Joe Biden durante evento do Dia da Independência na Casa Branca, em 4 de julho de 2024 — Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz
Preisdente dos EUA escreveu documento com duas páginas pedindo que democratas deixem de exigir sua desistência na corrida à Casa Branca. Em entrevista à rede NBC, desafiou partidários divergentes a enfrentá-lo durante a convcenção do Partido Democrata, em agosto.
Em carta, Biden pede que democratas deixem de pedir por sua desistência
Em uma carta enviada nesta segunda-feira (8) a deputados, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confrontou membros de seu partido e recusou novamente o pedido de democratas para que desista de concorrer à reeleição.
No documento, de duas páginas, Biden também pediu que os deputados deixem de pressionar por sua desistência.
“É hora de acabar com isso”, disse Biden no documento.
“Temos 42 dias para a Convenção Democrata e 119 dias para as eleições gerais”, disse Biden na carta, distribuída por sua campanha de reeleição. “Qualquer enfraquecimento da determinação ou falta de clareza sobre a tarefa que temos pela frente só ajuda Trump e nos prejudica. É hora de nos unirmos, avançarmos como um partido unificado e derrotar Donald Trump.”
No documento, ainda de acordo com a AP, o presidente norte-americano disse ainda que os membros do Partido Democrata têm o dever de derrotar o candidato do Partido Republicano, o ex-presidente Donald Trump.
A pressão para que Biden, candidato do Partido Democrata, desistisse de concorrer começaram na semana passada, após o mau desempenho do presidente no primeiro debate eleitoral. O presidente, que se mostrou confuso, hesitante e pouco reativo durante praticamente todo o enfrentamento, admitiu não ter ido bem, mas vem insistindo que tem capacidade para seguir na disputa.
Em 1ª entrevista à tb após debate, Biden diz que só Deus o tira da disputa
Também nesta segunda, o presidente deu uma entrevista à rede de TV norte-americana NBC na qual criticou democratas que pediram sua desistência.
Ele disse estar ficando “frustrado com as elites no Partido Democrata” e desafiou deputados que pedem sua desistência a enfrentá-lo na convenção da sigla, que ocorrerá em agosto.
É na convenção do partido que o presidente será formalmente confirmado como candidato democrata.
“Não me importa o que esses grandes nomes (do partido) pensam”, disse Biden.
Informações G1
O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu, nesta segunda-feira (8/7), que o primeiro-ministroGabriel Attal permaneça em seu cargo. De acordo com comunicado divulgado pelo governo, o pedido vem para “garantir a estabilidade do país”.
Macron recebeu o primeiro-ministro na manhã desta segunda (horário francês) e “agradeceu as campanhas eleitorais europeias e legislativas que liderou”.
No domingo (7/7), após projeções iniciais das eleições legislativas indicarem o bloco de esquerda Nova Frente Popular emergir como a maior força no Parlamento francês, Attal, de centro-direita, anunciou que renunciaria ao cargo.
Como prometido, o premiê compareceu ao Palácio do Eliseu nesta manhã para pedir a renúncia. No entanto, Macron pediu que ele permanecesse no cargo até que a situação se defina.
Isso porque, apesar de vencer o pleito e barrar a extrema direita, a esquerda não obteve o número mínimo de assentos no Parlamento francês necessários para indicar um primeiro-ministro. Além disso, a Olimpíada de Paris começa daqui a poucos dias.
Veja resultado das eleições:
Attal havia confirmado sua renúncia, mas ressaltou que, como nenhum bloco político conseguiu a maioria absoluta, ele continuaria no cargo “enquanto o dever assim exigir”.
A Constituição não estabelece um prazo para o presidente nomear o seu primeiro-ministro. Emmanuel Macron poderá, portanto, nomeá-lo esta semana, dentro de duas semanas ou no fim do verão no hemisfério norte, se assim o desejar.
Para garantir o princípio da continuidade do Estado, o atual governo permanecerá no cargo enquanto for necessário. Quanto à escalação, o presidente pode escolher quem quer que lidere o governo, mas, segundo a tradição, ele leve em consideração os resultados das eleições legislativas.
Além disso, como lembra uma reportagem publicada pela France Info, a pessoa escolhida por Emmanuel Macron para ocupar o cargo de primeiro-ministro pode recusar a sua oferta.
