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Decisão acontece 2 meses antes de o presidente eleito, Donald Trump, assumir a Casa Branca

Biden fez movimento pouco antes de deixar a Casa Branca | Foto: Jonathan Ernst/Reuters
Biden fez movimento pouco antes de deixar a Casa Branca | Foto: Jonathan Ernst/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou o primeiro uso de mísseis de longo alcance fornecidos à Ucrânia para ataques em território russo. As informações são do jornal The New York Times.

Inicialmente, é provável que as armas sejam usadas contra tropas da Rússia e da Coreia do Norte para defender as forças ucranianas na região de Kursk, no oeste do país chefiado por Vladimir Putin.

A decisão de Biden representa uma mudança importante na política dos Estados Unidos e dividiu opiniões entre os assessores do democrata. O posicionamento acontece dois meses antes de o presidente eleito, Donald Trump, que prometeu limitar o apoio à Ucrânia, assumir a Casa Branca.

Permissão de Biden é resposta à decisão da Rússia

A autorização para uso de mísseis de longo alcance, conhecidos como Sistemas de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS, na sigla em inglês), foi uma resposta de Biden à decisão da Rússia de trazer tropas norte-coreanas para o campo de guerra, segundo as autoridades.

O presidente norte-americano começou, então, a aliviar as restrições ao uso de armas fornecidas pelos Estados Unidos em solo russo. Isso ocorreu depois que a Rússia lançou um ataque transfronteiriço na direção de Kharkiv em maio, a segunda maior cidade da Ucrânia.

Para ajudar os ucranianos a defender Kharkiv, Biden autorizou o uso do sistema de mísseis Himars contra forças russas além da fronteira. No entanto, não permitiu o uso dos ATACMS, que têm alcance de cerca de 300 km.

Por mais que as autoridades digam que a mudança não deve alterar o curso da guerra, um dos objetivos dessa política é enviar uma mensagem aos norte-coreanos de que suas tropas estão vulneráveis e não devem enviar mais reforços.

Informações Revista Oeste


O empresário deve participar da administração federal norte-americana

O CEO da Tesla e proprietário do Twitter/X, Elon Musk, em discurso ao lado de Donald Trump - 5/11/2024 | Foto: Carlos Barria/Reuters
O CEO da Tesla e proprietário do Twitter/X, Elon Musk, em discurso ao lado de Donald Trump – 5/11/2024 | Foto: Carlos Barria/Reuters

O empresário Elon Musk anunciou, nas redes sociais, nesta quinta-feira, 14, a abertura de vagas para pessoas superdotadas. O objetivo é integrá-las ao Departamento de Eficiência Governamental (Doge), criado pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

A iniciativa visa a otimizar os gastos públicos e promover uma gestão mais eficiente. Musk, conhecido por liderar empresas inovadoras, será uma das principais figuras do departamento.

Musk trabalhará ao lado do ex-candidato presidencial Vivek Ramaswamy, que também assumirá um papel de liderança. A dupla procura indivíduos com alta inteligência, dispostos a trabalhar mais de 80 horas semanais.

Os interessados devem enviar currículos por mensagens diretas no Twitter/X, de que Musk é proprietário. O empresário focará a seleção nos currículos mais bem qualificados, o que representa o 1% de maior capacitação.

Elon Musk vai trabalhar com a Casa Branca

Trump ganhou cerca de R$ 1,3 bilhões. Elon Musk, por sua vez, viu seu patrimônio crescer em R$ 120 bilhões | Foto: Reprodução/Twitter/X
Donald Trump confirma expectativas e anuncia o nome de Elon Musk para compor sua equipe no Departamento de Eficiência Governamental | Foto: Reprodução/Twitter/X

Trump anunciou a criação do departamento para trazer uma perspectiva externa à administração pública. Ele afirmou que o Doge trabalhará com a Casa Branca e com o Escritório de Gestão e Orçamento em reformas estruturais significativas, ao introduzir uma abordagem empreendedora ao governo.

A missão do Doge terá duração limitada, com encerramento previsto para 4 de julho de 2026, o que coincide com o 250º aniversário da independência dos Estados Unidos. A escolha de Musk para liderar o departamento já era amplamente esperada, mas a nomeação de Ramaswamy como codiretor foi uma surpresa.

