prioridades da instituição para este ano incluem a regulamentação da reforma tributária, a abordagem da reforma administrativa e a promoção da pauta ambiental, apoiada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Quanto à reforma administrativa, no entanto, Lira ressaltou que a proposta só avançará se houver um consenso mínimo entre os líderes da Casa.

“Todos sabem que defendo a necessidade de uma reforma administrativa que atualize o serviço público brasileiro para a terceira década deste milênio. Trata-se de uma proposta que mantenha as conquistas, mas que acima de tudo busca racionalidade, eficiência e melhor prestação de serviços à população. Vontade foi e será sempre submetida à discussão democrática e só vai adiante quando for basicamente consensuada. Nossa agenda é discutida à luz do dia, com transparência através do colégio de líderes”, afirmou.

O líder da Câmara afirmou que a regulamentação da inteligência será uma das principais metas de sua administração no decorrer deste ano. Lira destacou a preocupação quanto ao potencial uso malicioso dessas ferramentas nas eleições municipais que ocorrerão ainda este ano.

“Sabemos que, sem a necessária regulamentação da IA, esses instrumentos podem, entre outros males, distorcer a vontade popular, sobretudo em ano eleitoral. Essas distorções comprometem a representatividade dos eleitos, afetando um dos fundamentos da nossa democracia”, afirmou.

Lira defendeu que Executivo, Legislativo e Judiciário tenham uma “parceria colaborativa” e criticou o que chamou de “polarização odiosa”.

“Estarei sempre atento e vigilante em relação ao papel institucional de cada Poder da República. Neste ano legislativo, nosso caminho é seguir avançando, sem acirrar polarizações, com respeito e numa construção interna positiva”, afirmou.

Com informações de Estadão/GABRIEL HIRABAHASI 


O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) apresentou um requerimento na Câmara dos Deputados para convocar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para prestar esclarecimentos sobre o déficit primário de 2023, que fechou em R$ 230,5 bilhões.

Na justificativa da convocação, o segundo vice-presidente da Câmara cita que esse resultado é o segundo pior da série histórica iniciada em 1997 e representa 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) e aponta preocupação para o afastamento da tão almejada sustentabilidade fiscal do governo.

À imprensa, Sóstenes enviou uma nota dizendo que a convocação de Haddad é uma resposta também para o que a Receita Federal promoveu contra os pastores, ao suspender a isenção de tributos sobre a prebenda, salários pagos por igreja a pastores.

– Se acharam quem eu ia me esquecer da fake news produzida pelo Haddad e Receita Federal contra os pastores durante o recesso parlamentar, se enganaram, eis aí o Requerimento 001/2024 e a convocação dele para uma comissão geral logo na primeira semana. Isso é pra ele aprender a respeitar os evangélicos – disse Sóstenes.

O requerimento apresentado por ele deve ser votado nesta terça-feira (6) e, se aprovado, Haddad deve ir à Câmara ainda esta semana.

*Pleno.News


Na ocasião, o deputado federal, acompanhado do vereador Professor Ivamberg, assegurou a instalação da CIPE Portal do Sertão na sede do distrito, neste domingo (4).

O deputado federal Zé Neto (PT) participou, neste domingo (4), do encerramento do Novenário em louvor à Nossa Senhora dos Humildes, padroeira do maior distrito de Feira de Santana. Os festejos, que este ano teve como tema “Eis a missão: caminhar, recuperar vidas e despertar para o serviço”, foi iniciado no dia 26 de janeiro.

Acompanhado do vereador Professor Ivamberg (PT) e das lideranças comunitárias Tio Bico, Raimundo Arabaca, Jailson Galego e Rodiney, Zé Neto, que é católico desde a infância, acompanhou a procissão durante todo o trajeto pelas ruas do distrito até a benção do Santíssimo Sacramento, presidida pelo pároco Padre Miguel Amaral e concelebrada pelo vigário Padre Wilson Marques.