Nesse caso, o presidente terá que encontrar outra pessoa, uma figura política ou um perfil dito “mais técnico”.
Ele vai liderar, então, um governo composto por especialistas, altos funcionários e até economistas para gerir as ações do Estado durante pelo menos um ano, uma vez que a Assembleia Nacional não pode ser dissolvida novamente durante este prazo.
Informações Metrópoles
Com a queda da popularidade do presidente e candidato à reeleição nos Estados Unidos, Joe Biden, algumas pessoas questionam se o democrata que o antecedeu, Barack Obama, poderia concorrer a um terceiro mandato na Casa Branca.
A 22ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos estabelece que o presidente do país pode ser eleito para, no máximo, dois mandatos. Nos Estados Unidos, a 22ª Emenda foi ratificada em fevereiro de 1951.
A regra é diferente da do Brasil, por exemplo.Aqui, a Constituição diz que o presidente pode ser reeleito “para um único período subsequente”. Ou seja, presidentes podem ter três mandatos ou mais desde que não sejam consecutivos, como ocorreu com o presidente Lula.
Não há possibilidade de despistar a 22ª Emenda para tornar Obama o vice-presidente de Biden, defende o professor de ciência política da Universidade Atlântica da Flórida Kevin Wagner, em artigo ao jornal Palm Beach Post. Ele rejeita a ideia de colocar Obama como vice para que depois Biden renuncie ao cargo em favor do colega democrata.
Embora a 22ª Emenda não faça nenhuma referência direta a um ex-presidente se tornar vice, existem outras restrições na Constituição dos EUA que impediriam esse processo. Segundo a 12ª Emenda, nenhuma pessoa inelegível para o cargo de presidente pode concorrer à vice-presidência. Como Obama não pode concorrer à presidência, ele também sofreria restrição à cadeira de vice-presidente.
A ex-primeira-dama Michelle Obama poderia, sim, concorrer no lugar de Biden. Mas ela já disse que não o faria. Em nota à NBC News, a diretora de comunicação de Michelle, Crystal Carson, reforçou: “Como a ex-primeira-dama já expressou várias vezes ao longo dos últimos anos, ela não vai concorrer à presidência. Ela apoia o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris na campanha à reeleição”.
Uma pesquisa encomendada pela Reuters mostra que apenas Michelle Obama venceria o ex-presidente Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, em novembro. Michelle aparece com 11 pontos de vantagem sobre Trump. Em cenários hipotéticos com candidatos democratas além de Biden, a ex-primeira-dama tem 50% das intenções de voto e é a única capaz de derrotar Trump, que surge com 39%.
George Washington, primeiro presidente do país, se retirou da disputa para um terceiro mandato pela Casa Branca em 1796. Ele era bastante popular, mas se recusou a entrar na disputa, argumentando que uma transição de autoridade era importante para evitar um governo com poder similar ao de um rei, segundo o Guia Annenberg da Constituição.
No fim de seu segundo mandato, que ia até 1877, o presidente republicano Ulysses Grant considerou uma reeleição. Mas os democratas, que eram maioria na Câmara dos Representantes, aprovaram uma resolução denunciando o terceiro mandato como violação à tradição política estadunidense.
Theodore Roosevelt, 26º presidente dos EUA, tentou um terceiro mandato em 1912. Entretanto, perdeu para o candidato do Partido Democrata, Thomas Woodrow Wilson.
Franklin Roosevelt quebrou a tradição de dois mandatos em 1940. Com a popularidade em alta após guiar o país durante a Grande Depressão, ele se candidatou para a cadeira de presidente pela terceira vez. Em 1944, em meio à Segunda Guerra Mundial, Roosevelt concorreu ao quarto mandato de forma inédita e, mais uma vez, venceu.
Conversas sobre uma emenda que impusesse limites à quantidade de reeleições dos presidentes começaram em 1944. Naquele ano, o candidato republicano Tomas Dewey disse, em discurso, que um possível governo de 16 anos de Roosevelt colocaria em risco a democracia.
A permanência prolongada de Franklin Roosevelt na presidência levou à ratificação da 22ª Emenda em 1951. A movimentação fez com que alguns apoiadores do presidente dentro do Partido Democrata deixassem a campanha, segundo informações do Centro Nacional da Constituição. Roosevelt, por sua vez, argumentava que estava na corrida para manter os EUA fora da guerra na Europa.
