Um cidadão afegão de 27 anos foi preso pelo FBI, na última segunda-feira, 7, em Oklahoma, sob suspeita de planejar um atentado terrorista durante o dia das eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Nasir Ahmad Tawhedi, que teria ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico (Isis), foi detido depois de comprar rifles e munições de um policial disfarçado.
Segundo o Departamento de Justiça, Tawhedi enfrenta várias acusações, como conspiração e tentativa de fornecer apoio material ao Isis.
De acordo com documentos judiciais, ele planejava um ataque em locais de grandes aglomerações no país, em parceria com um menor de idade, que também foi detido.
O suposto plano foi frustrado menos de um mês antes das eleições de novembro. As autoridades afirmam que Tawhedi pretendia liquidar seus bens, enviar sua família de volta ao Afeganistão e organizar o ataque em território norte-americano.
O procurador-geral Merrick Garland elogiou a atuação das forças federais e destacou o compromisso do Departamento de Justiça em “identificar, investigar e processar aqueles que tentam aterrorizar o povo norte-americano”.
Tawhedi entrou nos Estados Unidos em setembro de 2021 e atualmente reside em Oklahoma City com sua mulher e filho, enquanto aguarda a conclusão de seu processo imigratório.
Durante as investigações, foi descoberto que ele realizou buscas na internet sobre como acessar câmeras de Washington D.C. e sobre as leis de armas de fogo nos EUA.
Mensagens trocadas por Tawhedi com um recrutador do Isis, encontradas no aplicativo Telegram, revelam discussões sobre armas e o plano de ataque para o dia da eleição.
Além disso, evidências de doações para organizações ligadas ao grupo terrorista e propagandas do Isis foram encontradas em seu celular.
Em 13 de julho, o ex-presidente e candidato Donald Trump foi baleado durante uma tentativa de assassinato em um comício na Pensilvânia. Uma bala passou de raspão em sua orelha. O atirador foi identificado pelo FBI como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos.
Ele tinha pesquisado na internet informações sobre Trump e tinha fotos dele salvas em seu celular, de acordo com legisladores e outras pessoas ligadas à investigação.
Autoridades afirmam que o atirador disparou um rifle contra Trump de um telhado fora do perímetro de segurança do comício. Uma pessoa foi morta e outras duas foram gravemente feridas. O atirador foi morto pelos agentes de Trump logo em seguida.
Dois meses depois, o republicano foi vítima de novo atentado. Ele estava no Trump International Golf Club em West Palm Beach, na Flórida, quando os agentes de segurança ouviram disparos e partiram para colocá-lo em um local seguro.
O atirador foi preso e identificado como Ryan Wesley Routh, de 58 anos. Ele tinha um rifle AK-47, mochilas e uma câmera.
Informações Revista Oeste
Depois de um breve período de enfraquecimento, o furacão Milton voltou a ser classificado como uma tempestade de categoria 5, a mais alta na escala de intensidade. A previsão é que o fenômeno atinja áreas densamente povoadas, como Tampa, Sarasota e Fort Myers, na noite desta quarta-feira, 9.
À medida que a tempestade se aproxima da costa da Flórida, o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos reclassificou sua intensidade já na tarde de terça-feira, 8, quando registrou ventos de 270 km/h .
Especialistas alertam para o fato de que, embora condições climáticas ao longo da costa possam diminuir sua força, Milton ainda deve causar uma destruição significativa ao tocar a terra.
Os alertas de furacão e tempestade foram estendidos para as costas leste da Flórida e da Geórgia. Com isso, as regiões intensificaram o preparo das comunidades locais para o fenômeno. A Disney, por exemplo, anunciou o fechamento gradual de seus parques temáticos e propriedades na Flórida a partir de hoje. A previsão é que a reabertura ocorra na sexta-feira 10.
Já a Universal Orlando, que inclui o Universal Studios Florida, Islands of Adventure e Universal CityWalk, planeja manter as operações até esta tarde, às 14 horas, se as condições climáticas permitirem. Depois, o plano é suspender as atividades por um período.
O Halloween Horror Nights, uma atração popular nesta época do ano, foi cancelado. Outubro é um mês crucial para os parques temáticos, devido às celebrações do Dia das Bruxas.