Informações Revista Oeste


Além dos presidentes, o empresário Elon Musk também aparece ao lado dos políticos em uma foto divulgada nas redes sociais

Elon Musk, Javier Milei e Donald Trump

O governo argentino divulgou nessa quinta-feira (14/11) uma imagem que revela o encontro entre o presidente da Argentina, Javier Milei, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário e empresário Elon Musk. O encontro ocorreu durante a Conferência Política da Ação Conservadora (CPAC), evento em que os três estiveram presentes.

A conferência aconteceu em Mar-a-Lago, resort deDonald Trump na Flórida. Durante sua participação, Milei celebrou a vitória de Trump e, em um discurso divulgado na rede X, mencionou o “fantasma do comunismo”.

Elon Musk, Javier Milei e Donald Trump
Chanceler, Gerardo Werthein; Elon Musk; presidente Javier Milei; presidente eleito Donald Trump; secretária Geral da Presidência, Karina Milei

“Karl Marx começou aquele panfleto sinistro do seu manifesto comunista dizendo que um fantasma assombrava a Europa, o fantasma do comunismo. Hoje, um fantasma diferente assombra o mundo, o fantasma da liberdade que acaba com o modelo de servidão que reina em um mundo livre”, declarou durante o discurso.

O argentino, além de mencionar o comunismo, também elogiou Elon Musk por salvar a humanidade com seu trabalho na plataforma X. “Há uma distorção e censura da maioria silenciosa e, é por isso que quero agradecer especialmente ao grande Elon Musk por seu maravilhoso trabalho para salvar os administradores”.

Durante o discurso, Donald Trump também elogiou Milei pelo “trabalho fantástico” e adaptou seu famoso bordão para “Make Argentina Great Again”.

Esta é a primeira vez que Trump e Milei se encontram após o anúncio do resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Informações Metrópoles


Nova configuração do Congresso americano cria cenário político favorável para o governo de Donald Trump

Donald Trump, em evento de celebração de sua vitória como presidente eleito dos Estados Unidos, com direito a conquista de 312 delegados no colégio eleitoral
Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump | Foto: Reprodução/Redes sociais 

Donald Trump terá uma vantagem significativa em seu mandato como presidente dos Estados Unidos. Os republicanos conquistaram a maioria na Câmara dos Representantes. 

Com vitórias expressivas no Arizona e na Califórnia, os republicanos garantiram 218 dos 435 assentos, superando os democratas, que detêm 208 cadeiras, enquanto nove permanecem em disputa.

A conquista republicana também se estende ao Senado, assegurando a predominância do partido no Congresso. Essa configuração legislativa é vital para o presidente eleito, pois facilita a implementação das promessas de campanha, permitindo que sua agenda política avance sem grandes obstáculos.

Cenário político favorável para Trump

O candidato presidencial republicano e ex-presidente dos EUA, Donald Trump, observa durante o primeiro dia da Convenção Nacional Republicana (RNC), no Fórum Fiserv em Milwaukee, Wisconsin, EUA | Foto: Elizabeth Frantz/REUTERS

O cenário atual contrasta com o início do primeiro mandato de Trump em 2016, quando, apesar da maioria republicana, ele enfrentou resistência interna. 

Agora, com a Suprema Corte dos Estados Unidos composta majoritariamente por juízes conservadores — seis dos nove, sendo três indicados por ele no mandato anterior —, Trump está em uma posição estratégica para governar.

Nesta semana, Trump se deslocou para Washington, onde participou de sua primeira reunião com Joe Biden na Casa Branca desde a eleição, sinalizando o início do processo de transição de governo. 

Presidente eleito parabeniza republicanos: ‘É legal vencer’

O presidente eleito também se reuniu com legisladores republicanos, marcando a primeira interação com o grupo desde a vitória nas urnas.

Em seu discurso aos deputados republicanos, Trump celebrou a vitória. “Não é legal vencer? É sempre legal vencer. A Câmara se saiu muito bem”, declarou, enfatizando suas prioridades para o início do governo, que começará oficialmente no dia 20 de janeiro de 2025. 

Com a maioria garantida até pelo menos as próximas eleições, que ocorrem a cada dois anos para renovar um terço do Congresso, Trump terá um período de estabilidade para implementar suas iniciativas políticas. 

