O dólar comercial encerrou a sessão desta sexta-feira (9) em baixa de 0,97%. A cotação ficou em R$ 4,876 e atingiu o menor valor em doze meses, em uma sessão espremida entre o feriado e o fim de semana.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou com alta de 1,3%, aos 117.019,48 pontos. É o maior nível desde o fim de outubro do ano passado, quando marcou 117.171,11 pontos.
A menor cotação de fechamento anterior foi de R$ 4,874, no dia 07 de junho de 2022.
A baixa ocorre após dados negativos da China elevarem a perspectiva de que o governo chinês poderá dar suporte à sua economia, o que é positivo para divisas de países como o Brasil.
Na noite de quinta-feira (pelo horário de Brasília), a Agência Nacional de Estatísticas da China informou que o índice de preços ao produtor de maio caiu pelo oitavo mês consecutivo. A queda foi a maior desde fevereiro de 2016, acima da expectativa.
Já o índice de preços ao consumidor da China subiu 0,2% em maio em relação ao ano anterior, abaixo da projeção de aumento de 0,3%.
A inflação tem demonstrado fraqueza na China. Enquanto isso, tem apertado a demanda por produtos nos EUA e na Europa.Assim, alguns analistas avaliam que o banco central chinês poderá cortar juros em sua reunião da próxima semana, para dar ajudar na economia.
Diante dos diversos sinais de enfraquecimento da retomada da economia chinesa, o presidente do Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês), Yi Gang, disse que a autoridade monetária local está preparada para ajudar a promover o emprego e a atividade econômica local.”
André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online
Com isso, os preços de algumas commodities, como o minério de ferro, encontraram suporte nesta sexta-feira, assim como diversas moedas de países exportadores de matérias-primas, como o real.
Com a sexta-feira espremida entre o feriado de Corpus Christi e o fim de semana, exportadores e importadores se mantiveram mais afastados dos negócios.
O mercado futuro, no entanto, manteve um volume razoável de negócios para o dia, sendo que os investidores estrangeiros seguiram operando, com foco na rentabilidade dos ativos brasileiros, em especial na bolsa de valores.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
(Informações UOL com Reuters)
Do topo ao fundo do poço, a Parmalat viveu um carrossel de emoções desde sua chegada ao Brasil, em 1972, até sua falência nos anos 2000.
Famosa pelo comercial dos mamíferos e por patrocinar o Palmeiras no futebol, a marca chegou ao seu auge na década de 1990, antes de colapsar em meio a um esquema bilionário de corrupção.
A história começou na cidade de Parma, na Itália. Após perder o pai, um então jovem italiano chamado Calisto Tanzi assumiu uma fábrica familiar de presunto e massa de tomate, em Collechio, na província de Parma.
Pouco tempo depois, em 1961, com 22 anos, Tanzi decidiu investir no segmento de laticínios, abrindo a fábrica de pasteurização com o nome de Parmalat, que em poucas décadas se tornaria a maior produtora mundial de leite longa vida. A ideia do nome veio da combinação de Parma com a palavra “leite” em italiano (latte).
A companhia teve sua falência declarada em 2003 e, desde 2011, é uma subsidiária do grupo francês Lactalis, que obteve o controle total da empresa em 2019.
Cativada por comerciais de crianças vestidas de animais mamíferos, como vaquinha, porco e zebra, toda uma geração brasileira foi influenciada pela Parmalat.
A propaganda começou em maio de 1996 e, com o sucesso, perdurou quase quatro anos, até janeiro de 2000. O comercial foi criado pelos publicitários Erh Ray e Nizan Guanaes, da agência de comunicação DM9DDB, e ganhou diversos prêmios na publicidade brasileira.
A campanha ganhou maior projeção em 1998, quando foram lançados os bichinhos de pelúcia dos mamíferos segurando uma caixinha de leite. Para conseguir uma pelúcia, os consumidores precisavam juntar 20 códigos de barras das caixas de leite e completar com mais R$ 8,00.
Eram 21 modelos de mamíferos diferentes. Da tiragem de 300 mil unidades no início da campanha, a empresa precisou aumentar a quantidade para um total de 15 milhões de bichinhos.
A campanha fez as vendas de leite Parmalat dispararem no Brasil. A empresa viu seu caixa saltar de R$ 38 milhões para R$ 1,87 bilhão por ano, consolidando-se entre as três maiores alimentícias do país.