Informações UOL
Por meio de seu perfil no Twitter/X, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que permanecerá na corrida presidencial. Ele também afirmou que irá ganhar do ex-presidente republicano Donald Trump. A declaração foi feita nesta sexta-feira, 5.
O pronunciamento de Biden ocorre depois de uma semana de especulações sobre a continuidade de sua candidatura. O democrata foi amplamente criticado pelo seu desempenho no debate contra Trump, classificado como “desastroso” pela maioria dos eleitores.
“Eu não vou deixar um debate de 90 minutos acabar com três anos e meio de trabalho”, disse, no Twitter/X. “Eu vou continuar na corrida, e derrotarei Donald Trump.”
Desde o debate, jornais norte-americanos, como Guardian e o Wall Street Journal, pressionam para que Joe Biden desista da candidatura. Sua família, no entanto, pediu para que ele permanecesse na disputa.
Ele esteve com a mulher e os filhos em Camp David, Maryland, pouco tempo depois do debate presidencial. De acordo com o jornal norte-americano New York Times, alguns familiares de Biden se ofereceram para participar mais ativamente da campanha.
“Uma das vozes mais fortes que imploraram a Joe Biden que resistisse à pressão para desistir foi seu filho Hunter Biden”, informou o jornal. “Ele é a pessoa a quem o presidente há muito se apoia para obter conselhos.”
Ainda segundo o New York Times, o presidente busca formas de tranquilizar os membros do Partido Democrata e a mídia.
“Biden solicitou ideias de conselheiros sobre como proceder”, afirmou o NYT. “Ele e sua equipe tem discutido se ele deve dar uma entrevista ou se defender e mudar a narrativa, mas nada foi decidido ainda.”
O motivo principal seria a sua idade, 81 anos. Se reeleito, ele será o presidente mais velho a ocupar o cargo, com 86 anos ao fim do mandato.
Também nesta semana, Joe Biden se descreveu como a “primeira mulher negra na Presidência” do país. A declaração foi feita pelo democrata na quinta-feira 4, durante entrevista à rádio WURD, na Filadélfia.
Este é mais um episódio em que o político de 81 anos se confunde com as próprias palavras.
“Tenho orgulho de ser, como eu disse, o primeiro vice-presidente, a primeira mulher negra a servir como presidente”, disse Biden.
Em outro momento da entrevista, o chefe do Executivo norte-americano também disse ter nomeado a primeira mulher negra, Ketanji Brown Jackson, para a Suprema Corte.
Informações Revista Oeste
Keir Starmer, futuro primeiro-ministro do Reino Unido, discursou para apoiadores empolgados em um comício de vitória do Partido Trabalhista no centro de Londres. Ele prometeu uma “renovação nacional” depois de 14 anos de governo conservador.
“Vocês fizeram campanha por isso, lutaram por isso, votaram por isso e agora chegou. A mudança começa agora”, afirmou Starmer à equipe trabalhista. “É uma sensação boa, tenho de ser honesto. É para isso que serve. Um partido trabalhista mudado, pronto para servir nosso país.”
Essas declarações foram feitas momentos depois que o atual premiê, Rishi Sunak, admitiu a derrota na eleição geral.
Starmer enfatizou a importância de trabalhar em conjunto para um futuro melhor para todos os britânicos.
“Nossa tarefa é nada menos que renovar as ideias que mantêm este país unido”, disse. “Renovação nacional. Se você trabalhar duro, se você jogar pelas regras, este país deve lhe dar uma chance justa de progredir. Temos de restaurar isso”.
“Temos de devolver a política ao serviço público, mostrar que a política pode ser uma força para o bem”, acrescentou. “Não se enganem, esse é o grande teste para a política nesta era. A luta pela confiança é a batalha que define nossa era.”
O Partido Trabalhista alcançou a maioria no Parlamento do Reino Unido nas eleições gerais da quinta-feira 4 e voltará ao poder depois de 14 anos. À 1h03 desta sexta-feira (pelo horário de Brasília), os trabalhistas alcançaram a marca de 326 cadeiras, que garantem a maioria, segundo a apuração oficial.
