Estudo prévio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, chefiado pelo vice-presidente, aponta que será difícil executar programa de incentivo nos moldes daquele que conferiu desconto em carros zero quilômetro.
O blog apurou que um estudo prévio sobre a recriação do programa de desconto para eletrodomésticos da linha branca provavelmente não sairá do papel. A análise feita pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, apontou que será difícil executar programa de incentivo nos moldes daquele que conferiu desconto em carros zero quilômetro.
Segundo fonte ouvida pelo blog, um dos principais empecilhos no caso da linha branca é que, diferentemente do caso das montadoras de veículos, o mercado de eletrodomésticos tem grande número de fabricantes e modelos, o que dificulta ou mesmo impossibilita a implementação de uma regra de crédito fiscal.
Durante evento no Planalto, Lula se dirigiu a Alckmin sugerindo a reedição do programa de incentivo à compra de eletrodomésticos da linha branca, citando o exemplo do programa de desconto para automóveis.
No programa voltado a veículos, o governo federal ofereceu às montadoras créditos tributários que poderão ser usados em abatimentos no futuro, permitindo que as fabricantes colocassem à disposição dos consumidores alguns modelos com preço reduzido.
Já o programa de desconto na linha branca implementado no segundo mandato de Lula foi feito por meio de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), medida que o Ministério da Fazenda da atual gestão rejeitou no caso do programa de automóveis.
O martelo ainda não foi totalmente batido, mas a tendência é que o governo engavete a medida.
Informações Revista Oeste
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Com o acúmulo sucessivo de prejuízo ao longo dos últimos meses, o governo Lula fechou o primeiro semestre com um rombo de R$ 42,5 bilhões nas contas públicas, de acordo com dados divulgados na quinta-feira 27 pela Secretaria do Tesouro Nacional.
No primeiro semestre do ano passado, no governo de Jair Bolsonaro, houve superávit de R$ 54,3 bilhões (em valores corrigidos pela inflação, o saldo positivo foi de R$ 59 bilhões).
Em junho, o déficit primário foi de R$ 45,2 bilhões. Esse é o pior para o mês desde 2021, na pandemia de covid-19, quando o rombo foi de R$ 84,8 bilhões, em valores corrigidos pela inflação. No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro registrou superávit de R$ 14,6 bilhões (R$ 15 bilhões, em valores atualizados).
Segundo o Tesouro, o resultado negativo em junho deste ano é fruto de uma redução real (descontada a inflação) de 26,1% da receita líquida e um acréscimo real de 4,9% das despesas totais, na comparação com junho de 2022.
O superávit acontece quando o governo arrecada mais do que gasta e o déficit é justamente o contrário: os gastos são superiores à arrecadação tributária.
Em entrevista coletiva, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que o superávit no primeiro semestre do ano passado foi quase R$ 100 bilhões superior ao deste semestre porque, em 2022, houve receita extraordinárias relacionadas relacionada à concessão da Eletrobras e ao pagamento de dividendos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Agora, em Lula, embora não haja queda estrutural da arrecadação, houve aumento de gastos, como o aumento do valor pago às famílias cadastradas no programa Bolsa Família, aumento das despesas com benefícios previdenciários e aumento da estrutura do governo. Isso contribuiu para o rombo
Segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, a previsão de déficit para este ano é de R$ 228 bilhões, mas a expectativa do Ministério da Fazenda é terminar este ano com um rombo menor, próximo a R$ 100 bilhões.
Informações TBN
O motor da reforma tributária é a simplificação dos impostos no Brasil. Mas isso significará redução do preço dos alimentos da cesta básica? A resposta é sim, mas com algumas ressalvas e muitas dúvidas, discussões e interpretações. O texto da reforma aprovado na Câmara dos Deputados e que segue para votação do Senado zera os impostos sobre eles. Mas abre as portas para uma discussão mais complexa: o que, afinal, compõe a cesta? Muito além do arroz e do feijão, diferentes setores defendem incluir ou retirar categorias de alimentos que podem abranger desde opções tradicionalmente mais caras, como filé mignon e salmão, a ultraprocessados, como salsicha e miojo.
