Decisão ocorre neste domingo e será transmitida ao vivo
Pleno News- Neste domingo (17), cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúnem para analisar os pedidos de uso emergencial da vacina Oxford/AstraZeneca e CoronaVac. A decisão caberá ao colegiado porque o processo ocorre fora do registro convencional de vacinas no país.
A reunião terá início às 10h e será transmitida em tempo real por meio das plataformas digitais do órgão fiscalizador. O tempo estimado da análise é de cinco horas. Para que os pedidos sejam aprovados, é necessário o aval de ao menos três integrantes do colegiado.
SAIBA QUEM SÃO OS DIRETORES QUE COMPÕEM A MESA
Diretor-presidente Antonio Barra Torres
Contra-almirante da Marinha, Antonio é médico pela Fundação Técnico-Educacional Souza Marques. Assumiu o cargo como presidente interino em 2019, e foi efetivado em 2020. Seu mandato vai até dezembro de 2024.
Segunda-diretora Meiruze Sousa Freitas
Formada em farmácia com habilitação em Análises clínicas pela Universidade Federal de Minas de Gerais, está na Anvisa há 13 anos. Atuou como adjunta de diretor, gerente geral de Toxicologia e gerente da área de medicamentos.
Terceira-diretora Cristiane Rose Jourdan Gomes
Médica também formada na Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, e bacharel em direito, Cristiane defende o tratamento precoce contra a Covid-19. Trabalhou na gestão no Ministério da Saúde e na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Seu mandato vai até julho de 2022.
Quarto-diretor Romison Rodrigues Mota
Servidor da Anvisa há 15 anos, Romison é economista pela pela Universidade Estadual de Goiás. É Gerente Geral de Gestão Administrativa e Financeira da Anvisa desde 2015, e diretor substituto no órgão desde abril de 2020.
Quinto-diretor Alex Machado Campos
Graduado em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco, Alex foi técnico legislativo na Câmara dos Deputados e chefe de gabinete do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
Durante a reunião, serão levados em conta quatro critérios fundamentais: a qualidade da vacina, as boas práticas de fabricação, estratégias de monitoramento e controle, além dos resultados provisórios dos ensaios clínicos.
Caso o uso emergencial seja aprovado, os imunizantes poderão ser disponibilizados ao sistema público de saúde, e o governo poderá começar a executar o Plano Nacional de Imunização. A comercialização das vacinas, entretanto, seguirá proibida. A decisão pode ser revogada a qualquer momento pela Anvisa.
Agência Brasil- O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 começa a ser aplicado neste domingo (17) para milhões de estudantes em todo o país. Este ano, por causa da pandemia, os estudantes terão que seguir uma série de regras e, caso tenham sido diagnosticados com covid-19 ou apresentem sintomas da doença ou de outras doenças infectocontagiosas, devem comunicar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pelo telefone 0800-616161 e não precisam comparecer ao exame. Eles poderão fazer o exame na reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro.
Antes de sair de casa, os participantes devem conferir os locais onde farão as provas, no Cartão de Confirmação de Inscrição, na Página do Participante. Embora não seja obrigatório, a recomendação é que levem o cartão para a necessidade de verificar alguma informação até a hora da aplicação.
Caso necessitem comprovar a participação no exame, os estudantes podem, também na Página do Participante, imprimir a chamada Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho.
Para fazer o exame alguns itens são obrigatórios. Este ano, além do documento oficial de identificação com foto e da caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, itens obrigatórios também nos exames anteriores, a máscara de proteção facial passa a integrar essa lista. Os participantes que não estiverem com máscara de proteção facial não poderão ingressar no local de prova.
É recomendado que os participantes levem máscaras extras para trocar durante a prova. Haverá nos locais de prova álcool em gel para que os estudantes higienizam as mãos, mas é permitido que os participantes levem seu próprio produto caso desejem.
Como a prova é longa, é também recomendado que os candidatos levem lanche e água e/ou outras bebidas, com exceção de bebidas alcoólicas que não são permitidas e podem levar à eliminação do candidato.
Neste domingo, os participantes fazem as provas objetivas de linguagens e ciências humanas, com 45 questões cada, e a prova de redação.
Os portões serão abertos às 11h30. Os estudantes podem entrar no local de prova até as 13h, no horário de Brasília. As provas começam a ser aplicadas às 13h30. Os candidatos terão 5 horas e 30 minutos para resolver as questões. A prova termina às 19h.
O exame continua no próximo domingo, dia 24, quando serão aplicadas as provas de ciências da natureza e de matemática.