O resultado levará o líder trabalhista Keir Starmer ao cargo de primeiro-ministro, como sucessor do conservador Rishi Sunak.
As projeções de boca de urna revelam que o Partido Trabalhista conquistará 410 dos 650 assentos do Parlamento britânico. Já o Partido Conservador deverá ficar com 131 cadeiras, no pior resultado em quase 200 anos de história da legenda.
Informações Revista Oeste
Nas imagens, ex-presidente dos Estados Unidos faz duras críticas ao democrata e o chama de ‘monte de lixo quebrado’
Em um vídeo vazado obtido pelo portal Daily Beast, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump faz duras críticas a Joe Biden e sugere que o chefe de Estado vai desistir da corrida presidencial.
“Ele desistiu, sabe, está desistindo da corrida”, afirmou Trump. “Eu o tirei do jogo – e isso significa que agora temos Kamala [Harris]”.
Nas imagens, Trump aparece sentado em um carrinho de golfe ao lado de seu filho Barron e pergunta a um grupo sobre seu desempenho no último debate. As pessoas respondem com elogios ao ex-presidente.
“Nós demos uma surra naquele monte de lixo quebrado”, disse Trump sobre Biden. “Ele é um cara mau.”
Trump acrescentou que considera Harris uma opção ainda pior para os democratas. “Ela é tão ruim, tão patética”, disse. “Ela é péssima.”
Harris tem sido cogitada como uma possível substituta caso Biden desista da corrida presidencial.
Em seguida, Trump volta a criticar Biden, questionando sua habilidade para lidar com líderes como Vladimir Putin e Xi Jinping.
“Eles anunciaram que ele provavelmente está desistindo”, afirmou. “Continue derrubando-o, hein?”
Questionada sobre o vídeo, a equipe de Trump afirmou que todo democrata que pede a Joe Biden para desistir “já foi um apoiador dele e de suas políticas fracassadas, que resultaram em inflação extrema, fronteiras abertas e caos dentro e fora do país”.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está avaliando uma possível desistência da disputa de reeleição nas eleições presidenciais de 2024 do país. Na terça-feira 3, o jornal The New York Times publicou a informação que ouviu de aliados do político.
De acordo com fontes próximas a Biden, ele tem dúvidas se vai conseguir se reerguer na opinião pública depois do desempenho considerado ruim no primeiro debate eleitoral.
Ainda conforme informação do New York Times, apesar de ser a primeira vez que aliados confirmam a dúvida sobre a candidatura, Biden dá indícios de que quer continuar na corrida pela Casa Branca.
Informações Revista Oeste
A vice-presidente Kamala Harris é a principal alternativa para substituir o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se ele decidir não continuar sua campanha de reeleição, de acordo com sete fontes seniores da campanha de Biden, da Casa Branca e do Comitê Nacional Democrata com conhecimento das discussões atuais sobre o assunto.
O desempenho desastrado, às vezes incoerente e amplamente criticado de Biden no primeiro debate contra o rival republicano Donald Trump, na semana passada, desencadeou uma onda de pânico no Partido Democrata devido a preocupações de que ele poderia não estar apto o suficiente para cumprir um segundo mandato, e provocou pedidos de demissão de seus principais assessores.
Alguns democratas influentes apresentaram alternativas a Biden além de Kamala Harris, incluindo membros populares do gabinete e governadores democratas como Gavin Newsom, da Califórnia, Gretchen Whitmer, de Michigan, e Josh Shapiro, da Pensilvânia. Mas tentar contornar a vice-presidente é uma ilusão e seria quase impossível, disseram essas fontes, que não quiseram ser identificadas.
Se nomeada como candidata do partido, Kamala Harris, de 59 anos, ficaria com o dinheiro arrecadado pela campanha de Biden e herdaria a infraestrutura da campanha, disseram as fontes. Ela também tem o maior reconhecimento de nome entre todas as alternativas e o maior índice em pesquisa de opinião entre os democratas que poderiam ser seriamente considerados candidatos, segundo as fontes.
Em uma pesquisa Reuters/Ipsos publicada na terça-feira, Kamala ficou atrás de Trump por um ponto percentual, 42% a 43%, uma diferença que estava dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais da pesquisa, um resultado estatisticamente tão forte quanto o de Biden.