O Aeroporto Internacional de Orlando, o mais movimentado da Flórida e o sétimo do país, anunciou que vai encerrar as operações já na manhã de quarta-feira para garantir a segurança dos passageiros e funcionários. A região de Orlando é um dos destinos turísticos mais visitados dos EUA. Somente em 2023, o local atraiu 74 milhões de visitantes.
Além de preparativos e evacuações, moradores da Flórida enfrentam escassez de combustível nos postos e lotação máxima em hotéis, enquanto procuram refúgio seguro.
Com informações da Associated Press e do The New York Times.
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, ameaçou usar armas nucleares e destruir a Coreia do Sul em caso de provocação, informou a mídia estatal nesta sexta-feira (4). A declaração foi feita em resposta ao presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, que disse na terça-feira (1°) que a Coreia do Norte entraria em colapso caso tentasse usar armas nucleares.
Trocas de farpas entre as duas Coreias não são incomuns, mas os comentários recentes refletem ânimos exaltados após a divulgação da existência de uma instalação nuclear na Coreia do Norte, que tem feito seguidos testes de mísseis.
Fontes informaram que o Parlamento da Coreia do Norte deverá declarar constitucionalmente, na semana que vem, um sistema hostil de “dois Estados” na Península Coreana para rejeitar formalmente a reconciliação com a Coreia do Sul.
Durante uma visita a uma unidade de forças de operação especial na quarta (2), Kim disse que seus militares “usariam sem hesitação todas as forças ofensivas que possuem, incluindo armas nucleares”, se a Coreia do Sul tentasse violar a soberania da Coreia do Norte.
– Se tal situação ocorrer, a existência permanente de Seul e da República da Coreia será impossível – disse Kim, usando o nome oficial da Coreia do Sul.
*AE
Os recentes acontecimentos no Oriente Médio têm chamado a atenção do mundo, em especial os ataques de Israel em Beirute, no Líbano. Na madrugada de quinta-feira (3), pelo horário local, Israel lançou novos ataques aéreos, resultando em pelo menos duas mortes e 11 feridos, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde libanês.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que os ataques são direcionados a alvos do grupo terrorista Hezbollah. Explosões foram ouvidas nos subúrbios ao sul de Beirute e no centro da cidade, aumentando a tensão na região.
O motivo das ofensivas israelenses tem sido relacionado à luta contra o Hezbollah, uma organização terrorista. As Forças de Defesa de Israel alegam que os ataques são precisos e voltados unicamente para alvos militares.
O governo libanês tem criticado duramente as ações de Israel, acusando-o de mentir sobre a precisão dos ataques. Segundo o representante do Líbano na ONU, milhares de civis estão desabrigados devido às ações militares, e o país enfrenta agora uma crise humanitária. Em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, o secretário-geral António Guterres destacou a necessidade de respeitar a soberania libanesa, e pediu por um cessar-fogo imediato.
Os números divulgados pelo governo libanês são: mais de 1 mil pessoas morreram e 6 mil estão feridas desde o início dos ataques. Além das perdas humanas, a infraestrutura do país está severamente danificada, e há uma necessidade urgente de ajuda humanitária para os desabrigados.
Informações TBN
O chamado “Eixo da Resistência” é uma aliança informal de países e milícias do Oriente Médio liderada pelo Irã, que inclui a Síria, o grupo libanês Hezbollah, o palestino Hamas, os rebeldes houthis no Iêmen e milícias xiitas no Iraque, Afeganistão e Paquistão.
O que une essas organizações é sua oposição ao Ocidente. Elas se apresentam como a “resistência” à influência dos Estados Unidos e de seu aliado Israel na região.
O grupo representa uma ameaça direta a Israel e é também uma maneira de o regime fundamentalista do Irã ampliar sua influência no Líbano, no Iraque, na Síria, no Iêmen e na Faixa de Gaza.
Em 24 de agosto, o ministro do Exterior do Irã, Abbas Araghchi, destacou o apoio do país aos grupos islâmicos que compõem o Eixo da Resistência e definiu o vínculo com esses movimentos como um dos fundamentos da política externa do Irã.
Estes são os principais membros do Eixo de Resistência:
O grupo xiita Hezbollah tem laços estreitos com o Irã, que contribuiu amplamente para seu financiamento e crescimento desde que ele foi fundado, em 1982, após a segunda invasão israelense, com o apoio da Guarda Revolucionária do Irã.