Ao todo, cerca de 5,8 milhões de estudantes estão inscritos para fazer as provas. O Enem 2020 terá uma versão impressa, nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma digital, realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.
O Enem será aplicado em todo o território nacional, com exceção do Amazonas, em razão da calamidade provocada pela pandemia de covid-19.
As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.
Documento de 23 de novembro apontou que pasta tinha conhecimento do aumento da demanda
Pelo menos desde o dia 23 de novembro, a Secretaria de Saúde do Amazonas sabia que a quantidade de oxigênio hospitalar disponível seria insuficiente para atender a alta demanda provocada pela pandemia de Covid-19.
A informação consta de projeto básico, que foi elaborado pela própria pasta, para a última compra extra do insumo, realizada no fim do ano passado. A White Martins informou que, se o contrato tivesse previsto um pedido maior na oportunidade, a empresa teria conseguido atendê-lo.
O contrato original para aquisição de gases medicinais do sistema de saúde é de 2016 e foi assinado com a White Martins, a principal fornecedora no Amazonas, com valor mensal informado de R$ 1,3 milhão. Inicialmente, o acordo previa o atendimento de até dois mil pacientes respiratórios.
Em 2018, ainda antes da pandemia, a secretaria chegou a assinar dois aditivos que, juntos, representavam acréscimo de 3,1% do valor. Como o teto permitido é de até 25% (acumulado) em cada contrato, o Estado ainda tinha uma margem de 21,9% para adquirir insumos em 2020, sem a necessidade de abrir um novo processo de contratação.
Toda essa cota, no entanto, foi usada na última compra extra em novembro. Na ocasião, a pasta ainda informa a inclusão “com urgência” do Hospital Geraldo da Rocha, em Manaus, na lista de unidades atendidas.
O projeto para o aditivo é de 23 de novembro. No documento, a secretaria também admite que os casos do novo coronavírus já estavam em alta na época e que o volume de oxigênio contratado não seria suficiente para dar conta da demanda.
– No Estado do Amazonas os casos de Covid-19, no mês de setembro, vêm apresentando alta crescente de casos confirmados. O percentual de 21,9152% disponível para aumento não atende as necessidades desta Secretaria, a alta crescente nos números de casos confirmados da Covid-19 e o pronunciamento até a presente data da Diretora da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas) quanto a uma possível 2ª onda da pandemia – dizia a pasta.
Segundo o Portal da Transparência do Amazonas, os itens do aditivo incluíam um total de 307 mil metros cúbicos de oxigênio líquido e 6,1 mil na forma de gás, que são usados para pacientes internados por coronavírus. Também foram comprados outros gases hospitalares para procedimentos médicos diversos.
SECRETARIA DE SAÚDE DIZ QUE COMPROU TODO O INSUMO
Questionada sobre quais as medidas foram tomadas para evitar o desabastecimento e se houve tentativa de novas compras emergenciais ou buscas por novos fornecedores no período, a pasta não respondeu às perguntas e disse que “sempre contratou todo o insumo que a White Martins foi capaz de produzir”.
A secretaria afirma, ainda, que “sempre trabalhou” com previsão de maior demanda por oxigênio nesse período por causa da pandemia e da sazonalidade de outras síndromes gripais. Também diz que, até o último dia 7, “desconhecia” que “a capacidade máxima produtiva na planta de Manaus da White Martins era de cerca de 25 mil metros cúbicos por dia.
Ainda conforme a nota, em ofício enviado ao Comitê de Crise do governo, no último dia 9, a White Martins disse que sua planta operava no limite e classificou o momento como “sem precedentes”
WHITE MARTINS DIZ QUE PEDIDO FOI ATENDIDO
Questionada se teria capacidade de atender um pedido maior por oxigênio se ele tivesse sido feito em novembro, a White Martins respondeu que possuía a capacidade de buscar formas de viabilizar o aumento da oferta em patamares mais elevados, como está fazendo nesse momento e no período da primeira onda da pandemia.
Em nota, a White Martins explicou que ao longo de 2020 já havia passado por processos de ampliação para aumentar significativamente sua capacidade de produção local.
-É importante esclarecer ainda que, na data de 01/01/21, a planta da White Martins tinha em estoque produto suficiente para abastecer os hospitais da região pelo período de sete a oito dias de acordo com o consumo diário de dezembro de 2020 – detalhou.