Quem tem ao menos 35 anos há de se lembrar da época gloriosa do Palmeiras nos anos 1990. O clube estava há 16 anos sem conquistar um título quando lavou a alma em 1993 ao vencer o arquirrival Corinthians na final do Paulistão pelo placar de 4 a 0.
A Era Parmalat no Palmeiras durou de 1992 a 2000. Neste período, o clube conquistou incríveis 11 títulos: Campeonato Paulista de 1993, 1994 e 1996; Torneio Rio-São Paulo de 1993 e 2000; Campeonato Brasileiro de 1993 e 1994; Copa do Brasil de 1998; Copa Mercosul de 1998; Conmebol Libertadores de 1999; e a Copa dos Campeões de 2000.
Além do Palmeiras, a Parmalat também injetou recursos financeiros em outros dois clubes brasileiros: o Juventude e o Paulista de Jundiaí.
O Juventude chegou a ser campeão invicto do Campeonato Gaúcho em 1998, vencendo o Internacional na final, e conquistou a Copa do Brasil, contra o Botafogo, no ano seguinte.
Em 1997, o clube chegou ao quadrangular de semifinal do Brasileirão e terminou o torneio na sétima colocação geral, a melhor de sua história.
Já o Paulista, durante a gestão da Parmalat, trocou o nome para Etti Jundiaí devido à semelhança com o nome de uma marca concorrente da empresa em São Paulo, a Leites Paulista.
Com a parceria, o time venceu a Copa Estado de São Paulo, que atualmente leva o nome de Copa Paulista, em 1999. Dois anos depois, veio o título da Série A2 do Campeonato Paulista e da Série C do Campeonato Brasileiro.
A Parmalat também patrocinou times da Argentina (Boca Juniors e Estudiantes), do Chile (Universidad Católica e Audax Italiano), do Uruguai (Peñarol), do Equador (LDU), França (Olympique de Marseille), da Rússia (Dínamo de Moscou), de Portugal (Benfica), da Espanha (Real Madrid), do México (Toros Neza) e até a seleção dos Estados Unidos.
Ao longo de sua história, a multinacional ainda fez parcerias com equipes de Fórmula 1 e de esqui.
De pequena empresa familiar, a Parmalat se tornou uma das maiores multinacionais do mundo no final do século 20.
Impulsionada pela onda de globalização internacional, a Parmalat chegou a atuar em mais de 30 países, de todos os continentes. Após sua falência e reestruturação, a marca diminuiu seu alcance, mas ainda assim, atualmente, está presente em 24 países, incluindo o Brasil.
Com empresas concorrentes crescendo ao final dos anos 1980, Calisto Ponzi deu uma cartada que deu fôlego financeiro à empresa e permitiu sua expansão na década seguinte.
Foi a entrada da Parmalat na bolsa de valores da Itália que abriu o caminho para os altos investimentos no esporte e em outras áreas, levando a empresa ao primeiro lugar mundial no mercado de leite de longa conservação.
Nesta altura, a multinacional empregava em torno de 37 mil funcionários pelo mundo, com um faturamento que chegou, em 2002, a 7,6 bilhões de euros, em valores da época.
Mas o voo foi tão grande quanto a queda, que veio no ano seguinte. O rombo bilionário nas contas da empresa foi descoberto no final de 2003.
Em sua multiplicação de filiais e empresas intermediárias, a companhia entrou também em paraísos fiscais. Em meio a investigações, autoridades descobriram, então, que um suposto fundo de 3,95 bilhões de euros, nas Ilhas Cayman, não existia.
Após anos de processos e brigas judiciais, Calisto Tanzi foi preso em 2011 e condenado a oito anos de prisão. Em busca na sua residência, obras de arte com valor estimado em mais de 100 milhões de euros (R$ 600 milhões), entre elas pinturas de Pablo Picasso, Claude Monet e Vincent van Gogh, foram leiloadas em 2019.
O empresário morreu no dia 1º de janeiro de 2022, aos 83 anos, em Parma.
Apesar das fraudes e da mancha em sua história, em 2011, a empresa francesa Lactalis adquiriu o controle acionário da Parmalat em nível global. A empresa retomou as atividades no Brasil em 2015, quando relançou o comercial dos mamíferos.