O Hezbollah controla grande parte do Líbano, onde funciona como uma espécie de “Estado dentro do Estado”, sendo frequentemente considerado mais poderoso que o Estado libanês.
É uma milícia bem treinada, tida como a força militar não-estatal mais poderosa do mundo, com um arsenal de 150 mil foguetes e mísseis, segundo estimativas dos EUA. Sua força de combate inclui de 20 mil a 100 mil combatentes, segundo diversas estimativas. O grupo tem ainda uma extensa rede de túneis perto da fronteira do Líbano com Israel.
Desde julho, Israel matou as principais lideranças do Hezbollah, incluindo o líder, Hassan Nasrallah, que foi morto num ataque aéreo perto de Beirute.
O grupo islâmico palestino Hamas governa a Faixa de Gaza desde 2007 e recebe apoio econômico, militar e tecnológico do Irã.
Fundado em 14 de dezembro de 1987, cinco dias após o início da Intifada, é uma organização sunita, ao contrário da maioria no Eixo da Resistência. Seus laços com o Irã remontam à década de 1980 e, apesar de desentendimentos nos últimos anos, principalmente em relação à Síria, o relacionamento continua até hoje.
Desde o ataque terrorista do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, muitos líderes do grupo foram mortos, incluindo seu ex-líder político Ismail Haniye, que foi morto em sua casa em Teerã num ataque não reivindicado atribuído a Israel, em 31 de julho.
O Irã também apoia em Gaza a Jihad Islâmica Palestina, o segundo maior grupo armado na Faixa de Gaza, e seu braço armado, as Brigadas Al Quds (Brigadas de Jerusalém).
O movimento xiita Houthi estabeleceu o controle sobre grande parte do Iêmen durante uma guerra civil que começou em 2014, quando tomou a capital, Sanaa, e derrubou o governo, que era apoiado pela Arábia Saudita, a principal potência muçulmana sunita da região e o principal rival do Irã pela influência regional.
Hoje os houthis controlam Sanaa e grande parte do norte e do sul do país, com o apoio político e militar do Irã. Esse apoio faz parte de uma chamada “guerra por procuração” entre o Irã e a Arábia Saudita, que lidera a coalizão militar que interveio no Iêmen em 2015 contra os rebeldes houthis e em apoio ao governo deposto, dando origem à pior catástrofe humanitária do planeta.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, os houthis se posicionaram a favor da milícia palestina, lançando mísseis de cruzeiro e drones contra Israel e realizando ataques à navegação no Mar Vermelho, o que levou a uma redução significativa no tráfego de mercadorias pela área.
Nos últimos anos, a Arábia Saudita apoiou os esforços diplomáticos para pôr fim à guerra e, em setembro passado, recebeu negociadores houthis em Riad.
Grupos xiitas ligados ao Irã surgiram como poderosos atores no Iraque após a invasão liderada pelos EUA em 2003, criando milícias com dezenas de milhares de combatentes. Por meio dela, o Irã ampliou sua influência política e econômica no país vizinho.
Um grupo que reúne diversas facções armadas islâmicas xiitas, chamado Resistência Islâmica no Iraque, é um dos principais membros do Eixo da Resistência e, desde o início da guerra em Gaza, reivindicou vários ataques com drones e mísseis contra Israel, bem como contra bases militares dos EUA em territórios iraquianos e sírios.
A Resistência Islâmica no Iraque começou a atacar as forças dos EUA estacionadas no Iraque e na Síria em outubro, dizendo que seu objetivo era responder aos ataques israelenses em Gaza e resistir às forças dos EUA posicionadas no Iraque e na região.
Os ataques cessaram depois que um ataque de drone matou três soldados dos EUA na Jordânia em 28 de janeiro, o que provocou fortes ataques aéreos de retaliação dos EUA contra alvos ligados ao Irã na Síria e no Iraque.
Os grupos armados xiitas que lutam como parte do Hashd al-Shaabi, ou Forças de Mobilização Popular, desempenharam um papel de liderança no Iraque na luta contra o grupo terrorista sunita Estado Islâmico, que controlou partes do Iraque e da Síria entre 2013 e 2017.
Embora os membros desses grupos armados xiitas recebam salários do Estado e estejam teoricamente sob a autoridade do primeiro-ministro, eles geralmente operam fora da cadeia de comando militar iraquiana.