Essa configuração promete influenciar a direção das políticas domésticas e internacionais dos Estados Unidos nos próximos anos.

Informações Revista Oeste


A missão da nova pasta será desmantelar a burocracia federal, eliminar regulamentações excessivas, reduzir gastos desnecessários e reestruturar as agências do governo

Reprodução/X @america

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na terça-feira (12) a nomeação do bilionário Elon Musk e do empreendedor Vivek Ramaswamy para liderarem o novo Departamento de Eficiência Governamental. A missão da nova pasta será desmantelar a burocracia federal, eliminar regulamentações excessivas, reduzir gastos desnecessários e reestruturar as agências do governo. A iniciativa é parte do compromisso de Trump com a promessa de “enxugar” o governo, que inclui cortes substanciais em programas de benefícios populares e uma auditoria financeira e de desempenho no governo.

Trump, que abordou o tema durante sua campanha, detalhou que o grupo trabalhará em parceria com o Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca, com o objetivo de concluir as reformas até 4 de julho de 2026 — o 250º aniversário da independência dos Estados Unidos. O bilionário Elon Musk, em um discurso no Madison Square Garden no mês passado, previu que poderia reduzir pelo menos US$ 2 trilhões do orçamento federal, embora esse valor ultrapasse o total anual de gastos do Congresso com as agências governamentais, incluindo a defesa.

Esses cortes podem implicar em uma grande reestruturação de programas como Previdência Social, Medicare, Medicaid e benefícios para veteranos, áreas que representam grande parte dos gastos federais. O governo dos EUA gastou mais de US$ 6,75 trilhões no último ano fiscal, com mais de US$ 5,3 trilhões sendo destinados a esses setores, que são politicamente sensíveis e difíceis de cortar sem oposição significativa no Congresso.

Musk, em um comunicado, alertou que a iniciativa terá “ondas de choque no sistema”, impactando negativamente aqueles envolvidos em práticas de desperdício governamental. “Isso vai afetar muita gente”, disse o bilionário, que assumirá a missão de reduzir custos e otimizar a gestão pública no governo federal.

Informação Bahia.ba


Pete Hegseth também foi apresentador da Fox News

Pete Hegseth palestra na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) de 2015 em National Harbor, Maryland (Foto: Gage Skidmore/Wikimedia Commons)
Pete Hegseth palestra na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) de 2015 em National Harbor, Maryland | Foto: Gage Skidmore/Wikimedia Commons

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu Pete Hegseth, apresentador da Fox News e veterano do Exército norte-americano, para servir como seu secretário de Defesa. A escolha de Hegseth foi uma surpresa, já que ele não era cotado entre as principais opções para o Pentágono, segundo o canal de TV CNN.

Em comunicado, Trump elogiou o histórico de combate de seu aliado, bem como a atuação dele como apresentador da Fox News e autor de um livro best-seller. “Pete passou a vida toda como um guerreiro para as tropas e para o país”, disse o republicano nesta terça-feira, 13.

“Pete é duro, inteligente e um verdadeiro crente na América em primeiro lugar”, descreveu Trump. “Com Pete no comando, os inimigos da América estão avisados: nosso Exército será grande novamente, e a América nunca recuará.”

Trump cogitava Hegseth desde seu primeiro mandato, quando o considerou para liderar o Departamento de Assuntos de Veteranos. No entanto, ele foi alertado por aliados de que a indicação corria o risco de ser barrada pelo Senado. No sistema norte-americano, as nomeações para cargos de importância nacional passam pelo crivo dos senadores antes de ser confirmadas.

No primeiro mandato de Trump, a Secretaria de Defesa foi um cargo turbulento. Sua primeira nomeação, o general James Mattis, renunciou em protesto à retirada imediata das forças norte-americanas da Síria.

O sucessor dele, o secretário do Exército Mark Esper, teve a gestão reprovada por Trump e foi demitido.

Hegseth foi contratado pela emissora Fox News em 2014. Três anos depois, foi designado para apresentar o talk show Fox & Friends Weekend. Com a nomeação para o futuro governo Trump, o contrato com o canal foi encerrado. Graduado em Princeton e Harvard, Hegseth também foi CEO de uma organização de defesa de veteranos de guerra norte-americanos.