Hoje, a Parmalat ainda comercializa produtos, “produzidos dentro dos padrões de qualidade preconizados pelo grupo”, segundo a companhia, e mantém acesa a memória afetiva de muita gente.
Informações UOL
Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor, clientes notaram alterações sem comunicação prévia dos bancos. Maioria das instituições nega mudanças recentes.
5 erros na hora de usar seu cartão de crédito — Foto: Divulgação
Bancos do país estão mudando as datas de fechamento da fatura dos cartões de crédito, informou o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). Segundo a ONG, foram registradas reclamações de clientes sobre alterações sem comunicação prévia das instituições.
Essa mudança se refere a uma redução do prazo entre o fechamento e a data de vencimento da fatura, que costumava ter, em média, 40 dias. Ou seja, quando uma fatura é fechada, há um prazo até a data limite de pagamento. Nesse período, todas as compras entram na fatura seguinte (entenda mais abaixo).
O Idec afirma que, caso a alteração do prazo não esteja de acordo com o contrato assinado no momento da adesão do cartão, a medida pode se configurar quebra de contrato, com alteração unilateral. Dependendo do caso, diz o Idec, a mudança pode ser considerada propaganda enganosa.
O Instituto lembra, no entanto, que não há uma regulação para essa política e que, apesar de ser prerrogativa do banco a alteração do prazo, a instituição deve informar a decisão ao cliente com antecedência.
Procurados pelo g1, Nubank e Bradesco afirmaram que não fizeram alterações na data de fechamento das faturas. O Banco do Brasilinformou que o fechamento de seus cartões ocorre dez dias antes do vencimento.
Já o banco Santander não deu resposta até o fechamento desta reportagem, enquanto o Itaúdisse estar alterando o período de fechamento da fatura de seus cartões e que, nesse processo, tem comunicado os clientes com antecedência (veja as notas completas das instituições no fim desta reportagem).
A mudança apontada pelo Idec é referente ao prazo entre o fechamento e a data de vencimento da fatura, que costuma ter 40 dias. Veja o exemplo abaixo:
A reclamação é justamente sobre a redução desse prazo. De acordo com o Idec, as mudanças têm sido “promovidas de forma silenciosa e cada banco adotando diferentes datas, de forma abusiva e desrespeitosa com os consumidores”. O instituto afirmou ter identificado reduções de até 5 dias.
Caso essa diminuição de 10 para 5 dias fosse aplicada no exemplo acima, o período entre a abertura e o vencimento da fatura chegaria ao total de 35 dias — o que, na prática, antecipa pagamentos que poderiam ficar para a fatura seguinte.
A orientação do Idec é que os clientes fiquem atentos à movimentação dos bancos e encontrem as melhores data para compra com uso do cartão de crédito.
A ideia, diz o Instituto, é evitar ter a surpresa da próxima fatura com valores acima do que estava previsto para pagamento, o que pode fazer o consumidor entrar no crédito rotativo, modalidade mais cara do mercado.
O Nubank não fez nenhuma alteração na data de fechamento e de pagamento de faturas.
O Bradesco não alterou as datas de fechamento das faturas dos Cartões de crédito.
O Itaú Unibanco informa que está realizando uma alteração no período de fechamento da fatura de seus cartões, que passou a acontecer oito dias antes do vencimento da fatura.
Mesmo com a mudança, os cartões do Itaú seguem com um dos maiores intervalos do mercado entre fechamento da fatura e seu pagamento.
A alteração, motivada principalmente pela substituição de faturas em papel pelas digitais, não impacta suas as datas de vencimento, que permanecem as mesmas. A mudança está em andamento e deve chegar a todos os clientes nos próximos meses.
O Itaú reforça seu compromisso com a transparência e, por isso, tem comunicado os clientes sobre a situação com antecedência em diversos canais, como e-mail, SMS, aplicativos e com aviso em todas as faturas.
A melhor data de compra também é atualizada com antecedência nos canais digitais, para que os clientes possam se programar. Nossa equipe está disponível nos canais de atendimento para esclarecer eventuais dúvidas.
Informações G1
Foto: ALEXANDRE GUZANSHE
Relançado nesta quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa Farmácia Popular agora garante 40 remédios gratuitos para quem participa do Bolsa Família, para indígenas e para a saúde da mulher.