Os grupos que atacaram as forças dos EUA incluíam as Brigadas do Hezbollah e o Nujaba, ambos intimamente ligados à Guarda Revolucionária do Irã. Seu arsenal inclui drones explosivos, foguetes e mísseis balísticos.
A Síria é um importante aliado do Irã, que mantém uma forte presença armada no território sírio, incluindo conselheiros iranianos e milícias pró-iranianas, como o Hezbollah e a Jihad Islâmica, entre outros. Foram disparados projéteis do país árabe contra o território controlado por Israel, o que provocou uma resposta israelense em território sírio.
Informações UOL
As IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês) anunciaram que a maioria dos mísseis lançados pelo Irã, nesta terça-feira (1º), foi interceptada com a ajuda de uma coalizão defensiva liderada pelos Estados Unidos.
Mais de 180 mísseis foram lançados pelo Irã. De acordo com o Exército de Israel, houve um pequeno número de ataques no centro e no sul do país. “Maioria dos mísseis recebidos foi interceptada por Israel e por uma coalizão defensiva liderada pelos Estados Unidos”, afirmou o porta-voz das IDF, Daniel Hagari.
“Haverá consequências”, acrescentou porta-voz das IDF. Para Hagari, “o ataque do Irã é uma escalada grave e perigosa”. O porta-voz ressaltou que as capacidades defensivas e ofensivas de Israel estão “nos mais altos níveis de prontidão.” “Nossos planos operacionais estão prontos”, alertou.
Israel responderá onde, quando e como quiser, declarou o chefe das Forças de Defesa de Israel. “O Irã e os seus representantes têm atacado Israel desde 7 de outubro em sete frentes. O Irã e os seus representantes procuram a destruição de Israel. As Forças de Defesa de Israel continuarão a fazer tudo o que for necessário para defender o estado de Israel e proteger o povo de Israel”.
Irã “pagará” por suas ações, afirmou Benjamin Netanyahu. Durante reunião de segurança política, o primeiro-ministro de Israel declarou que o Irã “cometeu um grande erro”.
O regime no Irã não entende nossa determinação de nos defender e nossa determinação de retaliar contra nossos inimigos (…) Vamos aderir ao princípio que estabelecemos: quem quer que nos ataque, nós o atacaremos. Isso é verdade em todas as regiões em que lutamos contra o eixo do mal e também é verdade para o Irã.
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
Ataque foi retaliação do Irã à escalada de conflitos entre Israel e o Hezbollah. Não há informações sobre estragos ou feridos no território israelense.
Lançamento de mísseis foi condenado pelo chefe da diplomacia americana. Ataque foi “totalmente inaceitável” e “todo o mundo deve condená-lo”, afirmou Antony Blinken. “Os informes iniciais sugerem que Israel, com o apoio ativo dos Estados Unidos e de outros aliados, frustrou efetivamente este ataque”, disse Blinken a jornalistas.
Forças Armadas iranianas falam em promover “ação militar direta”. Alerta foi direcionado aos Estados Unidos e a Israel, em caso de ataques em solo iraniano.
Em um comunicado, as forças armadas elogiaram o ataque com mísseis da Guarda Revolucionária do Irã contra Israel. A ação foi apoiada pelo exército iraniano e pelo Ministério da Defesa.
O Estado-Maior adverte que, se o regime agressor agir para retaliar, deve aguardar a destruição de suas infraestruturas nos territórios palestinos ocupados em uma escala maciça e abrangente (…) E se os países que apoiam o regime, incluindo os EUA, intervierem diretamente na violação e ataque ao Irã islâmico, seus centros e interesses em toda a região serão simultaneamente confrontados com o ataque decisivo das forças armadas da República Islâmica do Irã.
Forças Armadas iranianas, em comunicado
A Guarda Revolucionária do Irã ameaçou realizar “ataques demolidores” se Israel responder ao ataque com mísseis. “Se o regime sionista reagir às operações iranianas, enfrentará ataques demolidores”, declarou a Guarda Revolucionária, exército de elite do Irã, em um comunicado divulgado pela agência de notícias Fars.
Anteriormente, os Estados Unidos tinham advertido para um ataque “iminente” do Irã contra Israel. A imprensa iraniana divulgou imagens online do que foram apresentados como mísseis sendo disparados na direção de Israel.