Trump confirma Elon Musk em seu governo

Donald Trump também anunciou nesta terça-feira que o bilionário Elon Musk vai chefiar o novo Departamento de Eficiência Governamental. O dono da Tesla e da SpaceX desempenhou um papel importante na arrecadação de aproximadamente US$ 200 milhões para a campanha do candidato republicano.

Depois de anunciar a nomeação de Musk, Trump falou sobre suas recentes escolhas e de seus objetivos. O presidente eleito acredita que Muskpermitirá que sua gestão “desmonte a burocracia governamental, elimine regulamentações excessivas, corte gastos desnecessários e reestruture agências federais”.

Musk foi anunciado em governo de Donald Trump nesta terça-feira, 12 | Foto: Reprodução/Twitter/X
Musk foi anunciado em governo de Donald Trump | Foto: Reprodução/Twitter/X

O departamento, sob a sigla Doge, tem como objetivo implementar reformas estruturais e, assim, desenvolver uma abordagem empresarial para a administração pública. Seu nome faz referência à Dogecoin, criptomoeda da qual Musk é investidor. O símbolo é o ícone de um cachorro da raça japonesa shiba inu.

Informações Revista Oeste


Mandatário eleito quer a aprovação das “nomeação de recesso”, que permitem que o presidente preencha cargos enquanto o Senado está de “férias”

Foto: Reprodução/Instagram/Donald Trump

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu que os três favoritos do Partido Republicano para liderar o Senado permitam que a nomeação de indicados não passe por sabatinas no Capitólio. As indicações serão iniciadas em 21 de janeiro.

No X, Trump defendeu que a ausência das audiências é referente à urgência de suas nomeações. O mandatário eleito defendeu a aprovação das “nomeação de recesso”, que permitem que o presidente preencha cargos enquanto o Senado está de “férias”.

“Qualquer senador republicano que busque a cobiçada posição de liderança no Senado dos Estados Unidos deve concordar com as nomeações de recesso (no Senado), sem as quais não seremos capazes de confirmar as pessoas em tempo hábil. Às vezes, as votações podem levar dois anos ou mais. Foi o que fizeram há quatro anos atrás e não podemos deixar que aconteça novamente”, destaca o empresário. 

“Precisamos preencher as posições imediatamente. Além disso, nenhum juiz deve ser aprovado durante esse período de tempo, porque os democratas estão querendo forçar seus juízes enquanto os republicanos lutam pela liderança. Isso não é aceitável”, acrescenta.

Até o momento, Donald Trump já indicou duas pessoas para o seu governo. Para o cargo de embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU), o empresário apontou a  deputada republicana por Nova York Elise Stefanik. 

Para a agência responsável pelo controle de fronteiras e imigração (ICE), Trump indicou o  “czar das fronteiras”, Thomas Homan, como chefe do órgão. 

Informações Bahia.ba


Foto: depositphotos.com / gints.ivuskans / Perfil Brasil

O presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump venceu com fortes discursos contra a imigração, prometendo mesmo a deportação em massa de milhões de estrangeiros morando ilegalmente no país — entre eles, brasileiros.

O que aconteceu

Brasileiros ilegais nos Estados Unidos são 230 mil, segundo pesquisa. Um levantamento do Pew Research Center publicado em julho deste ano aponta que 230 mil brasileiros estavam vivendo ilegalmente no país, em 2022. O número inclui um aumento de 30 mil em relação ao ano anterior.

EUA é país com o maior número de migrantes do Brasil. Dados do Ministério das Relações Exteriores apontam que vivem 1,9 milhão de brasileiros no país. O segundo destino mais procurado é Portugal, onde vivem 360 mil, e o Paraguai, com 254 mil imigrantes brasileiros.

Especialista defende que brasileiros estarão seguros nos EUA se mantiverem o status válido.Rodrigo Costa, CEO da Viva América e especialista em imigração, entende que os brasileiros vivendo nos EUA não precisam se preocupar com deportação, enquanto puderem provar que exercem o visto que recebeu, seja de trabalho ou de estudo. “O grande desafio da imigração é manter seu status válido”, complementa.