Entre os novos produtos gratuitos, há anticoncepcionais, fraldas geriátricas e medicamentos para colesterol alto, Parkinson, rinite e asma. Confira:
Os remédios indicados para o tratamento de osteoporose e contraceptivos passam a ser gratuitos para todas as mulheres, beneficiadas ou não com o programa social.
Todos os medicamentos do rol do programa também passam a ser gratuitos para a população indígena atendida nos Distritos Sanitários Especiais (DSEI). Para evitar o deslocamento, um representante da comunidade será escolhido para retirar os produtos, não sendo necessário CPF. Assim, também não será necessário ter um CPF para ser atendido pelo programa.
A ação será colocada em prática em um projeto piloto no território Yanomami, e gradualmente expandida para as outras regiões.
Para pegar os remédios, é necessário comparecer à farmácia com o documento oficial de identidade com foto e número do CPF e a receita médica dentro de validade, emitida pelo SUS ou em um hospital particular. Os itens também podem ser retirados por representantes legais ou procuradores do paciente.
As fraldas geriátricas são liberadas para pacientes com mais de 60 anos e pessoas com deficiência, acompanhadas do laudo ou prescrição solicitando o uso da fralda.
Criado em 2004, o Farmácia Popular visa garantir o acesso gratuito a medicamentos ou com descontos para tratamento de doenças. A nova versão do programa também buscará facilitar o acesso aos medicamentos da população indígena. Todos os medicamentos serão ofertados de graça para essa população.
Para 2023, o orçamento destinado ao programa, estruturado ainda durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, era de R$ 1,018 bilhão. A PEC da Transição, aprovada no ano passado com uma intensa mobilização de aliados do petista, liberou R$ 16,6 bilhões para gastos com saúde, entre eles o Farmácia Popular. O programa atende mais de 20 milhões de brasileiros.
Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o governo pode ampliar o Farmácia Popular para incluir remédios voltados à saúde do homem, como medicamentos para a próstata.
Informações TBN
A financeira mais tradicional dos brasileiros continua a registrar retiradas recordes de recursos. Em maio, os brasileiros sacaram R$ 11,75 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, informou nesta terça-feira (6) o Banco Central (BC).
Essa é a maior retirada líquida (saques menos depósitos) para meses de maio desde o início da série histórica, em 1995. O desempenho contrasta com maio do ano passado, quando os correntistas tinham depositado R$ 3,51 bilhões a mais do que tinham sacado.
Com o desempenho de maio, a poupança acumula retirada líquida de R$ 69,23 bilhões no acumulado do ano. A aplicação registra a maior retirada acumulada para o período desde 1995. Nos cinco primeiros meses do ano passado, os saques superavam os depósitos em R$ 46,73 bilhões.
RENDIMENTO
Até recentemente, a poupança rendia 70% da Taxa Selic [juros básicos da economia]. Desde dezembro do ano passado, a aplicação passou a render o equivalente à taxa referencial (TR) mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano. Atualmente, os juros básicos estão em 13,75% ao ano, o que fez a aplicação financeira deixar de perder para a inflação pela primeira vez desde meados de 2020.
Nos 12 meses terminados em maio, a aplicação rendeu 8,38%, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor-15 (IPCA-15), que funciona como prévia da inflação oficial, atingiu 4,07%. O IPCA cheio de maio será divulgado nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Informações Agência Brasil
O Dia dos Namorados se aproxima e junto com ele vem toda a expectativa de comprar o presente ideal para o amado ou amada.
Na hora de escolher o presente, a economia também deve fazer parte da sua decisão.
Isso vale para qualquer produto relacionado à data, de chocolate a itens de moda ou beleza.
E não é preciso abrir mão da qualidade ou da estética. Há presentes bons e bonitos que devem agradar e até surpreender quem você gosta e que não vão sacrificar o seu bolso.
Abaixo, listamos 15 sugestões de presentes que custam até R$ 200.