Este é o segundo ataque que o Irã lança contra Israel desde o efetuado em abril. Na ocasião, Teerã afirmou ter agido em “legítima defesa” depois que um ataque destruiu seu consulado em Damasco, onde sete de seus militares morreram. “Ao lançar dezenas de mísseis balísticos, a força aeroespacial dos Guardiões da Revolução apontou contra importantes alvos de segurança e militares no coração dos territórios ocupados”, disse a Guarda Revolucionária.
Informações UOL
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira (1º) que o Irã cometeu um “erro grave” ao realizar um ataque a mísseis contra Israel e que “pagará” o preço pela ação.
Promessa de retaliação aos ataques ocorreu em declaração do premiê no início de uma reunião do gabinete de segurança. “O regime no Irã não entende nossa determinação em nos defender e nossa determinação em retaliar nossos inimigos”, afirmou o líder israelense, conforme a Al Jazeera.
Primeiro-ministro diz que Israel aderiu a um “princípio” que eles mesmos estabeleceram.“Quem nos atacar, nós os atacaremos [de volta]. Isso é verdade em todas as regiões em que lutamos contra o eixo do mal e é a verdade para o Irã também.” Segundo o The Times of Israel, esse eixo seria composto pela Cisjordânia, Faixa de Gaza, Líbano, Iêmen, Síria e Irã.
[O líder do Hamas Yahya] Sinwar e [o principal comandante militar do Hamas Mohammed] Deif não entenderam isso. [O líder do Hezbollah Hassan] Nasrallah e [o chefe de gabinete do Hezbollah Fuad] Shukr não entenderam isso [do princípio], e provavelmente há aqueles em Teerã [capital do Irã] que não entendem isso.
Benjamin Netanyahu, premiê israelense
Em declaração, Netanyahu ainda afirmou que o ataque com mísseis iranianos contra Israel foi “frustrado”. Na avaliação do primeiro-ministro israelense, o sistema de defesa aérea colaborou para que a ação não fosse efetiva. [Nosso sistema de defesa aéreo] “é o mais avançado do mundo”, acrescentou, agradecendo também aos Estados Unidos pelo apoio.
O primeiro-ministro também convocou as “forças da luz no mundo” a se unirem contra o Irã. “Elas devem ficar ao lado de Israel. A escolha nunca foi tão clara entre tirania e liberdade, entre bênção e maldição.”
Israel está em movimento, e o eixo do mal está recuando. (…) Faremos tudo o que for necessário para continuar essa tendência, para atingir todos os objetivos da guerra, principalmente o retorno de todos os nossos reféns, e para garantir nossa existência e nosso futuro.
Benjamin Netanyahu, premiê israelense
A maioria dos mísseis lançados pelo Irã nesta terça-feira (1º) foi interceptada. Segundo as IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês), a interceptação ocorreu com a ajuda de uma coalizão defensiva liderada pelos Estados Unidos.
Mais de 180 mísseis foram lançados pelo Irã. De acordo com o Exército de Israel, houve um pequeno número de ataques no centro e no sul do país. “Maioria dos mísseis recebidos foi interceptada por Israel e por uma coalizão defensiva liderada pelos Estados Unidos”, afirmou o porta-voz das IDF, Daniel Hagari.
“Haverá consequências”, acrescentou porta-voz das IDF. Para Hagari, “o ataque do Irã é uma escalada grave e perigosa”. O porta-voz ressaltou que as capacidades defensivas e ofensivas de Israel estão “nos mais altos níveis de prontidão.” “Nossos planos operacionais estão prontos”, alertou.
Israel responderá onde, quando e como quiser, declarou o chefe das Forças de Defesa de Israel. “O Irã e os seus representantes têm atacado Israel desde 7 de outubro em sete frentes. O Irã e os seus representantes procuram a destruição de Israel. As Forças de Defesa de Israel continuarão a fazer tudo o que for necessário para defender o estado de Israel e proteger o povo de Israel”.
Forças Armadas iranianas falam em promover “ação militar direta”. Alerta foi direcionado aos Estados Unidos e a Israel, em caso de ataques em solo iraniano.Continua após a publicidade
Em um comunicado, as forças armadas elogiaram o ataque com mísseis da Guarda Revolucionária do Irã contra Israel. A ação foi apoiada pelo exército iraniano e pelo Ministério da Defesa.