“Imigrantes não documentados vão sofrer pressão real”, diz especialista. Costa indica que estão sob risco aquelas pessoas que estão morando nos Estados Unidos sem documentos. Exemplos são estrangeiros que entraram no país com visto de turista ou de maneira ilegal, mas estabeleceram residência.

Costa defende que “Imigrante qualificado” será bem-vindo nos Estados Unidos. “Hoje há um número de vagas de trabalho disponíveis aqui nos Estados Unidos que não conseguem ser preenchidas por americanos. E a única maneira de se preencher essas vagas de trabalho é através do imigrante qualificado”, diz Rodrigo Costa, CEO da Viva América, empresa especializada em imigração de brasileiros aos Estados Unidos.

Em quais áreas os EUA precisam do trabalho de imigrantes? Tecnologia e Informação, engenharia, energia, logística e saúde são as áreas em que os brasileiros devem ser mais procurados, de acordo com a Viva América.

Plataforma republicana pode aumentar presença de brasileiros no país. Embora republicanos tenham criticado a presença de imigrantes no país durante a campanha, Costa vê que com a vitória generalizada do partido nas urnas, deve crescer o número de vagas de emprego.

Donald Trump prometeu “green card” a estudantes estrangeiros do país no primeiro dia como presidente. Em junho deste ano, Trump a um podcast disse que estudantes universitários estrangeiros deveriam receber um green card, ou um cartão de residência permanente, com o diploma. “Se isso vai acontecer ou não é outra história, mas isso é um discurso de campanha”, diz Rodrigo Costa.

Green card não representa cidadania. O cartão comprovaa que uma pessoa reside nos Estados Unidos de maneira permanente e para acessar alguns direitos, como educação pública e previdência social. Entretanto, o portador do documento não é cidadão americano. “O Green Card é a etapa anterior à cidadania”, explica Costa.

Em 2023, Brasil foi 10° país que mais recebeu green cards. Dados do Departamento de Segurança Interna dos EUA apontam que 28.050 documentos foram emitidos no último ano, o número mais alto na história.

Gráfico mostra aumento de recebimentos de green card no Brasil
Gráfico mostra aumento de recebimentos de green card no Brasil Imagem: Divulgação/Viva América

Trump quer deportação em massa de imigrantes

Trump prometeu a “maior operação de deportação doméstica na história americana”. O objetivo seria expulsar 11 milhões de imigrantes ilegais, estima artigo da revista Time. O método será encurtar os processos de deportação, realizando as expulsões sem a realização de audiências, exigidas por lei atualmente.

Republicano diz que a medida vai melhorar os salários de americanos, mas o resultado pode ser desastroso. A remoção abrupta de milhões de imigrantes provavelmente levaria à instabilidade econômica, particularmente em indústrias fortemente dependentes de mão de obra dos ilegais, como agricultura e turismo.

Para cumprir a promessa, Trump gastaria bilhões de dólares. O custo para deportar um milhão de imigrantes ilegais por ano custaria mais de US$ 88 bilhões (R$ 502,3 bilhões em valores de hoje), totalizando US$ 967,9 bilhões (R$ 5,5 trilhões) ao longo de mais de 10 anos, de acordo com relatório do Conselho Americano de Imigração.

Presidente-eleito quer usar o exército para expulsar imigrantes sem documentos. As tropas federais no exterior rumariam para a fronteira sul do país, que dá acesso à América Latina, onde os militares teriam autorização para prender imigrantes.

A intenção é criar uma presença militar sem precedentes na fronteira. A Guarda Nacional e polícia local de estados liderados pelos republicanos reforçariam a vigilância.

Trump também quer construir novos campos de detenção de imigrantes irregulares. A campanha de Trump disse que a medida acelerará o processo de expulsão, que também contará com a ajuda dos militares.

Em 2021, os Estados Unidos tinham centros de detenção que abrigavam mais de 20 mil crianças. Em uma reportagem, a BBC descobriu que esses menores enfrentavam baixas temperaturas, doenças, negligência, piolhos e sujeira.