Após ser aprovada na Câmara no início de julho, a reforma precisa ser votada no Senado, o que está previsto para ocorrer ainda neste ano. Até lá, diferentes setores opinam sobre o que deveria ou não estar na cesta básica e ser favorecido com a isenção de impostos — que beneficia não somente o consumidor, mas a indústria alimentícia. Confira os detalhes nesta que é a quarta matéria da série de reportagens “Be-A-Bá da Reforma”.
O texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária determina que uma lei complementar, que ainda será discutida, definirá a cesta básica nacional de alimentos. Não haverá incidência de impostos sobre os itens que a compuserem. Atualmente, os itens da cesta não têm impostos federais, mas sofrem tributação estadual. Na prática, é como se houvesse 27 cestas básicas diferentes no país, pois cada Estado tem uma lista de alimentos e regras próprias de tributação. Ou seja, com a reforma, pode ser que haverá menos impostos sobre a cesta.
Os alimentos fora dela também terão redução de impostos. A reforma tributária estabelece uma alíquota padrão para o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), novo tributo que substituirá os atuais federais IPI, Cofins e PIS, além do ICMS (estadual) e ISS (municipal). No caso da comida, a alíquota será reduzida em 60%.
“Hoje, a cesta básica é tributada nos Estados. Além disso, nosso sistema é acumulativo, não devolve o dinheiro gasto na semente, no óleo diesel utilizado no trator etc. A cesta tem resíduos tributários”, pontua o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), que coordenou o grupo de trabalho para a reforma tributária.
Uma crítica de alguns analistas é que a desoneração da cesta básica isenta produtos e não consumidores de baixa renda. Isso ocorre porque tanto ricos quanto pobres consomem produtos da cesta. Mas, para pessoas com renda mais baixa, o gasto com alimentos representa uma fatia muito maior do salário. Para o deputado Reginaldo Lopes, que defende a isenção da cesta básica, os gastos dos mais pobres com alimentação podem ser compensados pelo cashback, mecanismo também previsto na reforma que intenciona devolver aos cidadãos parte do valor pago em impostos. Ainda não há, porém, definição sobre como a ferramenta será implementada ou qual será o público beneficiado por ela.
Confira mais no vídeo:
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada na Câmara determina a criação da cesta básica nacional, porém não explica os critérios que serão utilizados para formá-la. Essa indefinição abriu uma corrida de setores para sugerir o que consideram mais importante acrescentar na lista. “É uma procuração em branco para o Congresso. Fica aberto o espaço para olobby. O que se espera é que essa cesta básica trate de produtos que são normalmente consumidos pela população de baixa renda”, reflete o presidente da Comissão de Direito Tributário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Janir Adir Moreira.
A depender da forma como os alimentos sejam incluídos na lista da cesta básica, entretanto, opções geralmente distantes do prato da maior parte dos brasileiros, como filé mignon e salmão, podem ser isentos de impostos. A lista proposta pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) ao Congresso, por exemplo, inclui categorias amplas de alimentos, como “carne bovina”, sem especificar cortes. Da mesma forma, cita o café sem qualquer especificidade — o que abre margem para o entendimento de que as cápsulas, por exemplo, também sejam isentas, além do café em pó. E arroz, que pode ser o simples ou o arbóreo (modalidade mais cara e muito usada para fazer risoto).
A Abras argumenta que a população teria mais liberdade de escolha se grandes categorias de alimentos fossem isentas, em vez de itens específicos. “A sugestão de produtos da cesta básica determina alíquota zero para as categorias essenciais à alimentação da população, e não devemos determinar quais itens de cada categoria o consumidor deverá ou poderá comprar, mas sim que essas categorias tenham isenção total de impostos para serem acessíveis à população. O consumidor terá a liberdade de escolher os itens que preferir para a sua cesta básica, não diferenciando população nem classe social por meio de imposto de consumo”, diz o vice-presidente de Ativos Setoriais da entidade, Rodrigo Cantusio Segurado.
Já a especialista do programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Ana Maya pensa que não é bem assim. Ela justifica que os preços mais elevados não serão significativamente reduzidos pela isenção de impostos e continuarão inacessíveis. “Precisamos ter especificidade dos tipos de carne, de peixe, de proteínas na cesta básica. A população vulnerável ainda não terá acesso a filé mignon e salmão, porque eles continuarão caros”.