O Estado-Maior adverte que, se o regime agressor agir para retaliar, deve aguardar a destruição de suas infraestruturas nos territórios palestinos ocupados em uma escala maciça e abrangente (…) E se os países que apoiam o regime, incluindo os EUA, intervierem diretamente na violação e ataque ao Irã islâmico, seus centros e interesses em toda a região serão simultaneamente confrontados com o ataque decisivo das forças armadas da República Islâmica do Irã.
Forças Armadas iranianas, em comunicado
O Irã lançou mísseis em direção a Israel nesta terça-feira (1º), fazendo sirenes de alerta soarem em todo território. O governo Netanyahu disse que responderá “no momento certo”, enquanto a ONU alertou para a escalada do conflito.
A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã confirmou que disparou dezenas de mísseis contra Israel. Os ataques teriam ocorrido em duas ondas, com uma diferença de dez minutos entre as duas. Explosões foram ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém.Continua após a publicidade
Israel diz que 180 mísseis foram disparados. As sirenes tocam por volta das 20h (horário local) em Tel Aviv, e os ataques cessaram pouco mais de uma hora depois. Fontes israelenses confirmaram que uma parte caiu sobre cidades, enquanto muitos teriam sido interceptados.
Nenhum ferido foi relatado. Anúncio do governo de Israel diz que pessoas já podem deixar abrigos, e que não espera mais ataques do Irã.
Já os iranianos insistem que 80% de seus mísseis “atingiram os alvos”, sem dar detalhes. A inteligência norte-americana indicou que o destino dos mísseis teriam sido duas bases militares e um centro de inteligência.
A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã alertou que essa seria apenas a primeira onda de ataques. Ação seria uma resposta aos assassinatos dos líderes do Hezbollah e Hamas.
Hamas elogiou ataques de mísseis iranianos em vingança pelas mortes de líderes militantes. “Parabenizamos o lançamento heroico de foguetes realizado pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, em grandes áreas de nossos territórios ocupados, em resposta aos crimes contínuos da ocupação contra os povos da região e em retaliação pelo sangue dos mártires heroicos de nossa nação”, disse a declaração do grupo extremista que controla o território palestino de Gaza, conforme relatado pela Reuters.
Com a ajuda de Deus, os golpes da frente rebelde se tornarão mais fortes e mais dolorosos sobre o corpo desgastado e apodrecido do regime sionista.
Ali Khamenei, líder supremo do Irã, no X
Israel alertou que “haverá uma retaliação, no momento certo”. “Estamos em alerta máximo na defesa e na ofensiva, protegeremos os cidadãos de Israel. Esse disparo (de míssil) terá consequências. Temos planos e agiremos na hora e no lugar que escolhermos”, disse o porta-voz das forças israelenses, o contra-almirante Daniel Hagari.
O governo de Netanyahu também declarou que o Irã “pagará um preço elevado”. Durante os ataques, Israel fechou o espaço aéreo e todos os aeroportos deixaram de funcionar, mas tudo já foi normalizado. A mídia israelense citou os militares do país, dizendo que a Força Aérea continuará a realizar “ataques poderosos” esta noite em todo Oriente Médio.
Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou “a ampliação do conflito no Oriente Médio, com escalada após escalada”. “Isso precisa acabar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”, disse.
O presidente Joe Biden orientou as forças armadas dos EUA a ajudar na defesa de Israel. Além disso, determinou a abater mísseis que tenham o país como alvo.
Nas periferias de Beirute, a notícia dos ataques foi comemorada, com fogos de artifício por parte dos apoiadores do Hezbollah. Na televisão iraniana, as imagens mostraram atos de apoio aos ataques em Teerã, com pessoas comemorando com bandeiras e carreatas.
Estamos atacando o coração da entidade de ocupação sionista. Caso Israel responda, nós os atingiremos mil vezes mais fortes
Guarda Revolucionária iraniana, no momento dos ataques
O sistema de defesa aérea está totalmente operacional, detectando e interceptando ameaças sempre que necessário, mesmo neste momento. Porém, a defesa não é hermética e, por isso, é fundamental seguir as instruções do Comando da Frente Interna. Você poderá ouvir explosões, que podem ser resultado de interceptações ou impactos.
Nota de Daniel Hagari, porta-voz das FDI, em nota emitida durante os ataques
Universidade de Tel Aviv foi atingida, informa imprensa iraniana. Em Jerusalém, explosões também estão sendo ouvidas, disseram testemunhas à Reuters.