*Estadão
Wilson Lima disse que administração federal tem sido parceira do estado
Pleno News- O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmou que o governo federalnão foi o culpado pelo colapso da saúde pública do estado por conta da pandemia de Covid-19. Em entrevista concedida para a jornalista Rachel Sheherazade, do site Metrópoles, Lima afirmou que a administração federal tem sido parceira no combate ao vírus.
– Recebemos do Governo Federal equipamentos como bombas e respiradores. Estamos sendo socorridos, nesse momento, com a questão das mini usinas, que estão chegando aqui no estado do Amazonas e serão instaladas nos hospitais. O Governo Federal tem sido um grande parceiro do estado do Amazonas no combate à pandemia – disse.
O gestor estadual atribuiu a parte da sociedade amazonense a culpa pelo aumento de casos e afirmou que as festas clandestinas registradas ao longo dos últimos meses foram determinantes para que os leitos dos hospitais chegassem ao máximo de lotação.
– Veja o que aconteceu agora, em relação às festas clandestinas. As pessoas ali na balada, bebendo, usando às vezes o mesmo copo, aquele copo que passa de boca em boca, e aí essa pessoa acaba levando o vírus para sua casa – afirmou.
Wilson também se defendeu de acusações sobre não ter se planejado para combater a nova onda da pandemia no estado e disse que se preparou “no que era possível”. O governador ainda disse que já acionou na Justiça as empresas que fornecem oxigênio para o estado para que elas sejam responsabilizadas.
– O estado do Amazonas se preparou em tudo aquilo que era possível. Eu recebi o comunicado de que faltaria oxigênio, efetivamente, que as empresas não teriam condições de abastecer na quantidade que a gente necessitava, durante a madrugada. E disseram que, dali cinco horas, teria hospital sem abastecimento – completou.
Até hoje se sabe que a alma do negócio é a propaganda. Já faz tempo que elas marcam uma geração inteira, não saindo jamais do imaginários dos telespectadores. Diversas empresas ficaram marcadas pelas propagandas criativas e com slogans bem feitos.
Desde o surgimento da televisão e o aprimoramento dela em cores, as propagandas de vídeo chamam bastante atenção, isso porque, elas fazem com que a pessoa que assiste sinta o desejo de comprar determinado produto.
Assista a essa seleção de comerciais dos anos 70, 80 e 90 para relembrar esses produtos que com certeza você já usou e utiliza até hoje.
Assista abaixo:
Pedido foi feito pelo Ministério da Saúde ao Instituto Butantan
Nesta sexta-feira (15), o Ministério da Saúde enviou um ofício ao Instituto Butantan solicitando a “entrega imediata” de 6 milhões doses importadas da CoronaVac, vacinachinesa da Covid-19. O documento foi assinado pelo diretor do Departamento de Logística em Saúde, Roberto Ferreira Dias, e enviado ao diretor do instituto, Dimas Covas.
“Solicitamos os bons préstimos para disponibilizar a entrega imediata das 6 milhões de doses importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial perante a Anvisa” disse a Pasta no documento.
O ministério ressaltou ainda a “urgência na imediata entrega do quantitativo contratado e acima mencionado, tendo em vista que este ministério precisa fazer o devido loteamento para iniciar a logística de distribuição para todos os estados da federação de maneira simultânea e equitativa, conforme cronograma previsto no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid-19”.
Sobre o pedido, o Butantan informou ter recebido o documento disse que “para todas as vacinas destinadas pelo instituto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), é praxe que uma parte das doses permaneça em São Paulo, estado mais populoso do Brasil. Isso acontece, por exemplo, com a vacina contra o vírus influenza, causador da gripe. Portanto, o instituto aguarda manifestação do Ministério também em relação às doses da vacina contra o novo coronavírus”.
A CoronaVac foi desenvolvida pelo Butantan em parceria com a Sinovac.
Programa habitacional divide os beneficiários em três grupos e prevê juros mais baixos para moradores da região Norte e Nordeste.
O governo publicou nesta sexta-feira (15) o decreto que regulamenta o programa habitacional Casa Verde e Amarela, que substitui o Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Lançado em agosto do ano passado, o programa contempla famílias residentes em áreas rurais com renda mensal de até R$ 7 mil e famílias de áreas rurais com renda anual de até R$ 84 mil.
O Casa Verde e Amarela divide os beneficiários em três grupos e prevê juros mais baixos para moradores da região Norte e Nordeste (veja detalhes ao fim da reportagem).