Outro ponto que preocupa a especialista do Idec Ana Maya é a possível isenção para alimentos ultraprocessados — aqueles que passaram por maior processamento industrial e que, em geral, possuem maior teor de gordura e açúcar, por exemplo. Uma série de estudos associam o consumo frequente desse tipo de alimento, que costuma ser mais barato e, portanto, acessível, à incidência de câncer e mortes prematuras. Maya defende não só que eles sejam excluídos da cesta básica, mas também que não sejam favorecidos com a diminuição da alíquota prevista para os alimentos em geral.
Na perspectiva dela, esse tipo de alimento deveria ser incluído no chamado “imposto do pecado”, tributação mais alta prevista na reforma tributária para produtos e serviços considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. O Idec defende que o governo siga os parâmetros do Guia Alimentar para a População Brasileira, documento aprovado pelo Ministério da Saúde em 2014 que propõe reduzir o consumo de ultraprocessados e aumentar o de alimentos in natura no dia a dia da população.
A posição também é defendida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). “É fato que a comida saudável está cada vez mais distante da mesa dos brasileiros, o tipo de alimentação está mudando. Em 2022, os alimentos ultraprocessados se tornaram mais baratos do que a comida de verdade no Brasil e isso é uma situação gravíssima e está colocado no centro das discussões e das controvérsias em torno da reforma tributária”, pondera Paula Johns, conselheira nacional de saúde e representante da Associação de Controle do Tabagismo, Promoção da Saúde e dos Direitos Humanos (ACT),ao site do CNS. O texto do CNS também exemplifica que os achocolatados e macarrão instantâneo, ultraprocessados, são favorecidos com alíquota zero do PIS/Cofins, enquanto o suco de frutas integral paga uma alíquota de 9,25%.
“As pessoas estão comendo mais ultraprocessados porque não têm dinheiro, e isso não é saudável. A alimentação é um tema prioritário no país”, pontua a economista sênior do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Lino Costa.
O Dieese fez uma simulação da potencial redução do preço da cesta básica. Caso a única mudança no cenário seja o corte de impostos com a reforma tributária, haveria uma queda de R$ 67 da cesta, considerando o preço médio nacional, segundo a economista sênior da entidade Patrícia Lino Costa. Assim, se o consumidor comprasse uma cesta por mês, economizaria cerca de R$ 800 por ano. A análise considera somente 13 itens da cesta (entenda mais no tópico seguinte) e é baseada no que se sabe da reforma hoje e que ainda pode mudar.
Antes de o texto atual ser aprovado na Câmara, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) afirmou que a carga tributária sobre a cesta básica poderia ficar 60% mais alta se fosse aplicada uma alíquota de 12,5% sobre ela. Já naquela época, o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, contestou o dado. O cálculo da Abras não diz que a cesta em si ficaria 60% mais cara, e sim que os impostos sobre ela aumentariam nessa escala.
Essa é uma das principais dúvidas sobre o tema, pois o texto da reforma determina a criação de uma cesta básica nacional, contudo não esclarece quais serão os critérios adotados para isso. Hoje, estima-se que há 1.380 itens considerados básicos e isentos de impostos federais.
A cesta considerada pelo Dieese, uma das referências nacionais do tema, faz um recorte de 13 itens da lista nacional e considera as quantidades necessárias para a alimentação mensal de uma família de dois adultos e duas crianças. O valor médio dessa cesta é calculado nas capitais. Em junho deste ano, o preço em BH foi R$ 656,02. A mais cara é a de São Paulo, R$ 783,05.
Com base na cesta em São Paulo, o salário mínimo necessário para o trabalhador e sua família terem acesso a alimentação e a outros serviços básicos seria R$ 6.578,41. Confira o que está incluído na cesta básica considerada pelo Dieese:
Hoje, cada Estado tem uma cesta básica específica com itens que recebem um tratamento tributário especial. Em Minas, a lista tem 60 itens, cuja carga tributária varia entre 7% e 12%. Ela inclui uma série de carnes, queijos e pão de queijo, por exemplo. São Paulo inclui também itens de higiene, e o Rio de Janeiro, protetor solar e repelente. O deputado federal Reginaldo Lopes avalia que há espaço para incluir itens de higiene também na cesta nacional: “Tudo o que for essencial à vida do ser humano”, pontua.