Além disso, ela já foi avaliada para um cargo nacional e sobreviveu ao intenso escrutínio dos republicanos, disseram as fontes. O deputado Jim Clyburn, o homem que foi fundamental para a vitória de Biden em 2020, disse à MSNBC que apoiaria Kamala para ser a candidata democrata se Biden se afastasse.
“É quase impossível ganhar a indicação superando vice-presidente”, afirmou Michael Trujillo, estrategista democrata da Califórnia que trabalhou para a campanha de Hillary Clinton em 2008 e 2016.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse na terça-feira que Biden teve apenas uma “noite ruim” no debate e que ele continuaria a defender sua reeleição para o povo norte-americano. A campanha de Biden pediu que a equipe de Kamala Harris comentasse à reportagem.
Os assessores dela rejeitaram qualquer conversa sobre uma chapa democrata que não inclua Biden e Kamala Harris. “A vice-presidente Harris está ansiosa para atuar em um segundo mandato com o presidente norte-americano, Joe Biden”, informou um comunicado de seu escritório.Continua após a publicidade
A campanha de Biden acumulou 3.894 delegados após as primárias estaduais, deixando apenas algumas dezenas de delegados “não comprometidos” pendentes. Espera-se que eles nomeiem formalmente Biden no final deste mês em uma reunião virtual, antes da convenção de nomeação dos democratas em agosto.
“Todos os delegados não são apenas delegados de Joe Biden, eles são delegados de Kamala Harris”, disse Trujillo.
Donna Brazile, ex-presidente interina do Comitê Nacional Democrata, que tem um papel importante no comitê da Convenção Nacional Democrata deste ano, em agosto, afirmou que a pessoa que pode assumir imediatamente, se Biden decidir não concorrer, é Kamala Harris.
“As pessoas podem sonhar com outro super-herói, mas existe um processo e, da última vez que verifiquei, é uma chapa Biden-Harris, ela é a número dois da chapa”, disse Brazile, acrescentando que Biden continua sendo o indicado do Partido Democrata e “não vai a lugar algum”.
Deixar de lado a primeira vice-presidente negra e mulher por outro candidato levaria a uma reação negativa dos eleitores negros e mulheres, que são fundamentais para qualquer vitória, disseram vários estrategistas democratas.
Informações TBN
Segundo pesquisa de intenção de voto do instituo Sienna e do “The New York Times”, 49% dos entrevistados pretendem votar em Trump, e outros 43%, em Biden. Mais cedo, Joe Biden disse que permanecerá na disputa.
Donald Trump e Joe Biden em debate presidencial, em 27 de junho de 2024 — Foto: Gerald Herbert/AP
O ex-presidente dos EUA Donald Trump ainda lidera as intenções de votos para as eleições presidenciais, e a diferença percentual para o presidente Joe Biden aumentou após a realização do primeiro debate entre os dois, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (3) pelo instituto Siena e o jornal “The New York Times”.
De acordo com a pesquisa, Trump lidera agora a corrida eleitoral com 49% dos votos, ante 43% de Biden. Em relação à semana passada, antes do debate, Trump aumentou a vantagem, segundo o jornal americano: de três para seis pontos de dianteira.
Antes do debate, Trump aparecia com 48% das intenções de voto na mesma pesquisa, contra 44% de Biden. Por uma questão de arredondamento, o jornal considerou a diferença entre os dois de três pontos percentuais.
Biden e Trump concorrem às próximas eleições dos EUA, em 5 de novembro.
Na comparação com eleitores já registrados para votar, o desempenho de Biden é pior, com 41% dos votos. Trump permanece com 49% nesse caso.
A sondagem ouviu 1.532 eleitores registrados — nos EUA, é preciso fazer um registro para votar — entre os dias 28 de junho e 2 de junho. O debate entre Biden e Trump, o primeiro da corrida presidencial de 2024, aconteceu em 27 de junho.
Outra pesquisa divulgada na terça-feira (2), no entanto, pelo Instituto Ipsos e a agência de notícias Reuters, mostrou que os dois seguem empatados na disputa mesmo após o debate eleitoral. A sondagem, feita também após o debate, mostrou que Biden tinha 40% das intenções de votos e Trump, outros 40% entre os entrevistados.
A sondagem da Reuters e do Instituto Ipsos ouviu 1.070 eleitores nos EUA também após o debate.