19.jun.2018 - Abrigo para crianças de imigrantes ilegais em Tornillo, Texas (EUA)
19.jun.2018 – Abrigo para crianças de imigrantes ilegais em Tornillo, Texas (EUA) Imagem: Mike Blake/Reuters

Trump planeja invadir locais de trabalho para identificar e prender imigrantes ilegais. A estratégia desestimularia indústrias a contratarem essa mão de obra e beneficiaria trabalhadores americanos. A medida, porém, afetaria economias locais e resultariam em caos social, com a separação de famílias e piora da vulnerabilidade de populações inteiras de imigrantes.

Outra prioridade do presidente eleito é expandir o muro na fronteira com o México. Durante seu primeiro mandato, Trump construiu 804 km na fronteira de 3,1 mil km com o país vizinho. “Nós completaremos o muro da fronteira”, diz seu programa de governo, que pretende usar dinheiro militar para levantar a barreira.

Verdade ou retórica?

Embora Trump possa dificultar a vida de imigrantes, seu governo não deve cumprir todas as promessas. “Eu vejo muito mais uma retórica do Trump para conseguir voto na campanha”, diz Roberto Uebel, professor de relações internacionais da ESPM. “É logistica e economicamente impossível deportar 11 milhões de pessoas.”

Apesar de maior “perseguição ao imigrante indocumentado”, Trump não pode prejudicar a economia do país. “Os republicanos sabem que boa parte do motor da economia dos Estados Unidos e dos estados onde ele ganhou é baseado na economia do imigrante, seja ele irregular ou não”, diz o professor.

Os principais alvos devem ser os imigrantes que tentam cruzar a fronteira. “Ele vai endurecer a política de combate à imigração irregular, por meio de coiotes, o que os governos anteriores sempre fizeram.”

A gente vai ver um aumento de deportações dos imigrantes que já estão presos nos Estados Unidos, mas eu não vejo uma espécie de caça às bruxas, não pelo menos nesse primeiro ano de governo, porque ele sabe que o imigrante é fundamental para a economia dos Estados Unidos.”Roberto Uebel, da ESPM

Informações UOL


Créditos: depositphotos.com / gints.ivuskans.

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Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, assegurou uma vitória significativa no estado do Arizona, acrescentando 11 delegados ao seu total no colégio eleitoral. Segundo a agência Associated Press, Trump conquistou 312 delegados ao todo, superando os 226 de Kamala Harris. Essa vitória no Arizona reforça o retorno de Trump à Casa Branca em janeiro de 2025.

O Arizona é conhecido por ser um estado-pêndulo, ou swing state, indicando uma tendência de alternância entre apoio republicano e democrata. Neste ciclo eleitoral, Trump acumulou vitórias não apenas no Arizona, mas também em outros estados-chave, como Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin, consolidando sua posição no colégio eleitoral.

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Como funciona o Sistema Eleitoral dos Estados Unidos?

O sistema eleitoral nos Estados Unidos diverge do brasileiro, tanto em estrutura como em execução. Nos EUA, cada estado organiza e gerencia suas próprias eleições, o que significa que a totalização dos votos e o anúncio dos resultados podem variar consideravelmente. Tal sistema contribui para a complexidade da eleição presidencial, onde o foco está na conquista do colégio eleitoral ao invés de uma votação geral direta.

Em 2024, a eleição reafirmou a importância estratégica dos estados-pêndulo, onde o resultado pode oscilar entre os principais partidos políticos, influenciando diretamente o desfecho eleitoral nacional. Trump perfomou bem nesses estados, superando suas próprias expectativas anteriores.

Veja a lista de estados-pêndulo:

Por que os estados-pêndulo são importantes?

Os estados-pêndulo desempenham um papel crucial nas eleições presidenciais dos Estados Unidos devido à sua indecisão política. Ao contrário dos estados com preferências claramente republicanas ou democratas, esses estados podem decidir o resultado de uma eleição ao desviar seu apoio entre os candidatos a cada ciclo eleitoral.

Impacto da vitória de Trump no cenário político

A vitória de Trump nas eleições de 2024 assinala não apenas seu retorno à presidência, mas também uma reafirmação do seu apoio significativo no colégio eleitoral dos EUA. Comparativamente, ele obteve uma margem ainda maior do que em sua primeira vitória em 2016 sobre Hillary Clinton, quando conquistou 304 delegados. Essa atual vitória marca um aumento de oito delegados, demonstrando um crescimento em sua base de apoio.