Como a lista será instituída por uma nova lei, ficará à cargo do Congresso definir a lista de alimentos e outros itens que serão incluídos na nova cesta básica nacional. É um cenário que possibilita pressões, avalia a especialista do Idec Ana Maya. “É uma discussão difícil, porque a indústria de alimentos ultraprocessados, que defende salsicha e refrigerante, tem acesso aos parlamentares e tem pressionado para abrir espaço para benefícios fiscais para os produtos que eles defendem”, diz.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) sugeriu uma lista de 38 itens que poderiam ser incluídos na nova cesta básica e, assim, ficar isentos de impostos. Ela vai além da lista do Dieese e inclui itens de higiene, por exemplo. Veja a sugestão:
FONTE: terrabrasilnoticias.com
Novo intervalo para o referencial de juros está na faixa de 5,25% a 5,50% — nível mais elevado desde 2001. Taxa tende a se refletir na cotação do dólar frente ao real, além de gerar efeitos no longo prazo para o Brasil e para a economia mundial.
Sede do Federal Reserv (Fed), Banco Central dos EUA. — Foto: REUTERS/Joshua Roberts
O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, aumentou os juros do país nesta quarta-feira (26) em 0,25 ponto percentual, para uma faixa de 5,25% a 5,50% — marcando o maior nível das taxas desde 2001.A decisão veio em linha com as estimativas do mercado.
A elevação dos juros nos Estados Unidos tende a se refletir em alta na cotação do dólar frente ao real, uma vez que há saída da moeda do Brasil, com o objetivo de buscar melhor remuneração lá fora.
Os efeitos no país, contudo, também podem ser de longo prazo: juros altos nos EUA indicam uma desaceleração da economia mundial, já que os empréstimos e investimentos ficam mais caros.
Essa desaceleração tende a ter efeitos no Brasil na forma de uma menor demanda pelos produtos e serviços brasileiros — que pode, por outro lado, ajudar a reduzir a inflação por aqui.
Nesse contexto, há ainda a expectativa sobre a taxa de juros brasileira, que será decidida na próxima semana pelo Copom (Comitê de Política Monetária). Grande parte dos analistas projeta uma redução de 0,25 ponto percentual na Selic, que está em 13,75% ao ano desde agosto de 2022.
Em comunicado à imprensa, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Fed, destacou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica dos EUA vem crescendo em ritmo moderado.
A nota reforça que os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses, enquanto a taxa de desemprego permaneceu baixa e a inflação segue elevada.
“Ao determinar a extensão do endurecimento adicional da política que pode ser apropriada para retornar a inflação a 2% ao longo do tempo, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, os atrasos com os quais a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os fatores econômicos e financeiros”, disse.
O Comitê também destacou que continuará monitorando as implicações das perspectivas econômicas e que, caso surjam riscos que possam impedir o alcance de suas metas, estará “preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado”.
O Fomc também voltou a fazer referência à turbulência que atingiu o sistema bancário norte-americano, diante da quebra dos bancos médios Silicon Valley Bank e Signature Bank e da crise enfrentada pelo First Republic Bank.
“O sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente. Condições de crédito mais apertadas para famílias e empresas devem pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação. A extensão desses efeitos permanece incerta. O Comitê permanece altamente atento aos riscos de inflação”, afirmou.
Em entrevista coletiva, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que é possível que o banco central norte-americano aumente novamente os juros na reunião agendada para setembro.
“É certamente possível que elevemos a taxa de juros se os dados justificarem. E eu também diria que é possível que decidamos nos manter estáveis nessa reunião” caso os dados peçam isso, disse Powell. Ele observou que o Fed tomará decisões sobre a política monetária reunião a reunião.
Powell ponderou ainda que uma ampla gama de dados será considerada pelo Fed ao dar os próximos passos.
Presidente do Fed, Jerome Powell, em coletiva de imprensa após decisão sobre taxa de juros dos EUA, em Washington. — Foto: Reuters
Para o economista-chefe da Kínitro Capital, Sávio Barbosa, a elevação nesta quarta-feira será a última desse ciclo de alta de juros, devido a uma perspectiva mais otimista sobre a inflação americana.
“Nossas projeções indicam que o núcleo da inflação desacelerará para um ritmo anualizado abaixo de 3% no segundo semestre deste ano. Acreditamos que essa dinâmica da inflação dará conforto ao Fed para manter a taxa de juros estável ao longo dos próximos meses”, disse.