“Assim como faço todos os anos, não poderia deixar de estar presente nesse momento de devoção, fé e tradição à padroeira de Humildes, maior distrito de Feira e que nosso Mandato tem relevantes serviços prestados, mesmo após chegar direto de viagem a São Paulo, onde fui prestigiar junto com minha esposa Naiana o casamento do nosso amigo ‘feirense de coração’, Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União – TCU), com Camila Camargo”, justificou.

CIPE

Na ocasião, os parlamentares dialogaram com representantes da localidade e reafirmaram o compromisso do governador Jerônimo Rodrigues e do Comando Geral da Polícia Militar de instalar, em definitivo, a Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE Leste) Portal do Sertão na sede do distrito. “O Governo do Estado já está sondando opções de áreas para desapropriar e construir a sede própria da CIPE, tipo ‘Caatinga’, em Humildes“, assegurou Zé Neto.

ASCOM ZÉ NETO
Fotos: Divulgação


Foto: Reprodução.

Médico, produtor rural e membro de uma família influente em Goiás, Ronaldo Caiado iniciou sua trajetória política almejando altos cargos. Em 1989, aos 40 anos, candidatou-se à Presidência pelo PSD, enfrentando figuras renomadas como Lula, Leonel Brizola, Mario Covas e Ulysses Guimarães. Apesar de terminar em décimo lugar com 0,68% dos votos, não desistiu da política. Em 1990, conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados, onde permaneceu por cinco mandatos, e posteriormente foi eleito senador em 2014. Notabilizou-se como defensor de pautas conservadoras, opondo-se à esquerda e ao PT, destacando-se como articulador do impeachment de Dilma Rousseff. Eleito governador de Goiás em 2018 e 2022, já manifestou seu desejo de concorrer à Presidência em 2026.

Contudo, sua ambição enfrenta obstáculos, principalmente dentro de seu próprio partido, o União Brasil, que enfrenta rachas internos. Apesar de possuir 59 deputados e sete senadores, a legenda equilibra-se entre diferentes correntes ideológicas, abrigando tanto antipetistas quanto ministros do governo Lula. Davi Alcolumbre, aliado de Lula e apoiador do governo, pode representar um desafio interno para as pretensões de Caiado.

Ciente das dificuldades, o governador tem trabalhado internamente para consolidar seu projeto. Participou ativamente na troca de comando do União, buscando alinhar a legenda com seus ideais. No entanto, a missão de combinar sua candidatura com o eleitorado também se mostra desafiadora, exigindo uma abordagem nacional. Com uma aprovação de 81% em Goiás, Caiado foca em nacionalizar sua imagem, planejando abrir escritórios em São Paulo e Brasília, além de assumir a presidência do Consórcio Brasil Central. O governador também pretende participar de debates nacionais, especialmente na área de segurança.

Em um cenário político onde possíveis candidatos da centro-direita evitam exposição prematura, Caiado destaca-se ao assumir a dianteira na corrida presidencial, desafiando o PT desde já. Seu alinhamento com Bolsonaro e sua atuação em Goiás são trunfos, mas o caminho até 2026 permanece longo e incerto.

Com informações da VEJA.


Sergio Dutti/PSB

Neste sábado (3/2), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou da inauguração do Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses) e reforçou a capacidade do sistema público de saúde em combater a dengue no Brasil. Nos primeiros dias de 2024, o país registrou 262.247 casos prováveis de dengue, com 29 óbitos confirmados e 173 mortes em investigação. O Distrito Federal, Acre e Minas Gerais são as unidades federativas com maior incidência de casos da doença a cada 100 mil habitantes.

Diante desse cenário emergencial em alguns municípios, o governo federal estabeleceu o COE para intensificar as ações de combate à dengue. A ministra enfatizou a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS) em enfrentar a situação.

“O SUS tem condições. Já existe um conhecimento estabelecido para salvar vidas. Aqueles casos que temos verificado o agravamento, podemos agir. Temos como agir”, afirmou Nísia.