O cenário subsequente à vitória de Trump indica desafios e oportunidades tanto para republicanos quanto democratas nos próximos anos. Isso inclui a mobilização de eleitores, a adaptação de plataformas políticas e a preparação para futuras eleições que possam seguir padrões ainda indefinidos.

Quem é Donald Trump?

Donald John Trump, nascido em 1946 em Nova York, é uma figura proeminente tanto no mundo dos negócios quanto na política. Com um histórico que abrange desde o mundo dos negócios até a televisão, Trump alcançou a presidência em 2016. Ele emergiu como uma figura polarizadora, com slogans de campanha como “Make America Great Again”, que capturou a imaginação de muitos eleitores.

Antes de sua vitória em 2024, Trump havia perdido a eleição de 2020 para Joe Biden. No entanto, sua recente vitória revela uma forte resiliência e habilidade em reconquistar deleitores cruciais, impulsionando seu caminho de volta à Casa Branca.


Donald Trump se elege para um segundo mandato — Foto: Imagem: Reuters

Donald Trump se elege para um segundo mandato — Foto: Imagem: Reuters 

Durante sua campanha para a reeleição dos Estados Unidos, Donald Trumpprometeu expurgar as Forças Armadas dos militares considerados “woke” (focados em justiça racial e social, mas usado de forma depreciativa pelos conservadores). 

Agora que ele é o presidente eleito, a questão nos corredores do Pentágono é se ele pode ir além disso

Espera-se que Trump tenha uma visão mais sombria dos líderes militares em seu segundo mandato. 

No primeiro mandato, Trump enfrentou a resistência do Pentágono sobre diversos temas, desde seu ceticismo em relação à Otan até sua prontidão para enviar tropas para reprimir protestos nas ruas dos EUA. 

Os ex-generais e secretários de Defesa de Trump estão entre seus críticos mais ferozes, alguns rotulando-o de fascista e declarando-o impróprio para o cargo. 

Irritado, Trump sugeriu que seu ex-chefe do Estado-Maior Conjunto, Mark Milley, poderia ser executado por traição. 

Autoridades dos EUA dizem que Trump priorizará a lealdade em seu segundo mandato e erradicará oficiais militares e funcionários públicos de carreira que ele considera desleais. 

Ele destruirá o Departamento de Defesa, francamente. Ele entrará e demitirá generais que defendem a Constituição”, disse Jack Reed, democrata que lidera o Comitê de Serviços Armados do Senado. 

Questões de guerra cultural podem ser um gatilho para demissões.

Trump foi questionado pela Fox News em junho se ele demitiria generais descritos como “woke“, um termo para aqueles focados na justiça racial e social, mas que é usado pelos conservadores para depreciar as políticas progressistas.

“Eu os demitiria. Você não pode ter (um) militar ‘woke’”, disse Trump.

Alguns funcionários atuais e antigos temem que a equipe de Trump possa ter como alvo o general da Força Aérea C.Q. Brown, atual chefe do Estado-Maior Conjunto. 

O Estado-Maior Conjunto reúne os líderes do Departamento de Defesa dos Estados Unidos que assessoram o secretário de Defesa, o Conselho de Segurança Interna, o Conselho de Segurança Nacional e o presidente em assuntos militares. 

Brown é um ex-piloto de caça e comandante militar amplamente respeitado e que se afasta da política.

O general de quatro estrelas, que é negro, emitiu uma mensagem de vídeo sobre discriminação nas fileiras nos dias após o assassinato de George Floyd em maio de 2020 por um policial em Minneapolis. 

Ele tem sido uma voz a favor da diversidade nas forças armadas dos EUA.

Solicitado a comentar, o porta-voz de Brown, capitão da Marinha Jereal Dorsey, disse: “O presidente, juntamente com todos os membros do serviço em nossas forças armadas, continua focado na segurança e defesa de nossa nação e continuará a fazê-lo, garantindo uma transição suave para a nova administração do presidente eleito Trump.” 

JD Vance, vice-presidente eleito dos EUA — Foto: Matt Freed/AP

JD Vance, vice-presidente eleito dos EUA — Foto: Matt Freed/AP 

O vice-presidente eleito de Trump, J.D. Vance, votou como senador no ano passado contra a confirmação de Brown para se tornar o principal oficial militar dos EUA e tem sido um crítico da resistência percebida às ordens de Trump dentro do Pentágono. 