Já para o economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, o comunicado no Fomc não trouxe um recado explícito sobre os próximos passos.
O especialista ponderou, no entanto, que a economia americana continua forte — apesar de sinais de desaceleração —, o que pode exigir um aumento de 0,25 ponto percentual na próxima reunião.
“Na decisão em que o Fed manteve a taxa inalterada, eles sugeriram aumentos consecutivos. Então, talvez tenha mais um aumento ainda este ano. E o que é mais importante: talvez um ciclo de cortes comece só na segunda metade de 2024”, projetou.
O banco central norte-americano vem aplicando altas na taxa básica de juros para conter a alta inflação do país. Em termos simples, o arrocho monetário é uma forma de dificultar o acesso ao crédito, desaquecer a atividade econômica e, assim, incentivar a queda nos preços.
O objetivo do Fed é aplicar uma política monetária que reduza a inflação à casa dos 2% — marca que não é atingida desde fevereiro de 2021, quando chegou 1,7% no acumulado em 12 meses.
Desde então, foram sucessivas altas na inflação — atualmente na casa dos 3% — e, consequentemente, na taxa de juros, que vem em uma crescente desde março de 2022.
Banco digital chegou a 77,6 milhões de clientes no 2º trimestre de 2023. Caixa Econômica Federal continua sendo a líder, com mais de 150 milhões de clientes.
Informações G1
O ministro Paulo Pimenta, da Secom (Secretaria de Comunicação Social), informou hoje que o economista Marcio Pochmann, ligado ao PT, vai assumir o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ele é o atual presidente do Instituto Lula.
Marcio Pochmann que vai para o IBGE e não teve nenhum ruído sobre isso. Ele vai ser o presidente, vai assumir o IBGE.
Paulo Pimenta, ministro da Secom
Ala próxima a Tebet não aprova escolha. No Planalto, aliados do presidente Lula (PT) dizem que Pochmann não teria sido bem recebido pela ala econômica, em especial por pessoas próximas à ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), devido à sua forte ligação com o PT. O instituto é ligado à pasta de Tebet, do MDB.
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O IBGE está sob a direção de Cimar Azeredo, ex-diretor de pesquisas, desde o começo de janeiro. Ele é funcionário de carreira do instituto, onde trabalha desde os anos 1980, e seria o nome apoiado por Tebet para se manter no cargo.
A nomeação do economista é vista como uma vitória do PT. Pochmann é professor da Unicamp (Universidade de Campinas) e filiado ao partido desde os anos 1980. No segundo mandato de Lula, foi presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Pimenta participou hoje de uma reunião com o presidente e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, sobre o novo PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento). Lula passou o dia em repouso no Alvorada, se recuperando de um procedimento contra dores no quadril.
Segundo o ministro, o presidente está se recuperando bem e deverá despachar amanhã do Alvorada. “Será agenda normal, mas aqui no palácio”, explicou Pimenta.Continua após a publicidade
Lula realizou na manhã de hoje um procedimento “minimamente invasivo” para aliviar dores crônicas no quadril direito. O presidente reclama de dores na “cabeça do fêmur” há meses. O procedimento foi realizado sem intercorrências.
Lula já havia realizado uma infiltração no domingo (23) no hospital Sírio-Libanês de São Paulo. “Funcionou por 12 horas. Segunda [ontem] de manhã, eu já estava com dor de novo”, disse.
O presidente planeja fazer uma cirurgia em outubro para a solução definitiva do problema. O procedimento é considerado de baixo risco, mas exige meses de repouso.
Ficou decidido que o Novo PAC será lançado no dia 11 de agosto, em um evento no Rio de Janeiro. O programa foi adiado pelo menos três vezes.
Esse é um dos principais projetos do terceiro mandato de Lula e o principal projeto de Rui, com orçamento anual de R$ 60 bilhões.Segundo o ministro da Casa Civil, o novo programa teria foco em PPPs (parcerias público-privadas) e deverá não só construir novos projetos como retomar as milhares de obras de infraestrutura paradas pelo país.Continua após a publicidade
Segundo o UOL apurou, os principais motivos foram práticos e de relação com o Congresso:
Informações UOL
Foto: Sérgio Lima/Poder 360.