Ao contrário dos ataques telegrafados de abril, quando os iranianos avisaram por canais informais que iriam lançar mísseis sobre Israel, desta vez a ofensiva foi radicalmente diferente. O assassinato de lideranças e a ofensiva terrestre colocaram uma pressão inédita para que Ali Khomenei tivesse de agir.
Recado de Netanyahu a iranianos foi estopim.Segundo fontes na região, foi uma mensagem de vídeo do premiê, endereçada ao povo do Irã e com legendas em farsi, que criou uma situação insustentável para o regime dos ayatollahs. No recado, o israelense dizia que eles “logo estariam livres”.
O temor entre diplomatas estrangeiros, porém, é de que Israel agora responda, principalmente contra as instalações nucleares do Irã. Num comunicado oficial, a diplomacia iraniana na ONU afirmou: “A resposta legal, racional e legítima do Irã aos atos terroristas do regime sionista — que envolveu o ataque a cidadãos e interesses iranianos e a violação da soberania nacional da República Islâmica do Irã — foi devidamente executada”, disse.
“Se o regime sionista ousar responder ou cometer outros atos de malevolência, haverá uma resposta subsequente e esmagadora. Os estados regionais e os apoiadores dos sionistas são aconselhados a se separar do regime”, apontou a diplomacia iraniana na ONU.
A embaixada norte-americana ordenou que todos seus funcionários busquem os abrigos, enquanto as instruções do governo israelense é para que todos os eventos sejam cancelados. O país marca nesta semana o Rosh Hashanah, o ano novo judaico, a partir de quarta-feira (2).
Nos EUA, o presidente Joe Biden cancelou seus eventos, inclusive com a comunidade judaica, para reuniões de emergência. O governo norte-americano prometeu uma resposta “severa” aos iranianos, caso esses ataques ocorressem. A Casa Branca também estabeleceu acordos com países como Jordânia para ajudar na interceptação dos mísseis.
(Informações UOL, AFP e RFI)
Em entrevista ao Jornal da Oeste nesta terça-feira, 1°, a brasileira Ilana Baratz relatou os momentos de tensão vividos no ataque do Irã a Israel. Ela, que mora em Ramat Gan, próximo à área-alvo dos iranianos, a cidade de Tel-Aviv, também criticou a forma como a mídia brasileira reporta os acontecimentos no país.
“A gente quer paz, tranquilidade e os nossos reféns de volta; 101 reféns estão a quase 365 dias em Gaza, nas mãos de terroristas do Hamas”, afirmou Ilana. “Estamos rodeados de terroristas, do Hamas, do Hezbollah, do Irã, Houthis… É isso que é difícil dos brasileiros entenderem, porque a mídia não passa. Inclusive, o presidente [endossa] e os outros vão atrás dele.”
No início da noite (horário local), em Israel, o Irã lançou cerca de 200 mísseis balísticos contra o país judeu. A maior parte deles atingiu Tel-Aviv, que registrou uma série de explosões.
Além do Iron Dome — a famosa proteção contra mísseis —, o país conta com diversos bunkers — locais de proteção da população contra possíveis explosões. Ilana contou a Oeste como foi a reação dos israelenses, depois dos avisos da ameaça.
“Às 11h, a primeira sirene envida pelo Irã tocou. Eu estava na rua, mas corri para um local seguro”, contou Ilana. “Por volta das 14h30, o porta-voz do Exército confirmou que um ataque viria. Entre 18h e 19h, a gente recebeu uma mensagem no celular para ir a uma área protegida, e para lá fomos.”
De acordo com ela, logo depois, foi possível ouvir explosões de dentro do bunker. “Foram horas muito tristes, pesadas, sofridas”, afirmou.
As instalações que protegem os cidadãos israelenses são vastos. Em geral, os bunkers são estruturas fortificadas, para garantir a segurança daqueles que estão em seu interior, e podem ser subterrâneos ou não. A lei israelense exige que esta construção esteja presente em todos os prédios ou casas mais recentes.
“Infelizmente, os bunkers são uma instalação comum em Israel”, afirmou Ilana. “São como os bancos de praças no Brasil. Eu tenho o do meu prédio, em que eu desço as escadas e vou me proteger.”
A brasileira contou que existem os bunkerspúblicos, para quem está na rua durante os ataques, e também os privados. Neste último modelo, “a pessoa fecha a porta e está dentro de casa, em um local seguro”.