Confira:
Preço: de R$ 229,90 por R$ 151,78 (34% de desconto)
Preço: de R$ 304,90 por R$ 172,90 (43% de desconto)
Preço: R$ 159,80
Preço: de R$ 42,50 por R$ 36,65 (14% de desconto)
Preço: de R$ 194,70 por R$ 161,70 (16% de desconto)
Preço: R$ 149,90
Preço: de R$ 169,03 por R$ 144,98 (14% de desconto)
Preço: de R$ 329 por R$ 177,51 (46% de desconto)
Preço: de R$ 131,80 por R$ 90,80 (31% de desconto)
Preço: de R$ 159,90 por R$ 85,41 (40% de desconto)
Preço: R$ 27,99
Preço: de R$ 177,78 por R$ 169,10 (5% de desconto)
Preço: de R$ 149,90 por R$ 129,99 (13% de desconto)
Preço: de R$ 299,99 por R$ 179,99
Preço: R$ 199,99
Informações UOL
Descontos para o carro de passeio levarão em conta critérios como a ação poluente do veículo. Subsídios para compra de ônibus e caminhões chegarão a até R$ 99 mil.
O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (5) medidas para baratear veículos.
No total, o governo reservou R$ 1,5 bilhão para o programa. Serão distribuídos assim:
Quando atingir o R$ 1,5 bilhão, o programa será encerrado.
O barateamento de carros é um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sua equipe econômica. Ele já havia dito, no início de maio, que considerava os preços muito altos no país.
O governo tenta, assim, dar um estímulo à indústria e animar o consumidor, para mover a economia. Críticos do programa denunciam o incentivo aos combustíveis fósseis.
As vendas de carros com desconto serão exclusivas para pessoas físicas nos primeiros 15 dias, prazo que pode ser prorrogado por até 60 dias, a depender da resposta do mercado. Depois disso, as empresas também poderão se beneficiar do programa.
Alckmin explicou o desconto de até R$ 8 mil no preço dos veículos.
Para carros de até R$ 120 mil, os descontos poderão chegar a 11,6%. O máximo desconto, segundo Alckmin, será para carros que cumprirem os critérios social, de meio ambiente e de densidade industrial.
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Programa anunciado para carros populares será ‘mais voltado’ a transporte coletivo e de cargas
Para caminhões e ônibus, o funcionamento será o seguinte:
Os descontos totais vão de R$ 33 mil até R$ 99 mil. Isso depende do tamanho do caminhão ou do ônibus e de critérios como a ação poluente do veículo.
Informações G1
Foto: Internet
Um vídeo antigo de Thiago Nigro, o Primo Rico, foi compartilhado recentemente nas redes. Ele afirma que é possível viver com uma renda de R$ 1.720 em São Paulo e ainda se tornar um milionário em um prazo de apenas seis meses. Isso é possível?
Em um vídeo de três anos atrás postado no YouTube, o Primo Rico diz o que faria para se tornar um milionário hoje “se começasse de novo”.Ele sugere trabalhar sete dias por semana como bartender e garçom. Dessa forma, receberia R$ 1.720 por 28 dias de serviços.
Entre aluguel, supermercado e demais contas, a renda seria distribuída dessa forma:
Aluguel: R$ 1.000
Supermercado R$ 300
Utilidades: R$ 150
A fonte de renda extra viria da produção de conteúdo e de cursos na internet. Ele sugere comprar um celular de forma parcelada e ter um plano de internet. Dessa forma, seria possível adquirir conhecimentos sobre finanças para, mais tarde, produzir conteúdos sobre o tema, o que poderia elevar os ganhos da pessoa rapidamente. Isso acarretaria em outros gastos, fazendo com que sobre apenas R$ 30.
Parcela do celular: R$ 190,61
Internet: R$ 50
Sobram R$ 30
“Isso daqui não é uma fórmula mágica, não é uma fórmula que vai funcionar para todo mundo, que necessariamente vai funcionar para você, e que é só você copiar. Isso é o que eu faria pra mim e pronto”, afirma o youtuber.
Gastos seriam muito maiores. Entre as críticas dos usuários nas redes, a mais comum é que as despesas recorrentes inseridas na simulação estão fora da realidade, sobretudo nas despesas com alimentação.
Um desses questionamentos foi feito por Nathália Rodrigues, empresária e influenciadora conhecida como Nath Finanças.
Para o cara que sempre foi herdeiro ou nunca passou dificuldade, o pobre não pode ter lazer, dignidade e poder comprar o que gosta.