O governo diz que o Casa Verde e Amarela deve atender 1,2 milhão de famílias até o fim de 2022.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, o programa habitacional vai contemplar linhas para:
Produção ou aquisição subsidiada de imóveis de imóveis novos ou usados em áreas urbanas ou rurais;Produção ou aquisição financiada de imóveis novos ou usados em áreas urbanas ou rurais;Requalificação de imóveis em áreas urbanas;Locação social de imóveis em áreas urbanas; urbanização de assentamentos precários;Melhoria habitacional em áreas urbanas e rurais; e regularização fundiária urbana.
No caso de contratação de operações de financiamento habitacional com recursos orçamentários da União, o atendimento do programa será limitado para famílias em áreas urbanas com renda mensal de até R$ 4 mil e para agricultores e trabalhadores em áreas rurais com renda anual de até R$ 48 mil.
O governo diz que as solicitações de financiamento pelo programa podem ser feitas na Caixa Econômica Federal (saiba mais aqui) e também nas construtoras.
Segundo o governo, desde o lançamento do programa, já foram contratadas 113,2 mil operações de crédito imobiliário por meio do Casa Verde Amarela.
Na prática, com Casa Verde e Amarela, a faixa mais baixa do programa Minha Casa Minha Vida, que não tinha juros e contemplava as famílias com renda de até R$ 1,8 mil foi pausada.
Segundo o Ministério da Economia, novas unidades dentro dessa modalidade só podem ser contratadas caso haja “suplementação de recursos” pelo Orçamento Geral da União.
Por hora, essas famílias passam a ser atendidas pelo Grupo 1, que tem taxas a partir de 4,25%- semelhante à que era oferecida pelo MCMV na faixa 1,5.
O Casa Verde e Amarela passa a dividir o público-alvo em três grupos e, além de financiamento de imóveis, prevê outras ações, como reforma para melhorias da moradia e regularização fundiária.
Para a área rural: famílias com renda anual de até R$ 84 mil (desconsiderando benefícios temporários indenizatórios, assistenciais e previdenciários).
No programa Casa Verde e Amarela, os juros do financiamento das habitações do programa serão menores nas regiões Norte e Nordeste.
Informações G1
Presidente chamou o governador de São Paulo de “calcinha apertada” e mandou ele “virar homem”
Pleno News- O presidente Jair Bolsonaro rebateu, nesta sexta-feira (15), declarações feitas pelo governador de São Paulo, João Doria, sobre sua gestão. Em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da TV Band, Bolsonaro disparou críticas pesadas contra Doria e o chamou de “moleque”, “irresponsável” e “calcinha apertada”.
Mais cedo, Doria havia comentado a atuação do presidente durante a pandemia e o culpou pela situação em Manaus, que enfrentou falta de oxigênio nesta quinta-feira (14). Bolsonaro rebateu as declarações e criticou a “parceria” do governador com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
– Esse cara aí acabou de aumentar, com o apoio de sua assembleia comprada, aumentar o IMCS em quase tudo no estado. Inclusive em agulhas e ampolas para aplicar vacinas. É um irresponsável. E ele se junta com o Rodrigo Maia agora, que está em campanha e quer dar uma de moralista. Foi um dos responsáveis por atrasar a agenda do Brasil por dois anos, por medidas que não botou em votação. Fez caducar várias MPs. E a preocupação dele é ganhar a eleição – disse Bolsonaro
Bolsonaro lembrou que Doria e Maia só “atrasaram” o país.
– Por que o seu Rodrigo Maia como seu João Doria não mostram o que foi feito, ao longo dos últimos dois anos, para depois me criticar. Não fizeram nada, só atrasaram o Brasil – destacou.
Ele também rebateu a ofensa dita pelo governador de São Paulo.
– Com palavras de baixo calão, como esse governador está usando, me chamando de facínora. Isso é coisa de um irresponsável. É um cara que está morto politicamente. Ele não sai na rua em São Paulo, não vai à praia. Agora está num desespero tentando me atingir. João Doria, fechou São Paulo e foi para Miami. Não é exemplo para nada. João Doria, se tem vergonha cara, critique o STF que me proibiu de realizar qualquer ação de combate à Covid (…) Se o Supremo não tivesse me proibido, eu teria um plano diferente do que foi feito (…) E o Brasil estaria completamente diferente – destacou.
Bolsonaro acusou alguns governadores de tentar “quebrar a economia do Brasil para botar na minha conta”.