Pressionado a desistir, Biden disse nesta quarta-feira (3) que não está pensando em abandonar a candidatura.
“Eu estou concorrendo. Eu sou o líder do Partido Democrata. Ninguém vai me forçar a sair”, disse Biden, de acordo com um assessor seu.
A Casa Branca também afirmou que o presidente “não está pensando em desistir”. Questionada em uma entrevista à imprensa na Casa Branca sobre se o presidente estava considerando a possibilidade de abandonar a corrida eleitoral, a porta-voz do governo Biden, Karine Jean-Pierre, respondeu: “Absolutamente, não!”.
Mais cedo, uma reportagem do jornal norte-americano “The New York Times” afirmou que Biden disse a aliados políticos que tem dúvidassobre se deve continuar a disputar a reeleição. Jean-Pierre negou a informação.
Segundo fontes próximas a Biden ouvidas pelo jornal, o presidente tem dúvidas sobre se poderá se reerguer após o desempenho ruim no primeiro debate eleitoral contra o candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump, na semana passada. Biden disse que quase adormeceu durante o enfrentamento (leia mais abaixo).
Foi a primeira vez que fontes próximas ao candidato democrata revelam dúvidas por parte de Joe Biden sobre seguir ou não com sua candidatura.
Desde o debate, membros do Partido Democrata têm pressionado para que a sigla susbtitua Biden por outro candidato, segundo a imprensa dos EUA — pelas normas do partido, o próprio candidato deve retirar sua candidatura.
No entanto, Biden tem indicado que não desistirá da corrida à Casa Branca, embora já tenha admitido não ter ido bem no debate.
Os aliados do presidente ouvidos pelo The New York Times disseram também que Biden continua fortemente empenhado em tentar a reeleição, ainda segundo o jornal, mas sabe que pode ser difícil se recuperar após o debate.
Segundo outra reportagem, da agência de notícias Bloomberg, também publicada nesta quarta-feira, um grupo de deputados do Partido Democrata está considerando fazer uma carta conjunta pedindo que Biden desista da disputa. O presidente terá uma reunião nesta tarde com deputados democratas em Washington.
Na terça-feira (2), pela primeira vez, um deputado democrata defendeu abertamente a retirada do candidato do partido. Também na terça, umasondagem feita pela agência de notícias Reuters em parceria com o instituto de pesquisas Ipsos revelou que um em cada três eleitores democratas acha que Joe Biden deveria desistir de concorrer à presidência dos EUA.
A sondagem, que ouviu 1.070 pessoas em todo os EUA durante dois dias após o debate, também mostrou que a ex-primeira-dama Michelle Obama seria a única a vencer Donald Trump em um hipotético confronto, entre os nomes levantados para substituir Biden como candidato democrata.
Na tarde desta quarta, o presidente dos EUA se reunirá em Washington com uma série de deputados do Partido Democrata.
Na noite de terça-feira, Biden atribuiu ao jet lag — como é chamado o distúrbio que costuma acometer quem faz viagens longas com diferenças de fuso horário — o mau desempenho no debate.
Dias antes do entrentar Trump diante das câmaras, o presidente havia feito duas viagens internacionais, para a França e para a Itália. Em um evento de campanha no estado da Virgínia, ele disse que ignorou apelos de sua equipe para que evitasse viagens e, como consequência, “quase adormeceu no palco” do debate.
“Decidi viajar pelo mundo algumas vezes, passando por cerca de cem fusos horários antes do debate”, disse o presidente dos EUA. “Não dei ouvidos à minha equipe e voltei e quase adormeci no palco. Isso não é desculpa, mas é uma explicação”.
Veja os democratas que podem substituir Biden na corrida eleitoral nos EUA
Com voz rouca —atribuída a um resfriado—, pouco entusiasmo e hesitante, Biden, de 81 anos, perdeu o debate da semana passada para Donald Trump, de 78 anos, apontam quase todos os analistas políticos e o próprio Partido Democrata.
Trump, candidato do Partido Republicano à Casa Branca, despejou uma série de mentiras com calma e de forma assertiva, sem ser corrigido por Biden, que se confundiu algumas vezes e se mostrou pouco reativo na maioria delas.
O criticado desempenho fez crescer uma questão de se é possível substituí-lo como candidato do Partido Democrata à presidência?