A visão dele é ver o pobre vivendo pra pagar boleto pq se gasta com uma cerveja tá errado?– Nath Finanças (@nathfinancas) May 16, 2023
Cesta básica custa bem mais. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o custo da cesta básica em São Paulo no ano de 2019, ano em que o vídeo foi feito, era de R$ 506,50. Por isso, o salário necessário para uma família com quatro pessoas viver à época deveria ser de R$ 4.345,57, ou seja, cerca de 4,35 vezes o mínimo de R$ 998. Hoje, o salário mínimo é de R$ 1.320 no Brasil e de R$ 1.550 em São Paulo.
Segundo os especialistas ouvidos pelo UOL, considerando os custos de vida, viver com a renda proposta por Nigro é possível, mas bastante complicado. “Viver com R$ 1.720 pagando aluguel em São Paulo é difícil. Nesse caso, a residência ficaria bem longe dos centros comerciais e demandaria tempo que seria gasto em transporte público”, diz Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos.
Conta não fecha. Para Jefferson Souza, analista de investimentos da Semeare, mesmo com a inflaçãomenor em 2019 do que atualmente, os cálculos fogem da realidade. “No Brasil, a ‘regra’ para aluguel ou financiamento imobiliário é 30% da renda, ou seja, o valor máximo do aluguel seria de R$ 516. Outras despesas são ignoradas na conta, como água, luz e transporte”, diz.
Crescimento da receita precisaria ser acelerado para ter uma receita milionária em apenas seis meses.No vídeo no YouTube, o Primo Rico diz que os ganhos com monetização a partir da produção de conteúdo e de cursos pode evoluir rapidamente:
1º mês: R$ 4.000
2º mês: R$ 13 mil
3º mês: R$ 60 mil
4º mês: R$ 123 mil
5º mês: R$ 300 mil
6º mês: R$ 500 mil
Total: R$ 1 milhão
Adquirir conhecimento e começar a produzir conteúdo na internet leva tempo. Ainda mais em um tema específico como finanças, e nem todo mundo tem facilidade para falar em frente às câmeras, dizem os especialistas ouvidos pelo UOL.
Não podemos ignorar que o vídeo trata-se dele [Primo Rico] começando do zero. Ele mesmo diz que tem conhecimento na geração de conteúdo e impulsionamento dos vídeos. Mas, falando de uma pessoa qualquer […] fico pensando quem vai comprar um curso de alguém com zero experiência.
Jefferson Souza, analista de investimentos da Semeare
É possível juntar o primeiro milhão, mas leva tempo. A pedido do UOL, Luan Alves, analista chefe da VG Research, fez diferentes simulações para mostrar em quanto tempo é possível ficar milionário saindo do zero.
Para chegar a um patrimônio de R$ 1 milhão em 30 anos, é necessário poupar R$ 1.050 por mês. Isso é pouco menos que o salário mínimo atual, hoje em R$ 1.320. Se quiser acelerar o passo e alcançar o objetivo em dez anos, aí o investidor vai precisar guardar bem mais: cerca R$ 6.200 mensais.
Cenário considera a inflação do período. Como R$ 1 milhão no futuro não terá o mesmo poder de compra atual, as diferentes hipóteses trazem o valor atualizado por uma inflação de 6% ao ano com aportes no IPCA+ com prazo de vencimento para 2040, título que tem ganho real (além da inflação) de 5,7% ao ano.
Assim, ao fazer aportes de R$ 6.200 por mês, em 10 anos o investidor teria R$ 1,65 milhão.
Ao fazer aportes de R$ 2.300 por mês, em 20 anos o investidor teria R$ 2,67 milhões.
Ao fazer aportes de R$ 1.050 por mês, em 30 anos o investidor teria R$ 4,80 milhões.
Planejamento é essencial. O analista chefe da VG Research afirma que o investidor pode traçar diferentes estratégias, como buscar novas fontes de renda, empreender e também contar com uma carteira diversificada, equilibrada entre ativos de renda fixa(como títulos do Tesouro Direto e CDBs) e renda variável (ações e fundos de investimentos). Para Bruno Komura, da Ouro Preto Investimentos, o primeiro passo é ter disciplina financeira. Neste sentido, é fundamental entender quais são os gastos mensais e se eles estão adequados à renda.