Depois de quatro adiamentos, o governo federal está próximo de anunciar o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o lançamento está previsto na agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o dia 11 de agosto e o programa deve ter como carro-chefe investimentos em infraestrutura e na área social. As informações foram dadas durante entrevista à BandNews. O orçamento anual estimado é de R$ 60 bilhões, com foco em parcerias público-privadas (PPPs). O presidente Lula pretende lançar o programa em uma grande cerimônia com a presença de diversos parlamentares. Para viabilizar o planejamento do PAC, o Palácio do Planalto vai aguardar o fim do recesso parlamentar. De acordo com o ministro, uma das obras que serão viabilizadas na modalidade de PPP será o túnel Santos-Guarujá, no litoral paulista, que fará parte do novo PAC.
“O túnel Santos-Guarujá estará no PAC. Nós estamos dialogando com o Estado de São Paulo e com o ministro dos Portos, mas a obra deve ser feita numa modelagem de PPP utilizando inclusive recursos que o Porto de Santos tem”, declarou. Rui Costa também afirmou que o governo espera por um parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) para repactuar concessões públicas que poderiam destravar obras paralisadas e retomar até R$ 40 bilhões em investimentos parados. “Eu acredito que em mais 10 dias, no máximo, nós tenhamos a conclusão desse parecer e aí nós teríamos um grande acordo de retomada dessas obras.”
Créditos: Jovem Pan.
Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO-18/07/2023
A distribuição de R$ 12,7 bilhões do lucro doFGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)em 2022, aprovada nesta terça-feira (25) pelo conselho curador do fundo, será feita proporcionalmente entre os cotistas. Quanto maior o saldo da conta vinculada, mais o trabalhador terá a receber.
O valor de referência corresponde ao saldo de cada conta em 31 de dezembro de 2022. Quem tiver mais de uma conta receberá o crédito em todas elas, respeitando-se a proporcionalidade do saldo.
O dinheiro será creditado nas contas do fundo do trabalhador, mas só pode ser retirado segundo das regras de saque do FGTS, como em caso de demissão sem justa causa, aposentadoria, compra da casa própria e doença grave.
Para saber a parcela do lucro que será depositada, o trabalhador deve multiplicar o saldo de cada conta em seu nome em 31 de dezembro do ano passado por 0,02461511.
• Na prática, a cada R$ 1.000 de saldo, o cotista receberá R$ 24,61.
• Quem tinha R$ 2.000 terá crédito de R$ 49,23.
• O valor sobe para R$ 123,08 para quem tinha R$ 5.000 no fim de 2022.
O percentual do lucro que seria repassado aos trabalhadores foi definido pelo conselho curador e equivale a 99% do lucro de R$ 12,8 bilhões obtido pelo FGTS no ano passado. A distribuição elevará o rendimento do FGTS neste ano para 7,09%, superior à inflação oficial de 2022, de 5,79% pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medição oficial do índice.
A situação é bem diferente na comparação com o lucro do último ano. Em 2022, o FGTS tinha rendido 5,83%, contra uma inflação oficial de 10,06% em 2021.
Mesmo ganhando da inflação, o FGTS rendeu menos que a caderneta de poupança. No ano passado, a poupança rendeu 7,89%, influenciada pela taxa Selic (juros básicos da economia). Quando os juros básicos estão acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a Taxa Referencial (TR).
Pela legislação, o FGTS rende 3% ao ano mais a taxa referencial (TR) e a distribuição dos lucros. Como a TR está em 0,215% ao mês (2,61% ao ano), o rendimento mínimo corresponde a 5,6% a cada ano. Com a distribuição de lucros, a remuneração do Fundo de Garantia sobe para 7,09%.
Para verificar o saldo do Fundo de Garantia, o trabalhador deve consultar o extrato do fundo, no aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal. Até o ano passado, o banco oferecia a opção de consulta no site da instituição, mas todo o atendimento eletrônico relativo ao FGTS foi migrado exclusivamente para o aplicativo, disponível para smartphones e tablets nos sistemas Android e iOS.
Quem não puder fazer a consulta pela internet deverá ir a qualquer agência da Caixa e pedir o extrato no balcão de atendimento. O banco também envia o extrato do FGTS em papel a cada dois meses, no endereço cadastrado. Quem mudou de residência deve procurar uma agência da Caixa ou ligar para o número 0800-726-0101 e informar o novo endereço.