As eleições dos EUA acontecem em 5 de novembro. A convenção dos democratas, que vai confirmar Biden como candidato à reeleição, será entre 19 de agosto e 22 de agosto —daqui a menos de dois meses.
Informações G1
A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, nesta segunda-feira (1º/7), que o ex-presidente Donald Trump tem direito a imunidade parcial nos processos judiciais em que é réu.
A decisão, considerada uma vitória para Trump, deve atrasar os julgamentos em curso e, assim, proporcionar-lhe um alívio temporário enquanto ele concorre novamente à presidência nas eleições de 5 de novembro.
Embora a decisão não conceda imunidade automática, ela reconhece que ex-presidentes têm o direito de solicitar essa proteção. A partir dessa orientação, os tribunais de segunda instância deverão reavaliar os três processos pendentes contra Trump para determinar se ele é, ou não, imune em cada caso específico.
Com seis votos a favor e três contra, os juízes da Suprema Corte afirmaram, pela primeira vez, que ex-presidentes podem ter imunidade absoluta em casos criminais, desde que os atos em questão tenham sido cometidos durante o exercício do cargo.
Essa decisão é relevante para o processo em que Trump é acusado de conspirar para permanecer no poder e de incentivar a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, enquanto ainda ocupava a presidência, antes da posse de Joe Biden.
Agora, cabe aos tribunais inferiores aplicar essa nova diretriz e decidir sobre a imunidade em cada um dos casos contra Trump. Anteriormente, um tribunal de segunda instância havia rejeitado o pedido de imunidade do republicano – decisão que levou seus advogados a recorrerem à Suprema Corte.
Em sua rede social, Truth Social, Trump celebrou a decisão, chamando-a de “grande vitória para a nossa Constituição e a democracia”.
Nos processos, Trump argumenta que suas ações, como incitar a invasão do Capitólio e pressionar autoridades eleitorais na Geórgia para recontagem de votos, foram tomadas enquanto ele ainda era presidente, o que justificaria sua imunidade.
A Suprema Corte dos EUA, que possui uma maioria conservadora, incluindo três juízes indicados pelo próprio Trump, foi a responsável por essa decisão.
Informações Metrópoles
Vice-presidente é a preferida entre os democratas para entrar na disputa nas eleições, após debate desastroso entre Biden e Donald Trump.
Joe Biden e Kamala Harris em imagem de março de 2022 — Foto: Nicholas Kamm/AFP
Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, está entre os nomes favoritos para a corrida presidencial, caso Joe Biden deixe a disputa. A possibilidade de substituição é aventada após o debate entre o presidente e Donald Trump, na quinta-feira (28), ter sido considerado um desastre para o Partido Democrata.
De acordo com o instituto de pesquisa Morning Consult, 30% dos democratas apoiam o nome de Kamala caso Biden seja substituído. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, aparece em seguida, com 20%.
A vice-presidente passou boa parte do seu mandato tentando se destacar em seu papel e naturalmente se tornar a titular para a corrida à Casa Branca em 2024. No entanto, sua popularidade é relativamente baixa e seu nível de aprovação é muito próximo de Biden.
Kamala, de 59 anos, é a primeira mulher a se tornar vice-presidente dos EUA. Formada em Direito e Ciências Polícias, ela foi procuradora da cidade de São Francisco e depois do estado da Califórnia. Kamala também foi senadora pelo estado entre 2017 e 2020.
Ela chegou a se apresentar como pré-candidata à Casa Branca para as eleições de 2020 e liderou em algumas pesquisas dentro do Partido Democrata, mas perdeu apoio e desistiu da corrida por falta recursos financeiros.
Filha de mãe indiana e pai jamaicano, ela foi escolhida para integrar a chapa democrata para atrair minorias, sendo ela mulher, negra e filha de imigrantes.
A opção por Harris foi fundamental para a eleição de Biden porque funcionou como um chamariz para convencer eleitores negros a votar no pleito de 2020 e alçada a mulher politicamente mais poderosa do país.
Existia uma expectativa em relação ao seu papel no mandato de Biden. Ela era considerada a sucessora natural de Biden para as eleições de 2024, porém, seu desempenho foi abaixo do esperado e as pesquisas indicaram fraca popularidade.