É recomendado montar um plano para as despesas e a poupança. Na hora de guardar, segundo Komura, a pessoa deve estabelecer quais recursos serão usados no longo prazo aqueles que serão destinados à reserva de emergência, em caso de imprevistos.
UOL
Foto: Reprodução/UOL.
Numa lanchonete no centro de São Paulo, a repórter conversa com um homem de meia-idade enquanto ele pede uma coxinha ao balconista. É hora do almoço. A câmera mostra o prato, depois abre para a estufa cheia de salgados, e então foca o entrevistado. Ele ouve atentamente a pergunta. Está difícil comer arroz e feijão no almoço? Ele consente com a cabeça e diz que até o PF, o famoso prato-feito, está pesando no bolso. “Só tenho dinheiro para a coxinha; é o melhor custo-benefício”, ele justifica.
A situação não é diferente para uma parte significativa dos moradores e moradoras de São Paulo. Falta dinheiro para colocar itens básicos no prato, e falta também para as despesas com moradia, para comprar remédio, roupas, para a passagem do ônibus. Na realidade indigesta da cidade mais populosa do país, para muita gente não há espaço nem para o lazer. O orçamento não dá margem para diversão.
A última pesquisa Viver em SP: Pobreza e Renda, lançada recentemente pela Rede Nossa São Paulo, em parceria com o Ipec, ajuda a entender melhor esse contexto.
O levantamento mostra que mais pessoas dizem que a própria renda se manteve estável no último ano. Seria uma boa notícia, se o percentual de quem percebe uma redução dos rendimentos não atingisse uma parcela expressiva da população total (31%), número que sobe para 45% se considerarmos apenas a classe DE.
Não por acaso, 4 em cada 10 moradores da cidade tiveram de recorrer a atividades extras para complementar a renda. É muita gente. Em números equivalentes, isso quer dizer que mais de 4,3 milhões de pessoas precisaram fazer “bicos” para pagar as contas no fim do mês. Serviços gerais como faxina, reformas, manutenção e jardinagem são os mais citados, mas a lista é bem mais ampla. Alguns vendem roupas ou artigos usados, outros fazem bijuterias e artesanato, trabalham como cuidadores de crianças ou idosos, atuam como segurança e tem ainda quem hospede animais de estimação para fazer um extra.
Para quem precisa contar trocados para tentar garantir o básico, substituir o arroz com feijão pela coxinha pode fazer muita diferença. A alimentação é o item que mais impacta o orçamento doméstico, segundo a pesquisa da Nossa São Paulo –cerca de 86% dos entrevistados mencionam esse tipo de gasto entre os que mais consomem a renda mensal.
Isso significa, entre outras coisas, que a população percebe o quanto uma compra de mercado pesa no bolso. E não é pouco. Basta observar os itens que deixaram de ser consumidos ou tiveram o consumo reduzido no último ano. Olha só: 54% dos entrevistados dizem que o consumo de carne diminuiu (incluindo os cortes de porco, frango, aves etc.) e outros 9% deixaram de comprar esses insumos. Somados, os números representam quase dois terços da população.
Há outros alimentos que também sumiram da mesa das pessoas. Metade dos paulistanos cortou ou diminuiu o consumo de leite, queijo e iogurte. Na classe DE, 1 em cada 5 entrevistados cortou até o arroz e o feijão. Nesse contexto, comer coxinha parece um luxo.
Nas prateleiras esvaziadas da população, até o que poderia ser uma boa notícia esconde um problema com sérias consequências nutricionais. O consumo de ovos aumentou para 22% das pessoas e se manteve estável para 62% dos respondentes –dentre os insumos analisados na pesquisa, esse é o tipo de alimento que teve o maior aumento no consumo.
Olhando para os outros dados, no entanto, é fácil concluir que a população substituiu sua fonte de proteína para aliviar as contas e deixou de colocar no prato itens importantes para uma alimentação adequada no dia a dia. E, assim, até o arroz com feijão, tão presente e tão ligado à cultura do brasileiro, virou moeda de troca para as pessoas de baixa renda.
Mesmo quem consegue manter a geladeira minimamente abastecida percebe a situação de fome e pobreza na cidade. A pesquisa da Nossa São Paulo mostra que 80% acham que aumentou o número de pessoas em situação de rua no último ano. O desemprego é apontado pela maioria dos entrevistados (84% do total de menções) como um dos principais motivos para o crescimento dessa população, seguido pelo alto custo de vida na cidade (66%) e pela elevação do preço dos aluguéis (56%).