Ela ressaltou que a dengue não deve desestruturar nem desorganizar o sistema de saúde. Pelo contrário, a doença demanda uma maior mobilização e organização, e o sistema de saúde é fundamental para lidar com esse desafio.

“Não é uma doença para ficarmos desestruturados, nem desorganizados. Ao contrário. É uma doença que nos leva a uma maior mobilização e maior organização e, para isso, o sistema de saúde é fundamental”, defendeu Nísia.

A criação do COE foi oficializada por meio de uma portaria publicada na sexta-feira (2/2). O centro permitirá um monitoramento mais ágil e análise do cenário da dengue, enfrentando o avanço da doença no país. O Ministério da Saúde coordenará as ações em conjunto com estados e municípios. O COE terá a participação de diversos órgãos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e os Conselhos Nacionais de Secretários (Conass) e Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Serão divulgados informes diários, semanais e mensais para manter a população, profissionais de saúde e gestores informados sobre as ações de enfrentamento à dengue.

Com informações do Metrópoles.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (2), que afrodescendente “gosta do batuque de um tambor”. A declaração foi feita durante uma cerimônia na fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, em São Paulo.

No momento da fala, o presidente discursava sobre investimentos em educação para a população jovem. Para exemplificar o tema, ele chamou ao seu lado uma jovem negra que acompanhava a solenidade. Lula disse que, ao avistá-la, não soube se a jovem era “cantora”, “namorada de alguém” ou mesmo “percussionista”, pois, segundo ele, “afrodescendente assim gosta do batuque de um tambor”.

– Essa menina bonita que está aqui. Eu estava perguntando: “o que faz essa moça sentada, que eu não ouvi ninguém falar o nome dela?”. Falei: “Ela é cantora, ela vai cantar”. Aí perguntei (e responderam): “Não, não vai ter música”. Então ela vai batucar alguma coisa. Porque uma afrodescendente assim gosta do batuque de um tambor. Também não é. Aí eu falei: “Nossa, então ela é namorada de alguém”. Também não é. O que é essa moça? Essa moça foi premiada ano que vem como a mais importante aprendiz dessa empresa e ganhou um prêmio na Alemanha. É isso que nós queremos fazer para as pessoas nesse país – disse.

De fato, Luiza Eduarda Leôncio, de 20 anos, não é cantora, nem estava na cerimônia por ser “namorada de alguém”. Ela é operadora especialista da Volkswagen e foi contemplada com o prêmio Apprentice Award 2023, uma honraria conferida ao melhor aprendiz da empresa.

A jovem estuda Engenharia de Instrumentação, Automação e Robótica na Universidade Federal do ABC (UFABC). Com o prêmio, Luiza foi contemplada com um intercâmbio cultural para a Alemanha e será a representante do Brasil em uma conferência da Volkswagen a ser realizada na cidade de Wolfsburg.

Em julho de 2023, Lula visitou Cabo Verde e, ao lado do presidente do país, expressou “profunda gratidão ao continente africano por tudo o que foi produzido durante 350 anos de escravidão” no Brasil. A declaração causou muita controvérsia e levou a um reforço na equipe que elabora os discursos do presidente.

Sobre o ocorrido desta sexta, o jornal O Estado de São Paulo buscou contato com a Secretaria de Comunicação Social, com o Palácio do Planalto e com o Ministério da Igualdade Racial para repercutir a declaração, mas não obteve retorno até a publicação do texto. O espaço segue à disposição.

*Pleno.News
Foto: Reprodução/YouTube Canal Gov


Foto: Reprodução/Sérgio Lima/Poder360.