Antes mesmo de completar um ano no cargo, Kamala foi considerada a vice-presidente americana mais impopular da história em 50 anos. Na ocasião, apenas 28% dos americanos aprovavam seu desempenho, tornando-a praticamente invisível.
Foram poucos os momentos que Kamala conseguiu chamar atenção para si. Ainda em 2021, a vice-presidente foi designada para ficar à frente na diplomacia com o México e países da América Central, para encontrar uma forma de diminuir o gargalo migratório na fronteira.
Em sua primeira viagem oficial para a região, durante um encontro com o presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, ela pediu que os migrantes “não venham” ao seu país de forma ilegal. Na ocasião, sua performance foi considerada desastrosa.
Ainda que com baixa popularidade, Kamala conseguiu dobrar alguns de seus críticos. Em 2022, ela se colocou como a voz da Casa Branca em defesa ao direito ao aborto.
No ano passado, durante a Conferência de Segurança de Munique, foi Kamala quem subiu o tom contra a Rússia, na guerra da Ucrânia. Foi a primeira vez que os EUA acusou abertamente a Rússia de ter cometido crimes contra a humanidade.
Em maio deste ano, a vice-presidente fez as declarações mais incisivas da liderança dos EUA ao criticar o governo de Israel. Ela direcionou sua fala a Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, para o cessar-fogo e impedir uma “catástrofe humanitária.”
Durante seu período no cargo, Kamala não conseguiu a projeção suficiente para se alçar candidata em 2024. Uma pesquisa publicada em junho pela Redfield & Wilton Strategies indicou que a vice-presidente era desaprovada por 44% dos americanos e aprovada por 39%.
A base do Partido Democrata ainda tem resistência em relação ao seu nome por causa de seus números fracos, de acordo com o site Politico.
Ônibus com migrantes estacionam perto da casa da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris
O partido considera qualquer um dos outros governadores para uma possível substituição, como Gavin Newsom, da Califórnia, e Gretchen Whitmer, de Michigan, mais populares que Kamala.
De acordo com a revista britânica “The Economist”, Kamala seria a escolha óbvia para substituir Biden. “Infelizmente, ela não inspira confiança nos grandes democratas, e os eleitores sentem isso”.
Ainda segundo a publicação, uma sondagem recente da The Economist/YouGov sugere que ela é apenas uma opção ligeiramente mais favorável do que o presidente.
Para o site “Politico”, o maior trunfo da vice-presidente é a “realidade política”. Se Biden abandonasse a corrida presidencial, qualquer outro candidato teria desafios significativos.
“Apenas Harris, por exemplo, teria acesso aos cofres da campanha da qual já faz parte. Qualquer outro candidato enfrentaria a difícil tarefa de construir uma infraestrutura em questão de meses.”
“The Washington Post” também coloca a vice-presidente como a substituta natural. “Harris é o vice-presidente, a pessoa já escolhida pelo partido para ser o próximo na linha de sucessão à presidência. A menos que ela também tenha optado por não ser presidente, ela é a pessoa a quem a nomeação iria.”
A crise na campanha de Biden, diz o “The New York Times”, renovou o foco na vice-presidente, enquanto ela tenta acalmar os ânimos entre os democratas, defendendo o presidente.
Segundo a publicação, seu discurso de sexta-feira (28), se colocando ao lado de Biden, era “exatamente o que eles queriam ver no debate em Atlanta”, disseram democratas ao jornal.
Desde o início do ano, Kamala tem viajado em campanha para fortalecer a chapa e mobilizar principalmente eleitores negros, base essencial para os democratas.
Segundo o site Politico, aliados e assessores de Kamala acreditam que ela conseguiu demonstrar mais habilidade e confiança nestes últimos meses e, com isso, revigorar seu perfil.
Após o debate de quinta, Kamala fez uma defesa enfática de Biden, em uma viagem por Nevada, que chamou atenção e a colocou novamente como alternativa ao posto de candidato.
Não há planos, de acordo com seus assessores, para a vice-presidente fazer uma campanha para defender Biden.
Ela estaria focada na captação de recursos nos próximos dias, em áreas onde estará em contato com doadores, o que não deixa de ser uma oportunidade para causar boa impressão e se colocar à disposição como substituta à vaga de Biden.
Informações G1