– É um governador que lamentavelmente se perdeu completamente. E o que fez ele se perder? A ambição da cadeira presidencial. E a passagem por São Paulo dele é o último capítulo da vida política dele (…) Esses governadores, que tem alguns junto a João Doria, queriam quebrar a economia do Brasil para botar na minha conta. Mas se o João Doria tivesse um mínimo de vergonha na cara, esse calcinha apertada, ele falaria que o STF me tirou de combate para as ações contra a Covid – apontou.
O presidente, então falou sobre ações tomadas pelo seu governo para ajudar com a situação em Manaus e disparou mais críticas a Doria.
– Agora vem esse moleque, governador de São Paulo, me acusar de facínora. Seja homem, cara. É duro mexer com quem tem um comportamento como esse cara. Nada contra a opção dele, mas é duro trabalhar com um cara com esse tipo de opção. Um governador medíocre que não sei na rua. Se sair, vai ser linchado. Vão jogar ovo, tudo em cima dele (…) E o tempo todo querendo acusar a mim e achar um responsável pelo seu insucesso em São Paulo – afirmou.
União declara ter repassado quase R$ 900 milhões para o AM, que só declarou R$ 267 milhões
Pleno News- Diante da grave crise de saúde vivida no Amazonas neste início de ano, em razão da pandemia de Covid-19, muitas pessoas começaram a se questionar sobre o uso dos valores repassados pelo governo federal ao estado para combate ao vírus.
Ao todo, somente durante o ano de 2020, o estado recebeu um total de R$ 8,91 bilhões em recursos transferidos pela União para usos diversos. A capital Manaus, por sua vez, teve acesso a R$ 2,36 bilhões do governo federal. Desses repasses, alguns foram direcionados especificamente para uso na área de saúde.
RECURSOS PARA O COMBATE DA COVID-19
Não apenas o Amazonas, como todas as 27 unidades da federação e os municípios, foram atendidos com o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, que repassou um total de R$ 60,1 bilhões, abertos por meio de uma medida provisória editada em 4 de junho pelo presidente Jair Bolsonaro.
Os dados que constam no painel do Orçamento do governo federal e no portal da transparência do Amazonas, porém, mostram uma diferença discrepante de mais de R$ 600 milhões entre o valor que foi enviado pela União e o que o estado declara ter recebido.
Em uma consulta feita pelo Pleno.News ao painel do Orçamento Federal, nesta sexta-feira (15), a União registrou que, em 2020, o total de valores pagos ao Amazonas, referentes ao Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, foi de R$ 884,9 milhões.
Contudo, no “outro lado da linha”, o portal da Transparência do Amazonas declarou como receita recebida da União um valor completamente diferente. Apesar de dizer que os dados estão atualizados até esta sexta-feira (15), a página diz que o estado recebeu apenas R$ 267 milhões, uma diferença de R$ 617 milhões, ou 69,79%.
DENÚNCIAS CONTRA O GOVERNADOR DO AMAZONAS
Wilson Lima (PSC), atual governador do estado, é do mesmo partido que o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e também esteve envolvido em polêmicas, denúncias de corrupção e pedidos de impeachment durante a pandemia.
Em abril do ano passado, o Sindicato dos Médicos do Amazonas protocolou um pedido de impeachment contra Wilson e seu vice, Carlos Almeida, por acusação de crime de responsabilidade. O pedido, porém, foi arquivado oficialmente na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), por 12 votos a 6, em agosto de 2020.
Em 16 de dezembro do ano passado, o Sindicato dos Médicos protocolou um novo pedido de impedimento contra o governador, ainda não analisado pelos parlamentares. Na ação, a entidade citou “farta comprovação da prática de crime de responsabilidade e improbidade administrativa”.
Entre as polêmicas levantadas contra o gestor estadual, uma chamou a atenção, pela total falta de lógica em um dos contratos do governo do Amazonas, um pagamento de R$ 2,9 milhões a uma loja de vinhos por 28 ventiladores pulmonares para tratar de infectados pelo novo coronavírus.
O valor unitário do item equivalia a até quatro vezes o preço do aparelho visto em lojas no Brasil e no exterior. Além do valor, os equipamentos eram considerados “inadequados” para pacientes de Covid-19, segundo o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam).
O QUE É O PROGRAMA FEDERATIVO
O Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, aprovado pelo Senado, consistiu na prestação de um auxílio financeiro no valor de R$ 119,8 bilhões concedido aos estados, ao DF e aos municípios para o combate à pandemia da Covid-19.