Apesar do cenário de guerra, Ilana projeta um rápido retorno à normalidade. “Amanhã, a gente começa o nosso ano novo judaico, 5785 anos”, disse Ilana. “Os israelenses, quando acontece alguma coisa, logo voltam à rotina. Porque um dos objetivos dos terroristas é colocar medo. Para podermos nos reerguer e vencer, temos que continuar nossa rotina.”
Informações Revista Oeste
O oficial de maior escalão do Hezbollah, Naim Qassim, garantiu que o grupo terrorista continuará o confronto contra Israel, ‘em defesa dos palestinos’, apesar das recentes perdas no Líbano.
Na primeira aparição de integrantes desde a eliminação de Nasrallah, na última sexta-feira, 27, ele afirmou que a morte de líderes não alterou as metas e objetivos do Hezbollah.
Qassim ainda afirmou que são mentirosas as alegações de Israel sobre a destruição da maioria dos mísseis de médio e longo alcance do grupo. “[Este é] Um sonho que eles não alcançaram nem irão alcançar”, disse. O terrorista falou que o Hezbollah está preparado para um confronto terrestre, caso Israel decida invadir o Líbano.
“A resistência estará pronta para um confronto”, declarou Qassim. “Todos os sacrifícios que passamos, começando pelos pagers, até ao martírio dos nossos líderes e ao martírio do nosso secretário-geral… abalariam exércitos, populações e organizações, mas continuamos. Com as dores destes dias, com os sacrifícios, continuamos.”
Segundo Naim Qassim, tal ‘resistência’ permanecerá enfrentando Israel em apoio a Gaza e à Palestina, em defesa do Líbano e de sua população “contra assassinatos e matança de civis”.
Qassim também mencionou que o partido elegerá um novo secretário-geral o mais rápido possíve. “Preencheremos os cargos de liderança, e tenham a certeza de que as opções serão fáceis”, disse ele.
Informações Revista Oeste
Após ataques áereos realizado pela Força Aérea Israelense em diversos pontos do Líbano e contra estruturas do grupo rebelde Houthis, no Iêmen, o Ministério da Saúde do Líbano informou, neste domingo (29/9), que 105 pessoas foram mortas e 359 ficaram feridas na última série de ataques no país.
Os ataques mortais ocorreram nas últimas 24 horas em cidades e vilas no sul do Líbano, Bekaa, Baalbek-Hermel e nos subúrbios ao sul de Beirute.
Os militares israelenses confirmaram novos ataques neste domigo, incluindo em Dahiyeh, um subúrbio ao sul da capital, Beirute, e no Vale de Bekaa, no nordeste do Líbano.
Na manhã deste domingo, como resposta aos ataques recentes dos Houthis, grupo aliado ao Irã, contra Israel, as forças israelenses atacaram o Iêmen a 1.800 km do Estado de Israel.
“Hoje [domingo], durante uma extensa operação aérea baseada em inteligência, dezenas de aeronaves da IAF – incluindo caças, aeronaves de reabastecimento aéreo e aeronaves de inteligência atingiram alvos militares pertencentes ao regime terrorista Houthi nas áreas de Ras Isa e Hudaydah do Iêmen. Os alvos incluíam usinas de energia e um porto marítimo usado para importar petróleo, que foram usados pelo regime terrorista Houthi para transferir armas iranianas para a região, além de suprimentos militares e petróleo”, disse a Força Aérea Israelense.
O Exército de Israel informou ter matado outro membro da cúpula do Hezbollah, o comandante da unidade de Segurança Preventiva, Nabil Qaouk. A ofensiva ocorreu na madrugada de sábado (28/9) para domingo (29/9), no subúrbio de Beirute, no Líbano. Segundo os militares, o homem integrava o conselho central da organização.
Na sexta-feira (27/9), uma ação de Israel matou o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah. O corpo do líder foi recuperado “intacto”, de acordo com informações da agência de notícias Reuters. Fontes disseram à agência que o corpo não apresentava ferimentos, e a causa da morte aparenta ser um traumatismo contundente, resultado da força da explosão.
Segundo as Forças de Segurança de Benjamin Netanyahu, outros 20 membros do grupo foram “eliminados” no ataque. O bombardeio mirou uma base da organização que, segundo o Exército israelense, estava localizada próxima a prédios civis e escolas das Nações Unidas (ONU).
Informações Metrópoles