Como todo problema causado por múltiplos fatores (econômicos, sociais, históricos, culturais, estruturais), a solução para essas questões é bastante complexa. Não será no curto prazo nem em um único mandato que deixaremos de ver a pobreza e a miséria tão expostas nas ruas da cidade. Uma única ação não irá resolver o problema. Mas é preciso enfrentá-lo.
O primeiro passo é dar a devida prioridade ao tema e estabelecer um conjunto de iniciativas e políticas que, de forma integrada, em diversas áreas, encaminhem as soluções. Elas existem, e a população também sabe disso. Políticas de moradia, por exemplo, aparecem entre as primeiras menções sobre o que pode ser feito para tirar as pessoas das ruas. Geração de emprego, garantia de uma renda mínima e capacitação profissional estão entre as principais medidas a serem adotadas para melhorar o rendimento mensal, na opinião dos entrevistados.
Uma questão tão sensível para os próprios moradores da cidade, como também evidenciou a pesquisa, não pode ser colocada em segundo plano pelo poder público. As pessoas percebem a pobreza ao redor, embora com frequência isso apareça na forma de preconceito. E aqui cabe o entendimento de que ter comida no prato e um teto para morar não é básico, é pouco. É preciso muito mais para resolver o maior problema de uma cidade tão desigual como São Paulo. Assistência social é fundamental, mas a solução também passa por outras áreas de atuação da administração pública. Priorizar o enfrentamento da pobreza na hora de definir os investimentos e o orçamento municipal já seria um bom começo. Mas só o começo.
Créditos: Folha de S. Paulo.
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Os investimentos estrangeiros no Brasil registraram uma forte queda nos quatro primeiros meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. É o que mostram dados divulgados pelo Banco Central (BC) no dia 26 de maio.
De acordo com a autoridade monetária, os Investimentos Diretos no País (IDP) recuaram 28,3% no período entre janeiro e abril de 2023, em relação aos quatro primeiros meses de 2022.
Em valores líquidos, esse montante caiu de US$ 33,9 bilhões (descontadas as saídas) para US$ 24,3 bilhões. As informações foram publicadas pela coluna do jornalista José Fucs, em O Estado de S. Paulo.
Somente em abril deste ano, os aportes externos despencaram 70,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado, de US$ 11,1 bilhões para US$ 3,3 bilhões.
Em 12 meses, o saldo do investimento estrangeiro no país foi de US$ 81,958 bilhões, o que corresponde a 4,17% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
A projeção do BC para este ano é que o IDP alcance US$ 75 bilhões.
Segundo Hugo Queiroz, diretor de Corporate Advisory da L4 Capital, a queda nos investimentos estrangeiros no Brasil é “momentânea” e “pontual” e pode ser explicada pelo momento político “ruidoso” e “conturbado”.
Entre os fatores que podem ter afastado os investidores, diz Queiroz, estão os choques entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o BC e discussões sobre mudanças em leis já aprovadas pelo Congresso, como o marco do saneamento e a privatização da Eletrobras.
“Aumentou a insegurança jurídica com algumas discussões sobre regramentos já estabelecidos, principalmente envolvendo o marco do saneamento”, afirma Queiroz.
“As discussões sobre uma eventual troca de comando no Banco Central afetam o efeito de previsibilidade. Tivemos um aumento de riscos ligado a essa turbulência política dos últimos meses. Nesse cenário, os investidores, naturalmente, dão uma freada nos aportes para observar se as mudanças vão se materializar ou não”, explica.
Para Queiroz, no entanto, o momento atual de desconfiança deve ser superado e os investimentos estrangeiros voltarão a crescer no país.
“Para mim, se trata de um momento pontual, de início de governo. Não acredito que a redução do ritmo de investimento estrangeiro no Brasil se mantenha. Ao contrário: temos muitos fatores que ajudam no crescimento dos investimentos”, afirma.
“O investidor estrangeiro gosta da parte de infraestrutura. Temos muitos investimentos já contratados nesse setor”, prossegue Queiroz. “A tendência é a de que tenhamos uma aceleração forte de investimentos nos próximos 10 anos.”
Metrópoles