Foram repassados R$ 60 bilhões, divididos em quatro parcelas mensais, sendo R$ 10 bilhões exclusivamente para ações de saúde e assistência social (R$ 7 bilhões para os estados e R$ 3 bilhões para os municípios) e R$ 50 bilhões para uso livre (R$ 30 bilhões para os estados e R$ 20 bilhões para os municípios).
A divisão por estado foi feito em função de uma cesta de índices, que abarcou desde a arrecadação do ICMS até a sua população. O rateio entre os municípios, por sua vez, foi calculado pela divisão dos recursos por estado (excluindo o DF), usando os mesmos critérios.
Além do repasse dos R$ 60 bilhões aos estados, ao DF e aos municípios, o restante do valor total concedido de R$ 119,8 bilhões decorre da suspensão de dívidas.
Agência Brasil-
O governo do Amazonas informou nesta sexta-feira (15) que 235 pacientes com covid-19 serão transferidos da rede pública hospitalar de Manaus para sete estados e para o Distrito Federal. Um primeiro grupo que estava na internado na rede estadual foi removido na manhã de hoje para continuar o tratamento na capital piauiense, Teresina.
Segundo o Ministério da Saúde, as transferências ocorrerão por via aérea e estão garantidos – de imediato – 149 leitos: 40 em São Luís (MA); 30 em Teresina (PI); 15 em João Pessoa (PB); 10 em Natal (RN); 20 em Goiânia (GO); 04 em Fortaleza (CE); 10 em Recife (PE) e 20 no Distrito Federal.
A pasta informou ainda que os pacientes que serão trasladados atendem a critérios clínicos definidos pela equipe médica. O transporte será feito em parceria com o Ministério da Defesa por duas aeronaves da Força Aérea Brasileira com capacidade de 25 pacientes deitados em macas.
Teresina é a primeira capital que receberá pacientes de covid-19 oriundos de Manaus. O estado do Piauí tem atualmente 52,1% de ocupação em leitos de UTI (146) e conta com 134 leitos disponíveis. Até o momento, o estado já registrou 2.930 mortes provocadas pelo novo coronavírus.
Segundo o governo do Piauí, o estado tem 801 leitos ativos (entre UTI e enfermaria). Atualmente, os leitos de covid-19 estão 44% ocupados. O sistema informa que há 153 leitos de UTIs ocupados e outros 152 disponíveis.
De acordo com o Painel Covid-19 atualizado pelo governo do Maranhão, o estado tem 62,22% dos leitos exclusivos para o novo coronavírus ocupados. Atualmente, há 84 leitos livres, o correspondente a 37,78%. O estado registra 245 pacientes internados por coronavírus em leitos de UTI na rede pública hospitalar.
Dados da Secretaria de Saúde da Paraíbaapontam que o estado tem 801 leitos ativos (entre UTI e enfermaria). Atualmente, os leitos para covid-19 estão 44% ocupados. O sistema informa que há 153 leitos de UTIs ocupados e outros 152 disponíveis. O município com maior número de leitos é João Pessoa, com 139 leitos de enfermaria e 59 leitos de UTI.
O Rio Grande do Norte tem atualmente 64,29% dos leitos de UTI para tratamento de covid-19 na rede pública hospitalar ocupados. Segundo o governo do estado, 11 leitos de UTI e 9 leitos clínicos estão bloqueados para atendimento de pacientes. Esse bloqueio pode ser realizado por fatores como manutenção, rede de gases em manutenção, vazamentos ou falta de pessoal.
A secretaria de Saúde do estado de Goiásinformou que a taxa de ocupação de leitos de UTI para tratamento de covid-19 estão com taxa de ocupação de 59,29%. A capital goiana tem 295 leitos, dos quais 197 estão ocupados (66,78%). O município deve receber cerca de 20 pacientes de Manaus.
Segundo o governo do Ceará, no estado os leitos de UTI registram uma ocupação de 64,8% e estão com tendência de alta. Os dados disponíveis no sistema, contudo, ainda são referentes à dezembro de 2020.
Os dados sobre internação em Pernambuco englobam informações sobre pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e indicam que há uma ocupação de 83% dos leitos de UTI na rede hospitalar do estado, com 973 pessoas em tratamento. Outros 892 pacientes ocupam leitos de enfermaria nos hospitais para tratamento de covid-19.
A capital federal deve receber cerca de 20 pacientes de Manaus. Atualmente, o Painel Covid-19 no Distrito Federal registra 68,12% de ocupação em leitos públicos com suporte de ventilação mecânica. A rede inclui leitos em hospitais particulares do DF. Segundo o sistema, quase 80% dos pacientes permanecem até 15 dias em internação.