“Se as pessoas em seu próprio governo não estão obedecendo, você tem que se livrar delas e substituí-las por pessoas que respondam ao que o presidente está tentando fazer”, disse Vance em uma entrevista com Tucker Carlson antes da eleição. 

Durante a campanha, Trump prometeu restaurar o nome de um general confederado para uma importante base militar dos EUA, revertendo uma mudança feita após o assassinato de Floyd. 

A mensagem “anti-woke” mais forte de Trump durante a campanha teve como alvo as tropas transgênero. 

Trump já havia banido membros transgênero do serviço militar e postado um anúncio de campanha na rede social X retratando-os como fracos, com a promessa de que “Não teremos um exército ‘woke’!” 

A equipe de transição de Trump não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. 

Trump sugeriu que os militares dos EUA poderiam desempenhar um papel importante em muitas de suas prioridades políticas. 

Essas prioridades incluem planos de usar a Guarda Nacional e possivelmente de tropas da ativa para ajudar a realizar uma deportação em massa de imigrantes sem documentos. 

Também existe a possibilidade de usar as tropas para lidar com a agitação doméstica.

Tais propostas alarmam especialistas militares, que dizem que o envio de militares nas ruas americanas pode não apenas violar as leis, mas também colocar grande parte da população contra as ainda amplamente respeitadas forças armadas dos EUA. 

Em uma mensagem às forças após a vitória eleitoral de Trump, o secretário de Defesa Lloyd Austin reconheceu os resultados da eleição e enfatizou que os militares obedeceriam a “todas as ordens legais” de seus líderes civis.

Mas alguns especialistas alertam que Trump tem amplo espaço para interpretar a lei e as tropas dos EUA não podem desobedecer a ordens legais que consideram moralmente erradas. 

“Há uma percepção pública generalizada de que os militares podem optar por não obedecer a ordens imorais. E isso não é verdade”, disse Kori Schake, do conservador American Enterprise Institute.

Schake alertou que um segundo mandato de Trump pode ver demissões de alto nível à medida que ele avança com políticas controversas. 

“Acho que haverá um enorme caos em um segundo mandato de Trump, tanto por causa das políticas que ele tentará promulgar quanto pelas pessoas que ele colocará em prática para promulgá-las em termos de nomeações”, disse ela. 

Um oficial militar dos EUA minimizou essas preocupações, dizendo sob condição de anonimato que criar caos dentro da cadeia de comando militar dos EUA criaria reação política e seria desnecessário para Trump atingir seus objetivos. 

“O que esses caras vão descobrir é que os oficiais militares geralmente estão focados na guerra, e não na política”, disse o oficial militar. “Eu sinto que eles ficarão satisfeitos com isso – ou pelo menos deveriam estar.” 

Esvaziar as fileiras civis? 

Funcionários públicos de carreira no Pentágono podem ser submetidos a testes de lealdade, dizem empregados atuais e antigos. 

Os aliados de Trump adotaram publicamente o uso de ordens executivas e mudanças de regras para substituir milhares de funcionários públicos por aliados conservadores

Um alto funcionário da Defesa dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse à agência Reuters que havia uma preocupação crescente dentro do Pentágono de que Trump expurgaria funcionários civis de carreira do departamento. 

“Estou profundamente preocupado com suas fileiras”, disse o funcionário, acrescentando que vários colegas expressaram preocupação com o futuro de seus empregos. 

Funcionários públicos de carreira estão entre os quase 950 mil empregados não uniformizados que trabalham nas Forças Armadas dos EUA e, em muitos casos, têm anos de experiência especializada. 

Trump prometeu durante a campanha dar a si mesmo o poder de destruir a força de trabalho federal em todo o governo. 

Durante seu primeiro governo, algumas das sugestões controversas de Trump a conselheiros, como potencialmente disparar mísseis no México para destruir laboratórios de drogas, nunca se tornaram política em parte por causa da resistência de funcionários do Pentágono. 

“Este será 2016 com esteroides e o medo é que ele esvazie as fileiras e a experiência de uma forma que causará danos irreparáveis ao Pentágono”, disse o funcionário.

Informações G1

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