Por lei, o dinheiro dever ser depositado até 31 de agosto. Mas o conselho também se decidiu pelo repasse imediato, após publicação no Diário Oficial da União.
*Com a Agência Brasil
As seis dezenas do concurso 2.614 da Mega-Sena serão sorteadas nesta terça-feira, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo, com transmissão pelas redes sociais da Caixa, no Youtuber e Facebook.
O prêmio estimado em R$ 70 milhões está acumulado há seis concursos. Este é primeiro sorteio da Mega-Semana da Sorte, com concursos ainda na quinta-feira (27) e no sábado (29).
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
Informações Bahia.ba
Outra paralisação na região é a da Chevrolet, em São José dos Campos, com 1.200 funcionários parados. Na fábrica são feitos a picape S10 e oSUVTrailblazer, que estão próximos a ser reestilizados – uma parada para adequação na linha seria normal se não fossem as baixas vendas.
Além de Volkswagen e Chevrolet, Renault, Mercedes e Scania também fizeram suspensões de contratos e reduziram a produção de suas fábricas. Ao todo, cerca de 12 mil trabalhadores foram afetados com essas paradas.
“É adequação de estoque. Por mais que a gente tenha tido vendas médias no mês passado, não consigo falar que são boas”, disse Milad Kalume Neto, consultor da Jato.
Para ele, a falta de demanda no varejo é um dos agravantes e prevê que, se a economia não melhorar e as vendas não subirem, o próximo passo das montadoras vai ser o de promover demissões.
“Aí entram os fatores do preço elevado e dos juros elevados. A expectativa é de baixar na próxima reunião do Copom, além de leis que podem facilitar a retomada de bens financiados, o que pode ajudar a liberar mais crédito no mercado”, afirma.
Informações TBN
De acordo com o levantamento do IBGE, o valor do alimento subiu cerca de 23% em um ano. Menor oferta e insumos mais caros fazem preço disparar.
Preço do ovo de galinha tem maior alta em uma década
O preço do ovo de galinha teve a maior alta em uma década no Brasil, subindo mais de 20%, nos últimos 12 meses. Esse aumento é sete vezes maior que a inflação oficial do país, que hoje está em torno de 3%.
O alimento é considerado uma opção coringa no cardápio dos brasileiros devido à sua versatilidade, mas o aumento de preço está pesando no bolso dos consumidores.
De acordo com o levantamento do IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o preço do ovo de galinha subiu cerca de 23% em um ano . Enquanto isso, as carnes e o frango ficaram mais baratos no mesmo período, com reduções de aproximadamente 6,73% e 3,94%, respectivamente.
O presidente de uma cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues explicou que os produtores reduziram a produção de ovos devido ao aumento do custo da ração. Ao mesmo tempo as exportações cresceram, por conta de casos de gripe aviária em alguns países.
“O Brasil, portanto, produzindo menos e passando a exportar, isso fez com que a oferta e a procura ela ficou desequilibrada. Existe uma oferta menor hoje do que o consumo. Por outro lado também as carnes, com preço baixo, faz com que migram um pouco o consumo para as carnes”.
A alta no preço do ovo gera um efeito cascata. Em Curitiba, por exemplo, há um ano dava pra encontrar a dúzia de ovos sendo vendida a menos de R$8 nas feiras e nos mercados. Nos últimos 12 meses, esse valor foi subindo, e agora a média está em R$ 9,30. Mas, em uma feira, o produto está ainda mais caro, com a dúzia saindo por R$ 15.
A clientela até pechincha, mas está difícil conseguir um desconto: “Não tem como, o custo é muito alto. Está muito caro hoje para ter ovo em casa”, destaca o feirante Juliano.
Em uma panificadora, 90% dos produtos levam ovos nas receitas. São usadas quase 20 dúzias, por dia. O aumento do custo levou a panificadora a repassar pelo menos uma parte desse aumento aos clientes.
“Em alguns produtos aumentamos 5%, mas só em 30 dias os ovos aumentaram quatro vezes. Então é um aumento muito grande. Provavelmente, mais pra frente, vai ter um aumento sim”, destaca a auxiliar de confeiteira, Francielle Bello.
Informações G1