No final do ano passado, uma matéria da revista VEJA expôs que a conselheira do Tribunal de Contas do Piauí, Rejane Dias, esposa do ministro do Desenvolvimento Social, o petista Wellington Dias, enfrentava uma denúncia por corrupção passiva em um caso que corria em sigilo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso envolve locadoras de carros, contratos superfaturados e pagamento de propina. De acordo com o Ministério Público, durante o período de 2015 a 2018, enquanto Rejane ocupava o cargo de secretária de Educação do Piauí, com o marido governando o estado, ela teria recebido vantagens financeiras de uma empresa que prestava serviços de transporte para alunos carentes. VEJA agora teve acesso ao processo completo, revelando detalhes constrangedores. Além da esposa, a Polícia Federal identificou evidências de envolvimento na trama por parte da filha do ministro, do cunhado e do próprio ministro.

O extenso relatório da PF e do Ministério Público, com 979 páginas, descreve o que parece ser uma parceria criminosa entre o governo do Piauí e as empresas prestadoras de serviço. O enredo típico envolve autoridades beneficiando amigos, correligionários e financiadores de campanha com contratos públicos, seguido pela partilha dos lucros. O início do esquema remonta a 2008, quando o governador nomeou o professor Luiz Carlos Magno para a superintendência institucional da Secretaria de Educação, responsável por estruturar o transporte de estudantes. O professor, militante do PT, tornou-se empresário em empresas de locação de veículos após deixar o governo em 2009. Em 2014, durante o mandato de senador, Wellington Dias e Rejane usaram os serviços de uma das empresas do ex-professor em suas campanhas, lançando mão de uma mesma artimanha na prestação de contas eleitorais.

Em 2015, Wellington Dias reassumiu o governo, e Rejane, eleita deputada federal, licenciou-se para ocupar a Secretaria de Educação do estado. Nesse período, segundo a PF, o esquema foi intensificado. Concursos manipulados na Secretaria de Educação garantiam sucesso às empresas do ex-professor, que faturaram 200 milhões de reais nos anos seguintes. Uma fiscalização da Controladoria-Geral da União detectou indícios de superfaturamento, e a Polícia Federal foi acionada para investigar, levando à denúncia de mais de 40 pessoas por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro. Os desvios estimados alcançaram 120 milhões de reais.

A parte mais constrangedora surgiu durante buscas nos endereços dos envolvidos, quando foram apreendidos livros, pen drives e computadores nas empresas do ex-professor. Os dados revelaram que a parceria entre os criminosos e a família do governador existia desde a campanha de 2014. Os registros indicaram que veículos utilizados na campanha de Wellington Dias foram registrados como “cortesias” da empresa, sem custos. A análise policial concluiu que o dinheiro destinado ao pagamento da locação dos veículos tinha como finalidade “desviar recursos públicos em favor das empresas investigadas e da própria acusada”. Mensagens nos computadores da locadora mostraram que a então ex-primeira-dama, Rejane Dias, recebia presentes e “empréstimos” em dinheiro. Após a posse do marido, ela passou a utilizar dois carros de luxo, presentes da empresa, avaliados em 331 mil reais. A locadora ainda disponibilizou dois carros e transferiu 100 mil reais para o cunhado do governador, dinheiro que, segundo a PF, tinha Rejane Dias como a verdadeira destinatária. A conselheira do TCE foi denunciada por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro no final do ano passado. Em depoimento, ela negou as acusações e alegou ilegalidade na investigação.

O nome do ministro Wellington Dias é citado diversas vezes no relatório da Polícia Federal. Além das “cortesias” e nomeações suspeitas, os investigadores encontraram uma coincidência curiosa relacionada ao governador. Pelos dados de geolocalização de um dos criminosos, descobriu-se que ele seguia um roteiro semelhante nas datas de pagamento dos contratos. O trajeto incluía visita ao banco, saque de dinheiro, ida à empresa e, posteriormente, à sede do governo do Piauí. O ministro não é um dos investigados no caso e, ao ser procurado, optou por não se pronunciar. O Brasil, na terça-feira, foi classificado na 104ª posição em um ranking de percepção de corrupção em 180 países divulgado pela Transparência Internacional.

Com informações da VEJA.

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